Clipping do dia

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

As matérias para serem lidas e comentadas.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

4 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. A Folha “quase” descobre que Temer está “raspando o tacho” até o

    Tijolaço

    A Folha “quase” descobre que Temer está “raspando o tacho” até o impeachment

     

    susto

    A Folha de hoje começa a acordar para a realidade e publica que “Temer queima reservas para evitar deficit maior do que a meta planejada para o ano” e, mesmo assim, vai ser difícil chegar ao final do ano sem – como dizem especialistas citados pelo jornal – um “tarifaço” que eleve os preços  pelo acréscimo de impostos.

    A previsão de que o governo tenha R$ 16, 5 bilhão  de déficit além do previsto é de um “otimismo” que não tem base alguma nos fatos.

    Nem nos números, que a imprensa, preguiçosamente, deixou de analisar.

    O Relatório de Avaliação de  Receitas e Despesas do Governo, divulgado esta semana, estima uma queda de receita adicional de R$ 10,8 bilhões que, com as transferências menores a Estados e Municípios, dá um saldo negativo de  R$ 7,9 bi .

    E prevê um aumento extra de despesa de pouco mais de  R$ 8,6 bilhões.

    Dá um aumento de déficit de R$ 16,5 bilhões.

    Mas isso é o cálculo da diferença de maio para junho, como se o resto do ano fosse apresentar estabilidade.

    Ou seja, supõe que a despesa  não vá ter mais crescimento real e a arrecadação não vá mais ter novas perdas em relação à inflação.

    O que, a esta altura, não parece provável, a não ser no discurso otimista do oficialismo.

    A “reserva financeira” de mais R$ 2o bilhões que se teria para queimar não existe como reserva orçamentária: é o “floating” de caixa que o governo tem para operar pagamentos.

    A “sobra” orçamentária para o ano está reduzida a R$ 1,bilhão, o que é nada para um gasto governamental de mais de R$ 90 bilhão a cada mês.

    A situação é muito pior.

    Mesmo expurgando a retração da arrecadação do Imposto de Renda, sempre maior em abril, as perdas de receita de abril para maio caíram R$ 10, 3 bilhões.

    Cairia “só” isso até o final do ano?

    Improvável, quase impossível.

    O “rombo extra” decretado por Temer não resiste até outubro.

    Henrique Meirelles sabe disso. E por isso está quieto e, quando fala, não deixa de acenar com o “Plano C ” do aumento de impostos.

    Meirelles sabe, o Banco Central sabe e o “mercado” sabe, apenas fingem que não.

    E você verá, no próximo post, como, além dos impostos, os recursos virão da postergação dos benefícios previdenciários, sem expluir, como cansaram de falar, quem está perto de se aposentar.

    http://www.tijolaco.com.br/blog/folha-quase-descobre-que-temer-esta-raspando-o-tacho-ate-o-impeachment/

     

  2. Escobar passeando em frente à Casa Branca, EUA

    Juan Pablo Escobar com o pai Pablo Escobar posaram tranquilamente em frente à Casa Branca em 1981 para esta foto. Segundo o texto no yahoo alemão, Escobar já estava a caminho de se tornar o mais poderoso traficante de drogas de seu tempo. O artigo conclui que até hoje esta foto deve causar embaraço aos serviços americanos antidrogas, já que o criminoso estava aparentemente se sentindo bastante seguro em seu passeio.

    O artigo (em alemão) está em

    https://de.nachrichten.yahoo.com/drogenboss-escobar-vor-dem-wei-en-haus-das-054954044.html 

  3. A fraude da Folha e o chute no balde

    Do blog Coleguinhas, uni-vos!

     

    A fraude – desculpe aí, mas Glenn Greenwald e Erick Dau estão certos, não tem outra palavra – que a Folha cometeu ao divulgar pesquisa dizendo que 50% dos brasileiros querem que #foraTemer continue no governo, quando a verdade inteiramente diferente, quase oposta, para mim confirma que os donos dos veículos impressos de comunicação simplesmente chutaram o balde, desistiram do negócio – ou passaram a considerá-lo apenas um acessório de outros, em ramos diferentes. Confirma porque não foi o primeiro desatino editorial cometido nos últimos anos: centenas, talvez milhares, de matérias anteriores insuflaram o golpe de estado ora em andamento, os exemplos são numerosos e os mais significativos podem ser consultados por quem se interessar no Hall da Infâmia do King of the Kings (aí em cima).

