Clipping do dia

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

As matérias para serem lidas e comentadas.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

14 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Hoje 1º de abril
    Hoje, 1º de

    Hoje 1º de abril

    Hoje, 1º de abril, dia da mentira e do golpe, “O GATO SEM ASAS”,curta-metragem meu de 1978.

    “O tenso relacionamento entre um patrão e sua empregada doméstica. Sobrou parra o gato!”.

     

    20 horas, Canal CURTA, 56 na Net.

     

    Flávio São Thiago, Maria Alvez, Biza, Antonio Luiz Mendes, Miguel Rio Branco, Arthur Omar, Sérgio Rezende, Sandra Werneck, Jorge Saldanha, Agiotas Anônimos, e eu!

    http://portacurtas.org.br/filme/?name=o_gato_sem_asas

     

  2. Sistema judicial

    Inquérito de Jader Barbalho, o mais antigo do STF, é arquivado sem julgamento

    Senador peemedebista é suspeito de ter praticado peculato, tráfico de influência e lavagem de dinheiro

    POR CAROLINA BRÍGIDO31/03/2015 15:20 / ATUALIZADO 31/03/2015 22:40Senador Jader Barbalho (PMDB-PA) – Agência Senado

    PUBLICIDADE

    BRASÍLIA – Sem ao menos ser julgado, foi arquivado nesta segunda-feira o inquérito que tramitava há mais tempo no Supremo Tribunal Federal (STF). O caso chegou à Corte em outubro de 2003, estava em segredo de justiça e investigava o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), suspeito de peculato, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. As penas máximas previstas para esses crimes somam 27 anos. A investigação foi encerrada sem conclusão porque houve extinção da punibilidade, ou seja, passou-se tanto tempo que o investigado não poderia mais ser punido, mesmo condenado.

    Durante esse período, o inquérito, iniciado em 2002 na Justiça Federal de Tocantins, percorreu diferentes instâncias judiciárias em Brasília, Palmas e São Luís, por conta do foro especial — num percurso de 4.809 quilômetros, até acabar nas gavetas do STF. Pela Constituição, senadores e deputados devem ser julgados pelo STF. A primeira instância cuida das pessoas sem foro.

    O objetivo do inquérito era investigar desvio de recursos da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Os crimes teriam ocorrido em 2000. Como o caso está sob sigilo, não se conhecem detalhes do processo.

    GILMAR, O PRIMEIRO RELATOR

    Em Tocantins, o Ministério Público apresentou denúncia contra Jader, mas o caso não virou ação penal. Em 2003, quando Jader assumiu como deputado federal, o inquérito subiu ao STF pela primeira vez. O relator sorteado foi o ministro Gilmar Mendes.

    Em 2005, o STF considerou nula a denúncia apresentada na primeira instância, porque o caso deveria ter sido investigado desde o início no Supremo, por conta do foro especial. Em 2008, o tribunal desmembrou o inquérito e deixou na Corte apenas o inquérito de Jader; os outros 24 investigados foram para a primeira instância, porque não tinham direito ao foro privilegiado.

    Por ter assumido a presidência do STF em 2008, Gilmar deixou de relatar o inquérito. A responsabilidade foi transferida para a ministra Ellen Gracie, hoje já aposentada. Em 2009, o Ministério Público Federal apresentou denúncia contra Jader e, dessa vez, ao STF, responsável por julgar parlamentares.

    PUBLICIDADE

    O Supremo não teve tempo de analisar a denúncia: no ano seguinte, os autos foram enviados para a Justiça Federal de Tocantins, porque Jader renunciou ao mandato de deputado. Em 2011, a primeira instância de Tocantins concluiu que os fatos não deveriam ser apurados lá, mas na Justiça Federal do Maranhão, para onde o inquérito seguiu.

    Em 2012, o caso voltou ao STF: Jader tinha sido eleito senador. O ministro Luiz Fux foi sorteado o novo relator. Ainda em 2012, Jader apresentou defesa preliminar à denúncia. Foi quando o próprio Ministério Público reconheceu que houve prescrição quanto ao tráfico de influência. Como o crime é de pena menor (de dois a cinco anos de prisão) a prescrição é mais rápida.

    Em 2013, Fux se declarou impedido para julgar o assunto. Rosa Weber foi, então, sorteada a quarta relatora do caso. Em outubro de 2014, Jader completou 70 anos. Pela lei penal, o tempo de prescrição de crimes para pessoas com essa idade é reduzido à metade. Por isso, Rosa decretou a extinção da punibilidade dos crimes no último dia 11 de março. Pela legislação, a pena para peculato é de dois a 12 anos de prisão. A pena para lavagem de dinheiro é de três a dez anos.

    O advogado de Jader, José Eduardo Alckmin, não credita o arquivamento do inquérito sem julgamento à mudança constante de foro. Para ele, as investigações não prosseguiram por falta de prova robusta:

    — O arquivamento mostra exatamente que a cogitação inicial estava totalmente desprovida de provas mais seguras. Nesse tempo todo, houve um esforço do Ministério Público em criar uma prova robusta. Como o fato cogitado não tinha efetivamente fundamento, o tempo correu e não se chegou aos elementos que poderiam corroborar uma possível acusação. Nada foi confirmado — disse.

    OUTROS CASOS NO SUPREMO

    Para o advogado, as mudanças de foro não colaboram tanto com o atraso das investigações. Afinal, as diligências são cumpridas pela Polícia Federal e o juiz age como coordenador do inquérito nessa fase.

    — O atraso é relativamente pequeno, porque a investigação está sempre a cargo da Polícia Federal. O juiz apenas exerce supervisão. O fato de ser juiz do primeiro grau ou ministro do Supremo não faz diferença. Mas, quando não se tem prova segura, não tem como o processo andar — argumentou.

    PUBLICIDADE

    Além desse caso, Jader responde a outras dezenas de inquéritos e ações penais no STF, alguns em segredo de justiça. Parte das investigações foi motivada por desvios de dinheiro da extinta Sudam, órgão ao qual Jader tinha influência política. Para Alckmin, todas as acusações são descabidas porque seu cliente não poderia ter conhecimento de tudo o que ocorria na Sudam.

    INQUÉRITO VIROU AÇÃO PENAL

    Em outubro do ano passado, um dos inquéritos que tramitam no STF contra Jader foi transformado em ação penal. Nesse caso, ele é investigado por peculato e lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, o réu contribuiu para desvios de R$ 22,8 milhões da Sudam, entre 1997 e 2000. Segundo as investigações, o parlamentar cobrava dinheiro para aprovar projetos. A propina era de 20% do valor do contrato.

    Nessa investigação, Jader foi acusado de desviar dinheiro do Fundo de Investimento da Amazônia (Finam) para custear um projeto da Agropecuária Xavante. A empresa teria prestado o serviço, mas contribuiu para o desvio de dinheiro público. Segundo o Ministério Público, Jader usou seu prestígio para garantir a nomeação de superintendentes da Sudam que permitiram o funcionamento do esquema.

     http://oglobo.globo.com/brasil/inquerito-de-jader-barbalho-mais-antigo-do-stf-arquivado-sem-julgamento-15744757#ixzz3W2QWUKLZ 
     

  3. Sistema judicial

    Inquérito de Jader Barbalho, o mais antigo do STF, é arquivado sem julgamento

    Senador peemedebista é suspeito de ter praticado peculato, tráfico de influência e lavagem de dinheiro

    POR CAROLINA BRÍGIDO31/03/2015 15:20 / ATUALIZADO 31/03/2015 22:40Senador Jader Barbalho (PMDB-PA) – Agência Senado

    PUBLICIDADE

    BRASÍLIA – Sem ao menos ser julgado, foi arquivado nesta segunda-feira o inquérito que tramitava há mais tempo no Supremo Tribunal Federal (STF). O caso chegou à Corte em outubro de 2003, estava em segredo de justiça e investigava o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), suspeito de peculato, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. As penas máximas previstas para esses crimes somam 27 anos. A investigação foi encerrada sem conclusão porque houve extinção da punibilidade, ou seja, passou-se tanto tempo que o investigado não poderia mais ser punido, mesmo condenado.

    Durante esse período, o inquérito, iniciado em 2002 na Justiça Federal de Tocantins, percorreu diferentes instâncias judiciárias em Brasília, Palmas e São Luís, por conta do foro especial — num percurso de 4.809 quilômetros, até acabar nas gavetas do STF. Pela Constituição, senadores e deputados devem ser julgados pelo STF. A primeira instância cuida das pessoas sem foro.

    O objetivo do inquérito era investigar desvio de recursos da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Os crimes teriam ocorrido em 2000. Como o caso está sob sigilo, não se conhecem detalhes do processo.

    GILMAR, O PRIMEIRO RELATOR

    Em Tocantins, o Ministério Público apresentou denúncia contra Jader, mas o caso não virou ação penal. Em 2003, quando Jader assumiu como deputado federal, o inquérito subiu ao STF pela primeira vez. O relator sorteado foi o ministro Gilmar Mendes.

    Em 2005, o STF considerou nula a denúncia apresentada na primeira instância, porque o caso deveria ter sido investigado desde o início no Supremo, por conta do foro especial. Em 2008, o tribunal desmembrou o inquérito e deixou na Corte apenas o inquérito de Jader; os outros 24 investigados foram para a primeira instância, porque não tinham direito ao foro privilegiado.

    Por ter assumido a presidência do STF em 2008, Gilmar deixou de relatar o inquérito. A responsabilidade foi transferida para a ministra Ellen Gracie, hoje já aposentada. Em 2009, o Ministério Público Federal apresentou denúncia contra Jader e, dessa vez, ao STF, responsável por julgar parlamentares.

    PUBLICIDADE

    O Supremo não teve tempo de analisar a denúncia: no ano seguinte, os autos foram enviados para a Justiça Federal de Tocantins, porque Jader renunciou ao mandato de deputado. Em 2011, a primeira instância de Tocantins concluiu que os fatos não deveriam ser apurados lá, mas na Justiça Federal do Maranhão, para onde o inquérito seguiu.

    Em 2012, o caso voltou ao STF: Jader tinha sido eleito senador. O ministro Luiz Fux foi sorteado o novo relator. Ainda em 2012, Jader apresentou defesa preliminar à denúncia. Foi quando o próprio Ministério Público reconheceu que houve prescrição quanto ao tráfico de influência. Como o crime é de pena menor (de dois a cinco anos de prisão) a prescrição é mais rápida.

