Brasil fecha 1,542 milhão de vagas com carteira em 2015

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O mercado de trabalho brasileiro encerrou 1,542 milhão de vagas com carteira assinada no ano de 2015, o pior resultado anual desde o início da série histórica, em 1992, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. O desempenho também perdeu força no comparativo com 2014, quando foram geradas 421 mil vagas. No ano, o total de empregos com carteira assinada caiu 3,74% em relação a 2014.

Em 2015, quase todos os meses tiveram corte de vagas, apenas em março o número foi positivo. Em dezembro, foram 596.208 vagas a menos. O número de empregos cortados é o saldo, ou seja, o total de demissões menos o de contratações no período. No ano passado, foram 17,7 milhões de contratações e 19,2 milhões de demissões, resultando no corte de 1,5 milhão de vagas. “Tivemos um ano de 2015 difícil, mas o mercado de trabalho do país manteve uma capacidade rápida de resposta a estímulos de demanda e um estoque formal forte e organizado de 39,6 milhões de empregos”, afirmou o ministro do Trabalho e Emprego, Miguel Rossetto. “Mantivemos as conquistas dos últimos anos”.

Os dados do Caged também apontam para uma concentração das demissões na Indústria e Construção Civil, mas com um resultado positivo no setor Agropecuário, que apresentou crescimento do emprego em 2015, com 9.821 postos (+0,63% na geração de empregos formais). Nos demais setores houve recuo na geração de vagas, puxado pelo setor da Indústria de Transformação, com queda de 608.878 vagas. As maiores perdas ocorreram na Indústria Têxtil do Vestuário (-98.825 postos), Indústria de Material de Transporte (-81.225 postos) e na Indústria Metalúrgica (-76.480 postos).

No setor de Serviços, a queda foi de 276.054 postos, mas com saldo positivo em dois ramos: Serviços Médicos e Odontológicos (+50.687 postos) e Ensino (+477 postos). O comportamento do setor Comércio foi proporcionado pelo recuo do emprego no Comércio Varejista (-180.954) e no Comércio Atacadista (-37.696). Na Construção Civil, o saldo foi de -416.959 postos no ano.

Os dados mostram que todas as grandes regiões do país reduziram o nível de emprego formal: Sudeste (-891.429 postos ou -4,09%), Nordeste (-254.402 postos ou 3,74%), Sul (-229.320 postos ou -3,08%), Norte (-100.212 postos ou -5,15%) e Centro-Oeste (-67.008 postos ou -2,08%).

Da mesma forma, todas as unidades da Federação apresentaram queda no contingente de vagas em 2015. As maiores retrações foram registradas em São Paulo (-466.686 postos ou -3,65%), Minas Gerais (-196.086 postos ou -4,58%), Rio de Janeiro (-183.686 postos ou -4,69%), Rio Grande do Sul (-95.173 postos ou -3,55%) e Pernambuco (-89.561 postos ou -6,43%).

Em dezembro, houve redução real de 1,64% no valor do salário médio de admissão, em relação ao mesmo mês em 2014. Em contrapartida, de 2003 a 2015, houve um crescimento de 41,87% no valor dos salários de admissão, passando de R$ 895,69 em 2003 para R$ 1.270,74 no ano passado.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Procura-se
    Onde estão os defensores do desgoverno Dilma? O dinheiro que falta aos trabalhadores da iniciativa privada e publica foi entregue aos banqueiros, aos partidos da base aliada, aos empreiteiros corruptos, e aos parentes e “amigos do rei”. Não fiquem culpando a situação externa, pois a China cresceu 6,9%. Acho que só ficamos a frente da Venezuela e da Siria.

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