Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Luis Nassif

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  1. O que as feministas não aguentam mais ouvir
    Aposentadoria, alistamento militar obrigatório, ingresso mais barato na balada – isso não é privilégio, é machismo

    por Nádia Lapa  O feminismo é pauta constante em conversas, na mídia, na mesa do boteco. E, como muita gente não reconhece o movimento como legítimo, de bases históricas, de militância incansável e estudado  na academia, repetem absurdos a respeito do tema. Acham que o senso comum resolve. Ignorância ou má fé? Não sei, mas o primeiro dá para resolver – tem um monte de livros bacanas, blogs interessantes (inclusive esse aqui!) e perfis no Twitter que falam de feminismo o tempo todo.

    Mas sempre que chega alguém “novo” no rolê, a pessoa faz questionamentos pueris, quase nunca com o desejo de saber mais. A intenção – nota-se pelo tom da voz – é “desmascarar esse tal feminismo”.

    Eu prefiro desmascarar as falácias.

    1) Feminismo é contrário de machismo.

    Bom, quem diz isso ainda está na fase “feminismo para dummies”. Machismo é um sistema patriarcal, institucionalizado, de opressão de um gênero sobre o outro. Feminismo é um movimento que visa a igualdade e, mais do que isso, desafia esse sistema. Há muitos feminismos, e cada um deles propõe uma forma de acabar com o machismo. Há anarcafeministas, feministas radicais, feministas liberais, e por aí vai. Tem quem queira repensar o capitalismo, tem quem lute pelo empoderamento da mulher sem mexer nas estruturas do capital. Mas basicamente feminismo e machismo não são nada similares.

    2) Por que mulher se aposenta antes? Nessa hora ninguém reclama!

    Sim, reclamamos, mas não lá, aos 60 anos.

    Reclamamos antes, pela “obrigação” de lavarmos a louça, tirarmos a toalha molhada da cama, varrermos o chão e esfregarmos a privada que você usou. Na divisão sexual do trabalho, as mulheres exercem a atividade mais mal remunerada do mundo: cuidar da casa. Mal remunerada porque simplesmente não é remunerada.

    Segundo a Pesquisa Nacional de Domicílios (Pnad), do IBGE, mulheres gastam 23,9 horas da semana cuidando de afazeres domésticos, enquanto os homens ficam com apenas 9,7 horas. Em alguns estados, a diferença é ainda mais gritante: na Paraíba, mulheres gastam 27,8 horas semanais cuidando da casa; os homens, 10,6 horas. É quase o triplo.

    A pesquisa abrange moradores acima de 10 anos de idade. O resto é só matemática. Se a jornada de trabalho normal no Brasil é de 40 horas semanais e a mulher trabalha em casa, sem remuneração, por 24 horas por semana, no fim do ano ela trabalhou 1.147 horas, enquanto o homem, apenas 465. Multiplique pelos anos até a aposentadoria, e aí você saberá a razão da diferença.

    Você conhece algum casal que compartilha as tarefas domésticas? Ótimo. Por enquanto, eles são a minoria da minoria. Quando isso for a regra, e não a exceção, não tenha dúvida: a idade para aposentadoria da mulher vai aumentar (ou você acha mesmo que o governo quer deixar de receber as contribuições e já começar a pagar?).

    Importante apontar, também, que 93% das crianças e adolescentes envolvidos em trabalho doméstico no Brasil são meninas.

    3) Por que vocês não lutam pelo alistamento militar obrigatório?

    Essa parte, confesso, me faz rir.

    Por que alguém lutaria por uma obrigação?

    Nem precisaria explicar depois disso, mas sou insistente: as mulheres (não necessariamente feministas) lutam para fazer parte dos quadros das forças armadas. Os Colégios Militares, por exemplo, só aceitaram alunas mulheres depois da Constituição Federal de 1988. Até hoje concursos simplesmente não aceitam mulheres. Leis e ações judiciais, como esta do Ministério Público do Distrito Federal, tentam reverter isso.

    Além disso, existem feministas – como eu – que são contra o militarismo. Outras são a favor de que seja voluntário para homens e mulheres.

    4) Feminista até paga menos na balada/pagar o motel/chegar a conta.

    Mulheres pagam menos na balada porque são usadas como iscas. Homens heterossexuais não costumam gostar de ir para festas onde “só tem marmanjo”. Isso é machismo, não feminismo.

    Sobre o motel, realmente muitas mulheres acham que o homem tem que pagar. Sabem o motivo? Fomos ensinadas de que o cara “aproveitou”, que nós fizemos algum tipo de concessão, sei lá, e que o cara precisa pagar por isso. Isso é machismo, não feminismo. O mesmo vale para a conta.

    5) Quem vai abrir potes se vocês acabarem com os homens?

    Ninguém quer acabar com os homens, por favor.

    E sabemos abrir potes. Tivemos aulas de física e aprendemos que o calor dilata metais. Logo, é só esquentar um pouquinho a tampa que ela vai ficar mais frouxa. Também dá para fazer uma alavanca com a colher. E, vejam só, existem até utensílios que fazem tudo isso por nós.

    Como diria Simone de Beauvoir, em tempos tecnológicos, não há que se falar em força física para tarefas normais do cotidiano. A roda já foi inventada. E, putz, que existência desgraçada a de quem acha que sua função no mundo é abrir potes para mulheres indefesas, hein?

    ***

    Semana que vem teremos mais um post, com mais cinco coisas que a gente não aguenta mais ouvir. Vou falar sobre depilação, sobre a falta de louça pra lavar, sobre vida sexual. Por enquanto, fiquem com o ótimo texto da Aline Valek, o FAQ feminista.

    http://www.cartacapital.com.br/blogs/feminismo-pra-que/o-que-as-feministas-nao-aguentam-mais-ouvir-7319.html

     

  2. Patrimônio Cultural do Brasil

    O governo lançou um programa único para brasileiros desfrutarem da sua herança cultural.

    ALJAZEERA | Rob Reynolds | 20 Abril 2014

    O Brasil é mais conhecido por suas praias, música e futebol, mas o país também quer despertar o interesse para as suas tradições artísticas e culturais. 

    [video:http://youtu.be/ejYKJ1yeLSA%5D

    O programa inédito incentiva a população de baixa renda descobrir as suas tradições artísticas e culturais.

     

  3. Barbosa diz que não quer ser envolvido em crime da procuradora

    Do Tijolaço

    Barbosa diz que não quer ser envolvido em crime da promotora-espiã. Ao menos, diz que é crime…

    20 de abril de 2014 | 09:50 Autor: Fernando Brito

    espia

    A insatisfação do Ministro Joaquim Barbosa com o espaço oferecido pela Folha para que contestasse a coluna de Janio de Freitas (onde se afirmou que era “interessante que o juiz da Vara de Execuções Penais e o ministro Joaquim Barbosa não dessem sinal algum de estranheza –sem falarmos nas providências legais necessárias– ao deparar-se com coordenadas geográficas de latitude e longitude para pedir quebra de sigilo telefônico de números, endereços e portadores de celulares não citados”) acabou por proporcionar uma situação ainda mais interessante.

    Claro que Janio, sem recuar do que dissera – porque é mesmo estranhíssimo que um presidente da Corte Suprema dê curso normal ao expediente ardiloso da promotora Márcia Milhomes para violar o sigilo telefônico do Palácio do Planalto – ofereceu todas as possibilidades de que o presidente do STF manifestasse sua insatisfação.

    Mas nasceu daí fato interessante.

    O Dr. Joaquim mandou dizer, por sua assessoria que se sente indignado por estar sendo acusado de “participação em um ato criminoso, qual seja a quebra ilegal de sigilo telefônico”.

    Embora Janio de Freitas não o acuse – apenas estranhe a sua inação – é bom saber que o Dr. Joaquim avalie que a promotora tentou cometer um crime.

    Resta saber, portanto, porque a insólita atitude do Ministério Público, que não atuou diante desta preparação de ação delituosa por parte de uma de suas próprias integrantes.

