Brasileiros acreditam que Igreja deve aceitar que padres se casem

Sugerido por Gunter Zibell – SP

Do Ibope

Para brasileiros, Igreja Católica deve aceitar que padres casem

Pesquisa aponta que 80% da população é a favor de um novo casamento religioso para divorciados
 
Quase sete em cada dez brasileiros (65%) são a favor de que a Igreja Católica passe a aceitar que padres possam se casar e constituir família. É o que mostra uma pesquisa do IBOPE Inteligência/CNT (Confederação Nacional dos Transportes) para a revista Época. 
 
Ainda segundo o estudo, a população se divide com o fato de que mulheres exerçam o papel de padres: 48% são contra e 46%, a favor. Por outro lado, a maioria (74%) é contra a ideia de que a Igreja Católica aceite padres homossexuais/gays e 64% são contra a possibilidade de pessoas que não fizeram seminário celebrar missas.
 
O estudo também mostra que para 60% dos brasileiros, atualmente, o maior problema da Igreja Católica são os casos de pedofilia, seguidos da corrupção (16%) e do distanciamento da realidade dos fieis (8%).

 
Quando questionados se um pessoa fere os preceitos de sua religião, independente de qual seja, se fizer aborto, 69% dos entrevistados respondem que sim e 27%, que não. Já para o uso de pílula anticoncepcional ou camisinha, o resultado inverte: a maioria (73%) não considera que os preceitos de uma religião são feridos ao utilizar esses métodos contraceptivos, assim como 61% dizem que sexo antes do casamento não fere os princípios de uma religião. Mas, a população fica dividida quando o tema é homossexualidade: para 45%, ser  homossexual é ferir os preceitos de uma religião, enquanto 49% discordam.
 
A pesquisa também perguntou se um líder religioso deve ser acusado pelo crime de homofobia se pregar contra homossexuais: grande parte (60%) declara que sim e 55% também acham que o tema homossexualidade deve ser incluído no currículo das aulas de educação sexual. 
 
Casamento – Oito em cada dez brasileiros (80%) são a favor de que divorciados se casem religiosamente de novo, 76% são favoráveis à ideia de que instituições religiosas celebrem matrimônios entre casais que já tiveram relação sexual e 62% apoiam a celebração religiosa de casamentos entre casais que não praticam a religião na qual vão se casar. Por outro lado, 61% são contra a possibilidade das instituições religiosas realizarem a união entre pessoas do mesmo sexo. 
 
Francisco – Depois da escolha do novo papa, a confiança de 37% dos brasileiros na Igreja Católica aumentou, enquanto apenas 4% dizem que diminuiu. No entanto, para a maioria da população (59%), a confiança permaneceu a mesma. 
 
Dos 2.002 entrevistados entre os dias 5 e 9 de dezembro de 2013, em 141 municípios, 61% são católicos, 24% evangélicos e 4% de outras religiões. Mais da metade  (59%) declara ser praticante. Os que não tem religião somam 10%.  A margem de erro é de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Redação

14 Comentários

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  1. “Mais da metade  (59%)

    “Mais da metade  (59%) declara ser praticante. “

    Eu gostaria de saber o que esse pessoal considera ser “praticante”.

    “…62% apoiam a celebração religiosa de casamentos entre casais que não praticam a religião na qual vão se casar. Por outro lado, 61% são contra a possibilidade das instituições religiosas realizarem a união entre pessoas do mesmo sexo. “

    E essa parte é bem contraditória. Além de achar curioso, para não dizer bizarro mesmo, a ideia de aprovar uma cerimônia religiosa para quem não pratica a religião em questão. Talvez seja pelo fato do casamento, enquanto instituição, estar ainda muito vinculado com cerimônia religiosa que o consagra. O que explicaria também parte do combate ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Semântica é um negócio do demo…

    1. “Eu gostaria de saber o que

      “Eu gostaria de saber o que esse pessoal considera ser “praticante”.

      Ser praticante de qualquer fé significa seguir os preceitos da religião.

      O mesmo serve para o socialista “praticante”.

    2. Uma mágoa que mamãe sempre teve

      foi a igreja católica que ela frequentava não ter feito casamento dela com papai, por este ser protestante.

      Meus pais casaram apenas no civil, portanto.

      Isso foi há 61 anos. Mas hoje eu não sei como é.

      Acho que o parágrafo foi mal redigido. Devem se referir a que um dos noivos não seja da religião.

      Sabia que no Líbano é proibido casamento misto, mesmo no civil? O que não leva a nada, as pessoas viajam pro Chipre pra casar.

