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  1. Para Lula, racismo é doença e dívida com povo africano é impagáv

    Da RBA

    Para Lula, racismo é doença e dívida com povo africano é impagável

     

    Em cerimônia de formatura no campus da Unilab na Bahia, ex-presidente diz que Brasil “está pagando as horas, anos e séculos da vida dos que foram trazidos para trabalhar até morrer sem ganhar” por Redação RBA publicado 19/08/2017 11p7, última modificação 20/08/2017 00p6  Ricardo Stuckert/Fotos Públicaslula-e-mano.jpg

    Formando Moacir Armando Soares Gama é cumprimentado por Lula após receber o diploma de suas mãos

    São Paulo – Os jovens se atiravam nos braços dele como se fosse alguém da família. Cada formando escolheu a própria música que comporia o momento em que fosse receber o canudo das mãos de “Luiz Inácio Unilab Lula da Silva”, como anunciou o orador. Suas faces estampavam beleza, orgulho de suas histórias e de suas origens. Roupas coloridas, penteados afro externavam o espírito: aprendemos a resistir desde cedo, como disse a oradora, ao mencionar reportagem da Folha de S.Paulo, que trazia como destaque a crise da faculdade. “Quem quer uma faculdade de negros e negras, pobres, indígenas, quilombolas, africanos?”, questionou, ao definir o perfil da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.

    Aquela cerimônia de formatura encerrada na noite desta sexta-feira (18) respondia. Os alunos Fernando Colônia, da Guiné-Bissau, e Fabiana Pedreira, do Brasil, ao falar em nome de suas turmas, pediram que a Unilab seja ampliada com mais cursos. “Agradecemos (ao ex-presidente Lula, patrono da formatura) por ter sancionado a lei de criação desta nossa Unilab, possibilitando que as duas margens opostas do Atlântico se reencontrassem, dessa vez em outras condições, para que assim nós, negras e negros, brasileiros e africanos, pudéssemos construir uma nova história, de mãos dadas, a caminho da nossa emancipação política e social”, disse Fabiana.

    A gratidão a Lula é manifestada nos sorrisos, aplausos, nas infindáveis selfies. Mas os principais homenageados eram eles mesmos, desde a menção à história de seus antepassados e todos os negros e negras, ao carinho para com a funcionária Chica, do restaurante universitário. O Campus dos Malês da Unilab fica em São Francisco do Conde, na região metropolitana de Salvador. A maioria de seus 40 mil habitantes forma a maior população negra do país.

    Cláudia Motta/TVT/RBA itelvina.jpgEdelvina José Fernandes, de Guiné-Bissal caçula entre os cinco irmãos e primeira a obter diploma universitário

    Entre eles a família de Edelvina José Fernandes, de Guiné-Bissau, que acabara de receber o canudo das mãos do Doutor Honoris Causa da Unilab, Luiz Inácio Lula da Silva. “Sou a caçula da minha família. Tenho mais quatro irmãs e um irmão e sou a primeira a receber um diploma”, diz. “Estou sem palavras para explicar como é receber um diploma das mãos do presidente Lula. Isso só foi possível graças a uma política de Estado do Brasil.”

    Sou capaz de unificar o povo brasileiro e recuperar este paísNão sou nenhum revolucionário, sou um despertador de consciências

    Durante seus 15 minutos de fala, encerrados às 23p0 de ontem, Lula contou que foi ao Senegal quando era presidente, junto com seu então ministro da Cultura, Gilberto Gil. Ao visitar a “Porta do Nunca Mais”, lugar onde os africanos escravizados deixavam o continente, refletiu: “Como mensurar uma dívida dessa? O trabalho que nunca foi pago?”, disse classificando a escravidão como dívida impossível de ser paga em dinheiro. “Vocês não devem nenhum favor a este país. O Brasil não está fazendo favor, está pagando as horas, os anos e séculos da vida de africanos que foram trazidos para cá e trabalharam até morrer sem ganhar nada”, disse.

    O patrono cumprimentou todos os formandos e observou que, apesar dessa dívida impagável, o racismo ainda persiste na sociedade brasileira, citando diretamente o Campus de Redenção (CE), sede da Unilab. “Certamente se fossem brancos de olhos verdes, não haveria esse preconceito”, criticou. E definiu: “Preconceito não é posição política, é doença.”

    Ouça a fala de Lula (16 min)

     

    Título na ruas

    A sexta-feira da Caravana Lula Pelo Brasil começou no município de Cruz das Almas. A chegada de Lula à cidade de 75 mil habitantes, a 150 quilômetros de Salvador, teria como objetivo a entrega do título de Doutor Honoris Causa pela direção da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). A inciativa foi barrada ontem por um juiz federal local, atendendo a um pedido do vereador de Salvador Alexandre Aleluia (DEM).