    Em 2013, Fux se declarou impedido para julgar o assunto. Rosa Weber foi, então, sorteada a quarta relatora do caso. Em outubro de 2014, Jader completou 70 anos. Pela lei penal, o tempo de prescrição de crimes para pessoas com essa idade é reduzido à metade. Por isso, Rosa decretou a extinção da punibilidade dos crimes no último dia 11 de março. Pela legislação, a pena para peculato é de dois a 12 anos de prisão. A pena para lavagem de dinheiro é de três a dez anos.

    O advogado de Jader, José Eduardo Alckmin, não credita o arquivamento do inquérito sem julgamento à mudança constante de foro. Para ele, as investigações não prosseguiram por falta de prova robusta:

    — O arquivamento mostra exatamente que a cogitação inicial estava totalmente desprovida de provas mais seguras. Nesse tempo todo, houve um esforço do Ministério Público em criar uma prova robusta. Como o fato cogitado não tinha efetivamente fundamento, o tempo correu e não se chegou aos elementos que poderiam corroborar uma possível acusação. Nada foi confirmado — disse.

    OUTROS CASOS NO SUPREMO

    Para o advogado, as mudanças de foro não colaboram tanto com o atraso das investigações. Afinal, as diligências são cumpridas pela Polícia Federal e o juiz age como coordenador do inquérito nessa fase.

    — O atraso é relativamente pequeno, porque a investigação está sempre a cargo da Polícia Federal. O juiz apenas exerce supervisão. O fato de ser juiz do primeiro grau ou ministro do Supremo não faz diferença. Mas, quando não se tem prova segura, não tem como o processo andar — argumentou.

    PUBLICIDADE

    Além desse caso, Jader responde a outras dezenas de inquéritos e ações penais no STF, alguns em segredo de justiça. Parte das investigações foi motivada por desvios de dinheiro da extinta Sudam, órgão ao qual Jader tinha influência política. Para Alckmin, todas as acusações são descabidas porque seu cliente não poderia ter conhecimento de tudo o que ocorria na Sudam.

    INQUÉRITO VIROU AÇÃO PENAL

    Em outubro do ano passado, um dos inquéritos que tramitam no STF contra Jader foi transformado em ação penal. Nesse caso, ele é investigado por peculato e lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, o réu contribuiu para desvios de R$ 22,8 milhões da Sudam, entre 1997 e 2000. Segundo as investigações, o parlamentar cobrava dinheiro para aprovar projetos. A propina era de 20% do valor do contrato.

    Nessa investigação, Jader foi acusado de desviar dinheiro do Fundo de Investimento da Amazônia (Finam) para custear um projeto da Agropecuária Xavante. A empresa teria prestado o serviço, mas contribuiu para o desvio de dinheiro público. Segundo o Ministério Público, Jader usou seu prestígio para garantir a nomeação de superintendentes da Sudam que permitiram o funcionamento do esquema.

     http://oglobo.globo.com/brasil/inquerito-de-jader-barbalho-mais-antigo-do-stf-arquivado-sem-julgamento-15744757#ixzz3W2QWUKLZ 
     

  4. Lava Jato ameaça paralisar

    Lava Jato ameaça paralisar 144 empreendimentos. Especialistas em São Paulo temem congestionamento nas Vara de recuperação judicial. Aumenta o desemprego no país. O mais respeitado professor de Direito Administrativo do país, Prof. Antônio Celso Bandeira de Mello, já advertia que os governos de Lula e Dilma deram pouca atenção a “aspectos jurídicos ao governar”.

    Efeito “dominô” já se faz sentir.

    E o que faz o Ministro da Justiça??? Nada. 

    Ao que parece, fica sentado em seu gabinete sem imaginar e pôr em ação qualquer plano emergencial de urgência (há alguns meses atrás já advertia esse aspecto).

    O Brasil não pode parar e as empresas envolvidas também não podem parar. Em nehnum outro pais do mundo haveria uma situação como a que vivenciamos agora no Brasil (vide os socorros aos bancos fraudadores nos EUA e Europa). Os fatos (malfeitos) estão consumados, não são de agora, e devem ser esclarecidos para correções mas não levar à política de “terra arrasada”. 

    Os interesses nacionais devem sobrepôr a outros interesses. A estabilidade econômica e social, mais o desenvolvimento, emprego e segurança do país impõem-se.

    Formaram-se comissões de estudos da crise jurídica???  É possível uma legislação emergencial??? Como agir legalmente??? Encampam-se as empresas??? anistia-se??? prorroga-se??? compõem-se??? os empregados devem ser protegios???… nada é imaginado pelo sr.ministro da justiça (em letras minúsculas).

    Quousque tandem abuter DILMA patientia nostra? – até quando abusarás Dilma de nossa paciência?

    Sem um Ministro de Justiça forte não há governo que se ordene, se complete e se sustente…

  5. Feudalismo Financeiro

    Feudalismo Financeiro

    24/3/2015, [*] Dmitry Orlov, Club Orlov

    Financial Feudalism

    Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu


     Era uma vez, há muito, muito tempo, quanto todas as partes mais densamente ocupadas do mundo tinham uma coisa que se chamava “feudalismo”. Era um modo de organizar hierarquicamente a sociedade. Tipicamente, no topo ficava um soberano (rei, príncipe, imperador, faraó, combinado com alguns altos sacerdotes). Abaixo do soberano havia vários estratos de nobres, com títulos hereditários. Abaixo dos nobres vinham os plebeus, que também herdavam o seu lugar na vida, fosse um pedaço de terra sobre o qual se sangravam de tanto trabalhar, ou o direito de trabalhar em algum tipo de oficina de produção ou comércio, no caso de artesãos e mercadores. Todos aí eram fixados às respectivas posições por laços de fidelidade, impostos e deveres consuetudinários: impostos e deveres consuetudinários fluíam de baixo para cima na pirâmide social, e privilégios e proteção, de cima para baixo.