      Mas já assisti casamentos de amigos não-católicos em igrejas católicas, mas pelo menos um dos dois era católico. Não faço ideia se alguém precisou omitir algo pra isso.

      E uma amiga católica casou com um anglicano na igreja anglicana sem problema nenhum. E já fui padrinho de uma amiga Assembleia de Deus que casou com católico.

      E Federações Espíritas não realizam casamentos, no máximo dão bençãos, então uma amiga espírita casou com um agnóstico numa igreja católica.

      Notou que 61% se opõem a casamentos gays em igrejas? Isto é, 39% não se opõem. Daqui uns anos passa de 50% isso.

      O tempo passa e agora tem a Igreja da Metropolitana Contemporanea, que é inclusiva a LGBTs desde seu início, em 1968. Aposto que se pedir qualquer LGBT de qualquer religião casa.

      [video:http://www.youtube.com/watch?v=35Tm4LbcQG4%5D

  2. Quê pesquisa mais safada ! Esse assunto só interessa aos Católic
    Católicos.
    Não podemos impor idéias a grupos aos quais não pertencemos.
    Isso é Ditadura.
    Se não frequento uma igreja não posso impor ou sugerir regras de comportamento ou de ação religiosa.

  3. Cuidando o patrimônio

    Além do amor, muitos casais se unem, mediante o casamento ou acordos de união estável, visando divisão de bens e segurança patrimonial, direitos de diversos tipos, herança, etc. Pelo contrário, a Igreja evita estes compromissos para não ter que perder o seu patrimônio milenar por conta de pensão alimentícia ou ex-mulher de padre. O “golpe de batina” vai entrar na moda. Ao césar o que é do césar e “adeus mulher!”, que te quero ver longe.

     

    1. É uma teoria interessante,

      É uma teoria interessante, alexis. Nunca tinha parado para pensar por este ponto.

      Ainda nessa linha, me ocorreu agora o seguinte, como essa mudança afetaria a disposição do fiel para contribuir financeiramente com a ICAR? Imagino que uma parcela deixaria de contribuir em função do “custo extra” que a família do padre representaria para a igreja.

    2. Mas o patrimônio da igreja,

      Mas o patrimônio da igreja, na tese dela é de Deus. Pelo que me consta, o padre tem de renunciá-lo. E aliás, sem salários, muitos padres tem vidas materialmente boas: grandes casas paroquiais, caroos bons, às vezes receitas de seus livros ou discos. Assim, a questão da renúncia ao patrimônio eclesiástico, é nas outras tradições também. Se eles casarem, quem vai de fato bancar ao longo do tempo, quando se aposentarem ou morrerem, é o povo: a previdência, os fundos de trabalhadores etc. E estes, cá entre nós, devem falir antes mesmo que as igrejas. A igreja católica, em tese é a instituição mais rica do planeta pois ela tem patrimônio de fato. Já imaginou ter os imóveis que são o marco zero das principais cidades do planeta? 

  4. O medo que o ser humano tem

    O medo que o ser humano tem do deus amedrontador ou do diabo (ou outros demônios), refere-se a não se sentir puro. Já repararam que intuitivamente todas as tradições religiosas tem um ritual de purificação (batismo na água, água benta, banhar-se nos rios ou no mar, mesmo o pgão hábito do pulinho no mar na virada de ano). É por não se sentir limpo (logo, merecedor e digno) que o ser humano teve de criar a burocracia, os intermediários na conexão espiritual: para alcançar a deus, precisa de tantos intermediários. O que permite (fazer sentir-se mais próximo) aos sacerdotes (e o celibato é uma prática de diversas matizes religiosas: budismo, sanyassis, bramanes, clérigos católicos etc.). Muitos que tiveram trabalho miravam a isto. Mahatma Gandhi vê como uma força para o homem a necessidade disto (ainda que para ele tenha sido difícil de aplicar). É tolície ao “homem comum” tentar inverter a isto. Goste-se ou não (e falo como uma não cristã) o verdadeiro anti cristo não é outra coisa, senão tal movimento contra o celibato. Sem isto, o declínio da igreja ( apouca conexão que resta com o divino o sagrado – lembrando que sacro quer dizer puro) é imediato.

    A primeira de todas as escrituras, o Gita já traz que a luxúria é o maior inimigo e isto foi escrito há milênios, quando os casais viviam ainda em camas separadas (sabiam que as camas que juntaram os casais e algo da história bem posterior? isto não é opinião, é história e a história tem seus significados, goste-se ou não).

