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Lourdes Nassif
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  1. Amazon no Brasil e nosso sorriso de desespero

    do Brasil Post – 22/08/2014

     

    por Rodolfo Viana

    Ontem (21), quem entrou no site da Amazon foi recebido com a seguinte mensagem do CEO da empresa, Jeff Bezos:

    Sim, a Amazon começou a vender livros físicos no Brasil, mercado que movimentou mais de R$ 5 bilhões em 2013, de acordo com O Estado de S.Paulo.

    Seguindo a nota de Jeff Bezos, são mais de 150 mil títulos em português à disposição do leitor — “este número é praticamente o total de livros físicos brasileiros em catálogo”, ressalta o PublishNews. Todos com frete grátis para compras acima de R$ 69; muitos com superdescontos, como os próprios autores apresentaram em posts do Facebook.

  2. Marina Silva e o voto dos

    Marina Silva e o voto dos desencantados

    O livro “Trágico & Cômico” retrata os fatos responsáveis por alienar muitos eleitores, que podem “voltar” à disputa com a presença de Marina

     PT e PSDB

    Charge publicada em 16 de maio de 2010 no blog Trágico e Cômico. Partidos mais fortes do sistema, PT e PSDB são vistos por muitos eleitores como iguais

    A pesquisa Datafolha divulgada na segunda-feira 18 trouxe uma série de novidades com a inclusão da provável candidatura de Marina Silva (PSB) entre os postulantes ao Palácio do Planalto. Uma das principais é a volta à disputa de uma parte importante do eleitorado, os desencantados que seguiam indecisos ou cogitavam anular o voto. São brasileiros para os quais os políticos parecem ser motivo de receio e os partidos, indistinguíveis em sua precariedade ideológica.

    Este não é um grupo pequeno de eleitores. Chegava a 27% com Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) como principais candidatos, mas cai para 17% com a entrada de Marina no páreo. A diferença de dez pontos migra para o colo da ex-senadora com a simples menção a seu nome, mas a campanha começa nesta terça-feira 19. E o eleitor vai se deparar com uma Marina Silva enrolada na aliança de sua Rede Sustentabilidade com o PSB, onde está abrigada, lutando para não alienar esses eleitores.

    A missão de cultivar este grupo, cuja existência ficou escancarada na explosão das manifestações de junho de 2013, não será simples. Os protestos ficaram para trás, mas os motivos que levaram milhões às ruas continuam presentes, como mostra o livro Trágico e Cômico (Primavera Editorial, 69 pág.), coletânea de cinco anos do trabalho do chargista Diogo Salles no falecido Jornal da Tarde e no blog que levava o nome do livro.

    O trabalho de Salles dialoga com o sentimento que eclodiu nas ruas em 2013 e segue presente nas pesquisas de opinião. O chargista dedica bastante espaço aos erros comuns de PT e PSDB, bem como a seus aliados, como o senador José Sarney (PMDB-AP) e o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), um dos alvos preferidos do chargista. Há também muitos retratos tragicômicos sobre inúmeros casos de corrupção dos últimos anos, que fizeram do Brasil, segundo Salles, uma “valetudocracia” e, de Brasília, uma “cargolândia”.

    Salles critica sem pudores tanto petistas quanto tucanos e relembra no posfácio da obra as ofensas que sofria por conta de seu trabalho. Basicamente, era chamado de “golpista” por governistas e de “comunista” por opositores, um drama comum a qualquer integrante da imprensa brasileira nos tempos atuais. O trabalho do chargista, como o dos jornalistas e dos jornais, precisa ser visto de forma global, entretanto. Essas críticas extremadas, ervas daninhas da internet, são também alvo do trabalho de Salles, que dedica algumas charges aos apoiadores radicais de PT e PSDB na imprensa e no submundo da internet. Do ponto de vista de uma análise em conjunto, é fácil ver que o alvo de Salles não é este ou aquele partido, mas o sistema como um todo.

    O trabalho de Salles é, assim, retrato do tempo em que está inserido. Trata-se de um período no qual PT e PSDB polarizaram a política brasileira, e passaram a sofrer do mesmo mal dos partidos de centro-esquerda e centro-direita da Europa: uma aproximação ideológica no centro do espectro político que torna difícil a distinção entre eles. E que, lamentavelmente, acaba abrindo espaço para uma espécie de autoritarismo anti-política que faz mal à sociedade como um todo.

    O agravante no cenário brasileiro é que este centro é povoado por partidos fisiológicos sem os quais, aparentemente, é impossível governar. Em 2010, Marina Silva fez campanha com o mote de “governar com os melhores”. Em 2014, Campos seguia na mesma linha, até sua trágica morte. Marina pegará o fio da meada, mas precisará mostrar aos desencantados que, apesar de estar no PSB, um partido de firmes alianças com o PSDB e o PT, é o algo “diferente” esperado por eles, e não mais do mesmo.

    http://www.cartacapital.com.br/blogs/carta-nas-eleicoes/marina-silva-e-o-voto-dos-desencantados-5424.html

  3. Eleições colocarão em disputa

    Eleições colocarão em disputa duas visões divergentes sobre política externa

     Para analistas, Dilma representa continuidade de diretriz ‘ativa e altiva’ estabelecida por Lula. Aécio e Marina pregam aproximação aos Estados Unidos e afastamento da América Latina

    As pesquisas de intenção de voto apontam três presidenciáveis com chances de vencer as eleições de outubro, porém apenas dois modelos de política externa estarão em disputa nas urnas, dizem analistas ouvidos pela RBA. Um deles, encarnado por Dilma Rousseff (PT), sinaliza a continuidade dos princípios seguidos pelo Itamaraty há doze anos. Outra visão, que diverge parcialmente da diretriz “ativa e altiva” estabelecida pelo governo Lula, ganha espaço nos programas de Aécio Neves (PSDB) e de Marina Silva (PSB).

    Antes do acidente aéreo, Eduardo Campos havia se pronunciado poucas vezes sobre os rumos que daria à diplomacia brasileira caso fosse eleito. Numa longa entrevista à revista Política Externa, por exemplo, reconheceu alguns avanços obtidos por Lula e Dilma, como o aumento da presença empresarial na América do Sul, mas pautou-se sobretudo por críticas à gestão petista das relações internacionais. E não trouxe nenhuma novidade em relação ao que seu rival propõe em intervenções públicas desde o ano passado.

    “Lula e Dilma colocaram no centro da política externa as relações sul-sul, a integração latino-americana, o multilateralismo e um papel ativo na reforma do sistema internacional. Há também propostas de fazer escolhas diplomáticas em diálogo com diferentes setores da sociedade brasileira – e não apenas com a elite, como acontecia antes”, avalia Fátima Mello, membro da Fase e da Rede Brasileira pela Integração dos Povos (Rebrip). “Temos fortalecido coalizões para equilibrar as forças globais. E isso estará em jogo nas eleições.”

    Para Sebastião Velasco, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Aécio e Marina representam uma vinculação maior às posições defendidas por Estados Unidos e Europa no cenário internacional – o que, diz, romperia com o modelo petista. “Um segundo mandato de Dilma deve aprofundar a afirmação nacional”, diferencia. “É uma diplomacia que se nega a aceitar discursos hipócritas das grandes potências, sobretudo no que diz respeito a intervenções militares para supostamente defender populações ameaçadas.”

