Celso Furtado e o mito do desenvolvimento econômico

Por Assis Ribeiro

Comentário ao post “A utopia improvável de Marina Silva

O Mito do Desenvolvimento Econômico, Celso Furtado (1974, p.19)
 
“A importância do estudo feito para o Clube de Roma deriva exatamente do fato de que nele foi abandonada a hipótese de um sistema aberto no que concerne à fronteira dos recursos naturais. Não se encontra aí qualquer preocupação com respeito à crescente dependência dos países altamente industrializados vis-à-vis dos recursos naturais dos demais países, e muito menos com as consequências para estes últimos do uso predatório pelos primeiros de tais recursos.
 
A novidade está em que o sistema pôde ser fechado em escala planetária, numa primeira aproximação, no que concerne aos recursos não renováveis. Uma vez fechado o sistema, os autores do estudo formularam a seguinte questão:
 
que acontecerá se o desenvolvimento econômico, para o qual estão sendo mobilizados todos os povos da terra, chegar efetivamente a concretizar-se, isto é, se as atuais formas de vida dos povos ricos chegam efetivamente a universalizar-se?
 
A resposta a essa pergunta é clara, sem ambiguidades: se tal acontecesse, a pressão sobre os recursos não renováveis e a poluição do meio ambiente seriam de tal ordem (ou, alternativamente, o custo do controle da poluição seria tão elevado) que o sistema econômico mundial entraria necessariamente em colapso”

 

Redação

2 Comentários

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  1. Mais uma vez, escrevam na

    Mais uma vez, escrevam na pedra:  que o governo brasileiro lance um projeto de redesenho do meio de transporte principal do mundo, o carro;  que tirem varias toneladas dos carros do futuro, e que sejam rapidos, leves, e muito menores.

    O colapso eh evidente e nao vai ser so de petroleo.  O colapso das materias primas vai acontecer,e vai ser tao gradual que ninguem vai notar.

  2. O Brasil é pobre e ainda tem de crescer para depois desenvolver

     

    Assis Ribeiro,

    Seu comentário com a transcrição de trechos do livro de Celso Furtado é bem pertinente. O post de origem onde ele foi publicado aqui no blog de Luis Nassif “A utopia improvável de Marina Silva” de quinta-feira, 17/10/2013 às 08:00, é uma sequência do post “As peças do jogo no discurso velho-novo de Marina Silva” de quarta-feira, 16/10/2013 às 09:53. É importante este destaque porque no texto do post “As peças do jogo no discurso velho-novo de Marina Silva”, Luis Nassif faz em meu entendimento a crítica correta ao modelo econômico pregado por Marina Silva.

    Este encadeamento que eu fiz não é trazido corretamente no blog porque embora se traga aqui neste post “Celso Furtado e o mito do desenvolvimento econômico” de quinta-feira, 17/10/2013 às 12:07, o endereço do post “A utopia improvável de Marina Silva”, onde fora publicado o seu comentário que dera origem a este post “Celso Furtado e o mito do desenvolvimento econômico”,  lá no post “A utopia improvável de Marina Silva” Luis Nassif não deixa o endereço do post “As peças do jogo no discurso velho-novo de Marina Silva”, mas sim o link para o artigo “Era Dilma teria abandonado tripé econômico” de Mariana Mainenti, de terça-feira, 15/10/13 às 09:20, saído no site Brasil Econômico no IG. Foi com base no artigo “Era Dilma teria abandonado tripé econômico” que Luis Nassif fez a crítica a Marina Silva. Luis Nassif deixou para o artigo “Era Dilma teria abandonado tripé econômico” o endereço do twitter e eu deixo o link original:

    http://brasileconomico.ig.com.br/noticias/era-dilma-teria-abandonado-tripe-economico_136520.html

    E o endereço para o post “As peças do jogo no discurso velho-novo de Marina Silva” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/as-pecas-do-jogo-no-discurso-velho-novo-de-marina-silva

    Fiz as recapitulações acima porque a crítica de Luis Nassif no post “As peças do jogo no discurso velho-novo de Marina Silva” é direcionada a André Lara Resende que defende que se deve parar de crescer. Enviei ontem quarta-feira, 16/10/2013 às 14:14, um comentário para Luis Nassif lá no post “As peças do jogo no discurso velho-novo de Marina Silva” em que eu indico dois posts onde as idéias de Andre Lara Resende foram apresentadas e discutidas. As idéias de André Lara Resende publicadas no artigo “Os limites do possível” no Valor Econômico de sexta-feira, 20/01/2012, foram apresentadas com a transcrição do artigo no post “André Lara Rezende, o demiurgo de uma nota só” de sexta-feira, 20/01/2012 às 11:33, de autoria de Luis Nassif e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/andre-lara-rezende-o-demiurgo-de-uma-nota-so

    Luis Nassif fez a transcrição do artigo “Os limites do possível” não sem antes fazer uma crítica ao artigo. Em meu comentário enviado quarta-feira, 16/10/2013 às 14:14, para Luis Nassif no post “As peças do jogo no discurso velho-novo de Marina Silva” eu considerei que as críticas de Luis Nassif às idéias de André Lara Rezende, estavam mais próximas das críticas que José Carlos de Assis fizera uma semana depois no artigo “O manifesto revolucionário de André Lara Resende” e que Luis Nassif transcreveu no post “O manifesto de André Lara Resende, por J. Carlos de Assis” de segunda-feira, 30/01/2012 às 10:36. O post “O manifesto de André Lara Resende, por J. Carlos de Assis” pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-manifesto-de-andre-lara-resende-por-j-carlos-de-assis

    Bem, o post “As peças do jogo no discurso velho-novo de Marina Silva” foi muito elogiado, mas há algumas críticas. Uma das críticas que eu esperava seria de você pela defesa que você faz contra o crescimento econômico em defesa de um desenvolvimento possível. Lembro sobre isto o post “Precisamos encarar que o mundo grita: ‘chega de crescer'” de domingo, 07/07/2013 às 22:09, aqui no blog de Luis Nassif e originado de comentário seu e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/precisamos-encarar-que-o-mundo-grita-chega-de-crescer

    Os comentários no post “Precisamos encarar que o mundo grita: ‘chega de crescer'” ainda não estão disponíveis. Mas o post “Não existe uma política econômica de Estado no Brasil” de segunda-feira, 08/07/2013 às 18:00, é originado de um comentário de ArthurTaguti feito exatamente para o post “Precisamos encarar que o mundo grita: ‘chega de crescer'”. O endereço do post “Não existe uma política econômica de Estado no Brasil” é (ainda no Advivo):

    http://www.advivo.com.br/node/1435381

    No do post “Não existe uma política econômica de Estado no Brasil”, eu procuro fazer a crítica às idéias de ArthurTaguti indicando outros posts onde aquelas questões já haviam sido discutidas. O interessante é que há um comentário de ArthurTaguti, enviado quarta-feira, 16/10/2013 às 20:11, junto ao post “As peças do jogo no discurso velho-novo de Marina Silva”, mencionando Celso Furtado sobre o mito do desenvolvimento econômico, para fazer um contraponto às críticas que Luis Nassif fizera às idéias de Andre Lara Resende que estariam por trás do discurso de Marina Silva.

    O livro de Celso Furtado questionava mais a concentração de renda no Brasil. De todo modo, concordo com você, o ArthurTaguti e o Celso Furtado de que existem limites ao crescimento. A questão que eu insisto em destacar é que só com uma renda per capita superior em valores atuais a 25 a 30 mil dólares e com uma renda ou escolaridade mais bem distribuída pode-se pensar em sair da fase de crescimento para a fase de desenvolvimento.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 17/10/2013

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