Clipping do dia

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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As matérias para serem lidas e comentadas.

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  1. Bloqueados pelo sistema

    Até essa hora nenhuma matéria postada no Clipping do dia. A verdade é que estamos sendo bloqueados pelo sistema e a situação ainda não foi resolvida.

    1. É verdade

      O sistema está bloqueando muita gente, ou muitas postagens aleatórias e não estão conseguindo resolver isso.

      Hoje ficamos fora do ar por 3 horas.

      Estamos em cima para resolver e parece que isso significa mudar de plataforma.

      De qualquer forma, pedimos paciência a vocês. Um pouco mais.

      1. Tem um caminho que achei para postar textos gerados externamente

        Primeiro: Passem o texto para o bloco de notas.

        Segundo: Desabilitem o editor de texto que fica abaixo da caixa.

        Terceiro: Copiem do Bloco de Notas o texto e coloquem na caixa.

        Quarto: Cliquem no salvar.

        Quinto: Se quiserem introduzir links, figuras ou vídeos, façam depois de salvo o texto (e boa sorte)

        O problema está no editor!

        1. Maestri,
          Tenho conseguido

          Maestri,

          Tenho conseguido postar na “adição rápida-criar fora de pauta.” Mesmo assim tem baixa visibilidade e raramente as pessoas acessam. Abraço! 

  2. Qual a razão dos terraplanistas?

    Parece que agora as mentes mais esclarecidas depois de lerem um artigo na BBC sobre o desenvolvimento de comunidades de terraplanistas que se desenvolvem na nossa pátria, começam a ficar preocupados com o advento deste absurdo no país.

    Porém pelos comentários das dos diversos artigos denota-se pouco interesse em saber as origens e o porquê de tal absurdo científico sendo apoiado por centenas ou até milhares de pessoas no Brasil. Talvez devemos refletir mais sobre este movimento do que simplesmente debochar e ridicularizar estes terraplanistas, pois eles são mais um sintoma da realidade social e política brasileira do que outra coisa.

    É extremamente fácil denominar ou os terraplanistas ou os criacionistas, ou outras negações da ciência estabelecida de pessoas sem noção, fanáticos religiosos ou simplesmente de incultos, coisa que na realidade é o que eles são. Entretanto neste momento isto não ajuda em nada se não for entendido o processo com que se cria este desvio de forma de pensar. Ficando dois grupos praticamente estanques, um baseado na a razão e outro na fé. Com isto a batalha do conhecimento estará perdida a priori.

    Diversas razões interligadas dão uma ideia da origem desta verdadeira síndrome nacional. Primeira desta está na falta de cultura histórica e mesmo o desconhecimento de parte de suas raízes e o alijamento de grande parte da população do que por séculos chamamos a “intelectualidade brasileira”. Explico melhor. As pessoas adeptas dessas ideias anacrônicas de negação da ciência estabelecida geralmente são pessoas que pertencem a uma primeira ou segunda geração de famílias que saíram do analfabetismo e conseguiram completar o segundo grau ou até atingir um curso técnico. Porém os mesmos identificam no seu passado a ciência dominante como mais um item de opressão como os demais. Haviam os que sabiam algo e desprezavam os que não sabiam nada e haviam os excluídos de tudo.

    Esta exclusão que perdurou por séculos no nosso país, criou gerações de pessoas que mal sabiam ler e escrever, e não sabem quem são seus antepassados pois simplesmente estes não deixaram registros escritos de suas vidas.

    Estas pessoas com razão se sentem alijadas da sociedade tradicional logo dela tudo desconfiam, pois durante séculos foram enganadas por todos principalmente por uma oligarquia que dominava o dinheiro, a política, a religião, a ciência e as artes, em suma o poder, ou seja, como no passado foram enganados, surrupiados e escravizados por que no presente não podem estar passando pelo mesmo processo?

    Como foram por séculos essa massa de excluídos de tudo no lugar de lutar contra a sua exclusão foram resgatados pela parte mais sombria da religião, os fundamentalistas bíblicos. Porém devemos lembrar que a religião católica era uma máquina de produzir ignorantes, pois assim como não cabia aos seus fiéis a leitura e interpretação da bíblia, não cabia aos mesmos as tarefas intelectuais reservadas as oligarquias e seus servos mais próximos.

    Lembro também que aos sábios católicos era lícito conhecer o mundo e a ciência. A teoria heliocêntrica que foi levantada no ocidente por um cônego católico, Nicolau Copérnico (1473 — 1543), foi aceita pela igreja católica e sua obra nem foi colocado na lista de livros proibidos.

    Os fundamentalistas religiosos são herdeiros da mesma ignorância religiosa que era deixada aos excluídos, mas execrada pela inteligência no poder, não tem a noção do que é a ciência e quão importante que está no seu aspecto utilitário, como conhecer melhor as rotas marítimas para o transporte das riquezas no século XVI, ou confiar nos GPS a partir de satélites postos em órbita terrestre nos dias atuais.

    Mas como ao Brasil é reservado o papel de exportador de matérias primas, a ignorância pode progredir pois estamos abrindo mão de algo mais do que exportar carne bovina e minérios, logo as ditas “elites brasileiras” tratam mais como algo bizarro e como uma típica demonstração da ignorância do povo, e pior, os setores mais progressistas tratam com desprezo e com distância estes terraplanistas que foram e estão sendo tratados como ignorantes e incultos como a população devia e deve ser, deixando a revelação somente para os mais cultos.

    As novas gerações quando tem a oportunidade fazem cursos mais técnicos do que universalistas se cria uma geração que além de ter a condição de saber ler e ter uma noção básica e totalmente incompleta da ciência, com a possibilidade de acessar informações errôneas, porém plausíveis, reagindo como verdadeiros bárbaros, que olham a cidade, gostam dos seus confortos, mas não tem a mínima condição de compreensão de como ela funciona. Como o grau de conhecimento escapa da sua capacidade de entendimento recorrem ao MÁGICO (ou religioso), pois a fé não necessita entendimento, ou se tem ou não se tem!

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