Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Luis Nassif

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  1. A direita relinchante

     

    quinta-feira, 24 de julho de 2014

     

    A direita relinchante

       

    Reinaldo Azevedo e a direita delirante

     

    Guilherme Boulos   A direita brasileira já foi melhor. Teve nomes como Roberto Campos e José Guilherme Merquior entre seus quadros, formulando sobre teoria econômica e política internacional. Naquele tempo, a direita recorria a argumentos, além do porrete. Hoje restou apenas o porrete, aplicado a esmo sem maiores requintes de análise. Impressiona o baixo nível intelectual dos representantes da direita no debate público nacional. Não elaboram, não buscam teoria nem referências. Não fazem qualquer esforço para interpretar seriamente a realidade. Apenas atiram chavões, destilando preconceitos de senso comum e ódio de classe. Reinaldo Azevedo é hoje o maior representante dessa turma. Com 150 mil acessos diários em seu blog mostra que há um nicho de mercado para suas estripulias. Ao lado dele tem gente como Rodrigo Constantino, aquele que se orgulha das viagens a Miami e se despontou como legítimo defensor dos sacoleiros da Barra da Tijuca. Antes os intelectuais de direita iam fazer estudos em Paris. Agora vão comprar roupas em Miami. Sinal dos tempos e das mentes. Dispostos a tudo para fazer barulho no debate público, mas sem substância em suas análises, aproximam-se frequentemente de um discurso delirante. Reinaldo Azevedo jura que o governo petista quer construir o comunismo no Brasil. E vejam, ele não está falando do Lula de 1989, mas do governo do PT de 2003 a 2014. Sim, o mesmo que garantiu lucros recordes aos bancos e empreiteiras na última década. Que manteve as bases da política econômica conservadora e que nem sequer ensaiou alguma das reformas populares historicamente defendidas pela esquerda. Neste governo que, com muito esforço, pode ser apresentado como reformista, ele enxerga secretas intenções socializantes. Certamente com o apoio da Odebrecht e de Katia Abreu. Só no delírio… Para ele, João Goulart é que era golpista em 64. Os black blocs são amigos do ministro Gilberto Carvalho. E as pessoas só são favoráveis às faixas exclusivas de ônibus por medo de serem acusadas de elitistas. Ah sim, sem esquecer que a mídia brasileira – a começar pelas Organizações Globo – é controlada sistematicamente pela esquerda. Ele baba, ele xinga. Ofende os fatos e fantasia perigos. Lembra, embora com menos poesia, dom Quixote atacando os moinhos de vento. A pérola mais recente é escabrosa: Israel seria vítima do marketing internacional do Hamas. No momento em que o mundo vê a olhos nus centenas de palestinos serem massacrados na Faixa de Gaza, ele denuncia uma conspiração internacional de mídia contra o Estado de Israel. Encontrou eco no também direitista delirante Luis Felipe Pondé, em artigo nesta Folha. Teoria da conspiração vá lá, até pode ter seu charme; mas, como dizia Napoleão, entre o sublime e o ridículo há apenas um passo. Reinaldo Azevedo e seus sequazes já atravessaram faz tempo esta fronteira. De fato, os textos que têm se prestado a publicar acerca do genocídio na Palestina já superaram o ridículo. Chegaram ao cinismo. Dizer que as crianças mortas na Faixa de Gaza são marketing é uma afronta do mesmo nível da deputada sionista que defendeu o extermínio em série das mulheres palestinas para impedir a procriação. É apologia covarde ao genocídio e ao terrorismo de Estado. A direita se diferencia da esquerda, dentre outras coisas, pela análise dos fatos. Mas não por criar fatos ou ignorá-los. Ao menos quando tratamos de uma direita séria. No caso de Reinaldo Azevedo e dos seus, estamos num outro campo. Não é apenas a direita. É uma direita delirante. A psiquiatria clínica é clara: negação dos dados da experiência, somada a uma reconstrução da realdade pela fantasia chama-se delírio. Aqui há ainda o agravante da fixação em temas recorrentes. PT, movimentos populares e mais uns dois ou três. Um delírio em si é inofensivo. O problema é quando começa a juntar adeptos, movidos por ódio, preconceitos e mentiras. É assim que nascem os movimentos fascistas. Quem defende extermínio higienista em Gaza também deve defendê-lo no Complexo do Alemão ou em Paraisópolis. Reinaldo Azevedo certamente ainda não representa um risco político real, mas o crescimento de seus seguidores é um sintoma preocupante da intolerância e desapego aos fatos que ameaçam o debate público no Brasil. às  19:26     Marcadores: ,  http://esquerdopata.blogspot.com.br/2014/07/a-direita-relinchante.html

  2. Chupa-cabras

    Do blog SQN

    sexta-feira, 25 de julho de 2014

     

    Chupa-cabras

     Fernando Morais 

    O jornalista Fernando Rodrigues, da Folha, revelou que o banco Santander enviou aos seus clientes de alta renda um texto afirmando que o eventual sucesso eleitoral de Dilma vai piorar a economia do Brasil. Segundo o banco, se Dilma melhorar nas pesquisas de intenção de voto, os juros e o dólar vão subir e a bolsa, cair. Esses espanhóis comandados por Don Emílio Botín (que não se perca pelo nome) estão cuspindo no prato em que comeram. Além do Brasil, o conglomerado financeiro Santander tem bancos no Reino Unido, Portugal, México, Chile, Argentina, Alemanha, Estados Unidos, Polônia, Espanha, Peru, Porto Rico e Uruguai. Em 2011 e 2012 todo eles, à exceção do Santander brasileiro, deram prejuízo. O lucro obtido no Brasil, no período, foi o que salvou a instituição de ficar no vermelho. Como dizia Brecht, o que é assaltar um banco comparado a criar um banco?  Ao contrário do que afirmava o imperador Vespasiano, pecunia olet.  às 18:00     Marcadores: http://esquerdopata.blogspot.com.br/2014/07/chupa-cabras.html#links

  3. Santander usava prédio público há 20 anos sem pagar aluguel

    Do http://www.liberal.com.br/:

    13/06/2014

    Banco deixa prédio público em SB
    A instituição financeira, que já desativou a agência no local, utilizava o imóvel sem o pagamento de aluguel há 20 anos

    O prefeito de Santa Bárbara, Denis Andia (PV), revogou ontem – por meio de decreto – uma permissão de uso ao banco Santander de um prédio público na Rua do Algodão, no bairro Cidade Nova. A instituição financeira, que já desativou a agência no local, utilizava o imóvel sem o pagamento de aluguel há 20 anos. Segundo o documento, publicado ontem na imprensa oficial do município, as chances do prédio já foram entregues pelo antigo permissionário.

    A administração ainda não sabe que o vai fazer com ele, mas a tendência é que o imóvel se torne uma repartição pública.

    A situação do imóvel é questionada na Justiça desde outubro do ano passado. Ele foi cedido ao antigo Banespa (Banco do Estado de São Paulo) durante a década de 80, quando a Zona Leste de Santa Bárbara estava em franca expansão e ainda não possuía serviços bancários. A concessão foi mantida mesmo após a privatização do banco e a instalação de outras instituições financeiras em bairros próximos.

    O ex-vereador Antonio Salustiano Filho (PT) e o atual Valmir Alcântara de Oliveira, o Careca (Pros), ingressaram com uma ação popular para pedir o cancelamento da permissão e a condenação do banco a indenizar a Prefeitura pelo período em que utilizou o espaço.