    Daqui a pouco vamos falar de outro acontecimento insólito envolvendo o MP, desta vez o caso do helicóptero do pó, que corre o sério risco de terminar em nada, por artes do MP…

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=16873

  4. O helicóptero do pó corre o risco de virar pó. E graças ao MP…

    Do Tijolaço

    O helicoptero do pó corre o risco de virar pó. E graças ao MP…

    20 de abril de 2014 | 11:45 Autor: Fernando Brito

    joaquim

    O amigo leitor ficou intrigado com a rapidez com que o senador Zezé Perrela e a seu filho deputado Gustavo – donos do helicóptero apreendido com quase meia tonelada de cocaína – foram descartados da investigação?

    A distinta leitora ficou perplexa com a rapidez com que soltaram os homens presos em flagrante num esquema de tráfico internacional e nesta escala?

    Pois você vão ficar muito mais impressionados com a notícia de que até o processo criminal sobre o caso corre o risco de ser anulado.

    A história escabrosa foi publicada não por um grande jornal, ou por uma revista semanal destas que são capazes de descrever o que não viram e reproduzir o que não ouviram.

    Quem narra, e com farta documentação, é o repórter Joaquim de Carvalho, do Diário do Centro do Mundo,  que revela que um conflito no MP faz surgir a suspeita de que a ação policial possa ter sido feita a partir de escutas ilegais, sem que se saiba a razão que levou a Polícia Federal a se mobilizar numa operação assim.

    Ou, por outro lado, pode ser esta uma falsa versão, levantada por um promotor interessado em “melar” a operação e a fazer com que os envolvidos saiam livres de tudo.

    Como a imprensa brasileira, neste caso e em qualquer outro que mexa com interesses dos seus prediletos, não apura, não deixe de ler a reportagem de Joaquim de Carvalho, um ótimo trabalho do DCM, financiado pelos seus leitores.

    Procurador da República vê indícios de farsa
    na investigação do helicóptero dos Perrellas

    O processo que os servidores da Justiça Federal do Espírito Santo apelidaram de “Helicoca” nasceu do inquérito policial número 666/2013, aberto no dia 25 de novembro de 2013 e encerrado em 17 de janeiro de 2014. Em 53 dias, os policiais interrogaram 17 pessoas, entre eles os quatro presos em flagrante, e juntaram 44 documentos.

    Mas aquela que é até agora a prova mais interessante do crime não é encontrada no inquérito, mas no YouTube. Trata-se de um vídeo de quase 13 minutos, em que um agente da Polícia Federal registra toda a ação.

    O DCM teve acesso ao processo sigiloso em que o Ministério Público Federal diz que a investigação da “Helicoca” começou com uma farsa.

    O vídeo da apreensão tem início quando desponta no céu da zona rural de Afonso Cláudio, no interior do Espírito Santo, o helicóptero cor de berinjela com faixa dourada e o prefixo GZP – G de Gustavo, Z de Zezé e P de Perrella, as iniciais de seus proprietários, o deputado estadual Gustavo Perrella, do Solidariedade, e o senador Zezé Perrella, do PDT, pai e filho.

    É fim da tarde de domingo, 24 de novembro. A câmera é operada por um homem escondido atrás de um pé de café. O ronco do motor e o barulho da hélice não encobrem a fala do policial, que tem forte sotaque carioca e se comunica por rádio com equipes a postos para o flagrante.

    As imagens, feitas de longe, são tremidas, o que mostra a falta de um apoio, um tripé. Aparece um carro branco, com porta-malas aberto, e mais duas pessoas, um de camisa rosa, que mais tarde seria identificado como o empresário Robson Ferreira Dias, do Rio de Janeiro, e outro de camisa verde clara, mais tarde identificado como Everaldo Lopes Souza, um sujeito simples, que se diz jardineiro, ligado a um empresário de Vitória, Élio Rodrigues, dono da propriedade onde a aeronave deveria ter pousado. Na última hora, o helicóptero acabou descendo na propriedade vizinha, que não é cercada.

    A três minutos e quarenta segundos, o policial narra:

    – Estão tirando a droga. O piloto correu para pegar o combustível e eles estão colocando a droga dentro do carro. O motor não foi cortado, o motor da aeronave não foi cortado. Estão carregando a droga na mala do carro, o motor não foi cortado, o copiloto foi buscar os galões. Cadê o helicóptero da PM?

    A câmera volta para o plano aberto e fecha de novo na cena, muito tremida.

    – São vários sacos pretos. Tem muita coisa, galera, muita coisa… vários sacos pretos. Eu acho que o piloto cortou… cortou o motor! Um segundo…Negativo, o piloto não cortou o motor… está descarregando a droga, e está começando a abastecer o primeiro galão.

    Alguns segundos depois, avisa, triunfante:

    – Positivo! Positivo! Cortou o motor, o helicóptero cortou o motor! Vamos lá, galera, pode ir. Quem conseguir pode ir. Vamos lá, tenente! Pode ir, Serra (com a pronúncia fechada, Sêrra). Eles estão abastecendo. Tem que ser rápido, tem que ir rápido!

    Já são 7 minutos de gravação, a hélice para. Mais tarde, as imagens mostram três homens carregando a droga para o porta-malas do carro. Um deles está de camisa branca, que não aparece nas imagens anteriores. É Rogério Almeida Antunes, o piloto do senador Zezé Perrella e do deputado Gustavo Perrella. O outro piloto, Alexandre José de Oliveira Júnior, de camisa preta, não aparece nesta imagem. Ele se afastou para pegar mais combustível.

    Imagens tremidas mostram a mata. Ouve-se chiado no rádio. Quando a câmera volta para a cena principal, mostra os acusados de tráfico com as mãos na cabeça, se abaixando. Tudo muito tranquilo.

    – Positivo, positivo! Estão todos eles dominados. Vamos embora, tenente. Adianta o pessoal para dar apoio lá. Dominados lá os vagabundos. Parabéns, equipe, parabéns. Iurruuuuú. O show tá doido, maluco! DRE te pega, parceiro!

    DRE é a sigla de Delegacia de Repressão a Entorpecentes, órgão da Polícia Federal. A câmera é desligada e volta com a imagem da droga no porta-malas e no banco traseiro do carro.

    O vídeo foi apresentado à Justiça pelo procurador da República Fernando Amorim Lavieri como indício de crime. Não o de tráfico, demonstrado no inquérito, mas de fraude processual e falso testemunho. Nesse caso, os criminosos seriam os policiais que fizeram a prisão.

    Na denúncia que transforma os policiais de caçadores em caça, o procurador Lavieri diz que desde o início desconfiou da versão da polícia para o flagrante. E procurou o responsável pelo inquérito, delegado Leonardo Damasceno, em busca de esclarecimento, quando teria ouvido a versão de que o flagrante era, na verdade, resultante de uma interceptação telefônica realizada em São Paulo.

    O procurador também conversou com um agente da PF, Rafael Pacheco, que teria confirmado a versão do delegado Damasceno e acrescentado que, em São Paulo, a Justiça e o Ministério Público, “sensíveis ao flagelo do tráfico”, teriam autorizado interceptações telefônicas abrangentes, criando uma verdadeira “grampolândia”, daí resultando na apreensão da droga no helicóptero de Perrella.

    Como os dois negaram na Justiça a versão de Lavieri, o procurador pediu afastamento do caso e se colocou na condição de testemunha do processo. Um testemunho que só serve como argumento para a defesa pedir a anulação do processo, como de fato já pediu.

    Continue lendo no Diário do Centro do Mundo.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=16887

  5. BBC:Mensagens antissemitas espalham medo entre judeus da Ucrânia

    Panfletos antissemitas

    Panfletos antissemitas apareceram em bairros judeus de Donetsk
    http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/04/140418_antissemitismo_ucrnania_mm.shtml 

    [A reportagem é da inglesa BBC, para não dizerem que não vem de “fonte confiável”. Na verdade não é uma fonte confiável mesmo, mas costuma dizer o que os anti-moscou gostam de ouvir. No final, por exemplo, eles dizem que os judeus falantes de russo que vivem no leste da Ucrania querem a proteção da Europa. Nada mais verdadeiro.]
     