    Vazios

    No esboço de seu plano de governo, a candidatura tucana afirma que o Brasil está “isolado” no cenário internacional e propõe “maior ação diplomática” do país em temas globais, como mudança climática, sustentabilidade, comércio exterior e direitos humanos, e em pautas mais recentes, como guerra cibernética, terrorismo e ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas. As propostas de Aécio enfatizam a dimensão comercial da diplomacia em prejuízo da concertação política. E esbarram em fatos recentes.

    Ao exigir maior empenho do país em mudança climática e sustentabilidade, por exemplo, o PSDB ignora que em 2012 o Brasil sediou a Conferência Rio+20 das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, além de ter desempenhado papel relevante, desde 2009, nas edições da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática e na 10ª Conferência das Partes das Nações Unidas na Convenção sobre Diversidade Biológica, que chegou a um acordo inédito para proteção da biodiversidade e recursos genéticos.

    A partir de hoje (20) a RBA publica reportagens especiais sobre as eleições. Dentro da agenda que consideramos prioritária para o país, elegemos abrir os trabalhos com a reforma política, assunto que não é tratado como prioridade pelas campanhas. Numa disputa eleitoral em que empresas doadoras de partidos e candidatos jogam papel decisivo, entendemos que essa reforma é instrumento fundamental quando se pensa no surgimento de um modelo de Estado que atenda, de forma equilibrada, as necessidades e anseios da sociedade brasileira considerando a sua pluralidade.

    Apesar de não ter conseguido desemperrar a Rodada de Doha, como vem tentando há anos, o país emplacou Roberto Azevêdo como diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). Também elegeu o ex-ministro Paulo Vannuchi como membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA). E nomeou José Graziano, formulador do programa Fome Zero, como diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

    Em setembro do ano passado, Dilma discursou na abertura da 68ª Assembleia Geral da ONU criticando a espionagem norte-americana sobre a internet e as telecomunicações ao redor do mundo – motivo pelo qual, uma semana antes, havia cancelado visita oficial a Washington. As palavras da presidenta viabilizaram a Conferência Multissetorial Global sobre Governança na Internet (NetMundial), realizada em São Paulo em abril, e que lançou as bases para uma “constituição da internet”.

    Divergências

    Algumas diretrizes do programa tucano, porém, sugerem divergências mais claras em relação ao PT. Apesar disso, Aécio mistura entre suas propostas de mudança algumas ações que já vêm sendo adotadas pelo Itamaraty nos últimos doze anos. “Devem merecer atenção especial a Ásia, em função de seu peso crescente, os Estados Unidos e outros países desenvolvidos, ao mesmo tempo em que deverá ser ampliada e diversificada a relação com os países em desenvolvimento”, estabelece o programa do PSDB.

    Com Lula, porém, o Brasil alçou a China à condição de seu maior parceiro comercial, posto até então ocupado pelos Estados Unidos. A relação com países em desenvolvimento é uma das grandes marcas do primeiro governo petista, que criou com potências emergentes dois grupos: IBAS (Índia, Brasil e África do Sul) e BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Em julho, durante cúpula em Fortaleza, os BRICS fundaram um banco de desenvolvimento e um fundo de reservas para fazer frente ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

    A grande “mudança” talvez diga respeito à ênfase que Aécio Neves coloca sobre as relações com Estados Unidos e “outros países desenvolvidos”, que não foram deixados de lado pelo diplomacia brasileira sob o PT, mas tiveram de dividir espaço com outros países do sul do mundo. Entre 2002 e 2014, 74 representações brasileiras foram inauguradas no mundo. Um maior atrelamento às posições norte-americanas se relaciona a outra divergência apresentada pelo PSDB: a postura brasileira na América Latina.

    Aécio propõe um “reexame das políticas seguidas em integração regional para, com liderança do Brasil, restabelecer a primazia da liberalização comercial e o aprofundamento dos acordos vigentes e para, em relação ao Mercosul, paralisado e sem estratégia, recuperar seus objetivos iniciais e flexibilizar suas regras a fim de poder avançar nas negociações com terceiros países”. Aécio defende que o Brasil “não se curve” aos vizinhos, como disse no ano passado ao comentar a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina da embaixada brasileira em La Paz.

    Hegemonia

    “Aécio também criticou a ‘passividade’ brasileira frente a nacionalização dos ativos da Petrobras na Bolívia e o protecionismo argentino contra empresas brasileiras”, aponta Felipe Amin Filomeno, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em artigo publicado pelo Outras Palavras. “Sob Lula e Dilma, o Brasil tem sido mais compreensivo e cooperativo com os vizinhos visando integração de longo prazo. Se demandarmos de imediato livre comércio e livre atuação das empresas brasileiras, que vantagens esses países veriam numa integração com o Brasil?”

    O PSDB sugere que não se empenhará numa integração latino-americana que não se paute por acordos de livre-comércio – por isso a ideia de recuperar os “objetivos iniciais” do Mercosul, criado em 1991, quando Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai eram governados por presidentes neoliberais. Aécio também deseja que o bloco permita que seus membros negociem individualmente acordos bilaterais com outros países ou grupos, como os Estados Unidos e União Europeia. E propõe que o Brasil integre a Aliança do Pacífico, que reúne Peru, Chile, México e Colômbia.

    “Não podemos criar falsos antagonismos”, disse o candidato tucano à revista Política Externa, afirmando que o país pode ser membro de ambas coalizões. “Não estamos numa corrida por modelos excludentes e devemos valorizar as dimensões do Atlântico e do Pacífico”, propõe. “A Aliança é o novo dado na equação integradora da região. Os países do Mercosul podem beneficiar-se da abertura que seus membros têm para a Ásia-Pacífico, motores de crescimento da economia mundial.”

    “A princípio, não temos problema em discutir o ingresso na Aliança do Pacífico, mas o problema é que todos seus membros possuem tratados de livre comércio com os Estados Unidos e outros países, o que pode prejudicar e muito a produção nacional. É preciso ser cuidadoso”, pondera Kjeld Jakobsen, diretor da Fundação Perseu Abramo e consultor em política externa. “Não há qualquer justificativa para abandonar o Mercosul. Temos que fortalecê-lo, inclusive com o ingresso da Bolívia e do Equador.”

    A Área de Livre Comércio das Américas (Alca), uma possibilidade durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), foi enterrada por Lula em 2005, que então se empenhou na criação de fóruns políticos regionais em gestação. O petista patrocinou a fundação da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que aglutina todos os países do continente, inclusive Cuba, com a exceção de Estados Unidos e Canadá.

    Opções

    Aécio critica as relações do Brasil com o governo de Raúl Castro, que considera uma ditadura que mantém sua população na pobreza e persegue dissidentes políticos. A mesma avaliação faz da Venezuela sob o chavismo, onde, afirma, “os mecanismos democráticos estão muito debilitados”. O tucano afirma que uma defesa intransigente dos direitos humanos, tradicional no Itamaraty, deveria afastar os brasileiros de Havana e Caracas. No entanto, não condena o regime chinês por executar opositores ou não realizar eleições.

    “A China é uma sociedade com cultura e organizações socioeconômicas diferentes e deve ser vista como tal, não para hostilizá-la, mas para melhor compreendê-la e com ela nos relacionarmos adequadamente”, afirma o candidato, que apenas menciona o país asiático para falar da importância de sua parceria econômica com o Brasil e de sua posição estratégica no mundo. Essa “dupla moral” é apenas um dos sinais de que Aécio não priorizará a relação com os países latino-americanos.