    Particularmente acho pouco provável por mais que tente, já que a maior renúncia que se espera de um religioso, um sábio ou santo (os próprios filósofos colocavam o celibato como uma questão maior) é que renuncie até mesmo aos desejos carnais. É quando se está despido de interesses próprios, que alguém pode ser altruísta. Dizem que os desejos são a ruína do homem, pois este sempre ir´s está insatisfeito, não terá paz em sua consciência. A nós pobres e fracos só nos resta dizer e trazer belas (e tolas teorias – não mais que desculpas) dizer que é anti natural é difícil. As crianças são amadas, às vezes até adoradas pois ainda estão puras. Vejam o valor que damos intuitivamente à pureza. É amigos, bem aventurados os pobres de espírito (os que conquistaram os desejos, acalmaram a mente), pois deles é o reino dos céus (o lugar mais elevado no corpo é a mente, a consciência – que ela seja tranquila, que ela seja pura).

    Seja feliz, mas para isto, seja pacífico

    1. o lado prático de ter feito uma cadeira caça niquel

      quando cursei um semestre da finada ulbra tive aulas de religião, que considerei como um caça níquel e uma das razões de desistir de continuar o curso.

      o lado positivo que observei é que o elemento comum de todas as religiões é que somos culpados.

      culpados por o mundo ser como é, independente de nossa vontade. e que a única solução é aceitar a palavra do rabino/padre/pastor/abusador como a  única salvaçao.

      como se não fosse suficiente sermos honestos.

  5. pero que, depende com quem será será o que será…

    pero que,

    depende com quem os padres resolvam se casar… il vero! francisco

    não é não! e não é que é! il vero! francisco

    oi oi oi devagar com o andor moçada

    que o padre santo é de barro

    e pode que-que-braarrrr!

    pode que-que-braarrr

    que-que-braarrr…

    quebraarrrr

    baararrr

    aarrr

    arr

    rr

    r

    .

  6. Mais de 90% da população

    Mais de 90% da população também quer que a mairidade penal seja reduzida. 

    O que voce acha disso, gunter?

    1. Eu acho que é um equívoco em massa

      e que se chegou a isso por conta de muita propaganda política.

      E acho ótimo que o Ministro Cardozo já tenha se declarado contrário. E que o PT tenha posição oficial contra.

      (Esse é o PT que eu elogio!)

      E acho ótimo que o STF declarará a PEC do Plebiscito inconstitucional. E a PEC do Aloysio Nunes também.

      Então, na verdade, isso só ficará como discurso de campanha manipulativo aproveitando dos medos da população.

  7. O casamento na visão espírita

    http://www.serespirita.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=37:o-casamento-na-visao-espirita&catid=9:edicao-05

