Jornal GGN – A ex-chefe de Inteligência colombiana, María del Pilar Hurtado, foi condenada pela Suprema Corte do país a 14 anos de prisão. Ela foi acusada de espionar ilegalmente defensores dos direitos humanos, jornalistas, políticos e magistrados durante o governo de Álvaro Uribe. O processo judicial demorou quatro anos.
Enviado por Pedro Penido dos Anjos
Condenada a 14 anos a ex-chefe de inteligência de Uribe, na Colômbia
Por Sally Palomino
Do El País
Maria del Pilar Hurtado, ex-chefe da Inteligência colombiana. / FERNANDO VERGARA (AP)
Depois de quatro anos de processo judicial, a Corte Suprema da Colômbia condenou na quinta-feira a 14 anos de prisão María del Pilar Hurtado, ex-chefe dos serviços de inteligência durante a presidência de Álvaro Uribe (2002-2010). Hurtado foi acusada de espionar ilegalmente defensores dos direitos humanos, jornalistas, políticos e magistrados. A Corte também condenou a oito anos de prisão domiciliar Bernardo Moreno, secretário-geral durante o mandato de Uribe. Em sua decisão, o tribunal pediu que o agora senador também seja investigado pelos mesmos fatos.
Hurtado se entregou às autoridades em 31 de janeiro, depois de ficar foragida da Justiça, sob a forma de asilo político no Panamá, por quatro anos. Sua saída da Colômbia aconteceu bem quando estourou o escândalo. Foi a primeira funcionária do Governo de Uribe a enganar a Justiça. Atualmente, um ex-ministro e um ex-comissário da paz, ambos funcionários em seu mandato, estão foragidos. Hurtado é a segunda diretora de inteligência que se encontra detida por esse caso. Jorge Noguera, que exerceu o mesmo cargo, também no Governo de Uribe, foi condenado em 2011 a 25 anos de prisão.
Sobre a decisão da Corte de que o ex-presidente responda à Justiça por sua possível ligação com o caso, Uribe disse em sua conta no Twitter que na próxima terça-feira contestará a solicitação da Corte Suprema de Justiça. “Que tristeza que Bernardo Moreno e María del Pilar Hurtado sejam condenados por cumprir o dever”, tuitou Uribe.
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Mesmo num país que enfrenta tremendas dificuldades
internas, a Justça está atenta para punir os que atentam contra as liberdades constitucionais. No Brasil vemos exatamente o contrário. Pessoas sendo encarceradas sem nenuma culpa provada, outros condenados porque provas a seu favor foram escondidas pelo MP, como é o caso de Pizolato, outros cuja única culpa era por estarem numa posição do partido como foi o caso de Genoino. Agora mesmo tudo se repete e nosso Supremo nada faz. Triste Brasil!