    Foi sistema notavelmente resiliente, que se autoperpetuava, largamente baseado no uso da terra e de outros recursos renováveis, todos, de fato, movidos a energia solar. A riqueza era basicamente derivada da terra e dos vários usos da terra. Aí abaixo, está um organograma simplificado da muito estimada ordem de uma sociedade medieval.
      
     Rei, Duque, Conde, Cavaleiro, Servo

    O feudalismo foi sistema de estado essencialmente estável. As pressões propulacionais eram aliviadas principalmente por emigração, guerra, pestes e, falhando todas as anteriores, fomes gerais periódicas. Vez ou outra, guerras de conquista abriam novas vias temporárias para que houvesse crescimento econômico, mas dado que terra e sol são finitos, a coisa resultava, mesmo, num jogo de soma zero.

    Mas tudo isso mudou, quando o feudalismo foi substituído pelo capitalismo. O que tornou possível a mudança foi a exploração de recursos não renováveis, o mais importante dos quais foi a energia a extrair da queima de hidrocarbometos fossilizados: primeiro, turfa; depois, carvão; depois petróleo e gás natural. De repente, a capacidade produtiva separou-se da disponibilidade de terra e luz solar, e pode ser quase, embora não, multiplicada ao infinito, bastando para isso, simplesmente, queimar mais e mais hicrocarbonetos. O uso de energia, indústria e população, tudo isso, começou a crescer exponencialmente.

    Um novo sistema de relações econômicas foi criado, baseado no dinheiro que se pode criar à vontade, sob a forma de dívida, que pode ser paga com juros usando os produtos da sempre crescente produção futura. Comparado ao sistema estável prévio, a mudança levou a uma nova premissa: que o futuro sempre será maior e mais rico –, suficientemente rico para sempre devolver principal e juros.

    Com esse novo arranjo capitalista, as velhas relações e os costumes feudais caíram em desuso, substituídos por um  novo sistema no qual os cada vez mais ricos proprietários de capitão armaram-se contra um trabalho cada vez mais miserável e despossuído. O movimento sindical e a negociação coletiva permitiu que o trabalho ainda se aguentasse por algum tempo, mas depois, por inúmeros fatores (como a automação e a globalização) minaram o movimento trabalhista, deixando os proprietários de capital com a alavancagem que pediram a Deus, contra uma população excedente de ex-trabalhadores industriais.

    Enquanto isso, os donos do capital formaram a própria pseudo aristocracia deles, mas sem os títulos nem dos deveres e privilégios hereditários. Toda a nova ordem predatória deles baseava-se numa única coisa: valor líquido. O número de cifrões de dólares a pessoa tem associada ao próprio nome, é o que basta para determinar a posição dela em sociedade.

    Mas eventualmente, quase todas as fontes locais aproveitáveis de energia baseada em hidrocarbonetos foram exauridas, e tiveram de ser substituídas por outras, mais distantes, mais difíceis e mais caras de produzir. Só isso já consumiu gorda mordida do crescimento econômico, porque a cada ano que passava mais e mais crescimento tinha de ser ceifado para produzir a energia necessária só para manter (e nem pensar em crescer!) o sistema. Ao mesmo tempo, a indústria produziu enorme quantidade de produtos colaterais indesejáveis: poluição e degradação ambientais, desestabilização do clima e outras externalidades. Eventualmente, elas passaram a deixar-se ver em prêmios mais altos de seguro e para remediar danos por desastres naturais e provocados pelo homem, o que acrescentou mais um amortecedor sobre o crescimento econômico.

    O crescimento da população também tem seu preço. Vocês sabem, populações maiores traduzem-se em maiores centros populacionais, e resultados de pesquisas mostram que, quanto maior a cidade, maior o consumo per capita de energia. Diferente do que se vê com organismos biológicos (quanto maior o animal, mais lento o seu metabolismo), a intensidade da atividade necessária para sustentar um centro populacional aumenta conforme aumente a população. Observe que em grandes cidades, as pessoas falam mais depressa, andam mais depressa e em geral vivem e operam mais intensamente em agendas mais apertadas, só para se manterem vivas. Toda essa atividade frenética rouba energia que se poderia usar para construir um futuro maior e mais rico. Sim, o futuro pode ser (por enquanto) cada vez mais populoso, mas a forma de colônia humana que cresce mais depressa em todo o planeta é a favela urbana – sem serviços sociais, sem água e esgotos, fértil em crimes e criminosos e, de modo geral, sem qualquer segurança.