    Artigos escritos pelo ex-embaixador do Brasil em Washington, Rubens Barbosa, um dos elaboradores do plano de governo tucano, apontam para a mesma direção. “O Brasil não pode continuar atrelado ao atraso”, defendeu, em texto intitulado “Mercosul indígena”, publicado pelo jornal O Globo, em que despreza como “ideológicas” as declarações políticas proferidas pelo bloco – as quais, ressalta, não dizem respeito ao “interesse brasileiro”.

    Repetida exaustivamente por Aécio, a ideia de que a política externa tem se pautado por escolhas ideológicas ressoa em artigos de opinião publicados por veículos da imprensa tradicional. Na Folha de S. Paulo, o ex-embaixador Rubens Ricupero também fala da “ideologização da política sul-americana”, e o cientista político Sérgio Fausto, do Instituto FHC, diz que “preferências ideológicas” tem levado a sucessivos erros na condução da diplomacia – como priorizar as relações com o sul em detrimento do norte.

    “Essa sim é uma afirmação extremamente ideológica, além de falaciosa, porque supõe que as outras escolhas não seriam ideológicas”, rebate Carlos Milani, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). “Em política externa existem questões perenes, como a defesa das fronteiras e proteção dos brasileiros no exterior. Mas os governos fundamentam as bases de sua diplomacia numa determinada visão de mundo e no que consideram como interesses nacionais, que são plurais e variam com os grupos que estão no poder.”

    http://www.redebrasilatual.com.br/eleicoes-2014/eleicoes-presidenciais-colocarao-em-disputa-duas-visoes-divergentes-de-politica-externa-2896.html

  4. Haddad dá primeiro passo pelo

    Haddad dá primeiro passo pelo IPTU progressivo contra imóveis vazios em SP

    Prefeitura conclui primeira fase de mapeamento e seleciona 150 imóveis e terrenos na região central, que terão de ser postos em uso ou sofrerão taxação e poderão até ser desapropriados

    A prefeitura de São Paulo dará início, nos próximos dias, às notificações de Parcelamento, Edificação e Uso Compulsórios (Peuc) aos proprietários de 150 imóveis e terrenos que estão vazios ou subutilizados no centro expandido de São Paulo. A medida, prevista no Plano Diretor Estratégico como meio de garantir o uso social da propriedade privada, funciona como ultimato aos proprietários de imóveis: se as estruturas estiverem vazias ou a área construída for inferior ao mínimo previsto para cada zona da cidade, será obrigatório apresentar projeto, em prazo de até um ano, para parcelar o terreno, realizar obras ou reformas e colocá-lo em uso, e concluí-las em até cinco anos. Caso contrário, a prefeitura poderá dar início à cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) com aumentos progressivos anuais.

    Em casos extremos, em que os proprietários se recusarem a colocar imóveis ou terrenos no centro em uso por mais de cinco anos, a prefeitura poderá até realizar desapropriações, a serem pagas com títulos da dívida da prefeitura. O objetivo do governo de Fernando Haddad (PT) é intervir para impedir a especulação imobiliária – é prática comum do mercado “segurar” prédios e terrenos para manipular a valorização de áreas da cidade e garantir lucro máximo aos empreendimentos, independentemente do impacto urbanístico e ambiental dessa prática sobre os bairros.

    As notificações do primeiro “lote” de imóveis priorizam, de acordo com o secretário de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, Fernando Mello Franco, as Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis) de tipo 3, definidas pelo Plano Diretor como “áreas com imóveis ociosos, encortiçados ou deteriorados, subtilizados ou não utilizados, localizados em regiões com infraestrutura urbana, boa oferta de empregos e equipamentos urbanos”.

    “O decreto que regulamenta as notificações já está assinado. Não estamos falando em semanas, mas em dias”, disse Franco à Rede Brasil Atual. Será a primeira vez que a prefeitura de São Paulo aplicará, de fato, a Peuc e o IPTU progressivo no tempo, mecanismos previstos no Estatuto da Cidade, lei federal de 2001, e em lei municipal de 2010, quando o prefeito era Gilberto Kassab (PSD, à época no DEM; 2006-2012). O principal argumento das administrações anteriores para não utilizar esses meios de indução do mercado imobiliário era a dificuldade de entrar em contato com os proprietários, o que, segundo o secretário, não será problema desta vez.

    “Parece um argumento frágil, não? É uma questão de vontade política. Não sou advogado, mas imagino que, quando uma notificação dessas é ignorada, você pode dar sequência judicial ao caso à revelia de quem se omitiu. Seguiremos, rigorosamente, a lei”, explicou Franco. A Diretoria de Controle da Função Social da Propriedade, criada em 2013 com o objetivo de cumprir os dispostos da Constituição de 1988 sobre a propriedade privada, será responsável pelo envio das notificações pelos Correios e publicação de edital público com as informações referentes à Peuc.

    O governo calcula ainda que pode enfrentar campanhas públicas contrárias à aplicação da Peuc e do IPTU progressivo, que afetam interesses econômicos dominantes na capital. Sobre isso, o secretário destaca que o sucesso dessa política pública se dará, principalmente, se não houver maior taxação. “Corre o risco de essa medida ser entendida ou divulgada como aumento de IPTU, e não é essa a questão: sequer é desejo da prefeitura arrecadar mais IPTU por meio da Peuc. Esperamos que, no dia seguinte às notificações, os proprietários tomem as providências e não precisemos aumentar o IPTU. Se não tivermos aumento na arrecadação, poderemos considerar essa política um sucesso”, ponderou. “É uma ofensiva da gestão contra a especulação imobiliária? Temos de estabelecer um critério de valor. A especulação é uma coisa positiva ou negativa? É negativa, então não existe ‘ofensa’. A ofensa à má-fé é uma virtude”, concluiu.

    http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2014/08/haddad-da-inicio-ao-iptu-progressivo-contra-imoveis-vazios-ou-subutilizados-no-centro-de-sp-9179.html

  5. Voto x Veto: ‘Tinder das

    Voto x Veto: ‘Tinder das eleições’ aponta candidatos com que usuários têm maior afinidade

     

    TINDER

     

    Uma ferramenta educativa nas mãos do eleitor, o aplicativo Voto x Veto pode ajudar na escolha do seu candidato nas eleições de outubro.

    O app elenca propostas que integram o plano de governo de todos os presidenciáveis, apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    O usuário do aplicativo pode curtir ou rejeitar cada uma das propostas apresentadas. É o equivalente a “dar coração” ou “dar x” no Tinder, aplicativo de encontros e relacionamentos.

    À medida que o eleitor vai curtindo e rejeitando propostas, o Voto x Veto vai organizando os candidatos por ordem de compatibilidade.

    “É ideal para avaliar candidatos de maneira imparcial, já que você avalia as propostas em um teste cego, só sabendo quem é o dono dela após votar”, explica a descrição do app na página da Google Play, a loja de aplicativos da marca.

    O blog Start, do Estadão, entrevistou o criador do aplicativo, Walter Júnior, estudante de computação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP).

    Ele contou que, quando utilizam o Voto x Veto, “muitos [usuários] descobrem que concordam com um candidato do qual tinham preconceito; outros percebem que não concordam tanto assim com quem eles iriam votar”.

    Os interessados em descobrir o candidato com quem têm mais afinidade podem baixar o app na página oficial do aplicativo.

    Por enquanto, o Voto x Veto só está disponível para dispositivos Android, mas em breve também será possível instalar em aparelhos Apple.

    http://www.brasilpost.com.br/2014/08/21/voto-x-veto_n_5697472.html?utm_hp_ref=brazil

  6. Amazon anuncia venda de livros físicos no Brasil

    de “O Globo” – 21/08/2014

     

    Amazon anuncia venda de livros físicos no Brasil e sacode mercado editorial
     

    Gigante americana chega ao país com catálogo de 150 mil títulos em língua portuguesa

    POR MÁRCIA ABOS *

    SÃO PAULO — Presente no Brasil desde dezembro de 2012, onde comercializava exclusivamente e-books, a Amazon começa a vender livros físicos a partir desta quinta-feira no país. Gigante do comércio on-line e alvo de polêmicas com livrarias, editoras e até autores em alguns países, a empresa começa com um catálogo de 150 mil títulos em língua portuguesa, incluindo obras de todos os gêneros, de autores nacionais e traduções. O anúncio foi feito na manhã de quarta-feira por Alex Szapiro, o Country Manager da empresa no Brasil.

    A empresa americana — que se firmou por sua estratégia agressiva de preços, catálogo e distribuição — não divulga dados sobre faturamento, número de clientes ou média de consumo de seus compradores. Limita-se a informar que, desde sua chegada ao Brasil, vendeu milhões de livros. Segundo Szapiro, a Amazon se surpreendeu com o leitor brasileiro.

    — Antes de entrar no mercado de impressos, quisemos entender o consumidor. A estratégia foi coerente. Não temos a crença de que o brasileiro não lê. Ao contrário. Para nós, o brasileiro se revelou um público apaixonado pela leitura — conta Szapiro.

    A notícia foi considerada “preocupante” pela Associação Nacional de Livrarias (ANL), que representa cerca de 900 associados, de um total das 3.095 livrarias do país. Segundo o presidente da entidade, Ednilson Xavier, a entrada da Amazon no mercado de livros físicos pode ameaçar, sobretudo, as grandes e médias livrarias. As pequenas, ele diz, ainda mantêm uma relação com o bairro, atuando quase como centros culturais.

    — A entrada da Amazon no mercado brasileiro, no entanto, reflete toda uma demanda reprimida: o Brasil carece de livrarias, ainda temos índices de leitura baixíssimos — pondera Xavier. — Espero que, de certa forma, isso possa contribuir para melhorar a situação.

    “É BOM TOMAR CUIDADO”

    Dados divulgados pela entidade no início da semana mostram que o número de lojas por habitante no Brasil corresponde a 1/10 da média de países desenvolvidos. Em território nacional, a média é de uma livraria para cada 64.954 habitantes.

    — Para os livreiros, chegou um concorrente muito forte, que vai ocupar uma fatia de mercado e talvez até consiga fazer esse mercado crescer — argumenta Carlo Carrenho, fundador do site PublishNews, especializado em notícias do mercado editorial. — O problema é que a Amazon é tão eficiente que tende a se tornar um monopólio e virar um tubarão no mercado. No médio e longo prazo, é bom tomar cuidado para que não vire um monopólio. No curto prazo, é excelente.

    Para entrar no mercado de impressos com uma catálogo vasto e diversificado, a Amazon negociou com grandes, pequenas e médias editoras. Roberta Machado, diretora comercial do Grupo Record, acredita que a nova experiência de consumo pode trazer mais estímulo à leitura e à bibliodiversidade. Para Frederico Indiani, diretor comercial da Cosac Naify, abre-se um canal importante para a comercialização dos títulos da editora, o que deve ampliar o acesso do público às obras da casa.

    Com um catálogo de 250 mil títulos impressos em língua portuguesa e de quase 30 mil e-books, a Livraria Cultura já tinha a Amazon como sua principal concorrente, uma vez que também comercializa grande volume de livros importados.

    — Agora, essa concorrência torna-se mais clara. Vamos trabalhar nas mesmas condições, seguindo as mesmas regras, condições logísticas e tributação — avalia Jonas Ferreira, diretor de negócios digitais da Cultura.

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    Para Carrenho, a chegada da Amazon vai sacudir o setor:

    — O mercado brasileiro ainda é muito ineficiente em logística e infraestrutura. Tem um custo muito alto de entrega, os processos da cadeia do livro são complicados e caros. A Amazon vai subir o sarrafo um pouquinho, vai exigir mais eficiência.

    Para manter um catálogo de 150 mil títulos com uma quantidade de exemplares capaz de atender num prazo curto o consumidor, a Amazon conta com um estoque localizado num galpão em Barueri, na Grande São Paulo. A estrutura foi criada para evitar uma longa espera pela entrega.

    — A Amazon não separa conteúdo digital de físico. É uma loja de livros. A decisão de leitura e de formato cabe ao consumidor — declara Szapiro, informando que, no Brasil, será oferecido um serviço chamado “Leia enquanto enviamos”, no qual o consumidor terá acesso a 10% do livro, em formato digital, enquanto espera pela chegada do exemplar físico em casa.

    Para pedidos acima de R$ 69, a Amazon não cobrará frete, conta o executivo, que promete melhorar a experiência do consumidor brasileiro.

    — A expectativa do brasileiro em relação a esse tipo de serviço é baixa, há muito espaço para melhorar — afirma Szapiro.

    Um campo visto como promissor é o das plataformas digitais para leitura. Até hoje, a venda de tablets no Brasil supera a de e-readers. Em 2014, a estimativa é que sejam vendidos 10 milhões de tablets no país. Em 2013, esse número foi de 8,5 milhões. Szapiro acredita que quem gosta de ler acaba optando por ter os dois dispositivos, como acontece em outros países.

    — Observamos que quem tem um e-reader lê quatro vezes mais do que os que usam nosso aplicativo em dispositivos como smartphones e tablets. E esse leitor não para de ler livros físicos — diz o executivo.

    No Brasil, a Amazon começou a vender apenas livros digitais seguindo um modelo de negócio criado especialmente para o mercado brasileiro. No início, a empresa oferecia 13 mil e-books em língua portuguesa, dos quais 1.500 eram gratuitos. Hoje, são 35 mil livros digitais, entre eles 2.500 de graça.

    AUTOPUBLICAÇÃO

    A plataforma de autopublicação da Amazon, o Kindle Direct Publishing (KDP), também chegou ao Brasil em dezembro de 2012 e, mesmo sem informar números, o executivo avalia bem sua trajetória neste período. A escritora Vanessa Bosso, por exemplo, publicou em seis meses 12 títulos usando o KDP. Todos chegaram às listas dos mais vendidos da ferramenta.

    — Tudo isso chamou a atenção do mercado editorial e de uma editora em particular, a Novas Páginas. Assinei um contrato com ela no começo de 2014 — relata a autora.

    Pela primeira vez, a Amazon terá também um estande na 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontece de quinta-feira a 31 de agosto. O espaço será dedicado aos e-readers Kindle e Kindle Paperwhite, que serão vendidos com preços especiais para os visitantes do evento.

    Uma mesa dentro do estande será dedicada à plataforma de autopublicação da empresa, apresentando debates com autores que alcançaram sucesso com o KDP. Daniel Cariello, autor de “Chéri à Paris”; Vanessa Bosso, de “A aposta”; Noemi Jaffe, de “Todas as coisas pequenas”; Tatiana Amaral, de “Segredos”; e Menalton Braff, de “A muralha de Adriano”, estarão entre os escritores presentes.

    * Colaboraram Mariana Filgueiras e Leonardo Cazes

     

    1. Pesquisa rápida

      Pesquisa rápida que fiz, tomando o livro “O Leitor Apaixonado” de Ruy Castro como exemplo:

      Livraria Cultura…………………….. R$ 56,00 + R$ 5,40 (frete) = R$ 60,40
      Livraria da Travessa …………….. R$ 50,12 (não cobra frete)= R$ 50,12
      Amzaon.com.br …………………… R$ 39,30 + R$ 1,90 (frete) = R$ 41,20

  7. BNDES lucra R$ 5,47 bi no semestre

    BNDES lucra R$ 5,47 bi no semestre e obtém melhor resultado da história do Banco
    BNDES—22/08/2014
    —-• Desempenho foi impulsionado pelo bom resultado com participações societárias—
    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 5,471 bilhões no primeiro semestre de 2014. O resultado é o maior já apresentado para o período e 67,8% superior aos R$ 3,261 bilhões obtidos no mesmo semestre de 2013. O lucro foi influenciado pelo bom desempenho da BNDESPAR, empresa de participações do BNDES, que registrou lucro de R$ 2,148 bilhões, superando em 236,4% o valor do primeiro semestre do ano passado.

    Os demais indicadores do período também foram muito positivos. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio do Sistema BNDES alcançou 8,53%, acima dos 6,73% do mesmo semestre de 2013; e o índice de Basileia atingiu 18,4%, situação confortável diante dos 11,0% exigidos pelo Banco Central e superior aos 17,1% de março deste ano e dos 15,8% apurados em junho de 2013.

    Além do desempenho da BNDESPAR, o lucro do Sistema BNDES foi composto pelos resultados do Banco e da Finame, respectivamente, de R$ 2,994 bilhões (R$ 1,969 bilhão em junho de 2013) e R$ 330,9 milhões (R$ 443,9 milhões em junho de 2013).

    O principal impacto positivo sobre o lucro do Sistema BNDES veio do crescimento de 108,2% do resultado com participações societárias, que passou de R$ 1,779 bilhão no primeiro semestre de 2013 para R$ 3,703 bilhões no mesmo período deste ano. Historicamente, o desempenho obtido por meio da boa gestão das operações da carteira da BNDESPAR tem permitido ao BNDES reduzir ao máximo os custos de seus créditos em renda fixa.
    O aumento do lucro líquido consolidado do BNDES foi decorrente, basicamente, de três fatores:
    —–alta de 31,8% da receita com dividendos e juros sobre capital próprio, que saiu de R$ 1,999 bilhão em 2013 para R$ 2,634 bilhões em 2014;
    —–melhora do resultado com derivativos, que passou de R$ 187 milhões no primeiro semestre de 2013 para R$ 657 milhões no mesmo semestre de 2014;
    —-e redução de 57,7% da despesa com provisão para perdas em investimentos no montante de R$ 795 milhões, ante R$ 336 milhões no semestre corrente.
    Outro fator que influenciou positivamente o lucro de junho foi o aumento de 19,3% do resultado de intermediação financeira, que passou de R$ 5,025 bilhões no primeiro semestre de 2013 para R$ 5,994 bilhões em igual período de 2014. A expansão foi consequência do crescimento da carteira de crédito e repasses, da gestão dos recursos de tesouraria e da melhora do resultado com provisão para risco de crédito.

    O patrimônio de referência (PR), que determina a capacidade de financiamento do Banco, atingiu R$ 110,458 bilhões em junho de 2014, superior aos R$ 108,669 bilhões registrados em dezembro de 2013 e dos R$ 96,021 bilhões de junho do ano passado.
    URL:
    http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Sala_de_Imprensa/Destaques_Primeira_Pagina/20140822_lucro.html

  8. Jornal Nacional desaba em audiência

    Jornal Nacional registrou índices negativo histórico nesta sexta (22)

    http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/08/jornal-nacional-registrou-indices.html

     
    No ar há mais de 40 anos na grade de programação da Globo, o “Jornal Nacional” atingiu nesta sexta-feira (22) a pior média de audiência desde o seu lançamento. As informações foram divulgadas  no  site “TV Foco”
    O noticiário comandado por William Bonner e Patrícia Poeta amargou 15,6 pontos de média.Nesta sexta-feira (22), é a pior audiência de sua história. O Jornal Nacional, teve  17 de pico e 27,1% de participação. No horário, o SBT ficou na vice-liderança com 8,8, e a Record apareceu em terceiro com 6,8 pontos. Os dados são prévios e podem sofrer alterações no consolidado. Cada ponto equivale à 65 mil televisores sintonizados na Grande São Paulo.

     

  9. Não deu no JN, mas o Brasil está em situação de pleno emprego

     Brasil em situação de pleno emprego

    Criado: Sexta, 22 Agosto 2014 22:23

    Por Daniel Pearl Bezerra no Blog da Dilmahttp://www.blogdadilma.com/dilma/1828-pleno-empregohare 

    A economia brasileira está em situação de praticamente pleno emprego. É o que mostra reportagem do portal Brasil 247, com base nos últimos números do mercado de trabalho divulgados esta semana pelo IBGE.

    A taxa de pessoas sem trabalho no mês passado ficou estável em quatro regiões metropolitanas pesquisadas: São Paulo (4,9%), Recife (6,6%), Rio de Janeiro (3,6%) e Belo Horizonte (4,1%).
    Leia abaixo a reportagem do Brasil 247:

    Dados divulgados nesta quinta-feira 21 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam para uma situação de pleno emprego no País. As quatro regiões metropolitanas pesquisadas mostraram estabilidade na taxa de desocupação de junho para julho desse ano: Recife (6,6%), Belo Horizonte (4,1%), Rio de Janeiro (3,6%) e São Paulo (4,9%). Em relação a julho de 2013, houve estabilidade em Recife e Belo Horizonte, e recuos no Rio de Janeiro e em São Paulo.

    Este foi o terceiro mês que o IBGE não divulgou os dados completos da mostra em razão da greve de seus servidores. Ficaram faltando as regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre. Em abril, última vez que o instituto divulgou a pesquisa completa, o índice de desemprego registrado foi de 4,9%, o menor da história para o mês.
    Mesmo diante de todas as previsões negativas para a economia brasileira, por parte de analistas e consultorias econômicas, dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) apontaram um cenário inverso essa semana. O rendimento real médio do trabalhador brasileiro cresceu 3,18% em 2013, alcançando R$ 2.265,71 em dezembro contra R$ 2.195,78, registrado em dezembro de 2012.

    No ano passado, o Brasil também gerou 1,49 milhão de empregos formais, segundo a Rais. O número é superior aos dados de 2012, quando foram registrados 1,14 milhão de empregos. O montante de vínculos empregatícios também cresceu, passando de 47,45 milhões em 2012 para 48,94 milhões em 2013.

    Na avaliação do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, os dados positivos refletem que o mercado de trabalho no Brasil continua em expansão e não há indícios de retração. “Nossos percentuais em todos os setores da economia são altamente positivos. O País vem mantendo a geração de postos, seguindo o crescimento do PIB. Criamos vagas de emprego e tivemos ganhos reais de salários, como demonstra a Rais”, afirmou.

    1. Emprego formal mantém saldo positivo em julho

      Assessoria de Imprensa/ MTE

      http://portal.mte.gov.br/imprensa/emprego-formal-mantem-saldo-positivo-em-julho/palavrachave/caged-julho-emprego.htm

      No mês foram gerados 11.796 empregos e no acumulado do ano a expansão foi 1,56%, com geração de 632.224 postos formais no país

      Brasília, 21/08/2014 – No primeiro semestre do ano, o Brasil gerou mais empregos (588.671) que países como Chile (53.964), Japão (40 mil), Austrália (91.320) – considerando os dados da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). “Isso prova que a nossa política está correta: manter o crescimento sem sacrificar a classe trabalhadora”, ressaltou o ministro Manoel Dias que fez nesta quinta-feira (21) o anuncio dos números do Caged em julho. Para o ministro, os investimentos no país vão impulsionar setores que tem perdido força no ano, como a indústria. “Esperamos uma recuperação desses setores a partir de agosto, com o aumento da produção das empresas para as compras de final de ano”, avaliou.

      Segundo os Dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados, já foram gerados um total de 5.512.308 empregos com carteira assinada desde 2011, um crescimento de 12,51% no estoque de empregos formais no país. Em 12 meses o aumento foi de 737.097 postos de trabalho, correspondendo à elevação de 1,82%. No acumulado do ano a expansão foi de 1,56%, representando um acrescimo de 632.224 novas vagas. Em julho, com o incremento de 11.796 postos de trabalho gerados, o crescimento foi de 0,03% em relação ao mês de junho, resultado de 1.746.797 admissões contra 1.735.001 desligamentos no período.

      O resultado de julho mantém a trajetória de crescimento do emprego no país. Segundo Dias, apesar do agravamento da crise mundial, o Brasil tem se consolidado como um dos países que mais gera empregos no mundo desde 2008. “Em 2014, enfrentando o mesmo cenário econômico global, ainda geramos mais empregos do que países como Chile, Austrália e Japão”, avaliou.

      Dentre os oito setores de atividade, sete expandiram o nível de emprego em julho. Em termos absolutos, os principais setores responsáveis pelo desempenho positivo foram: Serviços (+11.894 postos ou + 0,07%), Agricultura (+9.953 postos ou +0,60%), Construção Civil (+3.013 postos ou + 0,09%) e Administração Pública (+ 1.201 postos ou +0,13%), porém, a Indústria de Transformação (- 15.392 postos ou -0,18%), foi o setor onde se registrou maior declínio no nível de emprego.

      Ele destacou a importância da geração de postos continuar positiva no mercado brasileiro, mesmo num cenário mundial adverso. No acumulado do ano foram gerados 632.224 postos de trabalho formais e nos últimos doze meses, o aumento alcançou 737.097 postos. “Somente nos últimos 10 anos, criamos 10.8 milhões de empregos, sendo 5,5 milhões no atual governo”, acentuou o ministro.

      No recorte geográfico, três das cinco Grandes Regiões apresentaram aumento no emprego, com destaque para a região Norte, com geração de 9.438 postos; Centro-Oeste, com 6.324 postos gerados; e Nordeste que gerou 6.013 postos formais no mês. Em termos absolutos, é a primeira vez que a região Norte lidera a geração de empregos no ano. Tal resultado foi proporcionado pelo desempenho do Pará (+ 6.287 postos) devido, principalmente, ao saldo positivo da Construção Civil (+4.727) no estado.

      Entre as 27 Unidades da Federação, 17 delas elevaram o nível de emprego. Os destaques positivos foram São Paulo (8.308), Pará (6.287) e Mato Grosso (3.741).

      Os dados completos da pesquisa estão disponíveis no link: http://portal.mte.gov.br/caged_mensal/principal.htm#3

       

       

  10. Até o Globo desmente Aécio

    Até o Globo desmente Aécio: Aécio e suas 17 secretarias de MG

     
    A coisa anda tão feia, mas tão feia para o  lado do candidato tucano  Aécio Neves que, até o Globo, jornal de oposição ao governo Dilma, resolveu dar uma freada nos delírios do tucano Hoje, por exemplo, o jornal desmente que Aécio diminuiu o numero de secretarias quando foi governador de Minas,  diz  o Globo, aquilo que já publicamos, mas nunca é demais lembrar… Aécio e secretarias de MG

    Na tarde de quinta-feira, 21 de agosto, o terceiro programa eleitoral de TV de Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência da República, comentou o corte que o ex-governador de Minas Gerais fez no número de secretarias estaduais em seu mandato. Para estampar a locução em off, usou a imagem abaixo, que indica que o número de secretarias caiu para “15” em sua gestão:Segundo a Lei Delegada 49, do dia 2 de janeiro de 2003, em seu primeiro mandato como governador de Minas Gerais, o candidato reduziu o número de secretarias para 15, mas criou duas secretarias extraordinárias, totalizando 17.Ou seja, aumentou mais duas

    Foram elas: a Secretaria de Estado Extraordinário para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas e a Secretaria de Estado Extraordinário para Assuntos de Reforma Agrária.

     

  11. O PSB tem o Pastor Eurico, o

    O PSB tem o Pastor Eurico, o PSDB já tem o João Campos e pode muito bem eleger um cara pior…mas a culpa é sempre da Geni.

    Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/08/candidato-homofobico-do-psdb-causa-revolta-e-vergonha-alheia.html

     

    Candidato homofóbico do PSDB causa revolta e vergonha alheia

    Candidato homofóbico pretende ‘ensinar meninos a gostarem somente de meninas’ e afirma que mulheres que trabalham fora de casa ‘é um erro que precisa ser corrigido’

    Defensor da polêmica proposta sobre a criação de um “kit macho” nas escolas públicas brasileiras, o candidato a deputado federal pelo PSDB Matheus Sathler, de Brasília, usa a internet para ampliar o diálogo com os eleitores. Na rede, ele diz que a “desestrutura familiar” leva mulheres a trabalhar fora e que analisa projeto de lei “anti gay” vindo da Rússia. No horário eleitoral desta sexta-feira (22/8), ele chamou atenção, na TV, para as bandeiras da campanha.

    O candidato publicou, no Facebook, foto junto a crianças: “a criançada já está sabendo que kit macho é ‘menino só pode gostar de menina e as meninas só de meninos’”. Sathler também se diz contra a presença de mulheres e homossexuais nas forças armadas e policiais. A realidade de mulheres que trabalham fora de casa “deve ser corrigida nas próximas gerações”, de acordo com ele.

    Em vídeo publicado no Youtube, o candidato explica que registrou em cartório as principais promessas de campanha, como doar metade dos vencimentos, se eleito, para trabalhos de recuperação de “crianças vítimas do estupro pedófilo homossexual”. “Kit macho” e “kit fêmea” são outras promessas registrada, segundo o vídeo.

    Constrangimento no PSDB

    As declarações radicais e homofóbicas constrangeram o PSDB. O presidente regional da sigla no DF, Eduardo Jorge, disse que vai proibir Matheus Sathler de usar o horário da legenda para defender essas propostas. “Ele disse umas bobagens, foi chamado pelo partido e se retratou. Já dissemos que retiraríamos a candidatura dele se essa situação persistisse”, afirmou. “A posição do PSDB é de tolerância e de respeito”, garantiu o tucano. O candidato ao Governo do DF, Luiz Pitiman, afirmou que não conhece Matheus Sathler nem tem informações sobre as propostas apresentadas durante o horário eleitoral.

    Diretor do Grupo Elos LGBT, Evaldo Amorim disse que vai acionar a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais para enviar uma carta de repúdio ao PSDB. “Esse discurso é um retrocesso na construção de uma sociedade mais igualitária. É absurda essa história de cartilha para ensinar menino a gostar de menina, as coisas não funcionam assim. A orientação sexual é inerente ao ser humano”, acrescenta o militante.

     

  12. Entre o direito de criticar e o poder de polícia

    http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2014/08/morador-de-sarandi-pr-e-preso-apos-criticar-blitz-da-pm-em-rede-social.html

     

    Morador de Sarandi (PR) é preso após criticar blitz da PM em rede social

    Ele teria dito na internet que a operação da PM prejudicou trabalhadores.
    Presidente de comissão da OAB entende que houve abuso de autoridade.

     

    Alana Gazoli Maringá, PR

     

    Um morador da cidade de Sarandi, no interior do Paraná, foi preso por criticar, nas redes sociais, uma blitz da Polícia Militar. Uma foto mostra o gerente de empresa Clodoaldo Lima sendo preso no meio do expediente.

    O motivo da prisão foi o comentário em uma página que noticiava uma blitz de trânsito em Sarandi (PR). Clodoaldo disse que a operação foi um abuso de autoridade com o único intuito de prejudicar trabalhadores ao inves de ir atrás de bandidos. Ele disse também que faltou bom senso do comandante da operação, o soldado Cordeiro.

    O soldado Cordeiro aparece nas imagens levando Clodoaldo para a delegacia. Ele acusa o gerente de empresas de calúnia. O oficial de comunicação do batalhão defendeu a ação dos policiais.

    “É uma situação que ocorreu, existe o fato comprovado da difamação, da calúnia em relação ao policial e os policiais agiram dentro da legalidade”, argumenta Claudio Rocha, tenente da Polícia Militar.

    Já para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, houve abuso na ação dos policiais. “Se isso ofendeu sua honra e seu decoro, ele deveria procurar o Poder Judiciário, não pegar a corporação inteira e ir fazer a prisão do cidadão de bem”, afirma Fulvio Stadler Kaipers, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB Maringá (PR).

    Mesmo depois de prender Clodoaldo Lima no trabalho, algemar o gerente de empresas e levá-lo de camburão até a delegacia, o policial militar citado no comentário decidiu não fazer uma representação contra ele. Agora o PM tem seis meses para decidir se faz a denúncia ou não. Por enquanto, o processo fica em aberto.

    Clodoaldo foi ouvido pela Polícia Civil e liberado uma hora depois. “Eu fui dar a minha opinião como cidadão e olha o problema que eu arrumei”, diz ele.

  13. Pleno emprego brasileiro não

    Pleno emprego brasileiro não é entrave ao crescimento, diz indiano

     

    Por Rodrigo Pedroso | Valor 

    SÃO PAULO  –  O nível de quase pleno emprego da economia brasileira não é um entrave ao crescimento do país. A desaceleração da atividade deve ser combatida não com aumento do desemprego, mas com estímulos à produção mais eficientes pelo setor público, incremento dos gastos em áreas prioritárias, corte de despesas em áreas supérfluas e redução da taxa de juros. Essa é a visão do economista indiano Deepak Nayyar, da Universidade de Jawaharlal Nehru, em Nova Delhi, sobre quais são os passos que o próximo governo deve tomar para que o Brasil cresça sem “abandonar o que deu certo até o momento. Com 11% de juros, é muito difícil alavancar o crescimento”.

    Anna Carolina Negri/Valor

    Autor do livro recém-lançado no país, chamado “A corrida pelo crescimento — países em desenvolvimento na economia mundial”, o economista tem como objeto de estudo o desempenho das economias emergentes nos últimos 60 anos e quais modelos devem ser adotados para que tais países saltem para o clube dos desenvolvidos.

    Deepak Nayyar critica os economistas ortodoxos por analisarem a economia excessivamente pelo lado da oferta. “O caso do emprego é típico. Olham apenas o quanto a taxa de desemprego, se baixa, pode tirar da competitividade do país, mas não levam muito em conta que, por outro lado, é ela quem estimula o consumo”, afirmou em entrevista após dar palestra na sede da Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo.

    A noção de que há um trade off (compensação) entre desemprego e crescimento é falsa, na visão do economista. A desaceleração econômica do Brasil não vem ocorrendo em função ou muito em parte do nível de emprego. Uma política econômica eficaz deve buscar sempre, para um crescimento sustentado ser traduzido em desenvolvimento, um equilíbrio entre salários, crescimento e lucros.

    “Há um desequilíbrio no Brasil que está causando a desaceleração e não é por causa dos salários exclusivamente. O crescimento dos salários está sendo apropriado por lucros, que por sua vez vazam para o setor financeiro. Com juros reais de 5%, 6% ao ano, esse lucro não volta para a economia em forma investimento. Juros reais menores fariam a última parte desse ciclo ir para investimentos, que, aí sim, sustentariam o crescimento econômico”, afirma o economista indiano.

    O novo governo deveria adotar, de cara, uma política econômica anticíclica, na visão do indiano. Ela deveria, no entanto, ser mais bem definida em relação às medidas de indução do crescimento que foram adotadas nos últimos três anos. A segunda orientação é que o governo entenda que juros e câmbio são preços, ou seja, sinais que indicam como está a economia e que formam decisões de investimentos.

    “O Brasil tem um mercado de capitais sofisticado em comparação com outros emergentes. O governo deveria usar isso, vendendo títulos com juros de longo prazo para financiar as obras de infraestrutura necessárias. Além disso, precisa descartar gastos supérfluos e aumentar os gastos com educação e saúde”, disse.

    A terceira medida, que deveria ser usada para compor um ‘coquetel anticíclico’, é o incentivo a setores da indústria nos quais já há competitividade em relação a outros players mundiais, ou onde existe grande potencial em função de vantagens comparativas. “Não é para escolher empresas vencedoras, e sim alguns setores que podem ser de ponta, ser a vanguarda da tecnologia em suas áreas”, disse Deepak Nayyar.

     

    http://www.valor.com.br/brasil/3663484/pleno-emprego-brasileiro-nao-e-entrave-ao-crescimento-diz-indiano#ixzz3BDoFUj00

     

  14. As manipulações via Feicebuque.

    Venho insistindo há tempos na tese que tanto a Primavera Árabe como as demais manifestações “espontâneas” em diversas partes do mundo (no Brasil também) tem por trás manipulações de governos estrangeiros.

    Muitos me taxam de adepto da teoria da conspiração e paranoico! Mas finalmente há quatro dias foi publicado na Rede Voltaire um artigo com o seguinte título: “John McCain, chefe de orquestra da «primavera árabe», e o Califa”. Não gosto de simplesmente postar artigos de outros, mas como a minha posição já é conhecida vou colocar a introdução do mesmo e o link para o artigo, lá mostra claramente como surgiu “espontaneamente” a revolução “democrática” na Síria que originou o EI.

     

    John McCain, chefe de orquestra da «primavera árabe», e o Califa

    Thierry Meyssan

    DAMASCO (SÍRIA)

    Todos notaram a contradição dos que qualificavam, recentemente, os membros do Emirado islâmico como «combatentes da liberdade» na Síria, e se indignam hoje com as suas barbaridades no Iraque. Mas, se este discurso é incoerente em si, ele é perfeitamente lógico no plano estratégico: os mesmos indivíduos que sendo, ontem, apresentados como aliados devem sê-lo hoje como inimigos, mesmo se estão sempre às ordens de Washington. Thierry Meyssan revela os bastidores da política dos E.U. através do caso pessoal do senador John McCain, chefe-de-orquestra da «primavera árabe» e interlocutor de longa data do Califa Ibrahim.

    http://www.voltairenet.org/article185101.htmlinterlocutor de longa data do Califa Ibrahim.

  15. Será que vai ter recall de F16?
    Força aérea belga encontra pequenas fissuras em três caças F16
    22 de agosto de 2014
    http://news.xinhuanet.com/english/world/2014-08/22/c_133577220.htm
    BRUXELAS, 22 ago (Xinhua) – A Força Aérea belga descobriu pequenas fissuras na estrutura de três aviões de caça F16, um site de notícias local informou na sexta-feira.

    Os jatos afetados só estavam sendo usados para voos de treino e podem acomodar dois pilotos cada. Eles já foram reparados, de acordo com um site de notícias local.

    “Os caças normais, de um lugar que estão sendo usados em missões no exterior, não são afetados pelo problema,” o Ministério da Defesa confirmou.

    O problema veio à tona depois que os americanos tinham descoberto fissuras semelhantes em seus aviões de combate, após o que aconselharam outros países que utilizam o mesmo tipo de aeronave a submeter a sua frota a verificações.

    A Bélgica tem dez desses aviões de dois lugares. Para além dos 10 jatos usados em sessões de formação, a Bélgica também tem cerca de 50 jatos de combate normais. Os F16 tem 30 anos de idade, em média, disse o site belga.

    O ministro da Defesa belga Pieter De Crem desejou que o próximo governo tomará uma decisão sobre a questão, dizendo que a Bélgica precisa substituir sua frota até 2020 “para que não perca a sua credibilidade em missões no exterior.”

    O custo de um novo avião de combate é estimado em 100 milhões de euros. A Bélgica precisaria de 40 para substituir toda sua frota, acrescentou.

  16. Velha mídia aguarda pesquisa para definir-se por Marina

    Quarta-feira, Datafolha define o tom da campanha e a direção que vai tomar a mídia

     Autor: Fernando Britto

    juntosemisturados

    O Datafolha registrou, no final da noite de quinta-feira, pesquisa nacional sobre o voto para presidente.

    A divulgação será feita na noite do dia 29, pelo Jornal Nacional, apesar de a pesquisa ter data de divulgação liberada a partir do dia 27.

    É que, pela data de aplicação dos questionários, 28 e 29 de agosto, foi determinada para captar   os efeitos da entrevista de Marina Silva, dia 27,  a  Willian Bonner e Patrícia Poeta.

    A menos que alterem, é o que está previsto.

    Ao longo da semana, o Ibope divulga pesquisas presidenciais nos estados mais populosos: São Paulo, Minas, Rio.

    A conjugação de dois resultados já esperados pelos que têm acesso a ‘trackings” e pesquisas não registradas vai definir mais claramente  a “cara” da campanha e, sobretudo, o comportamento da mídia, de agora em diante.

    São eles: a perda da liderança tucana em Minas e, mais grave, a expectativa de que Aécio apareça cerca de dez pontos abaixo de Marina, com a perda de votos para ela no Sudeste, sem ter onde compensá-la no Norte e Nordeste.

    Caso se confirme isso, será o sinal para a já perceptível “cristianização” do mineiro, que já está esperneando.

    E para que ocorra “o segundo turno no primeiro”, com a polarização entre Dilma/Lula  versus Marina, que o petismo vai evitar mas a ex-senadora, não.

    A procura de “devorar” o eleitorado aecista, ela vai ter muito poucos pruridos ideológicos.

    Como não teve, hoje, em Recife, ao dizer que José Serra pode se integrar a seu governo.

    Um “avanço” fantástico para quem não queria saber sequer de Alckmin.

    Quem diria, não é, que Xapuri foi terminar  nos Jardins?

     

  17. Marina traz de volta toda a chamada privataria tucana

    Discurso de nova política encobre projeto de poder de antigas oligarquias econômicas

    Marina traz de volta toda a chamada privataria tucana, que colocava no Banco Central a figura do operador de mercado, submetendo a os interesses da população à sanha de especuladorespor Helena Sthephanowitz, na RBA ZANONE FRAISSAT/FOLHAPRESSmarina_neca.jpg

    Neca Setúbal e Marina Silva: a mão invisível do mercado escolheu uma candidatura que vale ouro

    Foi curiosa a entrevista de Maria Alice Setúbal, sócia e irmã do presidente do Banco Itaú, e ex-coordenadora da campanha de Marina Silva (PSB), para o jornalista Fernando Rodrigues, na Folha de S.Paulo de ontem (22). Apesar de deixar mais dúvidas do que esclarecimentos, em um ponto foi bastante explícita, ao falar de economia com o objetivo de tranquilizar o mercado financeiro.

    Primeiro disse ter compromisso de dar independência ao Banco Central. Afirmou ainda que os economistas gurus de Marina dão aval ao mercado financeiro, por suas posições pró-mercado. Mesmo tendo banqueiros como André Lara Resende na equipe, e ela própria ser uma banqueira, ou, como diz a imprensa, herdeira, por não exercer cargos executivos, Neca Setúbal, como é conhecida, disse que falta acrescentar gente com perfil de operador do mercado, o que deve ocorrer ao longo da campanha.

    Talvez o tal operador de mercado seja o irmão Roberto Setúbal, presidente do Itaú, ou, para não dar muito na cara, alguém indicado por ele. Já a candidata Marina Silva, afiada com o discurso dos banqueiros, promete Banco Central autônomo por lei.

    As declarações preocupam, porque o conceito de independência do Banco Central leva à pergunta: independência de quem? Ou o presidente do Banco Central responde à nação, podendo a soberania popular demiti-lo através de seu representante eleito para presidência da República, ou responde apenas ao próprio mercado financeiro, cujo capital hoje é apátrida, globalizado e sem compromisso com nenhum projeto nacional.

    Os países em desenvolvimento que estão sendo bem-sucedidos, em geral, mantêm controle estatal sobre o Banco Central. A entidade tem sua autonomia para fazer uma governança técnica, mas não foge à obrigação de ter de prestar contas e mostrar desempenho satisfatório à nação, e não apenas a corporações financeiras privadas.

    A proposta de Marina Silva significa uma privatização do Banco Central, portanto privatização do próprio dinheiro, da gestão da dívida pública e das reservas. Os bancos privados, em vez de serem regulados pelo Banco Central, passariam a controlá-lo, e sabemos bem quais são os interesses que seriam saciados antes de tudo.

    Por trás do discurso, mais teórico do que prático, sobre uma suposta nova política, Marina Silva carrega consigo todo o retrocesso de dar plenos poderes a antigas oligarquias econômicas que enriqueceram muito desde a ditadura e depauperaram o povo brasileiro através de políticas perversas de concentração de renda às custas da exploração do suor da maioria da nação.

    Marina traz de volta toda a política econômica da chamada privataria tucana, que colocava no Banco Central a figura do operador de mercado que Maria Alice Setúbal sugere, e toda a nação tinha de entregar ao altar do mercado sua cota de sacrifício. Fez parte dessa cota a venda da Vale a preço de banana, de fatias da Petrobras da mesma forma, o arrocho nos salários e aposentadorias, a venda da Telebrás arrecadando menos do que o investido para “saneá-la”, a entrega dos bancos estaduais aos bancos privados e estrangeiros em vez de incorporá-los ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal.

    Por pouco não foram entregues também estes dois bancos públicos, e geradoras de energia como Furnas e Eletrobrás. A volta da privataria em um governo de Marina assanha aqueles que querem concluir o serviço. E hoje a cobiça é muito maior, com a Petrobras tendo o pré-sal, e o Banco Central administrando reservas de US$ 380 bilhões. Imagine essa montanha de dinheiro público colocada nas mãos de operador de mercado privatista?

    Marina fala de um suposto purismo político, mas no escurinho dos bastidores da campanha corre o mais sinistro toma lá dá cá que se pode considerar, que é com o chamado mercado.

    Curiosamente, Maria Alice Setúbal deixou escapar em sua entrevista que já captou uma corrida de doadores de campanha querendo financiar a campanha de Marina. É a corrida do ouro.

     

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