    “Quando houve a primeira cessão, havia interesse público. A região estava crescendo, precisava de uma agência bancárias e o prédio foi cedido a uma instituição pública”, afirma Salustiano.

    Os dois chegaram a pedir uma liminar para que o prédio fosse desocupado ainda no final de 2013, mas a juíza Eliete de Fátima Guarnieri, responsável pelo processo, entendeu que não havia risco de demora em se aguardar a sentença sobre o caso. Procurada, a assessoria de imprensa do Santander informou que deve se manifestar apenas hoje sobre o fechamento da agência em Santa Bárbara.

    Santander

    Através da assessoria de imprensa, o banco Santander informou as alternativas que oferece para o atendimento de clientes em Santa Bárbara d’Oeste. “O Santander informa que direcionou o atendimento dos clientes da agência da Rua do Algodão, 1451, para a agência localizada à Rua D. Margarida, 533. O banco ressalta que nada muda no dia a dia dos clientes. Além disso, a instituição disponibiliza atendimento por meio dos Canais de Relacionamento (Central de Atendimento Santander, Santander Internet Banking e Santander Móvel)”, diz a nota.

  4. Governo de São Paulo deixou

    Governo de São Paulo deixou de repassar R$ 74,7 milhões para Santa Casa

     

    O governo federal repassou ao estado de São Paulo R$ 291,3 milhões em 2013 destinados à Santa Casa de São Paulo. No entanto, apenas R$ 237,2 milhões foram entregues à instituição. Além disso, esse ano, dos R$ 126,3 milhões repassados pelo Ministério da Saúde, R$ 105,7 milhões chegaram à Santa Casa. Os números foram repassados pelo ministro Arthur Chioro, a partir de informações prestadas pela Secretaria de Saúde do Estado e propagado por diversos veículos de comunicação.

    De acordo com o portal Exame (link is external), foram pedidas explicações ao governo estadual. “Vamos esperar a resposta. Mas definitivamente o problema da instituição não é provocado pelo governo federal”, disse o ministro.

    Já a Folha de S.Paulo lembra que os repasses do governo federal para o Estado não atrasaram nem um dia (link is external). “Nós queremos entender [o fechamento] porque o governo federal repassa R$ 25,2 milhões por mês para a Santa Casa de São Paulo e não atrasamos um dia. Estamos mandando recurso, mesmo que não seja diretamente para ela, porque o valor é repassado à Secretaria Estadual [de Saúde], como em qualquer outra Santa Casa”, afirmou Chioro.

    Em entrevista à Rádio Estadão, o secretário de Saúde do Estado, David Uip, se disse surpreendido com esse dado e que ainda ontem (23) pediu que a informação fosse averiguada. “Eu vou avaliar e se eu sentir que há a mínima suspeita que esse dinheiro chegou e não foi repassado, é apuração preliminar e, na sequência, sindicância punitiva”. Além disso, explicou que a comissão de apuração que será instalada para verificar a saúde financeira da Santa Casa terá, além de representantes da União, Estado e Município, um promotor.

    Outra matéria da Folha de S.Paulo revela que “ao menos 200 Santas Casas perderam um aporte de recursos do Ministério da Saúde devido à omissão de secretários municipais e estaduais de Saúde (link is external)“. É importante lembrar que a presidenta Dilma Rousseff lançou no ano passado o PROSUS, um programa que fortalece e ajuda na saúde econômica das Santas Casas. 

    http://www.mudamais.com/divulgue-verdade/governo-de-sao-paulo-deixou-de-repassar-r-747-milhoes-para-santa-casa

     

  5. Xi Jinping deixa China ainda

    Xi Jinping deixa China ainda mais próxima da América Latina

    Presidente chinês explora carências de países como Cuba, Argentina e Venezuela para ampliar suas fontes de matéria-primeira e ocupar espaço deixado pelos EUA na região, cada vez mais voltada para Pequim.
     

    Encerrou-se em Cuba na quarta-feira (23/07) a viagem do presidente chinês, Xi Jinping, pela América Latina. Em seu giro pelo continente, que começou no Brasil, ele passou por Argentina e Venezuela até, por fim, desembarcar em Santiago de Cuba – cidade na qual há 500 anos Cristóvão Colombo, em seu caminho para as Índias, inaugurava um porto.

    Com a visita, Xi mostra que a região continua importante para a pauta econômica de Pequim. Sob o comando de uma empresa chinesa, um novo canal que permite o trânsito de navios entre os oceanos Atlântico e Pacífico pela América Central está sendo construído na Nicarágua. O governo chinês garantiu recursos para a obra.

    A sexta cúpula dos Brics, entre os dias 14 e 15 de julho em Fortaleza, foi o primeiro compromisso do presidente chinês em sua viagem. Durante o encontro, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul criaram um banco de desenvolvimento – uma alternativa às antigas estruturas de poder do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.

    Na Argentina, Xi anunciou a liberação de um crédito de quase 5,5 bilhões de euros para ser investido na infraestrutura do país. E uma operação de troca de taxa de variação cambial (swap) no valor de aproximadamente 8 milhões de euros deverá estimular o intercâmbio de produtos entre os dois parceiros: bens de consumo para a Argentina e matéria-prima, sobretudo soja, para a China.

    Os acordos anunciados na Venezuela foram semelhantes. O presidente chinês divulgou o repasse de um novo crédito de 3 bilhões de euros, que poderá ser pago em petróleo, assim como a participação na reconstrução de refinarias.

    O sinal dado por Xi é claro: a China quer reforçar seus laços com a América Latina. No campo dos negócios, a meta parece já ter sido conquistada há tempos. Em muitos países da região – entre eles Brasil, Argentina e Chile – os chineses já se encontram à frente dos americanos no ranking de maiores parceiros comerciais.

    A forte relação dos EUA com o México ainda é o principal motivo por a China ainda não ser o principal parceiro da América Latina como um tudo. Mas dados mostram que mesmo essa posição está mudando. Enquanto o comércio entre latino-americanos e chineses movimentou aproximadamente 12 bilhões de dólares por ano na década passada, em 2013 as trocas comerciais alcançaram 261 bilhões– 20 vezes mais.

    Dependência de Pequim

    Com tudo caminhando bem na parte comercial, os chineses agora querem conquistar influência geopolítica – e tudo indica que poderão contar com sinal verde nas Américas do Sul e Central. “Para muitos governos latino-americanos, a China é um parceiro atrativo em termos econômicos e de desenvolvimento político”, avaliam Ana Solíz Landivar e Sören Scholvin, do instituto alemão Giga.

    Para os pesquisadores, as principais razões para isso são financeiras. “Mas também o sucesso político chinês em âmbito global, sua escalada de poder no século 21, é considerado ponto importante pelos governos latino-americanos”, afirmam.

    Os especialistas ressaltam a China também é vista com bons olhos por, simplesmente, ser uma alternativa aos EUA. Apesar do enorme interesse em receber investimentos externos, muitos governos recusam recursos repassados pelo “Ocidente” por motivos ideológicos.

    O roteiro seguido por Xi nesta viagem passa exatamente por esses países. Mergulhada em caos, a Venezuela tem problemas com o refino de petróleo e para abastecimento à população de produtos básicos. Durante visita do presidente chinês, o venezuelano Nicolás Maduro fez questão de agradecer pelos 45 bilhões de dólares de crédito que a China liberou para seu país ao longo da última década.