    O que isso significa é que o crescimento é negócio autolimitado. E observem que já alcançamos aqueles limites e, em alguns casos, já os ultrapassamos, e muito.  As malfadadas práticas, mais recentes, de fraturamento hidráulicos do depósitos de xisto e de extração de petróleo por vapor, de terras betuminosas, são indicativas de o quanto as fontes de combustíveis fósseis estão-se esgotando rapidamente. A desestabilização climática está produzindo tempestades cada vez mais violentas e secas cada vez mais severas (a Califórnia só tem água para mais um ano); prevê-se que países inteiros desaparecerão por causa da subida do nível dos oceanos, estações de monções fora de hora e inundações das plantações por águas de degelo. A poluição também já alcançou limites inimagináveis em muitas áreas: o ar é irrespirável em Paris, como em Pequim, a ponto de atividades industriais serem proibidas, apenas para que as pessoas consigam respirar. A radiatividade dos núcleos fundidos dos reatores nucleares em Fukushima no Japão já está sendo detectada em peixes apanhados do outro lado do Oceano Pacífico.

    Todos esses problemas estão causando efeito estranhíssimo que se constata no dinheiro. Na fase anterior, de crescimento do capitalismo, foi criado o dinheiro para fazer avançar o consumo e, com isso, estimular o crescimento econômico. Mas há uns poucos anos, alcançou-se um limite nos EUA, que, naquele momento ainda estavam no epicentro da atividade econômica global (antes de serem eclipsados pela China), quando uma unidade da nova dívida produzia menos que uma unidade de crescimento econômico. Com isso, se tornou impossível avançar, mesmo com juros sobre dinheiro futuro.

    Se, antes, o dinheiro havia sido emprestado para produzir crescimento, naquele momento o dinheiro passava a ter de ser emprestado, em quantidades cada vez maiores, simplesmente para evitar o colapso financeiro e industrial. Consequentemente, as taxas de juros sobre novas dívidas foram reduzidas até chegarem a zero, algo que viria a ser conhecido como ZIRP, sigla em inglês para Zero Interest Rate Policy [Política de Taxa de Juros Zero]. Para tornar as coisas ainda mais suaves, os bancos centrais passaram a aceitar em depósito o dinheiro que emprestaram a juros zero, o que sempre garantia um pequenino lucro, permitindo aos bancos lucrar sem fazer absolutamente coisa alguma.

    Não surpreendentemente, fazer absolutamente nada mostrou-se atividade absolutamente inefetiva, e por todo o planeta economias começaram a encolher. Muitos países recorreram ao truque de mascarar as próprias estatísticas para apresentar quadro mais rosado, mas se há estatística que nunca mente é a que afere a energia consumida. É indicador que sempre permite medir o nível geral da atividade econômica; e está caindo em todo o mundo. Resultado disso, uma super oferta de petróleo, e preço muito, muito mais barato que antes. Outro indicador que jamais mente é o Índice Báltico Seco [ing. Baltic Dry Index], que traça o nível de atividade nos embarques; e que também desabou.

    Assim aconteceu que a política ZIRP preparou o estágio para o desenvolvimento seguinte, muito mais estranho, inusual: as taxas de juros começaram a ficar negativas, tantos nos empréstimos como nos depósitos. Adeus políticas de taxas de juros zero, bom-dia políticas de taxas de juros abaixo de zero!

    Os bancos centrais em todo o mundo estão começando a fazer empréstimos ‘cobrando’ juros negativos. É absoluta verdade: alguns bancos centrais, atualmente, PAGAM algumas instituições financeiras para que tomem dinheiro emprestado! Ao mesmo tempo, as taxas de juro sobre depósitos bancários também se tornaram negativas: manter o seu dinheiro num banco agora é privilégio pelo qual se tem de pagar.

    Mas as taxas de juros não são negativas, é claro, para todos. Acesso a dinheiro grátis é um privilégio e os privilegiados, claro, são os banqueiros e os empresários que eles financiam. Os que têm de tomar emprestado para financiar moradias são menos privilegiados; os que tomam emprestado para pagar pela própria educação, são ainda menos privilegiados. Os que absolutamente não contam com nenhum privilégio, privilégio zero, são os que são obrigados a comprar comida com cartão de crédito, ou tomam empréstimos que cobram juros diários, para pagar aluguel.

    Todas as funções que emprestar dinheiro desempenhou um dia nas economias capitalistas foram abandonadas. Antigamente, a ideia era que se podia obter acesso ao capital baseado num bom plano de negócio, e que isso permitia que o empreendedorismo florescesse e que se formassem muitos novos negócios. Uma vez que qualquer pessoa (não só alguns privilegiados) podiam tomar um empréstimo e começar um negócio, significava que o sucesso econômico, sim, pelo menos em certa medida, dependia de talento e méritos. Mas agora a formação de negócios está andando para trás, com muito mais empresas que desaparecem do mundo, do que novas empresas; e a mobilidade social já se converteu, em vasta proporção, em coisa do passado.

    O que resta hoje é uma sociedade muito rigidamente estratificada, com privilégios distribuídos conforme riqueza herdada: os do topo são pagos para emprestar, e surfam uma onda de dinheiro gratuito; os de baixo são empurrados cada vez mais para a servidão das dívidas e da miséria.

    A política das taxas de juro abaixo de zero garante o suporte para um novo feudalismo? Com certeza não conseguirá reverter o deslizar ladeira abaixo, porque os fatores que estão impondo limites ao crescimento não são suscetíveis de manipulação financeira, uma vez que são, pela própria natureza, fatores físicos. Claro: não há dinheiro grátis no mundo que consiga fazer renascer novas quantidades de recursos naturais. O dinheiro grátis pode, isso sim, congelar a hierarquia social em torno dos possuidores de capital – mas só por algum tempo – não para sempre.

    Para todos os lados onde se olhe, a economia em processo terminal de encolhimento acaba por levar a revolta popular, guerra e bancarrota, o que leva o dinheiro a parar de funcionar, em vários sentidos. Em geral há desvalorização, falência de bancos, incapacidade para financiar importações e cancelamento de aposentadorias no setor público. O desejo de sobreviver leva as pessoas a focarem-se em obter acesso direto aos recursos físicos, distribuindo-os, no máximo entre amigos e familiares.

    Por sua vez, isso faz com que os mecanismos de mercado se tornem extremamente opacos e distorcidos, e em muitos casos parem completamente de operar. Sob essas circunstâncias, o número de cifrões de dólar que o sujeito tenha associados ao próprio nome passa a ser critério muito controverso, e deve-se esperar que a hierarquia social entre os donos do capital emborque e torne-se instável. Poucos dentre eles têm os talentos necessários para converter-se em senhores-da-guerra, e esses depenam o demais e os varrem do mundo. Mas principalmente, numa situação na qual as instituições faliram, na qual fábricas e outras empresas já não funcionam, e onde propriedades imobiliárias já foram saqueadas ou invadidas e ocupadas por saqueadores, torna-se muito difícil calcular o valor líquido de cada um. Assim sendo, o organograma da sociedade pós-capitalista será mais ou menos o seguinte (onde “#REF!” é o que o Excel escreve quando encontra, numa fórmula, alguma referência a célula não inválida).


    Termo bom, bastante preciso, para esse estado de coisas, é “anarquia”. Se algum novo nível (baixo) de subsistência do estado for alcançado, o processo aristocrático de formação pode recomeçar do zero. Mas, a menos que, por algum sortilégio ou magia, se encontre nova fonte de combustíveis fósseis baratos, o novo processo terá de prosseguir pelas linhas tradicionais, feudais.
     
    [*] Dmitry Orlov é um engenheiro russo-americano e escritor sobre temas relacionados ao declínio econômico, ecológico e político dos Estados Unidos. Orlov acredita que o colapso será o resultado dos orçamentos militares, enormes déficits do governo e um sistema político que não responde e declínio da produção de petróleo. Orlov nasceu em Leningrado (agora São Petersburgo) e se mudou para os Estados Unidos com 12 anos. Tem bacharelado em Engenharia de Computação e Mestrado em Lingüística Aplicada. Foi testemunha ocular do colapso da União Soviética durante os ano 1980-90. Entre 2005 e 2006 escreveu uma série de artigos sobre o colapso da União Soviética publicada em Peak Oil. Em 2006 publicou o Manifesto Orlov on-line, “A Nova Era da Vela”. Em 2007, ele e sua esposa venderam seu apartamento em Boston e compraram um veleiro, equipado com painéis solares e seis meses de fornecimento de gás propano e capaz de armazenar grande quantidade de produtos alimentícios. Chamou “cápsula de sobrevivência”. Continua a escrever regularmente no seu blog “Clube Orlov” e no EnergyBulletin.Net
    Fonte: http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2015/03/feudalismo-financeiro.html

  6. É triste mas é verdade

    Golpe militar é desejo de civis e do clamor ao autoritarismo

    31 de março de 2015 | 11:46 Autor: Fernando Britohttp://tijolaco.com.br/blog/?p=25966

    golpegraf

    Se existe uma instituição brasileira que, em meio ao quadro de confusão política e atropelos instituicionais – não se pode chamar de “normais” os comportamentos do Legislativo e do Judiciário, pois não? – são as Forças Armadas. Não sei – e pouca gente sabe – se há algo diferente da serenidade visível se passando dentro de seus escalões inferiores, mas, do ponto de vista de seus comandos, só o que se pode ver é prudência e respeito aos ditames constitucionais.

    E não se diga que os militares estejam sendo premiados, pois não estão, senão pelo fato de, finalmente, terem um plano estratégico de desenvolvimento militar, ainda que executado de maneira lenta e dificultosa. E certos desvios, extremamente equivocados, de usar as Forças Armadas em assuntos de segurança pública – salvo em mega-eventos, onde se justifica – como a presença em favelas, que mete a tropa em situações contaminantes e em nada contribui para seu adestramento militar estrito.

    O risco de golpe, no Brasil atende -mais do que em 1964 – ao desejo de uma elite que não vence eleições e ao vício primarizante que os formadores de opinião – a mídia à frente – de que as coisas possam ser resolvida à base do “prendo e arrebento”.

    A construção de um país democrático passa pela construção de um pensamento social democrático e legalista.

    Os militares brasileiros, escaldados pela experiência, parecem não estar mais dispostos a “amarrarem a vaca” para que outros mamem em suas tetas.

    Sobre o assunto, reproduzo o post do professor Fernando Nogueira da Costa em seu blog , construído sobre as  conclusões de uma pesquisa publicada pelo Valor sobre a variação do apoio à ideia de um golpe militar e sua relação com a popularidade presidencial. Fui buscar os gráficos originais, para que se veja como este é um problema permanente e crônico, de uma sociedade que vive impregnada do autoritarismo como forma de solução de problemas.

     

    51 Anos de Uma Má Ideia: Golpe Militar

     Fernando Nogueira da Costa

    Não é só a corrupção que envergonha os brasileiros, pior é 47,6% deles acharem que essa corrupção justifica um novo golpe! Novamente, 51 anos após o golpe militar que condenou o País a mais de 20 anos de atraso na cidadania — conquista de direitos e cumprimento de deveres –, reune-se a má fé com a ignorância para criar um “caldo-de-cultura” para as “vivandeiras dos quarteis”.

    golpinterA expressão “vivandeira”, segundo Elio Gaspari, veio do marechal Humberto Castello Branco, no alvorecer da anarquia militar que baixou sobre o Brasil a treva de duas décadas de ditadura. Referindo-se aos políticos civis que iam aos quartéis para buscar conchavos com a oficialidade, ele disse:

    “Eu os identifico a todos. São muitos deles os mesmos que, desde 1930, como vivandeiras alvoroçadas, vêm aos bivaques bolir com os granadeiros e provocar extravagâncias ao Poder Militar”.

    Os golpistas juntam, ao mesmo tempo, a ignorância da experiência histórica e a má-fé representada pela vaga lembrança pessoal tipo “eu era feliz e não sabia”. Foi um período em que pessoas de baixa qualificação ascenderam socialmente. Houve desde altas patentes seduzidas por postos bem remunerados de CEO e em CA de empresas privadas — fachadas oportunistas para bom relacionamento com o governo militar — até baixas patentes que tiveram mobilidade social baseada no aparelho repressor, inclusive em assassinatos e torturas.

    A instituição nacional das Forças Armadas foi sendo contaminada pela quebra de hierarquia militar, devido à essa mobilidade social que corrompia seus quadros. A promiscuidade do relacionamento entre setor privado-setor público acaba sempre em corruptores levando vantagens dos corruptos. E em ditadura não há liberdade para investigar e denunciar…

    Vigorou durante duas décadas de ditadura muita mediocridade, p.ex., bons professores eram aposentados enquanto os medíocres estavam garantidos. Os submissos e parasitas não se queixavam da repressão, mas os rebeldes e criativos se amargavam pela perda da liberdade de expressão durante 21 anos.

    Hoje, os golpistas perderam a vergonha de sair-do-armário em que se meteram por meio século! Estamos observando a falta de pudor em falar asneiras daqueles sujeitos que “sentavam no fundo-da-sala-de-aula”, quando iam à aula…

    César Felício (Valor, 26/03/15) informa que o apoio a um golpe militar em um quadro de corrupção generalizada é substancialmente maior no Brasil do que em outros países das três Américas, segundo dados de uma pesquisa comparada desenvolvida em 23 países pelo “Barômetro das Américas“, um levantamento organizado pelo projeto de opinião pública latino-americana (Lapop, em inglês). As entrevistas foram realizadas no início de 2014, antes portanto do processo eleitoral no Brasil, da Operação Lava-Jato e dos últimos protestos de rua, mas já haviam sido realizadas sob o impacto das manifestações de junho de 2013.

    O Lapop é uma iniciativa da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, e uma análise específica sobre o tema foi divulgada, recentemente, com autoria do pesquisador Guilherme Russo. A pesquisa Barômetro das Américas é financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela agência de desenvolvimento dos Estados Unidos (Usaid).

    Segundo a pesquisa, 47,6% dos entrevistados brasileiros afirmaram ser “justificado um golpe militar diante de muita corrupção”. É um índice inferior apenas aos registrados por Paraguai, Nicarágua, México, Peru e Guiana. Os menores índices, inferiores a 30% de apoio à tese, foram registrados na Bolívia, Argentina, Uruguai, Haiti e Chile.

    De acordo com o texto do Lapop, o desapreço dos entrevistados pela institucionalidade democrática mudou de patamar nos últimos anos, tendo crescido abruptamente entre 2012 e 2014. Entre 2008 e 2012, o percentual dos adeptos de uma possível intervenção militar oscilava entre 36% e 40%.

    Na análise do Lapop feita por Russo, é destacado que a pesquisa desmembrou os apoiadores da intervenção entre os que defendiam a presidente Dilma Rousseff e os que desaprovavam sua gestão, entre março e abril de 2014. Mesmo entre os que consideravam boa a gestão de Dilma o índice de apoio a um ato militar era expressivo. Nada menos que 45,6% dos entrevistados que a aprovavam corroboravam a tese. Entre os que a reprovavam, o índice subia para 52,8%.

    O estudo frisa que a dispersão do apoio por uma intervenção militar entre os que apoiam e os que reprovam a presidente mostra que não há uma perspectiva concreta de golpe no país: o que haveria no Brasil é uma cultura autoritária que transcende qualquer corte entre governo e oposição. “Os números revelam ampla tolerância por medidas não democráticas para combater a corrupção na política”, conclui o pesquisador.

    Dos 23 países pesquisados, o Brasil é uma das transições democráticas mais recentes. Desde 1985, ano em que o Brasil fez a sua travessia de um regime militar para um civil, governos de aspecto autoritário existiram apenas no Paraguai (até 1988); Chile (até 1990); Peru (em 1992); Haiti (em 1994) e Honduras (em 2009). Nos demais países, mesmo em casos de renúncia ou destituição do presidente em exercício, preservou-se a institucionalidade formal.