    Nos últimos dias, vários folhetos foram distribuídos por homens mascarados nas saídas das sinagogas de Donetsk. A cidade no leste da Ucrânia está no centro do conflito entre o governo de Kiev e os separatistas pró-Rússia, que querem que a área seja anexada por Moscou, a exemplo da Crimeia.

    “Nunca tivemos problemas aqui. Meus amigos ucraniamos e russos me respeitam por ser judia. Esse pedaço de papel foi ao mesmo tempo patético e repugnante”, conta.

    Os líderes da República Popular de Donetsk, proclamada por separatistas pró-Rússia, negam estar por trás das mensagens. Eles acusam o governo de Kiev de espalhar os folhetos para desacreditar o movimento autonomista.

    Ameaças

    Para boa parte dos 15 mil judeus de Donetsk, a simples distribuição dos panfletos é motivo suficiente para se preocupar.

    “Isso é só mais uma demonstração das coisas horríveis que andam acontecendo aqui”, diz Asya. “Não acredito que os judeus estejam sob perigo imediato, ainda que tudo isso seja parte de um plano para arrastar as pessoas ao confronto”, diz.

    O antissemitismo é parte da história familiar de Asya. Cinco de suas tias foram enterradas vivas durante a invasão alemã em 1941. Nos anos seguintes, boa parte de sua família foi exterminada.

    Desde o fim da Segunda Guerra, a vida dos judeus locais foi de paz. Asya conta que recusou várias oportunidades de deixar a Ucrânia desde o colapso da União Soviética. Mas, há algumas semanas, ela começou a fazer um curso de alemão.

     

    “Estou pensando em ir à Alemanha. É a primeira vez na minha vida que penso em ir embora”, conta. “Eu tenho medo da Rússia, não dos russos, mas do governo. Acho que o Ocidente está subestimando o perigo que Putin representa”, diz.

    Para o rabino Pinkhas Vyshedsky, da cidade de Donbass, “a impressão é que alguem está tratando de arrastar (os judeus) para um jogo político entre a Rússia e Ucrânia”.

    O rabino já pediu às forças de segurança da Ucrânia proteção especial à comunidade. Até agora, não houve resposta.

  6. Morreu Hurricane Carter: o pugilista que enfrentou a injustiça

    O ex-pugilista Rubin “Hurricane” Carter, que passou quase vinte anos da sua vida preso por três assassinatos que não cometeu e cuja história inspirou uma célebre música de Bob Dylan, morreu este domingo em Toronto. Hurricane Carter, como era conhecido, faleceu aos 76 anos depois uma longa luta contra um cancro na próstata.

    Rubin “Hurricane” Carter na prisão de alta-segurança East Jersey State Prison (ex-Rahway State Prison) em Avenel, Nova Jersey.

     

    Carter, nascido em 1937 na cidade norte-americana de Clifton, começou a sua carreira de pugilista depois de se alistar no exército. Passaria quatro anos na prisão por furto, até em 1961, ano em que é libertado, regressar à prática desportiva para se tornar profissional de pesos médios.  Tudo apontava para um futuro promissor, depois de acumular mais de uma dúzia de vitórias seguidas, na sua maioria por knock out, o que lhe valeu a alcunha de Hurricane (furacão).

    Mas, em 1966 é detido com um amigo e acusado de assassinato de três pessoas em Nova Jersey. Num julgamento relâmpago é condenado a três penas perpetuas por um júri composto exclusivamente por brancos. Tanto Carter como o seu amigo, John Artis, negaram sempre o seu alegado envolvimento nos crimes. Para além disso, passaram sem problemas num detetor de mentiras e nunca foram reconhecidos como autores pelas testemunhas.

    Em 1974, Carter publica a autobiografia “The Sixteenth Round” que atraiu a atenção de pessoas como o cantor Bob Dylan ou Mohamed Ali. Dylan viria a reunir-se com Carter na prisão e, convencido da sua inocência, organizou vários concertos de apoio e denúncia do seu caso. Em 1975, escreveu a canção Hurricane que rapidamente se converteu num grande sucesso musical e num hino da luta pela justiça.

    Após um segundo julgamento em 1976, Carter e Artis foram novamente condenados, apesar de a principal testemunha de acusação ser um conhecido delinquente, que por duas ocasiões mudara a sua versão dos factos. Porém, em 1979 um adolescente negro que vivia no Canadá convenceu um grupo de canadianos, entre eles os advogados Leon Friedman e Myron Beldock, a iniciarem uma campanha pela sua libertação.

    Os seus esforços surgiram efeito. Em 1985 um juiz federal entendeu que a Procuradoria tinha agido de má-fé nos dois julgamentos e anulou as penas de que era acusado. Após 19 anos, sai da prisão e muda-se para Toronto onde vai viver com o grupo que tornou possível a sua libertação.

    Em 1999, o realizador canadiano Norman Jewsion dirigiu a longa-metragem The Hurricane, protagonizada por Denzel Washington, sobre a história de Carter. Posteriormente, tornou-se ativo na defesa da libertação de presos que, como ele, foram condenados por crimes que não cometeram.

    Durante anos o ex-pugilista foi diretor executivo da Associação em Defesa dos Injustamente Condenados em Toronto e mais tarde viria mesmo a criar a sua própria organização, Inocência Internacional. Em 2011, ao mesmo tempo que lhe foi diagnosticado um cancro maligno na próstata, Carter escreveu outra autobiografia: Eye of the Hurricane: My Path from Darkness to Freedom.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=gGMSfiH850o#t=253%5D

    (Extraído de ESQUERDA.NET)

     

  7. Deputado

    Deputado Dr.Rosinha(Dep.Fed.PT-PR) :   “… Lideranças políticas e da imprensa tem vergonha de declarar seus compromissos com os EUA…”

     

    Somente num país em que parte das lideranças políticas e da imprensa tem vergonha de declarar seus compromissos com os Estados Unidos se faz o que é feito em relação à Petrobras, diz deputado petista. Ele suspeita que interesses norte-americanos estão por trás das denúncias contra a estatal brasileira

    Por Dr. Rosinha* 

    Alguns podem achar que estou paranóico, mas tenho toda a fundamentação para levantar a seguinte suspeita.

    Durante muitos anos, os golpistas negaram a participação dos Estados Unidos na construção do golpe militar dos dias 31 de março e 1º de abril de 1964. Hoje, 50 anos depois, está mais do que comprovado que os EUA patrocinaram, trabalharam e construíram o golpe. E todas as vezes em que se sentiram e se sentem ameaçados, interviram e interveem política e militarmente, não importando em que parte do mundo.

    Fatos recentes têm comprovado a participação dos EUA. Seja em territórios distantes, como a invasão militar do Afeganistão e do Iraque, ou aqui do nosso lado, como o golpe dado no Paraguai.

    Há dois fatos recentes de intervenção americana aqui na vizinhança, na América Latina. Um, o já citado acima, o golpe no Paraguai para derrubar o presidente democraticamente eleito, Fernando Lugo. E o golpe engendrado contra Zelaya e a democracia em Honduras. Não seria um teste para ver a reação dos países sul-americanos? Ambos, segundo os EUA e a direita da América Latina, obedecendo à Constituição daqueles países. Em ambos não foi essa a leitura dos presidentes, democraticamente eleitos e que constituem a Unasul.

    Na atual conjuntura, estamos assistindo aos EUA patrocinarem mais um golpe, desta vez na Ucrânia, onde apoiam forças neonazistas. Também assistimos a mais uma tentativa de desestabilização na Venezuela. Em ambos os casos, há comprovação da participação norte-americana.

    E qual é a paranoia?

    Há no Brasil uma articulação da mídia, com o apoio dos partidos de direita, para desestabilizar o governo Dilma. E, para isso, vale toda e qualquer mentira ou desinformação: a inflação incontrolável, o desequilíbrio da balança de pagamentos, o apagão, a corrupção, etc. No momento, a bola da vez é a Petrobras.