    Assista à reportagem do Seu Jornal, da TVT

    A estudante de Biologia Clícia Tainã Cerqueira Bonfim acompanhou a chegada da caravana com uma única esperança: dar um abraço no visitante. Aluna da universidade, erguida na região durante o governo Lula, Clícia revelou sentimento de frustração dos estudantes. “Toda a cidade esperava por ele aqui com a esperança de poder abraçá-lo. A maioria dos estudantes sabe da importância dele para a universidade, é uma região muito marcada pelos preconceitos, já que é grande o número de negros e pobres que vivem aqui”, disse. “Esse título seria uma forma de a gente agradecer. A proibição até da entrada dele na universidade causou indignação muito grande. Mas, simbolicamente, esse título é do presidente, e de uma certa forma ele sabe disso.”

    Sabe mesmo. Em entrevista a uma emissora local ainda pela manhã, o ex-presidente minimizou a decisão judicial. Criticou a medida, descabida do ponto de vista da autonomia das universidades, mas disse ter sido compensado pelo carinho dos baianos. “Cada menino negro da Bahia que recebeu o seu diploma é o meu título de Honoris Causa. E isso nenhum vereador ou juiz pode apagar”, afirmou.

    Cláudia Motta/TVT/RBA lula-festival-da-juventude.jpgAos 2 anos, Luiz Inácio Lula da Silva é apresentado ao xaráRicardo Stuckert/Fotos Públicas lula-em-cruz-das-almas.jpgChegada de Lula a Cruz das Almas

     

    “Se eu fosse um cara que tivesse um coração fraco, eu não sei o que teria acontecido comigo ontem (17). Foi muito forte, nunca vi tanto carinho e tanto afago comigo como o povo baiano demonstrou”, disse, sobre seu desembarque em Salvador para iniciar a caravana que percorrerá, até 5 de setembro, 4 mil quilômetros para passar por 25 municípios dos noves estados do Nordeste.

    Na quinta, Lula encontrou-se com o jovem Everton Conceição Santos, hoje aluno do 1º ano do ensino médio em Lauro de Freitas, na Grande Salvador. Everton tinha 7 anos quando, durante a campanha presidencial de 2006, protagonizou uma foto histórica ao estender o braço ao ex-presidente numa vista do então candidato à cidade. Ontem, em Cruz das Almas, no Festival da Juventude, foi apresentado ao menino Luiz Inácio Lula da Silva, 2 anos.

    Ao abordar a “agenda universitária” da caravana, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e o ex-ministro e ex-governador baiano Jaques Wagner lembraram a origem de seu ativismo político no movimento estudantil. “Fui presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1992, durante o movimento de impeachment contra o presidente Fernando Collor de Melo. Entrei na universidade em 1987. Naquele período, teve a Constituinte. E tinha uma briga do movimento estudantil, das universidades, que era a luta pela autonomia universitária. Naquele momento se criou um consenso: ninguém poderia meter o nariz nas universidades públicas. Por isso, quero dizer que a atitude desse juiz é uma nova invasão às universidades públicas”, afirmou.

    Jaques Wagner lembrou que sua primeira participação em um evento estudantil foi num momento emblemático da ditadura. “Em 1968, foi quando as forças de repressão militar mataram o estudante Edson Luiz, no Calabouço, restaurante da UFRJ. E o calabouço era muito perto do lugar onde eu estudava. Então veio uma multidão de jovens carregando o corpo de Edson Luiz e o levaram ele até a Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, e até a Assembleia Legislativa. Eu, sem muita elaboração, saí da sala de aula para acompanhar. Eu já tinha algum grau de consciência política mas nunca tinha militado na esquerda, no movimento estudantil. Então eu desci e foi um alvoroço. A partir dali foi convocada aquela superfamosa passeata dos 100 mil.”  

    O presidente da CUT, Vagner Freitas, associou a liminar que vetou a entrega do título a Lula ao autoritarismo do passado e afirmou que denunciará internacionalmente o episódio. “O que esse vereador e esse juiz estão fazendo, eles acham que é contra o Lula, mas não é. O Lula já é conhecido internacionalmente. Eles estão atentando contra a autonomia das universidades. E contra isso temos que fazer uma grande luta.”

    Vagner Freitas enfatizou que a caravana não é uma campanha política, mas “uma jornada pelo Brasil, pela retomada da esperança”. O sindicalista disse que espera por uma grande mudança no Brasil, em 2018, capaz de revogar “tudo o que foi feito por este governo golpista”. “Revogar reforma trabalhista, revogar o congelamento dos investimentos, construir um governo do povo para o povo. Revogação para a mudança.”

    Com reportagens da Cláudia Motta, enviada à Bahia e informações da Fundação Perseu Abramo e da TVT.
    Edição: Paulo Donizetti de Souza

    http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2017/08/para-lula-racismo-e-doenca-e-divida-com-povo-africano-e-impagavel

     

  2. ‘Com Lula, vamos reconstruir políticas e produzir alimentos saud

    Da RBA

    ‘Com Lula, vamos reconstruir políticas e produzir alimentos saudáveis para todos’

     

    Enquanto servia seu arroz de carreteiro na festa do Armazém do Campo, Stédile lembrou que os assentados do MST produzem com carinho a comida gostosa, saudável e barata que pode chegar à mesa do Brasil  por Redação RBA publicado 19/08/2017 21p2, última modificação 19/08/2017 21p2   Reprodução/TVT stédile.jpg

    Receita de arroz de carreteiro de Stédile, prato principal da festa, não tem agrotóxicos.

