Clipping do dia

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

As matérias para serem lidas e comentadas.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

5 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Bonner e o jornalismo que dá nojo

    Carta Maior

    25/12/2014 –

    As críticas de centenas de ciberativistas devem ter estragado a festa de Bonner, que já expressou várias vezes a sua bronca contra as vozes na internet.

     

    Altamiro Borges – altamiroborges.blogspot.com.br

      

     

     

    Poserra

     

    No seu triste papel de serviçal da famiglia Marinho, o apresentador Fausto Silva agraciou neste final de semana o jornalista William Bonner com o “Troféu Mário Lago”. O “Domingão do Faustão” foi pura bajulação, com vários depoimentos de elogios ao âncora do Jornal Nacional – dizem as más línguas que alguns profissionais da emissora foram forçados a participar do teatrinho. Nas redes sociais, porém, vários ativistas questionaram a premiação. A crítica mais dura partiu da própria filha de Mário Lago, que detonou o jornalismo praticado pelo império global. Vale conferir sua mensagem no Facebook:

    Meu pai, Mário Lago, merece respeito. Enojada e revoltada com a farsa que foi o Prêmio Mário Lago 2014. Com a audiência do JN despencando, o premiado foi o editor geral do panfleto global. E tome elogios ao jornalismo da Globo, à “ética, lisura e imparcialidade” do JN, à maneira “firme, mas respeitosa” como Bonner conduziu as entrevistas com os presidenciáveis, ao serviço prestado pelo JN à moralização do país… E tome pau nas redes sociais “instrumentalizadas pelos partidos” para atacar a globo e seu jornalismo. Nojo. Lá no infinito papai e mamãe devem ter ficado muito revoltados. E atenção, Rede Globo, não sou instrumentalizada por ninguém ou por nada. Sei pensar, refletir, fazer escolhas, opinar, me posicionar”.

    As críticas de Graça Lago e de centenas de ciberativistas devem ter estragado a festança de William Bonner, que já expressou várias vezes a sua bronca à multiplicação das vozes na internet. No próprio “Domingão do Faustão”, ao ser agraciado e bajulado com o troféu, ele fez questão de atacar as redes sociais. “Os partidos políticos instrumentalizam com robôs que estão ali para insultar outros partidos e insultar a imprensa, que faz apenas o seu trabalho. A intolerância política e ideológica que nós experimentamos neste ano foi muito ruim e ela esteve muito presente em redes sociais”.

    Fiel capataz da famiglia Marinho, ele também jurou que “o jornalismo da Globo amadureceu muito com a própria democracia brasileira”. Ele devia estar se referindo à edição manipulada do debate entre Lula e Collor, em 1989; ou à “bolinha de papel” que quase matou o candidato-careca José Serra, em 2010; ou à entrevista-fuzilamento que ele próprio comandou contra a presidenta Dilma, em 2014. Talvez também se referisse ao terrorismo praticado contra a Copa no Brasil ou às previsões furadas dos urubólogos contra a economia nacional. A filha do ator e poeta Mário Lago, um comunista que foi preso sete vezes na luta contra a opressão, tem todos os motivos para se sentir “enojada”!

     http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Midia/Bonner-e-o-jornalismo-que-da-nojo/12/32517

     

  2. Falta de democracia da mídia substitui censura do regime militar

    Carta Maior

     

    24/12/2014 

    Para Juca Ferreira, falta de democracia da mídia substituiu censura do regime militar

    Para o secretário de cultura de São Paulo, sem informação ‘desideologizada’ não há sociedade livre: ‘A informação é a base do desenvolvimento cultural.’

     

    Eduardo Maretti – Rede Brasil Atual

     

     

    Pedro França / Minc

     

    São Paulo – O secretário municipal de Cultura de São Paulo, Juca Ferreira, disse na segunda-feira (15), após reunião pública inaugural do ‘Fórum21: Ideias para o Avanço Social’, que a formação da uma sociedade política e culturalmente madura depende da democratização dos meios de comunicação. Para ele, a falta de democracia da mídia substituiu, nos dias de hoje, a censura que havia durante o regime militar no Brasil (1964-1985). “Durante os longos anos de ditadura, nos acostumamos a ir contra a censura do estado. Mas (hoje) tem a censura do mercado, e outro tipo de censura que a sociedade brasileira está descobrindo agora, que é a censura a partir dos interesses dos donos dos grandes meios de comunicação.”
     
    Ferreira acredita que os avanços no sentido da regulamentação do capítulo 5 da Constituição – que trata da comunicação, liberdade de expressão e veda o monopólio ou oligopólio dos meios – são difíceis, mas podem ser alcançados com diálogo. “Se não tivermos uma informação correta, desideologizada e com condições de garantir que a população tenha discernimento e capacidade de analisar por si mesma, a gente não tem uma sociedade livre”, diz.
     
    O secretário paulistano, baiano de Salvador e ex-ministro da Cultura (julho de 2008 a dezembro de 2010) no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, acredita que a democratização e pluralidade de pontos de vista é condição necessária para o desenvolvimento de “uma sociedade (que) faça sua própria avaliação crítica”. “A relação que isso tem com a cultura é fundamental. A informação é a base do desenvolvimento cultural. Se a informação é viciada, parcial e não democrática, atrasa e dificulta a formação de uma sociedade que se desenvolve culturalmente.”
     
    Para Juca Ferreira, a dificuldade que os governos petistas vem tendo, nos últimos 12 anos, para vencer as resistências e conseguir emplacar a regulamentação dos meios de comunicação decorre do que os líderes políticos e partidários aliados no Congresso e membros do governo avaliam como uma “correlação de forças não favorável”.
     
    Mas, em sua opinião, os avanços nesse sentido são possíveis. “A grande mídia tem um poder enorme na formação de opinião da sociedade. Quer manter como está, e os que dirigem o processo político têm avaliado que não têm condições (de fazer a reforma democrática dos meios)”, constata. “Acho que dá para avançar, não com golpe de mão, mas com discussão na sociedade, que vai compreender que é preciso que se regulamente a atividade, não no sentido de cercear a opinião, mas no de ampliar a possibilidade de que todas as opiniões tenham presença nos meios de comunicação.”
     
    A esquerda e Fernando Haddad
     
    O secretário acredita ser urgente um reposicionamento das forças progressistas e uma reaproximação com os movimentos sociais no país para a esquerda voltar a “representar o desejo de mudança”. “A esquerda se aproximou demasiadamente do modus operandi da direita. Toda vez que a esquerda se parece com a direita, quem ganha é a direita. A sociedade não percebe mais o ardor mudancista por parte da esquerda”, afirma.
     
    Para Juca Ferreira, “é preciso recuperar o espírito original de representar o desejo de mudança, de avanços, de conquistas de direitos sociais, de democratização e modernização da sociedade. É preciso renovar um programa social e construí-lo junto com a sociedade, com os jovens, os movimentos sociais, as redes, os sindicatos”.
     
    Na opinião do ex-ministro, o prefeito Fernando Haddad “foi massacrado pela grande imprensa” quando assumiu o mandato, em 2013, pelo “medo de que ele fosse um fator importante no processo eleitoral em São Paulo (em 2014)”. A queda da popularidade do prefeito no primeiro ano e meio do mandato foi consequência desse “massacre”, acredita. Mas, para Ferreira, Haddad está no caminho certo e a tendência é recuperar a aprovação popular de seu governo.
     
    “O prefeito está recuperando a popularidade em cima de um programa absolutamente contemporâneo de valorizar a cidade e o espaço publico, o transporte público em detrimento do individual”, diz. Ele cita, por exemplo, o projeto das ciclovias como “culturalmente importante” e prevê que, embora haja críticas segundo as quais não existem ciclistas em quantidade suficiente pra preenchê-las, a população vai adotar o hábito de utilizá-las. “Vivemos um processo muito rico. Aqui é um exemplo de retomada de um projeto progressista substituindo o medo, que era a linguagem dominante na cidade, por uma linguagem de diálogo, esperança no futuro e conforto no presente.”

     

    http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Midia/Para-Juca-Ferreira-falta-de-democracia-da-midia-substituiu-censura-do-regime-militar/12/32512

     

     

     

     

  3. Venina foi braço direito de Costa em Abreu e Lima

    Brasil 247

     

       

    :

     

    Ex-gerente da Petrobras foi uma das três integrantes do Conselho de Administração criado pela companhia em 2008 para administrar a refinaria de Pernambuco, alvo central da Operação Lava Jato; nessa função, ela atuou como braço direito de Paulo Roberto Costa, que presidia o conselho, além de Carlos Cosenza, atual diretor de Abastecimento; no período em que Venina esteve no conselho, a refinaria assumiu os contratos bilionários da obra que eram de responsabilidade da Petrobras, abriu concorrência com empresas investigadas na Lava Jato e assumiu contratos de R$ 4,2 milhões com a estatal Compesa; segundo Costa, o governador à época, Eduardo Campos, era um dos beneficiários do esquema de propina

     

    26 de Dezembro de 2014 às 06:36

     

    247 – Nova personagem das últimas denúncias contra a Petrobras, a ex-gerente Venina Velosa da Fonseca fez parte de um conselho de administração criado pela companhia em 2008 para administrar a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Segundo reportagem dos jornalistas Ricardo Brandt e Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, ela integrou o grupo entre 7 de março de 2008 e 21 de junho de 2009.

    Enquanto esteve na função, Venina atuou como braço direito de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal, que presidia o conselho. O terceiro integrante do grupo era Carlos Cosenza, atual diretor de Abastecimento. Os três passaram a ser responsáveis por contratos bilionários da obra da refinaria, alvo central da Operação Lava Jato, que eram de responsabilidade da Petrobras.

    O jornal fez um levantamento com base em 70 atas – de um total de 123 – e concluiu que o conselho também abriu concorrências incluindo empresas investigadas na Lava Jato e assumiu um contrato de R$ 4,2 milhões com a Companhia Pernambucana de Saneamento de Pernambuco (Compesa), uma estatal de Pernambuco, que à época era governado por Eduardo Campos (PSB), morto em agosto em um acidente de avião.

    Segundo afirmou Paulo Roberto Costa em delação premiada, Campos era um dos beneficiários do esquema de propina em contratos armado na Petrobras. O esquema, segundo ele, cobrava de 1% a 3% em propina para cada contrato. O custo inicial da obra era estimado em R$ 2 bilhões. Hoje, já ultrapassou R$ 20 bilhões e ainda não foi concluída. Sob o comando de Costa, o conselho aprovou R$ 201 milhões em aditivos contratuais para empresas investigadas e autorizou adiantamento de pagamentos milionários.

    Em 11 de fevereiro de 2009, foi aprovada a transferência de 18 contratos da obra, que eram de responsabilidade da Gerência de Engenharia, para o conselho onde atuava Venina e Costa. Os contratos somavam valores como R$ 1 bilhão, 8,7 milhões de euros e US$ 4 milhões, todos com consórcios formados por empresas investigadas pela Polícia Federal, como Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Galvão Engenharia.

    http://www.brasil247.com/pt/247/pernambuco247/164719/Venina-foi-bra%C3%A7o-direito-de-Costa-em-Abreu-e-Lima.htm

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador