Caderneta de poupança tem menor captação mensal desde 2008

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Os brasileiros depositaram R$ 540,345 milhões a mais do que retiraram da caderneta de poupança em outubro, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC). Esta é a menor entrada líquida de dinheiro para meses de outubro desde 2008.

No mês passado, os depósitos na caderneta somaram R$ 144,222 bilhões, enquanto os saques chegaram a R$ 143,681 bilhões. O valor total nas contas passou de R$ 643,412 bilhões, em setembro, para R$ 647,505 bilhões, em outubro. O volume dos rendimentos creditados nas cadernetas dos investidores alcançou R$ 3,549 bilhões.

Os bancos que aplicam recursos da caderneta em crédito imobiliário mostraram captação líquida de R$ 1,541 bilhão no mês passado (SBPE). Já as instituições que destinam os recursos para o crédito rural registram saída líquida de R$ 1,001 bilhão (SBPR).

De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a alta dos juros básicos para 11,25% ao ano manteve os fundos de investimento mais atrativos do que a caderneta na maioria das simulações, apesar de a poupança não pagar impostos nem taxas de administração.

Segundo a Anefac, apenas nos casos em que os fundos de investimento cobram altas taxas de administração – a partir de 2,5% ao ano –, a poupança torna-se mais vantajosa. Para taxas de 2% ao ano, a caderneta só rende mais do que os fundos em aplicações de até um ano.

Para taxas de administração de 1,5%, a poupança ganha apenas se o dinheiro ficar aplicado no máximo seis meses. Nos fundos com taxa de até 1% ao ano, a caderneta perde em todas as simulações.

Pela regra atual, quando a taxa Selic está maior que 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a taxa referencial (TR). Essa fórmula está em vigor desde agosto do ano passado, quando a Selic foi reajustada para 9% ao ano. Quando os juros básicos da economia estão iguais ou inferiores a 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic mais a TR.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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