    Todos sabem que sou contra a corrupção, seja no serviço público ou nas empresas privadas e estatais. Toda denúncia de corrupção tem de ser apurada, e no Brasil temos meios para isso. O meio menos apropriado é uma CPI, seja ela mista (Câmara e Senado) ou não. Sei o que falo. CPIs são o caminho mais curto para expor pessoas não comprovadamente criminosas e preservar os comprovadamente suspeitos ou criminosos. Não é exagero: o que deu a CPI que investigou o Cachoeira?

    Somente num país em que parte das lideranças políticas e da imprensa tem vergonha de declarar seus compromissos com os EUA se faz o que é feito em relação à Petrobras.

    Alguém se lembra de ver a imprensa americana, partidos políticos ou parte da sociedade dos Estados Unidos trabalhando contra a Chevron? Ou mesmo na Grã Bretanha, trabalhando contra a British Petroleum ou os holandeses se opondo a Shell? Não, ninguém lembra. Será que essas empresas não cometem nenhum crime de corrupção? Não cometem nenhum crime ambiental?

    No início do mês de abril, a Chevron recebeu a autorização para retomar a produção no campo de Frade. Foi noticiado que a ANP autorizou a companhia norte-americana a retomar a produção de petróleo. A empresa estava suspensa após ser responsabilizada por dois vazamentos: o primeiro em novembro de 2011 e o segundo em março de 2012.

    Não me lembro de a imprensa brasileira e a oposição pedirem com veemência uma CPI para apurar e responsabilizar a Chevron por esse crime ambiental. Nunca vi a imprensa e o parlamento norte-americano cobrando responsabilidades da Chevron.

    E o crime da Bristish Petroleum no Golfo do México?

    O que existe em comum entre o Afeganistão, o Iraque, a Venezuela e o Brasil é a quantidade enorme de reservas de petróleo. Os EUA não toleram que isso fique fora de seu controle ou do controle de uma de suas empresas de petróleo.

    Os EUA ativaram em julho de 2008 a IV Frota, justamente quando as maiores descobertas do pré-sal foram anunciadas. Não é de se perguntar o porquê de uma enorme força naval que estava desativada desde 1950 ser colocada em ação?

    Acho que não é paranoia.

  8. Técnico do Vasco faz tucanagem p/ justificar derrotas no gramado

    Técnico cita problemas após empate do Vasco e usa política: ‘Anti-PT’

    Do site UOL Esportes(Futebol)

    Técnico do Vasco, Adilson Batista não escondeu a insatisfação com a série de problemas para escalar o time antes do empate por 1 a 1 com o América-MG, neste sábado, em São Januário. A partida marcou a estreia cruzmaltina na Série B do Campeonato Brasileiro. Questionado sobre as lesões e o desempenho ruim durante os 90 minutos, o treinador citou até sua preferências política no discurso.

    “Enfrentamos um adversário fechado, mas pelo menos gostei da nossa postura. São muitos fatores que prejudicam o desempenho. São coisas erradas no futebol brasileiro e ainda estamos engatinhando. Tento fazer a minha parte. Não é o ideal e precisamos analisar a situação. Não adianta ficar falando em lesões, calendário, competições extensas, gramado, viagens, arbitragem… Não vou consertar tudo. Mas tem gente achando o Brasil bom… Sou anti-PT”, afirmou.

    Adilson lamentou apenas as escolhas do time no momento do último passe, o que impossibilitou a vitória na primeira rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.

    “Temos consciência de que precisamos melhorar. As jogadas individuais e pelos lados são importantes. Vamos cobrando. Vi um time que controlou o jogo pelo menos no primeiro tempo. Sabemos os motivos dos nossos problemas. Não conseguimos fazer a opção correta após o gol de empate e quase sofremos o segundo gol no contra-ataque.”, encerrou.

    O elenco vascaíno folga no domingo e segunda e retorna aos trabalhos na terça-feira pela manhã. O time enfrenta o Luverdense, sábado, às 16p0, na Arena Pantanal, pela segunda rodada do Brasileirão da Série B.

     

  9. (Nassif, o site ta dificilimo

    (Nassif, o site ta dificilimo acessar, e mesmo quando as paginas abrem, raramente a bolinha para de rodar.  Tem alguma coisa errada ha varios dias.)

      1. Obrigado, JC, ja o fiz e nao

        Obrigado, JC, ja o fiz e nao detectou nada.  Pelo menos o radio que a espiaozada detesta ta melhor (americano detesta musica arabe).  Mas a bolinha do computador continua rodando em todas as paginas e eu tenho que parar la manualmente, um saco.

  10. IstoÉ de 2003: Doleiro Youssef operou com caixa de FHC

    Matéria de Amaury Jr, autor do livro A Privataria Tucana, na IstoÉ de 2003: Doleiro Youssef operou com Ricardo Sérgio que foi caixa das campanhas de FHC e Serra

    Edição: 1741 | 12.Fev.03 – 10:00 | Atualizado em 21.Abr.14 – 10:48

    Conta tucano

    Investigações revelam que o ex-caixa de campanha do PSDB movimentou US$ 56 milhões por intermédio de contas no Banestado dos EUA

    Amaury Ribeiro Jr. ? Foz do Iguaçu, Sônia Filgueiras e Weiller Diniz

    Documentos a que ISTOÉ teve acesso começam a esclarecer por que o laudo de exame financeiro nº 675/2002, elaborado pelos peritos criminais da PF Renato Rodrigues Barbosa, Eurico Montenegro e Emanuel Coelho, ficou engavetado nos últimos seis meses do governo FHC, quando a instituição era comandada por Agílio Monteiro e Itanor Carneiro. Nas 1.057 páginas que detalham todas as remessas feitas por doleiros por intermédio da agência do banco Banestado em Nova York está documentado o caminho que o caixa de campanha de FHC e do então candidato José Serra, Ricardo Sérgio Oliveira, usou para enviar US$ 56 milhões ao Exterior entre 1996 e 1997. O laudo dos peritos mostra que, nas suas operações, o tesoureiro utilizava o doleiro Alberto Youssef, também contratado por Fernandinho Beira-Mar para remeter dinheiro sujo do narcotráfico para o Exterior. Os peritos descobriram que todo o dinheiro enviado por Ricardo Sérgio ia parar na camuflada conta número 310035, no banco Chase Manhattan também em Nova York (hoje JP Morgan Chase), batizada com o intrigante nome “Tucano”. De acordo com documentos obtidos por ISTOÉ, em apenas dois dias – 15 e 16 de outubro de 1996 – a Tucano recebeu
    US$ 1,5 milhão. A papelada reunida pelos peritos indica que o nome dado à conta não é uma casualidade.

    Os dois responsáveis pela administração da dinheirama, segundo a perícia, são figurinhas carimbadas nos principais escândalos envolvendo o processo de privatização das teles e auxiliares diretos de Ricardo Sérgio: João Bosco Madeiro da Costa, ex-diretor da Previ (o fundo de pensão do Banco do Brasil) e ex-assessor do caixa tucano na diretoria internacional do BB, e o advogado americano David Spencer. A perícia revela ainda que Spencer é procurador de Ricardo Sérgio em vários paraísos fiscais. Ao perseguir a trilha do dinheiro, os peritos descobriram que os milhões de Ricardo Sérgio deixavam o País por intermédio de uma rede de laranjas paraguaios e uruguaios contratados por Youssef e eram depositados na conta 1461-9, na agência do Banestado em Nova York antes de pousar na emplumada Tucano, que contava com uma proteção especial para dificultar sua localização. Ela estava registrada dentro de outra conta no Chase em nome da empresa Beacon Hill Service Corporation. De lá, o dinheiro era distribuído para contas de Ricardo Sérgio e de João Bosco em paraísos fiscais no Caribe.

    A perícia traz outras provas contundentes. A PF conseguiu comprovar que parte do dinheiro enviado por intermédio do Banestado retornou ao Brasil para concretizar negócios desse mesmo grupo. Segundo o laudo, o dinheiro voltava embarcado em uma conta-ônibus junto com recursos de várias offshores (empresas em paraísos fiscais com proprietários sigilosos) operada pelo próprio João Bosco. Os peritos conseguiram, por exemplo, identificar o retorno de US$ 2 milhões utilizados para comprar um apartamento de luxo no Rio de Janeiro em nome da Rio Trading, uma empresa instalada nas Ilhas Virgens Britânicas. Foram rastreados também imóveis em nome da Antar, sediada no mesmo paraíso, em nome de Ronaldo de Souza, que, segundo a PF, é sócio, procurador e testa-de-ferro de Ricardo Sérgio. Pelas características dos depósitos, que eram frequentes, suspeita-se que, por esse mesmo duto de lavagem, também passaram contribuições de campanha. Além disso, Youssef tinha em sua carteira principalmente dois tipos de clientes: narcotraficantes e políticos. O laudo concluiu ainda que Ricardo Sérgio, enquanto ocupava o cargo de diretor internacional do BB, ajudou a montar o esquema bancário que operava com dinheiro de doleiros na fronteira, depois transferido para a agência nova-iorquina do Banestado.

    Os documentos anexados ao laudo provam o envolvimento do advogado e procurador de Ricardo Sérgio, David Spencer, na abertura e movimentação da conta 1461-9, em nome da empresa June International Corporation. Um ofício do gerente do Banestado, Ercio Santos, encaminhado ao doleiro Youssef em 20 de agosto de 1996, atribui a Spencer a responsabilidade pela abertura da conta. “Segue cópia dos documentos referentes à abertura da June, em 8 de agosto de 1996. Recebemos hoje do David Spencer”, diz a primeira linha da correspondência na qual Ercio informa Youssef a respeito dos procedimentos para movimentação da conta. Na carta, Youssef é tratado intimamente por “Beto” e, ao se despedir, o gerente manda “um grande abraço”. Ercio Santos sabia que mexia com dinheiro sujo. Informa, no documento, que preferiu não enviar selo da June por malote para não chamar a atenção. O selo, uma espécie de carimbo metálico, traz a identificação da empresa no paraíso fiscal onde foi instalada. A perícia comprovou também que, além do dinheiro do tucanato, Spencer ajudou a lavar recursos desviados do Banco Noroeste e do Nacional. Casado com uma brasileira, o americano conheceu Ricardo Sérgio no Brasil quando o ex-diretor do BB ocupava um cargo de direção no Citibank. Por falar português fluentemente, tornou-se advogado
    de banqueiros brasileiros no Exterior.

    Como procurador de Ricardo Sérgio, conforme o relatório, Spencer abriu em 1989 a empresa Andover International Corporation nas Ilhas Virgens Britânicas. Spencer – que era também tabelião em Nova York – tinha respaldo legal para fechar as compras de imóveis no Brasil em nome das empresas offshore de Ricardo Sérgio e sua turma, mantendo os nomes dos verdadeiros donos em sigilo. Em uma dessas operações em 1989, por exemplo, Spencer lavrou uma procuração em nome do engenheiro Roberto Visneviski, outro sócio do tesoureiro tucano, para representar a empresa Andover na compra de um conjunto de salas na avenida Paulista, avaliado em R$ 1 milhão. Para especialistas em lavagem de dinheiro, a operação é suspeita porque Visneviski assina duas vezes a transação: como vendedor e como comprador. “Obviamente, a Andover é do próprio Ricardo Sérgio. Foi uma operação clássica de internação de dinheiro”, avalia o jurista Heleno Torres, um especialista na investigação de operações de lavagem. Essa é apenas uma das 137 contas que já estão periciadas nos inquéritos. Por elas trafegaram US$ 30 bilhões. A polícia calcula que mais de 90% dessa montanha de dinheiro é ilegal, mais da metade resultado de sonegação de impostos através de caixa 2.

    Reação – As denúncias publicadas na última edição de ISTOÉ que revelaram a sangria via Banestado caíram como uma bomba dentro do governo. Já no sábado 1º, um assessor direto do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, procurou o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, pedindo informações sobre o laudo. Depois de conversar com o delegado Antônio Carlos Carvalho de Souza, atual responsável pelo caso, e com os peritos que trabalharam no escândalo, Lacerda comandou o reagrupamento de todos os policiais que já participaram da operação. Na quinta-feira 6, o chefe da PF reuniu a equipe e determinou a criação de uma força-tarefa da PF em parceria com o Ministério Público e com a Justiça. Além de Carvalho, o delegado José Francisco Castilho Neto e os peritos Eurico Montenegro e Renato Rodrigues, que buscaram junto ao FBI e organizaram toda a documentação existente hoje no Brasil, estão de volta às investigações. Os três haviam sido colocados na geladeira durante a administração tucana na PF. “É o maior caso de evasão de divisas que eu conheço”, admitiu Lacerda na quinta-feira 6. “Vamos investigar tudo e não cederemos a pressões de qualquer natureza”, adverte o ministro Márcio Thomaz Bastos, antecipando-se a eventuais novos nomes que o dossiê-bomba da PF venha a revelar.

    O grupo, reforçado por dois escrivãos, voltará aos EUA nas próximas semanas para buscar os documentos que trazem as movimentações bancárias no biênio 1998-1999. Até agora, o trabalho dos peritos foi um exercício de abnegação. “O número de peritos é pequeno para o volume de informações que está sendo investigado”, diz o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Roosevelt Júnior. A divulgação do laudo também provocou uma corrida de procuradores que investigam separadamente casos de lavagem em vários Estados. O procurador Guilherme Schelb, que apura outros casos de lavagem, pediu o bloqueio das três contas suíças do contrabandista e traficante foragido João Arcanjo Ribeiro. O procurador Luís Francisco de Souza, que rastreia os passos de Ricardo Sérgio, também quer ter acesso aos laudos produzidos pela PF. O cearense José Gerin não perdeu tempo. Desembarcou em Foz do Iguaçu esta semana para buscar detalhes sobre a quadrilha de doleiros que opera na região Nordeste, entre eles Wilson Roberto Landim, preso há duas semanas, que, pelos documentos, remeteu para o Exterior quase US$ 1 milhão em apenas seis meses.

    OS BONS COMPANHEIROS

    Principal articulador da formação dos consórcios que disputaram o leilão das empresas de telecomunicações, o ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio de Oliveira, saiu das sombras do tucanato ao ser captado num grampo do BNDES em que dizia ao ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros que iria conceder uma carta de fiança ao consórcio coordenado pelo Banco Opportunity. “Estamos agindo no limite da irresponsabilidade”, disse Ricardo Sérgio no grampo.

    Depois da revelação, Ricardo Sérgio passou a sofrer uma série de investigações no MP e na PF. Acusado de receber propina de empresas que participaram da privatização, Ricardo Sérgio está sendo investigado também por enriquecimento ilícito.