    São Paulo – Em meio às panelas em que preparou a receita de arroz de carreteiro guardada há gerações por seus familiares – que foi o destaque do almoço de hoje (19), pelo primeiro aniversário do Armazém do Campo, em São Paulo – o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, defendeu o retorno de Lula à Presidência da República.

    “A volta de Lula significa que nós reconstruiremos políticas públicas para a produção de alimentos saudáveis para todos”.

    Conforme lembrou, o Armazém do Campo é uma pequena mostra dos alimentos saudáveis, e a preço justo, que as famílias assentadas pela reforma agrária estão produzindo para consumo próprio e para a população.

    A loja do MST localizada nos Campos Elíseos, próximo ao centro de São Paulo, que comercializa produtos não perecíveis, como arroz, feijão, geleias e leite em pó, entre outros, é também uma “tribuna” permanente para o assentado dialogar com a população paulistana e mostrar que é possível produzir alimentos sem veneno, gostosos, em grande quantidade e barato.

    “No fundo, nós lutamos por terra para isso, para poder produzir  alimentos saudáveis, sem agrotóxicos, para todo mundo. O agronegócio vive fazendo propaganda, mas não produz alimentos. Produz lucro. Para eles. E para produzir em grande quantidade, de escala, eles enchem de veneno a soja, o milho, que um dia pode dar câncer”, diz Stédile.

    Conforme destaca, faz parte do espírito da reforma agrária o zelo do produtor pela saúde de todos e do meio ambiente – por isso levanta cedo para ter tempo de cuidar de tudo com carinho.

    Segundo o líder do MST, o golpe que tirou Dilma Rousseff (PT) da Presidência acabou também com a reforma agrária e prejudica a agricultura familiar. Para começar, destruíram o Ministério do Desenvolvimento Agrário e todas as políticas que favoreciam a produção de alimentos.

    “Aqui na cidade de São Paulo, esse idiota do prefeito, que não merece nem ser citado, acabou com a merenda. No tempo do Haddad, nós vendíamos arroz orgânico, suco, leite em pó em melhores condições e esse aí cortou. Inclusive tem empresa contratada que proíbe as crianças de repetir o prato”, disse.

    “As políticas de Lula e Dilma eram forma de alcançar o máximo possível de pessoas para distribuir alimentos saudáveis para crianças, que é o principal, acabaram.”

    Outra parte trágica do impeachment, segundo ele, é ampliação do domínio da bancada ruralista no governo federal. “Depois do golpe, os fazendeiros se acham imunes a todos os crimes. Um deles, o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha está sendo investigado por crime ambiental. E muitos outros mais truculentos, que são a minoria, preferem resolver os conflitos de terra à bala. É por isso que só este ano já tivemos mais de 60 companheiros, trabalhadores, assassinados por pistoleiros ou por policiais pagos por fazendeiros.

    Armazém do Camponês

    O MST tem iniciativas semelhantes ao Armazém do Campo em outras regiões. Uma delas é o Armazém do Camponês, localizado em São Gabriel, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Inaugurada no início de julho pela Cooperativa Agroecológica do Camponês (CooperCamponesa), funciona de segunda a sábado nas dependências do mercado público municipal.

    A iniciativa é fruto de articulação entre a CooperCamponesa e a prefeitura para fortalecer a hortifruticultura e a agricultura familiar do município. E tem apoio da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Cooperativa de Trabalho em Serviços Técnicos (Coptec) e  Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).

    O objetivo do Armazém é gerar renda para as famílias assentadas, fornecer alimentos saudáveis para a população e valorizar a produção local. Dos hortifrutigranjeiros consumidos no município, mais de 80% vêm de fora. 

    Confira a reportagem da TVT:

    [video:https://youtu.be/g6CHx4j8LD0%5D 

    registrado

    http://www.redebrasilatual.com.br/saude/2017/08/2018com-a-volta-de-lula-vamos-reconstruir-politicas-para-producao-de-alimentos-saudaveis-para-todos2019

  3. O JN de ontem meteu o cacete

    O JN de ontem meteu o cacete em Dilma, repercutindo a matéria de VEJA sobre a tal aposetnaroria de pouco mais de cinco mil reais, pra dizer que ela fulou a fila do INSS, etc. Será que hoje o Fantástico vai dar mais relevância a essa miséria de aposetnatoria de uma mulher que trabalhou a vida inteira, que foi Presidente eleita pelo povo em dois mandatos, e deposta por uma corja de bandidos, ladrões dos cofres públicos? Talvez sim, porque, isso é a prova de que não se tem até hoje não aparecue uma mala, um pacotinho de dinheiro no seu apartamento, ou uma conta-bancária incompatível com sua renda. 

     

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