    A Argentina segue o mesmo caminho. Fora a agricultura, praticamente nada é produzido por lá. A inflação está acima dos 40%, e o acesso ao mercado de capitais está bloqueado desde 2011, ano da bancarrota. Em vez de tentar conquistar a confiança dos investidores privados, a presidente Cristina Kirchner também se rende às ofertas de ajuda de países que se apresentam como contraposição aos Estados Unidos, como China e Rússia.

    Já Cuba depende, há décadas, de países oponentes aos EUA. Após o fim da União Soviética, a Venezuela havia tomado à frente da empobrecida ilha. Agora que Caracas não tem mais o que oferecer, o caminho para a China ficou livre – embora a Rússia também tenha feito investidas nas ilhas dos irmãos Castro.

    Mais poder

    Há anos governos de países da América Latina tentam tirar proveito de sentimentos antiamericanos de parte da população, e vendem como se fossem méritos próprios o enfraquecimento da influência americana – o antigo poder “colonialista” – em seus territórios. Atualmente, no entanto, é grande o receio de que o uma nova dependência possa surgir.

    Diferentemente dos latino-americanos, os asiáticos costumam dar bem menos importância a questões ideológicas. A China quer expandir seu poder geopolítico a fim de assegurar o acesso a matérias-primas.

    A maneira como a América Latina poderá admitir esse acesso será discutida na próxima cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O encontro, aliás, será em Pequim.

    Para muitos, este é um recado da China aos EUA. Sobre a aproximação de Washington com o Japão e outros dez países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Ansea), o americano Andrés Oppenheimer resumiu, em sua coluna no jornal Miami Herald no ano passado: “Você entra no meu quintal, então eu também entro no seu.”

    http://www.dw.de/xi-jinping-deixa-china-ainda-mais-pr%C3%B3xima-da-am%C3%A9rica-latina/a-17804291

  6. Haddad: hora de resgatar o

    Haddad: hora de resgatar o sonho

    Para mim é difícil de entender o alto grau de rejeição à administração de Fernando Haddad em São Paulo. Tento me despir de qualquer partidarismo, contra ou favor, e me parece evidente que não há termos de comparação com as administrações municipais anteriores quanto ao que está sendo feito hoje e até mesmo a forma como está sendo feito.

    Diria que pelo menos desde que passei a me relacionar diretamente com a cidade (mudei-me para São Paulo, pela primeira vez, em 1998) nunca vi um conjunto de ações tão abrangentes e coordenadas, capazes de impactar positivamente no curto e longo prazos. E, no entanto, quase metade da população (47%) rejeita diretamente a administração e outros tantos (37%) a consideram “regular”. Aprovação, mesmo, só de 17%.

    Fico pensando em razões para isso. Por um lado, existe sem dúvida uma enorme rejeição de parcelas expressivas da cidade – que às vezes se traduz em ódio quase atávico – ao PT, sua atuação e projeto político. Isto acaba respingando em tudo que se refere ao partido e, claro, o prefeito Haddad não teria como escapar disso.

    Por outro lado, existe também, a meu ver, uma profunda dificuldade de comunicação e diálogo da administração com a cidade. Haddad pessoalmente parece não ser uma pessoa particularmente afeita à comunicação direta com as pessoas, em massa. É um professor e, como tal, provavelmente lhe é mais fácil e seguro trabalhar os argumentos em grupos pequenos e com tempo para explicar bem suas ideias.

    Esta é uma característica pessoal dele que, na minha opinião, tem de ser melhorada. Outros políticos, com muito menos capacidade que ele, infelizmente são muito melhores na comunicação interpessoal e na construção de relações empáticas, fundamentais para estabelecer sinergias com públicos diversos e fora da nossa zona de conforto.

    Mas existem aspectos da comunicação pública da sua administração que podem ser melhorados, independente do estilo pessoal do prefeito. Por exemplo, acho o slogan “Fazendo o que tem de ser feito” muito ruim, de uma arrogância e falta de empatia sem par. Meu receio é que este slogan na verdade traduza uma visão de mobilização, engajamento e transformação que para mim é equivocada.

    O que move as pessoas para mudanças de longo prazo é o sonho, é uma visão compartilhada de mudança e de como esta mudança pode afetar positivamente a vida de cada um. É esta visão que me leva, como cidadão, a dar algo de mim para sua construção, independente, no caso da cidade de São Paulo, do partido político que esteja à frente.

    Pois bem, “Fazendo o que deve ser feito” fala de processo. Ou seja, da “forma” como se está construindo esta nova São Paulo. Posso até achar, no âmbito racional, que faz todo sentido, mas isto não me atrai nem um pouco. Pelo contrário, a arrogância implícita afasta quem poderia aceitar o preço a pagar pelo sonho de uma cidade melhor.

    É óbvio que tem muitos comerciantes, motoristas de taxi, moradores de condomínio, donos de carros que se sentem diretamente atingidos por algumas das medidas tomadas pela prefeitura, especialmente as relacionadas ao transporte público e ciclovias. Adianta dizer para eles que terão de engolir, querendo ou não, as medidas tomadas porque a prefeitura “está fazendo o que tem de ser feito”?

    Não seria melhor tentar construir uma ponte baseada na visão de uma cidade melhor para todos, inclusive para os filhos e netos destas pessoas. Afinal, é muito melhor tê-las, na medida do possível, como aliadas, não como inimigas. Mesmo por que os adversários desta nova cidade que se está tentando construir são muito poderosos e devem ser combatidos de forma coordenada.

    Visão de processo, do “como vamos fazer”, é o que menos precisamos neste momento singular da cidade de São Paulo. Acredito que todo paulistano, por nascimento ou opção, quer saber é o “para quê”: o que vai emergir, que cidade teremos, diferente e melhor do que esta que temos. Com isso, fica muito mais fácil explicar o que está sendo feito e como está sendo feito.

    Está na hora de a administração Haddad trazer a cidade para o seu sonho. Torná-lo um movimento de todos. Engavetar o “Fazendo o que deve ser feito” e criar o “Fazendo, juntos, a cidade que sonhamos”, ou algo pelo estilo.

    Sem medo de sonhar e entendendo que o sonho de cada um é diferente, mas que o desejo de uma cidade melhor para todos, nossos filhos, netos e os que vierem depois, é comum e urgente.

    http://www.brasilpost.com.br/renato-guimaraes/haddad-hora-de-resgatar-o-sonho_b_5614575.html?utm_hp_ref=brazil

  7. País reduziu em 22% pobreza

    País reduziu em 22% pobreza multidimensional em seis anos

    O índice de brasileiros em situação de pobreza multidimensional caiu 22,5% em seis anos, revelou hoje (24) o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Segundo levantamento do órgão, a parcela da população brasileira com privação de bens caiu de 4% para 3,1%, entre 2006 e 2012.

    A fatia da população próxima à pobreza multidimensional caiu de 11,2% para 7,4%. A proporção de pessoas em pobreza severa passou de 0,7% para 0,5% na mesma comparação.

    Os números constam do Relatório de Desenvolvimento Humano de 2014. Além de publicar o ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 187 países, o documento apresentou o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) para 91 países. Foi divulgada também a comparação do IPM com anos anteriores de 39 deles.

    Diferentemente do IDH, que estima o grau de desenvolvimento com base na expectativa de vida, na renda e na educação, o IPM usa critérios mais abrangentes para avaliar o padrão de vida de um país. Esse índice leva em conta indicadores de saúde (nutrição e mortalidade infantil), educação (anos de estudo e taxa de matrícula) e a qualidade do domicílio (gás de cozinha, banheiro, água, eletricidade, piso e bens duráveis).