    Ao assumir o cargo em 1994, convidou para chefe de gabinete o seu fiel escudeiro João Bosco Madeiro da Costa. Por indicação do ex-diretor do BB, Madeiro foi posteriormente para o cargo de diretor de investimentos da Previ, o milionário fundo de pensão do BB que participa do controle acionário da maior parte das teles privatizadas. Relatórios da Secretaria de Previdência Complementar, do Ministério da Previdência, revelaram que Madeiro centralizava todo o poder de negociação do fundo com grandes empresas. Segundo o Ministério Público, Madeiro também é suspeito de enriquecimento ilícito.

    http://www.istoe.com.br/reportagens/detalhePrint.htm?idReportagem=17020&txPrint=completo
     

  11. IstoÉ de 2003: Doleiro Youssef operou com caixa de FHC

    Matéria de Amaury Jr, autor do livro A Privataria Tucana, na IstoÉ de 2003: Doleiro Youssef operou com Ricardo Sérgio que foi caixa das campanhas de FHC e Serra

    Edição: 1741 | 12.Fev.03 – 10:00 | Atualizado em 21.Abr.14 – 10:48

    Conta tucano

    Investigações revelam que o ex-caixa de campanha do PSDB movimentou US$ 56 milhões por intermédio de contas no Banestado dos EUA

    Amaury Ribeiro Jr. ? Foz do Iguaçu, Sônia Filgueiras e Weiller Diniz

    Documentos a que ISTOÉ teve acesso começam a esclarecer por que o laudo de exame financeiro nº 675/2002, elaborado pelos peritos criminais da PF Renato Rodrigues Barbosa, Eurico Montenegro e Emanuel Coelho, ficou engavetado nos últimos seis meses do governo FHC, quando a instituição era comandada por Agílio Monteiro e Itanor Carneiro. Nas 1.057 páginas que detalham todas as remessas feitas por doleiros por intermédio da agência do banco Banestado em Nova York está documentado o caminho que o caixa de campanha de FHC e do então candidato José Serra, Ricardo Sérgio Oliveira, usou para enviar US$ 56 milhões ao Exterior entre 1996 e 1997. O laudo dos peritos mostra que, nas suas operações, o tesoureiro utilizava o doleiro Alberto Youssef, também contratado por Fernandinho Beira-Mar para remeter dinheiro sujo do narcotráfico para o Exterior. Os peritos descobriram que todo o dinheiro enviado por Ricardo Sérgio ia parar na camuflada conta número 310035, no banco Chase Manhattan também em Nova York (hoje JP Morgan Chase), batizada com o intrigante nome “Tucano”. De acordo com documentos obtidos por ISTOÉ, em apenas dois dias – 15 e 16 de outubro de 1996 – a Tucano recebeu
    US$ 1,5 milhão. A papelada reunida pelos peritos indica que o nome dado à conta não é uma casualidade.

    Os dois responsáveis pela administração da dinheirama, segundo a perícia, são figurinhas carimbadas nos principais escândalos envolvendo o processo de privatização das teles e auxiliares diretos de Ricardo Sérgio: João Bosco Madeiro da Costa, ex-diretor da Previ (o fundo de pensão do Banco do Brasil) e ex-assessor do caixa tucano na diretoria internacional do BB, e o advogado americano David Spencer. A perícia revela ainda que Spencer é procurador de Ricardo Sérgio em vários paraísos fiscais. Ao perseguir a trilha do dinheiro, os peritos descobriram que os milhões de Ricardo Sérgio deixavam o País por intermédio de uma rede de laranjas paraguaios e uruguaios contratados por Youssef e eram depositados na conta 1461-9, na agência do Banestado em Nova York antes de pousar na emplumada Tucano, que contava com uma proteção especial para dificultar sua localização. Ela estava registrada dentro de outra conta no Chase em nome da empresa Beacon Hill Service Corporation. De lá, o dinheiro era distribuído para contas de Ricardo Sérgio e de João Bosco em paraísos fiscais no Caribe.

    A perícia traz outras provas contundentes. A PF conseguiu comprovar que parte do dinheiro enviado por intermédio do Banestado retornou ao Brasil para concretizar negócios desse mesmo grupo. Segundo o laudo, o dinheiro voltava embarcado em uma conta-ônibus junto com recursos de várias offshores (empresas em paraísos fiscais com proprietários sigilosos) operada pelo próprio João Bosco. Os peritos conseguiram, por exemplo, identificar o retorno de US$ 2 milhões utilizados para comprar um apartamento de luxo no Rio de Janeiro em nome da Rio Trading, uma empresa instalada nas Ilhas Virgens Britânicas. Foram rastreados também imóveis em nome da Antar, sediada no mesmo paraíso, em nome de Ronaldo de Souza, que, segundo a PF, é sócio, procurador e testa-de-ferro de Ricardo Sérgio. Pelas características dos depósitos, que eram frequentes, suspeita-se que, por esse mesmo duto de lavagem, também passaram contribuições de campanha. Além disso, Youssef tinha em sua carteira principalmente dois tipos de clientes: narcotraficantes e políticos. O laudo concluiu ainda que Ricardo Sérgio, enquanto ocupava o cargo de diretor internacional do BB, ajudou a montar o esquema bancário que operava com dinheiro de doleiros na fronteira, depois transferido para a agência nova-iorquina do Banestado.

    Os documentos anexados ao laudo provam o envolvimento do advogado e procurador de Ricardo Sérgio, David Spencer, na abertura e movimentação da conta 1461-9, em nome da empresa June International Corporation. Um ofício do gerente do Banestado, Ercio Santos, encaminhado ao doleiro Youssef em 20 de agosto de 1996, atribui a Spencer a responsabilidade pela abertura da conta. “Segue cópia dos documentos referentes à abertura da June, em 8 de agosto de 1996. Recebemos hoje do David Spencer”, diz a primeira linha da correspondência na qual Ercio informa Youssef a respeito dos procedimentos para movimentação da conta. Na carta, Youssef é tratado intimamente por “Beto” e, ao se despedir, o gerente manda “um grande abraço”. Ercio Santos sabia que mexia com dinheiro sujo. Informa, no documento, que preferiu não enviar selo da June por malote para não chamar a atenção. O selo, uma espécie de carimbo metálico, traz a identificação da empresa no paraíso fiscal onde foi instalada. A perícia comprovou também que, além do dinheiro do tucanato, Spencer ajudou a lavar recursos desviados do Banco Noroeste e do Nacional. Casado com uma brasileira, o americano conheceu Ricardo Sérgio no Brasil quando o ex-diretor do BB ocupava um cargo de direção no Citibank. Por falar português fluentemente, tornou-se advogado
    de banqueiros brasileiros no Exterior.

    Como procurador de Ricardo Sérgio, conforme o relatório, Spencer abriu em 1989 a empresa Andover International Corporation nas Ilhas Virgens Britânicas. Spencer – que era também tabelião em Nova York – tinha respaldo legal para fechar as compras de imóveis no Brasil em nome das empresas offshore de Ricardo Sérgio e sua turma, mantendo os nomes dos verdadeiros donos em sigilo. Em uma dessas operações em 1989, por exemplo, Spencer lavrou uma procuração em nome do engenheiro Roberto Visneviski, outro sócio do tesoureiro tucano, para representar a empresa Andover na compra de um conjunto de salas na avenida Paulista, avaliado em R$ 1 milhão. Para especialistas em lavagem de dinheiro, a operação é suspeita porque Visneviski assina duas vezes a transação: como vendedor e como comprador. “Obviamente, a Andover é do próprio Ricardo Sérgio. Foi uma operação clássica de internação de dinheiro”, avalia o jurista Heleno Torres, um especialista na investigação de operações de lavagem. Essa é apenas uma das 137 contas que já estão periciadas nos inquéritos. Por elas trafegaram US$ 30 bilhões. A polícia calcula que mais de 90% dessa montanha de dinheiro é ilegal, mais da metade resultado de sonegação de impostos através de caixa 2.

    Reação – As denúncias publicadas na última edição de ISTOÉ que revelaram a sangria via Banestado caíram como uma bomba dentro do governo. Já no sábado 1º, um assessor direto do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, procurou o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, pedindo informações sobre o laudo. Depois de conversar com o delegado Antônio Carlos Carvalho de Souza, atual responsável pelo caso, e com os peritos que trabalharam no escândalo, Lacerda comandou o reagrupamento de todos os policiais que já participaram da operação. Na quinta-feira 6, o chefe da PF reuniu a equipe e determinou a criação de uma força-tarefa da PF em parceria com o Ministério Público e com a Justiça. Além de Carvalho, o delegado José Francisco Castilho Neto e os peritos Eurico Montenegro e Renato Rodrigues, que buscaram junto ao FBI e organizaram toda a documentação existente hoje no Brasil, estão de volta às investigações. Os três haviam sido colocados na geladeira durante a administração tucana na PF. “É o maior caso de evasão de divisas que eu conheço”, admitiu Lacerda na quinta-feira 6. “Vamos investigar tudo e não cederemos a pressões de qualquer natureza”, adverte o ministro Márcio Thomaz Bastos, antecipando-se a eventuais novos nomes que o dossiê-bomba da PF venha a revelar.