    O casamento na visão espíritaImprimirE-mailEscrito por Jaqueline Silva    O casamento na visão espírita Sem rituais, as uniões espíritas priorizam o amor e as afinidades existentes entre o casal.  Na Inglaterra da Idade Média, a rainha Vitória nem poderia prever que seus atos repercutiriam tanto e se tornariam uma tradição. O que teria feito Sua Majestade? tomou atitude muito simples: decidiu se casar de véu – naquela época, os soberanos jamais se cobriam para poder comprovar sua identidade -, com flores no cabelo e um vestido branco. A cena parece familiar? O casamento como se conhece nos dias atuais, é muito mais antigo que a rainha Vitória. Seu ritual iniciava na Roma Antiga, quando era possível encontrar registros de que as mulheres se vestiam adequadamente para a ocasião. Porém, a união de um casal, na visão espírita, vai  além de uma cerimônia, com seus festejos e vestimentas. Existe ritual de casamento para a doutrina espírita? “Não”, diz o procurador do Estado do Paraná, Joel Samways Neto. “De todas as descrições feitas pelos espíritos sobre casamento, não há menção a ritual de casamento espírita”.   Então, os espíritas não casam? “Casam! A diferença é que não temos o ritual religioso. O casamento tradicional, independentemente da religião é um ritual. E como não temos rituais, não há uma cerimônia religiosa em um casamento entre espíritas”, afirma o professor e coordenador de grupos de estudos espíritas Paulo Henrique Wedderhoff. Na realidade, o que importa são as intenções pelas quais o casal decidiu se unir. E aí, deve-se colocar em foco o que seria um princípio básico do Espiritismo: o amor. Fatores de união A pedagoga Maria Aparecida e seu marido, o advogado Everton Ribeiro, acreditam que muitos fatores devem existir para a união de um casal, mas “todos eles pouco valem se o casamento não estiver fundamentado na maior das leis, que é a lei universal do amor, vivenciado na mais pura de suas definições”. Para eles, quando há esse sentimento, as consequências são “no mínimo, boas”. Segundo Samways, quando a pessoa encontra outra com quem se assemelha, ela se potencializa, ou seja, se torna mais feliz, confiante e protegida. Casados há 33 anos, Maria Aparecida e Everton concordam: “a forma de se relacionar com a sociedade mudou, a relação com os amigos mudou, a possibilidade da paternidade estimulou e mudou a visão de uma nova trilha a ser seguida”. Eles comentam que, entre outras coisas, também deve haver ética, respeito e companheirismo. Entretanto, há uniões que se tornam instáveis. Em seu livre-arbítrio – que é outro dos princípios básicos da Doutrina Espírita – , muitos casais optam pela separação. E, apesar de a doutrina ser divorcista (“…é uma lei humana que tem por objetivo separar legalmente o que, de fato, já está separado. O divórcio não contraria a Lei de Deus, uma vez que apenas corrige o que os homens fizeram…” Evangelho Segundo o Espiritismo), Samways acredita que o cidadão que possui caráter, reflete duas vezes antes de se divorciar e, até mesmo, antes de se comprometer. Em mensagem escrita na obra “Como um homem pode enfrentar uma crise”, o espírito Leocádio José Correia diz que “A interação humana significa sempre entendimento e nunca confronto”. Reflexão atualWedderhoff faz uma reflexão a respeito das vidas conjugais nos dias de hoje. “Será que as uniões que têm maior chance de sucesso não são aquelas em que o cônjuge casa para fazer feliz a pessoa que ama? Quando os cônjuges pensarem assim, será muito difícil a união se desfazer”. Relacionamentos conjugais são edificações que devemos realizar todos os dias. “Casar é se comprometer com a felicidade de quem a gente ama”, diz o professor.   E este pensamento é coerente com algumas observações trazidas pelo espírito Leocádio José Correia; segundo ele, “casamento é renúncia”, o que não significa peso ou desgaste quando se tem amor pela outra pessoa. De acordo com “O Livro dos Espíritos”, o casamento é um dos instrumentos para a evolução humana. “O casamento, ou a união permanente de dois seres, é contrária à lei natural? É um progresso na marcha da humanidade” (Capítulo 4 – Lei da Reprodução). No Evangelho, também é enfatizada a idéia do ser humano constituir uma família para o seu próprio progresso. Porém, viver com outra pessoa não é uma obrigação; é uma escolha. Em suas palestras, o espírito Leocádio José Correia alerta que nenhuma pessoa é obrigada a se casar. Ele cita ainda que muitos de nós escolhem “se casar” com a Medicina, com a Educação, com a Ciência ou com os projetos sociais. São caminhos diferentes, mas que igualmente proporcionam oportunidade evolutiva ao espírito durante sua trajetória na Terra. União comemoradaO fato de a doutrina não registrar os rituais de casamento não impede que os noivos comemorem sua união. Paulo Wedderhoff cita um exemplo de comemoração simples e simbólica a que compareceu. “Recentemente um casal de espíritas decidiu revelar sua decisão de compartilhar a vida a dois. Num dia foram ao cartório e no outro receberam alguns amigos e parentes para anunciar sua decisão e dividir a alegria. O noivo e o pai da noiva quiseram manifestar o sentimento de contentamento; um amigo do casal falou sobre o significado do casamento para a Doutrina Espírita. Ao final, um belo beijo nos fez testemunhas de um lindo momento”, conta. “A simpatia que atrai um espírito ao outro é o resultado da perfeita concordância de suas tendências, de seus instintos; se um tivesse que completar o outro, perderia a sua individualidade”, está escrito em O Livro dos Espíritos – Capítulo 6, Vida Espírita. Nessa citação é possível desmistificar o termo comumente conhecido como “alma gêmea”. Samways lembra que não existem espíritos iguais. O que ocorre com a maioria das pessoas é a semelhança, as chamadas “afinidades”. Por isso, é possível ter afinidades também com amigos e parentes. Na opinião do procurador, “nós só convivemos bem com quem se parece conosco”. A rainha Vitória, personagem da História que iniciou a reportagem, causou repercussão em sua época não só por ter introduzido hábitos, mas principalmente porque foi uma das poucas soberanas que se casou por amor. Fato também inusitado para a época, pediu a mão do seu primo, o príncipe Albert de Saxe-Cobourg-Gotha, em casamento.  

     

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