    Você pode argumentar que não foi o Otavinho que editou a lambança. Poderia ser assim se fosse uma cascata normal, dessas que a Folha edita três ou quatro vezes por semana. Essa não. Mentir deliberadamente para o leitor não está na alçada da direção de redação – arriscado demais, é decisão para dono, para quem manda, para quem toma as decisões estratégicas.

    E sabe do que mais? Do ponto de vista de um dono de jornal, de cara que pensa apenas na última linha do balanço, aquela em que se vê se houve lucro ou prejú, a decisão de Otavinho é defensável.

    Dê uma olhada nesta dupla tabela/gráfico. Ela foi montada a partir daquela pesquisa realizada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República publicada ano passado, com dados apurados no fim de 2014, que vimos exaustivamente por aqui, e antes, portanto, da “débâcle” da circulação ocorrida ao longo de 2015 e início deste ano e apontada pelos números de IVC, também vistos por aqui (aliás, falaremos sério sobre os dados do IVC semana que vem, ok?).

     

     

    Frequência de leitura de jornais por idade
    Não precisa nenhum estatístico para ver qual o problema. Três em cada quatro brasileiros simplesmente não leem jornal. Nunca. Muito ruim, mas há mídia em situação pior – as revistas. Veja (com trocadilho, por favor).

     

    Frequência de leitura de revistas por idade
    O problema dos veículos impressos não se restringe ao Brasil, obviamente, e osdados obtidos pelo Pew Research Center e divulgados há pouco demonstram isso nos Estados Unidos, situação que se estende a quase todos os países, nos quais os jornais há muito deixaram de ser fontes primárias de notícias, como se vê nos gráficos abaixo, retirados do Digital News Report, edição 2015, publicado pelo Reuters Institute de Oxford – o primeiro mostra a variação dos meios como fontes primárias de notícias na Alemanha e na Dinamarca; o segundo a distribuição desta mesma variável por 15 países, incluindo o Bananão.

     

    Reuters Institute Digital News Report 2015_Variação de fontes de notícias_Alemanha e Dinamarca.png

     

    Reuters Institute Digital News Report 2015_Fontes de notícias por país.png
    A diferença entre lá fora e aqui é a atitude dos “publishers” no que diz respeito ao declínio inexorável dos veículos impressos. Enquanto potências como New York Times e o grupo Axel Spring, da Alemanha, se viram procurando tornar suas reputações, construídas durante décadas, fontes de receitas por meio de novas ferramentas e produtos, os donos de veículos brasileiros definiram que, já que suas reputações nunca valeram de muito mesmo, vão radicalizar o que sempre fizeram: usar as publicações como armas apontadas para os Executivos visando tomar deles o que puderem em termos de publicidade oficial.

    É dentro deste conceito que pode ser vista a fraude perpetrada pela Folha e capturada (haha) pelo The Intercept. Como jamais desenvolveram capacidades gerenciais reais, dedicando-se apenas aprender as melhores formas de mamar nas tetas governamentais, os “publishers” tupinambás resolveram raspar o tacho – armaram o golpe e, agora, com o governo de #foraTemer no poder, partem com tudo para cima das verbas publicitárias manejadas pelo notório Eliseu Padilha. Se, pela boa, conseguirem emplacar um tucano em 2018 (se não alcançarem a meta de melar as eleições presidenciais até lá, o que seria melhor), terão mais cinco anos (é o novo período de mandato presidencial, lembra?) para saquear o que restar – se sobrar algo.

    Se der tudo, errado e a esquerda voltar ao poder, então se verá o que fazer. Uma opção para todos seria a “solução Abril”: vender parte minoritária das ações (como os Civita fizeram para o Naspers, em 2006) e/ou ir fundo no “branded content”(matéria ou publicações inteiras que falam de um tema de forma jornalística, mas pagas por anunciante ou grupo de anunciantes – um passo além do publieditorial, pois não há aviso de que é matéria paga em lugar algum). A autorização, por parte de #foraTemer, permitindo que o Grupo Globo repasse indiretamente as suas concessões poderia ser um passo preliminar para a primeira ideia. O Grupo Folha da Manhã, nesse contexto, está numa posição muito boa, pois, hoje, o jornal, além de arma para assaltar os cofres públicos, é pouco mais do que um gerador de tráfego para o UOL, a “rede Globo” dos Frias.

    Assim, quando mestre Bob Fernandes pergunta se os donos das empresas de comunicação não sabem que as pessoas estão vendo a hipocrisia deles no processo político pelo qual o país passa atualmente, a resposta é sim. Sabem. Só não se importam.

    P.S.: Você seguiu os links, certo?

    https://coleguinhas.wordpress.com/2016/07/23/a-fraude-da-folha-e-o-chute-no-balde/

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador