Britânica Rolls-Royce admite colaborar com investigação da Lava Jato

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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A multinacional, que também é investigada de pagar propina na Ásia, fez a declaração em reportagem no The Guardian deste domingo
 
 
Jornal GGN – A multinacional britânica Rolls-Royce, citada nas investigações da Operação Lava Jato, afirmou que está colaborando com a equipe brasileira de procuradores da República e delegados da Polícia Federal. A declaração foi dada ao jornal The Guardian, segundo reportagem publicada neste domingo (30).
 
“Estamos cooperando com as autoridades que conduzem as investigações no Brasil, mas não podemos comentar nada mais sobre uma investigação em andamento”, disse o porta-voz da empresa.
 
O ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, em acordo de delação preamiada com o Ministério Público Federal (MPF) disse, no início do ano, que a Rolls-Royce teria pago propina para garantir o fornecimento de turbinas de geração de energia para plataformas de petróleo à Petrobras, em um contrato de cerca de US$ 100 milhões.
 
De acordo com a reportagem do jornal, a companhia britânica informou que no início do ano não havia sido procurada pelas autoridades brasileiras, mas que agora colabora com as investigações. A afirmação foi em resposta ao qusrionamento da relação da Rolls-Royce com o empresário Júlio Faerman, ex-representante da SBM Offshore.
 
“Documentos acessados pelo ‘Guardian’ mostram que em abril de 2012, o empresário [Júlio Faerman] afirmou que sua empresa representava a Rolls-Royce no Brasil. Meses mais tarde, a companhia ganhou um contrato de 100 milhões de libras para fornecer turbinas de energia para plataformas de petróleo da Petrobras”, disse a publicação.
 
A Rolls-Royce é ainda investigada no Reino Unido por suposto pagamento de propina na Ásia. Na reportagem, a empresa britânica disse que “deixa claro que a Rolls-Royce não vai tolerar má conduta nos negócios de qualquer natureza”.
 
Com informações do Valor e The Guardian.
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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