Casal disfarça exploração infantil com proposta de adoção

Jornal GGN – Por meio de anúncio de jornal, um casal de empresários de Belém procurava uma menina de 12 a 18 anos para trabalhar como babá. Não bastasse oferecer a vaga para uma criança abaixo da idade de trabalho, o casal fazia proposta de adoção.

Depois, o marido negou a intenção. “Foi um mal entendido. Foi uma pessoa que fez que talvez não esteja nem com tanta maldade… com maldade me fazer isso”.

Do Contexto Livre

Confirmada a tentativa de aliciamento para exploração infantil, disfarçada de “adoação”

O caso do casal evangélico que procurava uma escrava entre 12 e 18 anos, através do anúncio em um classificado de jornal, se confirmou com uma reportagem feita pela TV Liberal, que localizou o prédio onde moravam os aliciadores.

Primeiro, o repórter da equipe de TV simulou ser pai de uma adolescente de 13 anos e a ofereceu para a “vaga” anunciada. O senhor que se dizia empresário, aceitou e combinou a apresentação da mesma. Depois, o repórter entrou em contato informando que era jornalista e perguntou novamente sobre o interesse do casal, na adolescente. Dessa vez, o homem já de certa idade, se contradisse e chegou a negar o interesse na “adoção” e disse que para tal, era necessário um trâmite legal, com a autorização de um juiz.

A sociedade paraense aguarda uma investigação profunda desde lamentável episódio e o provável indiciamento de todos os envolvidos e responsáveis. Por sabermos que este não é um caso isolado, pelo contrário, faz parte da cultura escravocrata que perdura até hoje e precisa ser eliminada com punições exemplares.

Assista a reportagem:

 

Redação

4 Comentários

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  1. Prática Comum ainda arraigada nas Zelite

    Este caso do Anúncio foi um descaramento grosseiro de uma prática muito comum entre os “mais privilegiados” das capitais e que possuem parentes nos “interiores” onde a pobreza e a falta de recursos ainda é grande. Os membros mais abastados da família se mudam para a Capital, e “adotam” uma filha ( desde criança ou adolescente ) para ajudar na criação de seus filhos e ajudar a patroa nos afazeres no lar, sob a desculpa de que farão de tudo para esta menina melhorar na vida. ( Algumas são ajudadas, é : +-?? ). Isto na realizada é uma Escravatura Velada.

    Bom, será que digo da boca para fora : minha esposa foi adotada com este propósito, jamais teve sua situação de adotada regularizada, e durante a vida ( hoje 41 anos ) foi e é discriminada pela família adotante, gerando até embaraços jurídicos. Esta família era de MG. Parentes de Meus vizinhos, trouxeram durante 20 anos cerca de 3 meninas. Família de SP. Parentes de meu irmão, 01 menina por uns 10 anos. Família da BA.

    Vai longe, se cada um voltar no tempo, vai se lembrar que tinha uma parente, prima, filha de criação em casa para ajudar …. Nós éramos crianças, e era assim que nos era ensinado. Vem daí também o atual Ódio Coxinha contra os menos favorecidos.

    Somos Vítimas de Vítimas, e assim sempre será se não mudarmos o presente para nossos filhos. 

  2. Curioso eles se apresentarem

    Curioso eles se apresentarem como “evangélicos”. Como se ser evangélico fosse uma espécie de atestado de boa índole…

  3. Cadeia neles

    mas, com nossa bela justiça que solta no dia seguinte quando se paga pensão alimentícia, vai dar em nada…

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