    O grupo, reforçado por dois escrivãos, voltará aos EUA nas próximas semanas para buscar os documentos que trazem as movimentações bancárias no biênio 1998-1999. Até agora, o trabalho dos peritos foi um exercício de abnegação. “O número de peritos é pequeno para o volume de informações que está sendo investigado”, diz o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Roosevelt Júnior. A divulgação do laudo também provocou uma corrida de procuradores que investigam separadamente casos de lavagem em vários Estados. O procurador Guilherme Schelb, que apura outros casos de lavagem, pediu o bloqueio das três contas suíças do contrabandista e traficante foragido João Arcanjo Ribeiro. O procurador Luís Francisco de Souza, que rastreia os passos de Ricardo Sérgio, também quer ter acesso aos laudos produzidos pela PF. O cearense José Gerin não perdeu tempo. Desembarcou em Foz do Iguaçu esta semana para buscar detalhes sobre a quadrilha de doleiros que opera na região Nordeste, entre eles Wilson Roberto Landim, preso há duas semanas, que, pelos documentos, remeteu para o Exterior quase US$ 1 milhão em apenas seis meses.

    OS BONS COMPANHEIROS

    Principal articulador da formação dos consórcios que disputaram o leilão das empresas de telecomunicações, o ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio de Oliveira, saiu das sombras do tucanato ao ser captado num grampo do BNDES em que dizia ao ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros que iria conceder uma carta de fiança ao consórcio coordenado pelo Banco Opportunity. “Estamos agindo no limite da irresponsabilidade”, disse Ricardo Sérgio no grampo.

    Depois da revelação, Ricardo Sérgio passou a sofrer uma série de investigações no MP e na PF. Acusado de receber propina de empresas que participaram da privatização, Ricardo Sérgio está sendo investigado também por enriquecimento ilícito.

    Ao assumir o cargo em 1994, convidou para chefe de gabinete o seu fiel escudeiro João Bosco Madeiro da Costa. Por indicação do ex-diretor do BB, Madeiro foi posteriormente para o cargo de diretor de investimentos da Previ, o milionário fundo de pensão do BB que participa do controle acionário da maior parte das teles privatizadas. Relatórios da Secretaria de Previdência Complementar, do Ministério da Previdência, revelaram que Madeiro centralizava todo o poder de negociação do fundo com grandes empresas. Segundo o Ministério Público, Madeiro também é suspeito de enriquecimento ilícito.

    http://www.istoe.com.br/reportagens/detalhePrint.htm?idReportagem=17020&txPrint=completo
     

  12. PT É CULPADO PELO REBAIXAMENTO DO VASCO

    PT É CULPADO PELO REBAIXAMENTO DO VASCO

    abril 20th, 2014 by mariafro (em http://mariafro.com/ )

    Da série o que alhos tem a ver com bugalhos?

    “Enfrentamos um adversário fechado, mas pelo menos gostei da nossa postura. São muitos fatores que prejudicam o desempenho. São coisas erradas no futebol brasileiro e ainda estamos engatinhando. Tento fazer a minha parte. Não é o ideal e precisamos analisar a situação. Não adianta ficar falando em lesões, calendário, competições extensas, gramado, viagens, arbitragem… Não vou consertar tudo. Mas tem gente achando o Brasil bom… Sou anti-PT”, afirmou.” Técnico do Vasco, Adilson Batista.

    Talvez se não fosse uma besta quadrada em política não fosse um técnico tão incompetente.

    Como ninguém pensou nisso antes? O calendário da CBF é uma porcaria há décadas, o Vasco vem sendo mal administrado há anos, agora caiu novamente pra Série B, e ontem estreou mal, num empate em casa com uma equipe de menor tradição. Isso para não falar que este treinador não foi bem em nenhum dos últimos clubes em que passou (São Paulo, Santos, Corinthians, Atlético PR). É óbvio que é culpa de tudo isso só pode ser…do PT. Hahahahaha.

    Wagner Iglecias

    ———————————————————————————
    Ref.: Técnico cita problemas após empate do Vasco e usa política: “Anti-PT”, por Vinicius Castro, Do UOL, no Rio de Janeiro, em 19/04/2014, em http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/brasileiro/serie-b/ultimas-noticias/2014/04/19/tecnico-cita-problemas-apos-empate-do-vasco-e-usa-politica-anti-pt.htm

  13.  
    Segurança e homenagens

     

    Segurança e homenagens marcam
    início da Maratona de Boston de 2014
    Tradicional corrida de rua acontece nesta segunda-feira e marca primeira edição após o atentado no ano passado. Efetivo de segurança é dobrado para evento

    Por Globoesporte.com
    Boston, EUA

    http://globoesporte.globo.com/atletismo/noticia/2014/04/policiais-e-homenagens-marcam-preparacao-para-maratona-de-boston.html

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    saiba mais
    Veja fotos do início da Maratona de Boston

    A mobilização pela segurança nas ruas de Boston já começou. Nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira, o efetivo policial da cidade já tomava conta do trajeto que os corredores da Maratona farão logo mais. Nesta edição da corrida, o número de oficiais dobrou para 3.500 e o esquema de proteção conta com uma série de proibições. A expectativa é de que um milhão de pessoas acompanhem a prova nas ruas. Está é a 118ª edição da disputa, que tradicionalmente acontece no feriado do ”Dia do Patriota”.

    Cerca de 36 mil corredores de mais de 70 países disputarão a Maratona de 2014, a partir das 10p2 desta segunda-feira (horário de Brasília). Na memória da cidade ainda está o trauma do atentado que matou três pessoas e feriu 264 na edição de 2013.

    O menino Martin Richard, vítima do atentado de 2013, é lembrado na Maratona desde ano (Foto: AP)

     

    Esse ano não é como antes. Temos que participar para mostrar para as pessoas do mundo que mudar um tempo ruim é competir um contra o outro – disse o etíope Gebre Gebremariam, terceiro colocado no ano passado, ao jornal ”Boston Globe”.

     

    Policiais na Maratona de Boston (Foto: Agência AP)

     

    A cidade também está repleta de homenagens, sobretudo lembrando as vítimas que morreram em 2013: Krystle Marie Campbell, 29 anos, a estudante chinesa Lu Lingzi, 23, e o pequeno Martin Richard, de apenas oito anos. Assim como na época do atentado, o lema ”Boston Forte” continua sendo usado. Segundo a imprensa americana, um minuto de silêncio será respeitado antes da largada.

     

    Corredores se preparam para Maratona de Boston (Foto: AP)

     

     

    A terça-feira passada foi marcada por homenagens às vítimas. A data – 15 de abril – marcava um ano da trágica edição de uma prova realizada desde 1897. No dia seguinte, um homem foi preso ao deixar uma mochila no local do atentado, em ação qualificada como “brincadeira de mau gosto” pela polícia de Massachusetts.

    Em 2013, os irmãos Tamerlan e Dzhokhar Tsarnaev, americanos de origem chechena, colocaram panelas de pressão com bombas dentro de mochilas próximas à linha de chegada. Dessa forma, qualquer pessoa que estiver com bolsas ou mochilas poderá ser revistada. Serão proibidos objetos como carrinhos de bebê, recipientes com capacidade de mais de um litro, roupas com muitos bolsos e bandeiras maiores do que 28x43cm. Público e atletas não poderão usar máscaras ou gorros que ocultem os rostos. Os líquidos deverão ser levados em garrafas transparentes e com menos de um litro. O uso de fones de ouvidos é permitido, ainda que desaconselhado. Os policiais usarão detectores de metais e cães rastreadores.