    Outra diferença está no uso de dados nacionais. O IDH é construído com estatísticas do Banco Mundial, da Organização Mundial do Trabalho e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Índice de Pobreza Multidimensional, no caso do Brasil, baseia-se na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Segundo Andréa Bolzon, coordenadora do Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, o IPM não permite a comparação entre países por causa da falta de padronização dos dados internacionais. “A melhor maneira de comparar o Brasil é com ele mesmo. Os indicadores mostram que há uma evolução significativa na redução da pobreza multidimensional.”

    De acordo com ela, o principal objetivo do IPM é retratar a pobreza não apenas em função da renda. Pelos padrões internacionais, a linha de pobreza está fixada em US$ 1,25 por pessoa por dia. “O Índice Multidimensional de Pobreza procura não captar apenas a renda, mas as condições materiais de sobrevivência.”

    Pelo critério tradicional de medição, o índice de pobreza no Brasil é maior que a pobreza multidimensional. De acordo com o Pnud, 6,14% da população brasileira ganhava menos que US$ 1,25 diários em 2012. No México, ocorre o contrário. A pobreza multidimensional atingia 6% da população, enquanto a pobreza com base na renda mínima afetava apenas 0,72% no mesmo ano. “O IPM, na verdade, reflete o modo de vida e a estrutura de cada sociedade”, esclarece a coordenadora.

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-07/brasil-reduziu-em-22-pobreza-multidimensional-em-seis-anos

  8. Do Jornal do Brasil:

     

    25/07 às 10p8- Atualizada em 25/07 às 12p6

    ‘Jerusalem Post’: Brasil e Israel – uma relação delicada

    Jornal israelense analisa polêmica diplomática com Brasil

    Jornal do Brasil

    O Jerusalem Post  publicou uma reportagem nesta sexta-feira (25) sobre a questão diplomática entre Brasil e Jerusalém. Depois de o Brasil chamar seu embaixador em Israel para o Brasil, e Israel rebater dizendo que o país latino-americano é um “anão diplomático” o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Yigal Palmor disse que “desproporcional é 7 a 1”, fazendo referência à goleada sofrida pelo Brasil na Copa e à fala brasileira que condenou o “uso desproporcional de força por parte de Israel na Faixa de Gaza”.

    >>Anão diplomático: “Israel tentou negar valor da chancelaria brasileira”

    O jornal lembra que o Brasil tem uma grande influência nas decisões relacionadas à política exterior da América Latina. “Em 2010, uma vez que o Brasil reconheceu um Estado palestino, uma série de outros países sul-americanos fizeram o mesmo”, comenta o jornal.

    O jornal ainda firma que especialistas veem a questão como uma forma do Brasil “consagrar-se com os países árabes não alinhados” e que “Israel espera o apoio de seus amigos em sua luta contra o Hamas”

    Entre esses amigos, parece não estar boa parte do Ocidente. O Brasil foi um dos 29 países que votaram no Conselho de Direitos Humanos da ONU esta semana para investigar as ações de Israel na Faixa de Gaza – 17 países se abstiveram, e só os EUA se opõem. Além do Brasil, todos os países da América Latina – Argentina, Chile, Costa Rica, Cuba, México e Venezuela – votaram “contra Israel”, diz o jornal.

    Eles ainda lembram que 2008-2009, a Bolívia cortou os laços com Israel, e a Mauritânia – o único país árabe além de Jordânia e Egito, que tinha relações com Israel – chamou o seu embaixador para consultas, “um prelúdio para o que mais tarde levou a romper os laços”. 

    Tags: anão diplomático, CONFLITO, faixa de gaza, internacional, Israel, jerusalem post

  9. De cegos e de anões – Mauro Santayana

    Coisas da Política

    24/07 às 20h00 – Atualizada em 24/07 às 20h01

    De cegos e de anões     

    Mauro Santayana

    Se não me engano, creio que foi em uma aldeia da Galícia que escutei, na década de 70, de camponês de baixíssima estatura, a história do cego e do anão que foram lançados, por um rei, dentro de um labirinto escuro e pejado de monstros. Apavorado, o cego, que não podia avançar sem a ajuda do outro, prometia-lhe toda sua fortuna, caso ficasse com ele, e, desesperado, começou a cantar árias para distraí-lo. 

    O outro, ao ver que o barulho feito pelo cego iria atrair inevitavelmente os monstros, e que o cego, ao cantar cada vez mais alto, se negava a ouvi-lo, escalou, com ajuda das mãos pequenas e das fortes pernas, uma parede, e, caminhando por cima dos muros, chegou, com a  ajuda da luz da Lua, ao limite do labirinto, de onde saltou para  densa floresta, enquanto o cego, ao sentir que ele havia partido, o amaldiçoava em altos brados, sendo, por isso, rapidamente localizado e devorado pelos monstros que espreitavam do escuro.    

    Ao final do relato, na taberna galega, meu interlocutor virou-se para mim, tomou um gole de vinho e, depois de limpar a boca com o braço do casaco, pontificou, sorrindo, referindo-se à sua altura: como ve usted, compañero… com o perdão de Deus e dos cegos, ainda prefiro, mil vezes, ser anão… 

    Lembrei-me do episódio — e da história — ao ler sobre a convocação do embaixador brasileiro em Telaviv para consultas, devido ao massacre em Gaza, e da resposta do governo israelense, qualificando o Brasil como irrelevante, do ponto de vista geopolítico, e acusando o nosso país de ser um “anão diplomático”.  

    Chamar o Brasil de anão diplomático, no momento em que nosso país acaba de receber a imensa maioria dos chefes de Estado da América Latina, e os líderes de três das maiores potências espaciais e atômicas do planeta, além do presidente do país mais avançado da África, país com o qual Israel cooperava intimamente na época do Apartheid, mostra o grau de cegueira e de ignorância a que chegou Telaviv. 

    O governo israelense não consegue mais enxergar além do próprio umbigo, que confunde com o microcosmo geopolítico que o cerca, impelido e dirigido pelo papel executado, como obediente cão de caça dos EUA no Oriente Médio. 

    O que o impede de reconhecer a importância geopolítica brasileira, como fizeram milhões de pessoas, em todo o mundo, nos últimos dias, no contexto da criação do Banco do Brics e do Fundo de reservas do grupo, como primeiras instituições a se colocarem como alternativa ao FMI e ao Banco Mundial, é a mesma cegueira que não lhe permite ver o labirinto de morte e destruição em que se meteu Israel, no Oriente Médio, nas últimas décadas.  

    Se quisessem sair do labirinto, os sionistas aprenderiam com o Brasil, país que tem profundos laços com os países árabes e uma das maiores colônias hebraicas do mundo, como se constrói a paz na diversidade, e o valor da busca pacífica da prosperidade na superação dos desafios, e da adversidade. 

    O Brasil coordena, na América do Sul e na América Latina, numerosas instituições multilaterais. E coopera com os estados vizinhos — com os quais não tem conflitos  políticos ou territoriais — em áreas como a infraestrutura, a saúde, o combate à pobreza. 

    No máximo, em nossa condição de “anões irrelevantes”, o que poderíamos aprender com o governo israelense, no campo da diplomacia, é como nos isolarmos de todos os povos da nossa região e engordar, cegos pela raiva e pelo preconceito, o ódio visceral de nossos vizinhos — destruindo e ocupando suas casas, bombardeando e ferindo seus pais e avós, matando e mutilando as suas mães e esposas, explodindo a cabeça de seus filhos. 

    Antes de criticar a diplomacia brasileira, o porta-voz da Chancelaria israelense, Yigal Palmir, deveria ler os livros de história para constatar que, se o Brasil fosse um país irrelevante, do ponto de vista diplomático, sua nação não existiria, já que o Brasil não apenas apoiou e coordenou como também presidiu, nas Nações Unidas, com Osvaldo Aranha, a criação do Estado de Israel.  

    Talvez, assim, ele também descobrisse por quais razões o país que disse ser   irrelevante foi o único da América Latina a enviar milhares de soldados à Europa para combater os genocidas   nazistas; comanda órgãos como a OMC e a FAO;  abre, todos os anos, com o discurso de seu máximo representante, a Assembleia Geral da ONU; e porque — como lembrou o ministro Luiz Alberto Figueiredo, em sua réplica — somos uma das únicas 11 nações do mundo que possuem relações diplomáticas, sem exceção,  com todos os membros da Organização das Nações Unidas.     

    Tags: aldeia, aranha, camponês, diplomacia, galícia, osvaldo  

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  10. Deu no JB:

    25/07 às 14p5 – Atualizada em 25/07 às 16p0

    Foto mostra coronel em acidente de Zuzu Angel

    Apresentada hoje, a fotografia mostra Perdigão à paisana próximo ao carro da estilista.

     

    Jornal do Brasil

    Fernanda Távora *

    A foto que mostra o coronel, então major, Freddie Perdigão, que atuou no DOI-Codi de São Paulo, na Casa da Morte em Petrópolis e coordenou o atentado ao Rio Centro, na cena da morte de Zuzu Angel, foi apresentada nesta sexta-feira (25) à Comissão Nacional da Verdade (CNV), em Brasília. A foto, em baixa resolução, foi apresentada durante o depoimento do ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), Claudio Guerra, que aconteceu nesta quarta-feira(23).

    Na foto original, em preto e branco, é possível reconhecer Perdigão, falecido em 1997, vestido à paisana, próximo ao carro acidentado de Zuzu Angel. Segundo o CNV, a imagem ajuda na confirmação de que a estilista teria sido vítima de um atentado de responsabilidade do governo militar, fato negado pelos militares até hoje. 

    Coordenador da CNV, Pedro Dallari, afirma que junto com “outros elementos” obtidos pela comissão é possível indicar que o acidente da estilista foi planejado. “Temos outros elementos que nos permitem ir convergindo para essa conclusão do assassinato da Zuzu Angel. Você não forma convicção a partir de um único elemento, é um indício, mas há alguns outros elementos que estamos pesquisando. Vai nessa direção e faz todo sentido”, disse Dallari. “Até hoje as Forças Armadas insistem em negar que Zuzu Angel tenha sido vítima de um assassinato”, afirmou.

    Segundo Cláudio Guerra, que obteve esta foto, Freddie Perdigão aparece encostado no poste (marcado em vermelho)

     

    Em depoimento,  Guerra e lembrou de uma conversa entre ele e Perdigão. “Éramos confidentes, frequentávamos a casa um do outro. Um dia ele me disse que havia planejado simular o acidente dela e estava preocupado pois achava que havia sido fotografado na cena do crime pela perícia”. 

    Novos depoimentos

    Como parte das investigações sobre o caso Stuart Angel,  o coronel reformado da Aeronáutica, Antônio Augusto Mendes de Matos, que comandava a Base Aérea do Galeão durante a ditadura, foi chamado para prestar depoimento à Comissão Nacional da Verdade (CNV), durante a tarde desta sexta-feira (25).

    Conhecido como “tenente Mendes” à época, o coronel foi vago ao responder as perguntas sobre possíveis presos na base aérea, durante a ditadura. Ouvido por Dallari e por assessores da comissão, Mendes negou a existência de prisões de civis na base e a participação no desaparecimento de Stuart Angel. “Ele prestou algumas informações sobre a estrutura e funcionamento da base, mas nada sobre a tortura e morte na Base do Galeão”, afirmou Dallari.

    Militante do grupo guerrilheiro MR-8, Stuart Angel teria sido preso e torturado na base aérea do Rio de Janeiro e até hoje é considerado desaparecido.

    De acordo com a assessoria da CNV, “o mutirão de depoimentos continuará no Rio de Janeiro a partir de segunda-feira (28) e prosseguirá até sexta-feira, dia 1º de agosto”.

    Zuzu Angel

    Zuzu Angel teve um papel ativo na resistência e denúncia durante o governo militar. A estilista, reconhecida internacionalmente, travou uma batalha contra a ditadura, em busca do corpo do filho e fez com que a situação do Brasil repercutisse internacionalmente e acabou se tornando uma figura incômoda ao regime militar.

    Sua luta e busca dos culpados pela morte e desaparecimento do filho só acabaram em 1976, após sua morte em um suposto acidente de carro, na saída do túnel Dois Irmãos, em São Conrado, atualmente batizado com seu nome.

    Em 1998 a Comissão Especial dos Desaparecidos políticos julgou o caso e reconheceu o governo militar como o responsável pela morte da estilista.

    * do projeto de estágio do JB

    Tags: acidente, cnv, depoimento, fotografia, guerra, zuzu angel 

  11. DE CEGOS E DE ANÕES

     

       (Jornal do Brasil) – Se não me engano, creio que foi em uma aldeia da Galícia que escutei, na década de 70, de camponês de baixíssima estatura, a história do cego e do anão que foram lançados, por um rei, dentro de um labirinto escuro e pejado de monstros. Apavorado, o cego, que não podia avançar sem a ajuda do outro, prometia-lhe sorte e fortuna, caso ficasse com ele, e, desesperado, começou a cantar árias para distraí-los do medo. O anão, ao ver que o barulho feito pelo cego iria atrair inevitavelmente as criaturas, e que o cego, ao cantar cada vez mais alto, se negava a ouvi-lo, escalou, com ajuda das mãos pequenas e das fortes pernas, uma parede, e, caminhando por cima dos muros, chegou, com a ajuda da luz da Lua, ao limite do labirinto, de onde saltou para  densa floresta, enquanto o cego, ao sentir que ele havia partido, o amaldiçoava em altos brados, sendo, por isso, rapidamente localizado e devorado pelos monstros que espreitavam do escuro.    Ao final do relato, na taverna galega, meu interlocutor virou-se para mim, tomou um gole de vinho e, depois de limpar a boca com o braço do casaco, pontificou, sorrindo, referindo-se à sua altura: como ve usted, compañero… con el perdón de Dios y de los ciegos, aun prefiero, mil veces, ser enano… Lembrei-me do episódio — e da história — ao ler sobre a convocação do embaixador brasileiro em Telaviv para consultas, devido ao massacre em Gaza, e da resposta do governo israelense, qualificando o Brasil como irrelevante, do ponto de vista geopolítico, e acusando o nosso país de ser um “anão diplomático”.  Chamar o Brasil de anão diplomático, no momento em que nosso país acaba de receber a imensa maioria dos chefes de Estado da América Latina, e os líderes de três das maiores potências espaciais e atômicas do planeta, além do presidente do país mais avançado da África, nação com a qual Israel cooperava intimamente na época do Apartheid, mostra o grau de cegueira e de ignorância a que chegou Telaviv. O governo israelense não consegue mais enxergar além do próprio umbigo, que confunde com o microcosmo geopolítico que o cerca, impelido e dirigido pelo papel que exerce, o de obediente cão de caça dos EUA no Oriente Médio. O que o impede de reconhecer a importância geopolítica brasileira, como fizeram milhões de pessoas, em todo o mundo, nos últimos dias, no contexto da criação do Banco do Brics e do Fundo de reservas do grupo, como primeiras instituições a se colocarem como alternativa ao FMI e ao Banco Mundial, é a mesma cegueira que não lhe permite ver o labirinto de morte e destruição em que se meteu Israel, no Oriente Médio, nas últimas décadas.  Se quisessem sair do labirinto, os sionistas aprenderiam com o Brasil, país que tem profundos laços com os países árabes e uma das maiores colônias hebraicas do mundo, como se constrói a paz na diversidade, e o valor da busca pacífica da prosperidade na superação dos desafios, e da adversidade. O Brasil coordena, na América do Sul e na América Latina, numerosas instituições multilaterais. E coopera com os estados vizinhos — com os quais não tem conflitos políticos ou territoriais — em áreas como a infraestrutura, a saúde, o combate à pobreza. No máximo, em nossa condição de “anões irrelevantes”, o que poderíamos aprender com o governo israelense, no campo da diplomacia, é como nos isolarmos de todos os povos da nossa região e engordar, cegos pela raiva e pelo preconceito, o ódio visceral de nossos vizinhos — destruindo e ocupando suas casas, bombardeando e ferindo seus pais e avós, matando e mutilando as suas mães e esposas, explodindo a cabeça de seus filhos. Antes de criticar a diplomacia brasileira, o porta-voz da Chancelaria israelense, Yigal Palmor, deveria ler os livros de história para constatar que, se o Brasil fosse um país irrelevante, do ponto de vista diplomático, sua nação não existiria, já que o Brasil não apenas apoiou e coordenou como também presidiu, nas Nações Unidas, com Osvaldo Aranha, a criação do Estado de Israel.  
    Talvez, assim, ele também descobrisse por quais razões o país que disse ser irrelevante foi o único da América Latina a enviar milhares de soldados à Europa para combater os genocidas   nazistas; comanda órgãos como a OMC e a FAO; bloqueou, com os BRICS, a intervenção da Europa e dos Estados Unidos na Síria, defendida por Israel, condenou, com eles, a destruição do Iraque e da Líbia; obteve o primeiro compromisso sério do Irã, na questão nuclear; abre, todos os anos, com o discurso de seu máximo representante, a Assembleia Geral da Nações Unidas; e porque — como lembrou o ministro Luiz Alberto Figueiredo, em sua réplica — somos uma das únicas 11 nações do mundo que possuem relações diplomáticas, sem exceção – e sem problemas – com todos os membros da ONU.  

    Finalmente, lembremos ao Senhor Yigal Palmor, uma marcante diferença entre nossos dois países, com um último exemplo da “irrelevância” brasileira no contexto geopolítico: enquanto Israel depende em quase tudo – incluindo sua sobrevivência militar – dos norte-americanos, o Brasil é o quarto maior credor individual externo do tesouro dos Estados Unidos.

    http://www.maurosantayana.com/2014/07/de-cegos-e-de-anoes.html

  12. Preso,Jornalista denuncia proposta de confissão falsa

    Marco Aurélio Carone diz ter recebido do Ministério Público oferta de penas mais leves caso aceitasse acusar deputados de oposição ao PSDB mineiro de formação de quadrilha

      São Paulo – O jornalista Marco Aurélio Carone, preso desde segunda-feira (20) acusado de integrar quadrilha que objetivava “difamar, caluniar e intimidar” políticos ligados ao PSDB, divulgou nota na manhã desta sexta-feira (24) para denunciar uma proposta de assinatura de confissão falsa que teria recebido do Ministério Público. Segundo o texto, o promotor André Pinho teria dito que a situação de Carone estaria “resolvida” caso o jornalista admitisse que o site NovoJornal, do qual era diretor, era instrumento de veiculação de notícias falsas plantadas pelos deputados estaduais Sávio Souza Cruz (PMDB) e Rogério Correia (PT), ambos integrantes do bloco parlamentar “Minas sem Censura”, que denuncia a ingerência do grupo político do senador Aécio Neves (PSDB) sobre a mídia mineira. Carone diz ter recusado a oferta, feita na presença de familiares, advogados e funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Oeste, em Belo Horizonte, onde recebia atendimento médico. O jornalista, que alega ser vítima de perseguição política por parte de autoridades mineiras aliadas de Aécio, aguarda data para ir a reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para expor publicamente seu caso. O convite para o depoimento público deverá ser oficializado pelo deputado Rogério Correia, integrante da comissão. “O que eu e o Rogério temos em comum, e em comum com o NovoJornal, é a oposição ao governo do estado de Minas. Só isso”, diz o deputado Sávio Souza Cruz (PMDB). “Não quero nem entrar no mérito do personagem [Carone], que é mesmo controverso, mas, de fato, foram muito estranhas as condições da prisão. Parece que ser de oposição em Minas, agora, dá cadeia”, comenta. Ainda segundo a nota, esta seria a segunda tentativa de autoridades mineiras de incriminar os deputados Sávio e Rogério. O lobista Nilton Monteiro, denunciante do “mensalão tucano” e que, de acordo com o Ministério Público, seria o líder da quadrilha que busca difamar o PSDB mineiro, acusa o delegado Marcio Nabak de tentar negociar com ele a delação premiada em troca das mesmas acusações oferecidas a Carone. Na ocasião, o delegado teria insistido em uma confissão que declarasse que a Lista de Furnas teria sido elaborada a pedido do petista Correia. A Lista de FurnasA acusação completa do Ministério Público contra Carone foi por formação de quadrilha, falsificação de documentos públicos e particulares, falsidade ideológica, uso de documento falso, denunciação caluniosa majorada e fraude processual majorada – todas acusações relativas ao contato entre o jornalista e o lobista Nilton Monteiro, que tornou pública a Lista de Furnas após ter colaborado com suposto esquema de desvio de dinheiro da estatal. A Lista de Furnas é um documento que revela as quantias pagas a políticos de PSDB, PFL (hoje DEM) e PTB em esquema de desvio de verbas intermediado pelo publicitário Marcos Valério no ano de 2000, com o objetivo de abastecer o caixa dois de campanha desses partidos nas eleições de 2002. O caso ficou conhecido como “mensalão tucano”, por envolver os mesmos personagens e operações envolvendo as denúncias feitas contra o PT a partir de 2005 e que deram origem à Ação Penal 470. O PSDB nega a existência do esquema, que pode ter movimentado mais de R$ 40 milhões, e questiona a autenticidade da Lista de Furnas, embora a Polícia Federal tenha comprovado, em perícia, que a lista conta com a caligrafia de Dimas Toledo, então presidente da estatal de energia. O caso aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal; o julgamento contra o PT foi realizado entre 2012 e 2013, e condenou 36 pessoas. Rede Brasil Atual

  13. Novidades?

    Eis a matéria de “O Globo:

    TCE de MG é alvo frequente de denúncias, como desvio de verbas por parte dos conselheiros
    Três mil processos foram queimados em incêndio criminoso e foi Corte foi acusada de abrigar funcionárias fantasmas

    Órgão fiscalizador das contas do governo e da Assembleia Legislativa, o Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG) tem sido protagonista frequente de escândalos no estado. Acumulados nos últimos 12 anos, três mil processos foram queimados num incêndio comprovadamente criminoso, três conselheiros foram apontados pela Polícia Federal como participantes de um esquema de desvio de verbas do Fundo de Participação dos Municípios, e a Corte foi também acusada de abrigar funcionários fantasmas. Desde domingo, O GLOBO mostra investigações e suspeitas sobre conselheiros desses tribunais.

    A atual presidente da casa é Adriene Andrade, mulher de Clésio Andrade (PMDB-MG), réu no mensalão tucano. Segundo denúncia do Ministério Público, ela não teria conhecimento jurídico suficiente para o cargo. Adriene foi indicada na gestão do ex-governador Aécio Neves (PSDB), quando Andrade era vice-governador. Na ação do MP, é citado o currículo da conselheira até então, onde constam mandato de prefeita de Três Pontas, cidade com 53 mil habitantes no Sul de Minas, atuação no Conselho Municipal de Assistência Social, na APAE da mesma cidade, além do comando da Associação Mineira de Município (AMM). A ação do MP contra a indicação da atual presidente do TCE-MG ainda tramita no STF. Sua defesa argumenta que ela preenche todos os requisitos exigidos para ocupar o cargo.

    FUNCIONÁRIAS FANTASMAS

    O ex-deputado Elmo Braz, que também foi presidente do TCE e se aposentou em 2011, virou alvo de uma investigação recente do MP de Belo Horizonte. Segundo documentos obtidos pelo GLOBO, ele é suspeito de conseguir cargo no tribunal para três mulheres, mas os empregos eram fantasmas. Pais, irmãos e primos das jovens também conseguiram trabalho no tribunal. Entre as contempladas, está a bacharel em Direito Letícia Miranda Santiago, que neste ano conseguiu uma vaga no reality show “BBB-14”. Uma das provas do inquérito são fotografias do conselheiro passeando com Letícia numa lancha. Em seu depoimento ao MP, Elmo admitiu que as três mulheres foram lotadas no tribunal, porém, negou irregularidades.

    O Tribunal de Contas de Minas foi palco de um incêndio criminoso em 2002. Quatro funcionários de alto escalão foram acusados de destruir provas de investigações fiscais. Neste ano, mesmo concluindo que o incêndio havia sido comprovadamente criminoso, a Justiça de Minas arquivou o processo por falta de prova contra os acusados. No inquérito, o então presidente do TCE, José Ferraz, já falecido, foi apontado como um dos responsáveis.

    Outro escândalo do tribunal surgiu após revelações da Operação Pasárgada, da Polícia Federal, há seis anos. Ela resultou no indiciamento da cúpula do TCE por suspeita de envolvimento com uma organização criminosa acusada de ter desviado R$ 200 milhões em verbas do Fundo de Participação dos Municípios. Como os envolvidos possuem foro privilegiado, cabe à Procuradoria Geral de Justiça de Minas Gerais (PGJ) decidir se arquiva ou propõe ação criminal. A PGJ ainda não tomou nenhuma decisão. Na época, os ex-deputados Elmo Braz, então presidente, Wanderley Ávila (vice) e Antônio Carlos Andrada (corregedor) foram indiciados por corrupção ativa, formação de quadrilha e prevaricação.

    De acordo com o relatório da Pasárgada, eles receberam propina para acobertar contratos superfaturados e sem licitação pública celebrados entre o Grupo SIM, uma firma de prestação de assessoria contábil, com dezenas de prefeituras do interior do estado sob o argumento de notório saber. Planilhas apreendidas pela PF durante a operação, na casa de um dos sócios do Grupo SIM, em BH, apontam que a propina era distribuída aos conselheiros pelo auditor Édson Arger, que chegou a ser preso. No documento, Arger e o próprio TCE aparecem na contabilidade paralela como sendo beneficiários de R$ 30 mil e R$ 162 mil, respectivamente. A investigação revelou que auditorias iniciadas pelo corpo técnico do tribunal, com indicativo de irregularidades, eram paralisadas sem julgamento.

    Durante duas semanas, O GLOBO fez contato com a assessoria de imprensa do TCE de Minas, por telefone e e-mails, para que os conselheiros respondessem às acusações, 

  14. Depois do boneco de

    Depois do boneco de papelão,do aeroporto particular, Aécio lança o “cercadinho”

     

    Que o  PSDB  é um partido da elite, todos sabem.Sabemos também que políticos tucanos não se misturam  com o “povão”. Ou vocês,  meus queridos leitores, já viram  algum comício do PSDB?.  Uma imagem publicada na imprensa nessa  semana  confirma que os tucanos não gostam de pobre. No  domingo (20), Aécio participou em Juazeiro do Norte de Missa em Ação de Graças aos 80 anos de morte do Padre Cícero Romão Batista. Até ai, não tem novidade nenhuma. De quatro em quatro anos,os tucanos viram religioso,usam igrejas evangélicas e católicas como palanque eleitoral e abandonam depois que perdem a eleição.  No entanto, o que chamou atenção na imagem é, um “cercadinho” isolando Aécio Neves  do restante do povo que estavam na missa – Observe a imagem – Separado por um cercadinho, Aécio vê o povão de longe…Aécio lança o “Camarote VIP” na missaNa convenção realizada para confirmar Aécio Neves  candidato do PSDB à presidência,depois dos discursos, Aécio, Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin  e outros tucanos que estavam  no evento, foram para uma sala mais reservada bater papo, mas antes, espalharam por um salão um “bonecos de papelão”  do Aécio,  para a plateia, maioria  de pobre da periferia de São Paulo  tirar fotosEm 2010, quando o  tucano José Serra concorria à presidência com a presidenta Dilma,também  foi foi flagrado no  Paraná, pegando na mão de uma eleitora, mas  beijando a própria mão..Um ano antes, em 2009, a Revista Piaui, divulgou uma mania de Serra. Ele costuma lavar as mãos com álcool depois de pegar na mão de eleitores (Leia aqui)
     Quanta diferença, hein!

    Aécio não se mistura com pobre!…Será esse o motivo de Aécio ter construido seu próprio aeroporto?

    http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/07/depois-do-boneco-de-papelao-do.html

        

  15. Hollywood nazista

    Hollywood nazista

    Pesquisador mostra como MGM, Paramount, Warner Brothers e Fox apoiaram a ascensão de Hitler adequando seus filmes à propaganda nazista e financiando a produção alemã de armamentos

    Ana Weiss ([email protected])

     

    Adolf Hitler disse em “Minha Luta” que os livros não serviam para nada. Que um escritor jamais poderia mudar a opinião do homem comum. Para o líder, o filme demandava menos do cérebro, exigindo a leitura de no máximo textos curtos: as legendas. Ele mesmo, conta
    o pesquisador Bem Urwand em “A Colaboração”, só parava de falar na frente de um filme, qualquer que fosse o filme. A sétima arte foi eleita por Hitler como a mais importante arma de propaganda nazista. O que o livro do pesquisador australiano, da Universidade Harvard, revela agora é como Hollywood serviu aos interesses do Reich – algo que os grandes estúdios, indústrias altamente lucrativas até hoje, tentaram deletar de sua história.

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    Jack Warner, da Warner Brothers, por exemplo, tomou a iniciativa de convidar o ascendente partido nazista a participar das decisões das suas produções, antes que elas fossem finalizadas e distribuídas pelo mundo. Ninguém tinha pedido. “Existe um mito que diz que os irmãos Warner lutavam avidamente contra o fascismo, mas eles foram os primeiros a tentar agradar aos nazistas”, descreve o autor, municiado de documentos como cartas, relatórios timbrados e assinados e fotografias dos governos alemão e americano esparsos em arquivos diferentes pelo mundo, que cotejou com algumas dezenas de reportagens de veículos como o “Washington Post”, a “Variety” e a “Hollywood Reporter”. Nas gavetas hollywoodianas, porém, não encontrou mais nada que confirmasse a colaboração de empresas como a Paramount, a Warner e a MGM durante toda a década de 1930 com a propaganda nazista.

    Nas vésperas da Segunda Guerra Mundial, o mercado alemão representava uma fatia gorda do faturamento da indústria cinematográfica americana. Para garantir a distribuição alemã, os estúdios alteraram o conteúdo de filmes a favor da supremacia da raça ariana e cortaram das narrativas personagens de origens judaica, indígena, negra ou ainda mulheres que não dependessem de homens. Jack Warner, que ordenou que a palavra “judeu” fosse retirada de todos os diálogos do filme “A Vida de Émile Zola”, de 1937, entrou para a história como um dos poucos magnatas do cinema americano a resistir ao fascismo, por ter feito “Confissões de um Espião Nazista”. O que o historiador mostra é que mesmo esse longa passou pelo crivo dos auxiliares do Führer – ou seja, o único filme declaradamente antinazista da época mostrava o que os alemães queriam que o mundo entendesse por seus pontos negativos.

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    ALIADOS
    Livro mostra que os empresários de Hollywood
    sabiam das atrocidades de Hitler

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    Urwand esclarece que o argumento de que as atrocidades cometidas pela Alemanha não eram inteiramente reportadas pela imprensa não procede. Os noticiários transmitiam, sim, a existência de extermínios civis e muitas formas de violência, além dos assassinatos e outros crimes cometidos dentro dos campos de concentração. Ainda assim, a cúpula hollywoodiana – quase toda formada por descendentes de judeus – fez quase tudo o que a Alemanha nazista quis para manter a distribuição de seus produtos e ficar bem com o Reich. Depois da rendição, o governo americano promoveu uma excursão em território alemão com quase todos os grandes de Los Angeles. Os donos de estúdio não se sensibilizaram com o desejo dos vencedores da guerra em pintar a verdade sobre os seus inimigos. Eles tinham na gaveta dezenas de filmes que não haviam estreado. Não tinham por que investir em novos roteiros e produções e por muitos anos abasteceram as salas da Alemanha com os filmes até então banidos com adjetivos como “nocivos” ou “enervantes”.

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    Fotos: Bettmann/CORBIS Interfoto/Latinstock; Divulgação 

    http://www.istoe.com.br/reportagens/374666_HOLLYWOOD+NAZISTA?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage

  16. http://oglobo.globo.com/socie

    http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/morre-astronomo-ronaldo-mourao-13390920#ixzz38b1lAjlI

    Morre o astrônomo Ronaldo Mourão

    Autor de 98 livros, era um dos mais respeitados astrônomos brasileiros

    RIO – Morreu na noite desta sexta-feira o astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, de 79 anos. Ele estava internado no Hospital Quinta D’or desde sábado (19) com pneumonia dupla. O astrônomo também sofria do Mal de Parkinson. Há cerca de duas semanas, Mourão sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico.

    Fundador do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast) e pesquisador e sócio titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IGHB), Ronaldo Rogério de Freitas Mourão ficou conhecido como uma das maiores autoridades em astronomia do Brasil. O astrônomo, que publicou seus primeiros artigos de divulgação científica na revista Ciência Popular, em 1952, possui quase cem livros publicados e mais de mil ensaios publicados em livros, revistas e jornais.

    Entrou em 1956 para Universidade do Estado da Guanabara (atual UERJ), onde obteve, em 1960, os títulos de Bacharel e Licenciado em Física pela Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras. Foi nomeado em setembro de 1956 Auxiliar de Astrônomo do Observatório Nacional, quando ainda cursava a universidade. Em 1960, publicou o seu primeiro livro: Astronomia Popular, edição especial da revista Ciência Popular.

    Em julho de 1967, obteve o título de doutor pela Universidade de Paris com menção “Très Honorables”. Em dezembro desse ano voltou para o Brasil, reassumindo suas funções como astrônomo no Observatório Nacional e de Pesquisador no Conselho Nacional de Pesquisa. Em março do ano seguinte foi nomeado Astrônomo-Chefe da Divisão de Equatoriais.

    Suas principais contribuições astronômicas foram efetuadas no campo das estrelas duplas, asteróides, cometas e estudos das técnicas de astrometria fotográfica. Em janeiro de 1997, foi agraciado pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo com o colar do centenário e o respectivo diploma, como destaque cultural do ano de 1996. Em março de 1999, tomou posse na Academia Luso-Brasileira de Letras, na cadeira 38, que tem como patrono Gregório de Matos. Em junho do mesmo ano, foi eleito membro da Academia Brasileira de Filosofia, na cadeira 41, que tem como patrono Roberto Marinho de Azevedo.

    Ao lançar “O livro de ouro do universo”, em 2001, mais uma obra sobre sua especialidade, o astrônomo acabou revelando que é cético em relação às previsões dos astros. Durante uma entrevista, o cientista surpreendeu ao comentar sobre a astrologia:

    — É claro que os astros não mentem jamais. Eles não dizem nada mesmo — disse.

    O secretário Marcelo Belo David, que trabalhou com ele por 31 anos, ressaltou que Rogério Mourão é considerado um ícone na história da astronomia brasileira.

    — Ele era uma pessoa muito humana e maravilhosa. Fez muita coisa pelo Brasil. Abriu mão de sua carreira internacional para se dedicar a astronomia brasileira, um de seus grandes sonhos — contou.

    Mourão deixa quatro filhos e dois netos. O corpo do astrônomo será enterrado às 15h no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, e está sendo velado na sala E.

  17. Aécio muda itinerário após visitar parque vazio em SP
    26/07/2014 às 11p8

    Aécio muda itinerário após visitar parque vazio em SP

    Estadão ConteúdoRedação Folha Vitóriam  Versão para impressão 8  Enviar por e-mail 

    São Paulo – O candidato à Presidência pelo PSDB, senador Aécio Neves, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o candidato ao Senado José Serra (PSDB) enfrentaram uma saia-justa neste sábado, 26, em ato de campanha na capital paulista.

    O trio se encontrou no Parque da Juventude, na zona norte, local onde funcionou o antigo presídio do Carandiru, para fazer uma caminhada e registrar imagens com potenciais eleitores para o programa eleitoral. Mas encontraram o parque completamente vazio.

    A situação ficou pior quando começou a chover. Entre os poucos eleitores que encontraram no local estava um grupo de jovens que jogava futebol em uma das quadras. À distância, os adolescentes pediram aos tucanos a legalização das drogas. O senador Aécio Neves não entendeu o que os garotos gritavam e apenas sorriu.

    Em outro momento, uma professora da rede estadual de Ensino, Amabile Lopes, de 28 anos, aproximou-se de Alckmin e fez um agradecimento. O governador virou-se e estendeu a mão para a moça, que disse: “Muito obrigada por ter sido demitida na última sexta-feira”.

    O tucano, então, afirmou não haver demitido ninguém. “Quem demitiu foi a Secretaria”, disse o governador. Antes de ir embora, disse à professora que iria ver o que tinha acontecido.

    Alckmin, Serra e Aécio discutiram, então, uma outra alternativa para fazer campanha neste sábado chuvoso em São Paulo. Cogitaram ir até o Mercado Municipal, na região central, para comer sanduíche de mortadela, mas acabaram decidindo ir para Itaquera, na Feira Tecnológica da Zona Leste.

    http://www.folhavitoria.com.br/politica/noticia/2014/07/aecio-muda-itinerario-apos-visitar-parque-vazio-em-sp.html

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