CCEE consegue empréstimo para arcar com altos custos de energia

Jornal GGN – A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) conseguiu a aprovação para a contratação de empréstimo para ajudar as distribuidoras a arcar com os custos mais altos da energia no curto prazo. O processo foi concluído na noite desta terça-feira (22).
 
Nove bancos confirmaram participação no empréstimo, estimado em R$ 11,2 bilhões, de acordo com a presidência do Conselho de Administração da CCEE. A corrida agora é para registrar a ata de reunião para que o contrato seja assinado junto ao sindicato dos bancos até a próxima sexta-feira (25). As instituições financeiras confirmadas como participantes do processo são Banco do Brasil, Bradesco, Santander Brasil, BTG Pactual, Itaú Unibanco, Citibank, JP Morgan, Caixa Econômica Federal e Bank of America Merril Lynch.
 
Os gastos com a compra de energia mais cara no curto prazo estão elevados, onerando as distribuidoras de energia elétrica desde o acionamento das usinas termelétricas. A decisão foi tomada para compensar o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas.

 
O empréstimo faz parte de um pacote de ajuda do governo federal para socorrer as distribuidoras, que inclui repasses do Tesouro Nacional e leilão de energia. As distribuidoras estão descontratadas em mais de 3,3 gigawatts (GW) médios de energia.
 
De acordo com a CCEE, as cláusulas financeiras do contrato de empréstimo ainda dependem de aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que deverá apresentar sua anuência até quinta-feira (24). A operação precisa ser fechada antes da liquidação financeira das operações do mercado de curto prazo referentes a fevereiro, o que ocorre nos próximos dias 28 e 29 de abril.
 
Redação

4 Comentários

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  1. Num país com tanto sol, ainda se busca solução na escuridão

    Para tapar um buraco apenas, podem se consumir R$ 11 bilhões. Com as taxas desonestas isto não muda a situação. Como sempre, o consumidor irá pagar o custo de não se colocar o foco em resoluções mais viáveis e efetivas. Vejam o caso da Índia que já está tendo agora o bônus de até as terras desertificadas valorizarem:

    Recentemente, o governo indiano lançou sua Missão Solar Nacional, um plano de US$ 19 bilhões cuja meta é gerar 20 mil megawatts de eletricidade solar por volta de 2022, o que tornam desnecessárias cerca de 40 usinas de carvão de porte médio. Só para se comparar: 22 mil megawatts são gerados pela maior hidrelétrica do planeta (Tres Gargantas, na China), onde devem ter sido gastos cerca de 60 bilhões de dólares. A polêmica Belo Monte, no Brasil que no seu início gerará cerca de 4.500 MW, podendo em sua capacidade máxima disponibilizar 11.233 MW (só que devido ao reservatório baixo, por um tempo não chegará a isto), já teve investidos de cerca de 30 bilhões de reais. Goste-se ou não os custos ao meio ambiente são elevados, graves e geralmente nunca facilmente resolvíveis, após criados. E o sol? Em apenas uma hora, o Sol libera sobre a Terra uma quantidade de energia superior ao consumo global de um ano inteiro. Voltando aos exemplos da Índia:Em apenas dois anos, a competição criada pela Missão Nacional Solar indiana levou os preços de energia solar conectada à grade para perto daquele da eletricidade de combustíveis fósseis (U$ 0.15/kWh). Durante o mesmo período, a capacidade instalada saltou de 17.8 MW para 500 MW. A energia solar pode evitar as emissões de 95 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano até 2022, diz um estudo da consultoria multinacional KPMG. É o mesmo que cortar 2,6% do total de emissões previstas para a Índia naquele ano. O país é o terceiro maior emissor de gases poluentes do mundo.Alguns usos, já em andamento:- Considerado uma das 7 maravilhas do mundo o Taj Mahal, que recebe a visita de cerca de 3 milhões de pessoas ao ano, deverá ser abastecido por energia solar.- Na Índia já existe a maior cozinha por energia solar do mundo. Situada no campus da OBK na Índia, Shantivan, no estado do Rajastão, pode produzir por dia o equivalente a 35.000 refeições.- Utilizando 770 discos parabólicos (60 m2 cada), a usina India One vai gerar energia e calor suficientes para atender 20.000 pessoas que frequentam o Shantivan, campus avançado da Universidade Mundial Espiritual Brahma Kumaris.  Fontes:http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/planeta-urgente/energia-solar-decola-na-india/  http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,interesse-em-energia-solar-faz-subir-preco-de-terra-em-deserto-na-india,29060,0.htm  http://colunas.revistaepoca.globo.com/planeta/2011/05/24/ate-2020-india-tera-energia-solar-pelo-preco-da-convencional/  http://vivapernambuco.com.br/site/index.php/artigos/1755-brahma-kumaris-divulga-e-realiza-acoes-em-prol-do-meio-ambiente  http://www.bkwsu.org/media/brazil/ponto_a_ponto/ponto_a_ponto_abr.2012.PDF  http://www.tnprojetossociais.com.br/verNoticia.php?id=4855  http://www.india-one.net/  http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2012/11/usina-de-belo-monte-recebe-r-22-5-bilhoes-em-financiamento-para-as-obras  http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias3/noticia=731087 

  2. Um absurdo desse governo

    Um absurdo desse governo nonssense

    Melhor do que pagar agora é pagar depois das eleições, com juros. Aliás, quais serão os juros?

    E quais as garantias? cadê a transparência.

    governo de birutas

  3. Calma, gente…

    …são só 11,2 BIlhões que irão sair dos nossos bolsos, nada demais, nada demais…

    Claro, vão dizer que a culpa foi da falta de chuva, São Pedro não ajudou….não é só isso: o modelo tarifário é errado. E por que o Governo não desonera (de verdade) a s fontes de energia limpa como a solar e eólica? A Alemanha, que tem rigoroso inverno faz mais uso de energia solar que nós!!!

    E mais: com a decisão soco na mesa (padrão Dilma) de redução (na marra) das tarifas, o que tem acontecido? As empresas do setor elétrico estão receosas em investir, afinal, o jogo pode mudar de novo, do nada, como ela (que dizem ser especialista) fez. Logo, nos próximos anos, teremos defazagem entre a necessidade do mercado e o que tem sido construído.

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