     

    Policiais monitoram toda a área da Maratona de Boston (Foto: Getty Images)

     

    Tudo pronto na linha de chegada: local onde ocorreu as duas explosões no ano passado (Foto: AP)

     

    Corredor presta homenagem para a cidade (Foto: AP)

     

    Participantes chegam ao local da corrida de Boston (Foto: AP)

  14. Só comprando alguma porcaria…

    Autor da Globo diz que índio não aparece em novela porque não compra “porcaria nenhuma”

    Agnews Foto 1/1

    O autor da Globo Aguinaldo Silva

    Acostumado a criar polêmicas nas redes sociais, Aguinaldo Silva usou seu perfil no Twitter nesse final de semana para falar sobre a ausência dos índios nos folhetins. “Sabe por que não tem índio em novela? Porque não compram porcaria nenhuma. Já gay consome pra caramba, os patrocinadores adoram isso”, escreveu ele nesse sábado.

    Na mesma rede social, o novelista, que escreve “Falso Brilhante”, sua próxima novela na Globo, revelou que apostará em personagens homossexuais. “Meu Deus, não acredito, vai sair fuego nesta novela: em ‘Falso Brilhante’, José Mayer e Kleber Tolledo serão um casal romântico!”, disse ele. 

    http://www.flashland.com.br/cine-e-tv/autor-da-globo-diz-que-indio-nao-aparece-em-novela-porque-nao-compra

  15. Quadro do Zorra Total explora assédio sexual para fazer rir

    Quadro do Zorra Total explora assédio sexual para fazer rir

      Foto: TV Globo / Divulgação

    Os comediantes pedem que não haja censura para o humor. É uma reivindicação legítima. Desde que não se leve em consideração o festival de baixarias do ‘Zorra Total’. O programa acaba de completar 15 anos em sua pior fase. A audiência declinante — entre 14 e 17 pontos de média nos últimos dois meses — reflete a decadência do conteúdo. A principal novidade para 2014 estreou há duas semanas: o quadro Ônibus na Marginal Parada.

    Personagens excêntricos se acotovelam dentro de um coletivo, em uma das vias de maior congestionamento de São Paulo. A premissa é boa, assim como era interessante o argumento inicial do Metrô Zorra Brasil. Porém bastam alguns minutos para constatar que os roteiristas ainda recorrem aos preconceitos de sempre para tentar fazer rir.

    Estão lá o manifestante emo sendo chamado de ‘bicha’ e, ao mesmo tempo, em busca de alguém para encoxá-lo. A passageira ninfomaníaca que, do nada, senta no colo do vizinho de banco e pergunta se ele é bom de cama. A motorista lésbica que assedia passageiras com sua ‘mão boba’ e as convida para o sexo. Um desfile vergonhoso de estereótipos.

    A crítica feita aqui não está fundamentada no puritanismo. Piadas sexuais fazem parte do repertório de qualquer pessoa. Mas quando ditas em tom propositalmente depreciativo, na faixa nobre da principal emissora do país, prestam um desserviço à sociedade. Apesar de não viver o seu melhor momento, a televisão ainda exerce influência direta no pensamento de milhões de pessoas.

    É possível ironizar comportamentos sem descambar para o mau gosto, o sexismo, a homofobia e o bullying. Basta não cair na armadilha da piada pronta, do sarcasmo baseado na desmoralização de tipos já tão visados e frequentemente agredidos.

    Não há problema em a comédia conter o politicamente incorreto. Contudo, corroborar as mais variadas formas de preconceito — racial, gênero, crença, orientação sexual — resulta em prejuízo para humoristas e telespectadores. A Globo tem estrutura (atores, roteiristas, diretores) para fazer uma produção popular com qualidade.

    Ao tentar cumprir a missão de divertir, o novo quadro do Zorra Total apenas constrange. O programa tem um elenco com grandes talentos, como Rodrigo Sant´anna (Valéria), Thalita Carauta (Janete) e Katiuscia Canoro (Humberlinda). Tomara que o trânsito da Marginal comece a fluir para que os passageiros desse ônibus tomem outro rumo — menos apelativo e realmente engraçado.

    http://diversao.terra.com.br/tv/zorra-total-constrange-com-assedio-sexual-em-onibus,6378719510185410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html

     

  16. Pesquisa com amostra escolhida

    Esta “pesquisa” do Data Folha, repercutida pelo Valor, subverte as normas usuais da estatística. Em vez de evitar a contaminação, força a amostra até que apresente um resultado que corresponda às suas expectativas. Resultado acompanhado de um “primor” de malabarismo jornalístico de Fernando Rodrigues.

    Da Folha

    Rivais empatam em cenário só com eleitores que os conhecem

    FERNANDO RODRIGUES
    DE BRASÍLIA

     

    21/04/2014  02p2

    Os candidatos a cargos públicos costumam repetir que agora ainda é cedo para analisar o cenário eleitoral, pois a maioria dos brasileiros ainda não está conectada à disputa de outubro e poucos eleitores conhecem neste momento todos os principais nomes na corrida pelo Palácio do Planalto.

    É tudo verdade. Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, realizada nos dias 2 e 3 deste mês, apenas 17% dos eleitores afirmam conhecer “bem” ou “um pouco” os três principais pré-candidatos a presidente: Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

    Nesse universo, embora a margem de erro do levantamento se torne bem maior por causa do número pequeno de entrevistados, o resultado final é muito diferente daquele apurado quando é considerado o total da amostra do instituto.

    No cenário testado apenas com eleitores que conhecem os três principais candidatos, Campos fica com 28%. É seguido por Dilma, com 26%. Aécio pontua 24%.

    Os três estão tecnicamente empatados. É que a margem de erro sobe para cinco pontos percentuais, para mais ou para menos. No âmbito geral da pesquisa, essa margem chega a apenas dois pontos percentuais.

    O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, faz um alerta: “Os eleitores que conhecem os três candidatos são os que mais acessam o noticiário, ou seja, são os mais escolarizados, de renda mais alta etc. Nada indica que o eleitor típico de Dilma, ao conhecer Aécio e Campos, deixará de votar nela”.

    Ou seja, a oposição não terá certeza de sucesso se garimpar apoio apenas entre os que já conhecem e votam em Dilma sem saber direito quem são Aécio e Campos.

    A jazida inexplorada de votos à disposição de adversários do PT –e também aberta para a própria presidente Dilma– está no vasto grupo de eleitores que não vota na candidata governista e ainda não conhece muito bem as opções em jogo para pensar em fazer uma mudança.

    Em todos os cenários pesquisados pelo Datafolha, no levantamento completo, a petista pontua de 38% a 43% e aparece à frente dos demais candidatos. O restante dos eleitores prefere outros nomes, está indefinido ou vota em branco, nulo ou em nenhum candidato.

    Ainda dentro do universo dos que dizem conhecer bem Dilma, Aécio e Campos, desaparece o amplo favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, registrado em todas as pesquisas até agora.

    Quando é ele, e não Dilma, o candidato, seu percentual chega a 32%. Aécio e Campos pontuam 23% cada um.

    Se Campos é substituído pela ex-ministra e ex-senadora Marina Silva como candidata do PSB a presidente, ela fica com 34% e lidera numericamente a pesquisa contra 23% de Dilma e 25% de Aécio –tudo no universo dos que dizem conhecer os três principais nomes na disputa.

    Marina Silva também permanece competitiva se disputar nesse nicho eleitoral contra Lula e Aécio. Nesse cenário, a ex-senadora pontua 32%. O ex-presidente registra 29% e o tucano tem 24%.

    Nessa semana, no entanto, o PSB confirmou que a chapa da legenda terá Campos como candidato e Marina na vaga de vice.

    SEGUNDO TURNO
    Nas simulações de segundo turno feitas pelo Datafolha com esse grupo de 17% dos eleitores que conhece Dilma, Aécio e Campos, os vitoriosos são sempre de oposição –com uma vantagem fora da margem de erro.

    Numa eventual disputa entre Dilma e Aécio, a petista seria derrotada porque sua marca é de 31% contra 47% do tucano. Na hipótese de embate com Campos, o socialista registra 48% contra 31% da atual ocupante do Palácio do Planalto. 

    Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress

     

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