    O pouco apego brasileiro à formalidade democrática já havia sido medido por levantamentos comparados anteriores. Na pesquisa da ONG Latinobarometro divulgada há quatro anos, por exemplo, a democracia era apontada como a forma preferível de governo por 45% dos entrevistados, enquanto a média latino-americana era de 58%. O levantamento da ocasião pesquisou dezoito paíse

     

  7. “Efeméride”

    Aproveitando a data recomendo assistirem ao documentário “70”  (Mostra Internacional de Cinema de São Paulo do ano passado).

    O documentário reencontra militantes trocados pelo embaixador suíço durante ditadura e conta o que viveram e como são 18 guerrilheiros urbanos libertados em troca de Giovanni Enrico Bucher.

    Este documentário estava disponível em canais pagos da NET; procurando nos arquivos ou na programação, certamente encontrarão dias e horários.

    Ficha técnica

    70

    Direção: Emilia Silveira
    Produção: Cavi Borges, Emilia Silveira, Sandra Moreyra, Jom Tob Azulay
    Roteiro: Sandra Moreyra
    Direção de fotografia: Vinicius Brum, Vinicius Charret, Cecilia Figueiredo
    Montagem: Joana Collier
    Trilha original: Fabio Mondego
    Edição de som: François Wolf
    Som direto: Marcio Câmara
    Efeitos visuais: Patricia Tebet
    Assistentes de direção: Cecilia Figueiredo, Rosane Hatab, Marcia Pitanga
    Assistente de roteiro: Patricia Silveira
    Pesquisa: Antonio Venancio, Margarida Autran, Marcelo Zelic, maria Fernanda Scelza
    Direção de produção: Marcia Pitanga
    Duração: 90′
     

  8. Brasil está no topo do ranking mundial de empreendedorismo

    Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) coloca o país na primeira posição, à frente de nações como China, Estados Unidos, Reino Unido, Japão e França

    Número de empreendedores vem crescendo no país Thinkstock/Getty ImagesNúmero de empreendedores vem crescendo no país

    Três em cada dez brasileiros adultos entre 18 e 64 anos possuem uma empresa ou estão envolvidos com a criação de um negócio próprio. Em 10 anos, essa taxa de empreendedorismo saltou de 23%, para 34,5%. Deste total, metade corresponde a empreendedores novos – com menos de três anos e meio de atividade – e a outra metade aos donos de negócios estabelecidos há mais tempo. Os dados são da nova pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada no Brasil pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP).

    “Quando comparado a países que compõem o Brics, o Brasil é a nação com a maior taxa de empreendedorismo, ficando quase oito pontos percentuais à frente da China, com uma taxa de 26,7%”, ressalta Luiz Barreto, presidente do Sebrae.  A Índia tem uma taxa de empreendedorismo de 10,2%, a África do Sul de 9,6% e a Rússia de 8,6%. O número de brasileiros que já têm uma empresa, ou que estão envolvidas na criação de uma, é superior, também, a países como Estados Unidos (20%), Reino Unido (17%), Japão (10,5%), Itália (8,6%) e França (8,1%). 

    De acordo com Barreto, essa alta taxa de empreendedorismo demonstra que além de mais empreendedores permanecerem no mundo dos negócios, mais pessoas veem no empreendedorismo uma oportunidade de vida e vêm trabalhando para conquistar o sonho de ter o negócio próprio.

    Mais oportunidades

    A pesquisa revela ainda que a cada 100 brasileiros que começam um negócio próprio no Brasil, 71 são motivados por uma oportunidade de negócios e não pela necessidade. O presidente do Sebrae explica que esse índice vem se mantendo estável nos últimos anos e que ele implica diretamente na qualidade do empreendedorismo brasileiro. “O empresário atual abre uma empresa porque vê uma oportunidade e investe naquela ideia. Ter uma empresa porque não se tem uma ocupação não é mais o principal fator”, diz Barreto.

    O sócio diretor da RB Serviços, Renato Zacharias, é um exemplo disso. A empresa nasceu em 1999 voltada à prestação de serviços para compra e entrega de vales transporte. À época, os sócios Renato Zacharias, Isabelle Zacharias e Júnior Martins observaram uma oportunidade de empreender atendendo uma demanda de mercado crescente. Diante da necessidade de concessão de vales transporte (VT) em papel, as empresas eram responsáveis por adquirir lotes junto aos órgãos emissores credenciados das diferentes linhas existentes. As compras eram normalmente realizadas de forma direta por um representante da corporação, tornando-os alvos fáceis. Isso fez com que surgissem prestadoras de serviços especializadas na aquisição dos bilhetes com sistema de entrega ao cliente.

    Observando esse cenário, o trio entendeu que havia espaço para criar uma empresa com um diferencial: além de realizar o processo de aquisição e entrega dos VTs com segurança, eles entenderam que poderiam agregar valor ao serviço ao separar as quantidades exatas destinadas a cada funcionário e envelopar lote a lote, já com a devida identificação personalizada para distribuição aos colaboradores – processo que levava por vezes de três a quatro dias para ser feito pelo departamento pessoal.

    Ao poupar trabalho e tempo aos departamentos de recursos humanos das contratantes, a RB Serviços rapidamente conquistou clientes. Passados mais de 15 anos, a empresa soma 150 colaboradores, entre funcionários diretos e indiretos, e evoluiu para um modelo de negócios que hoje contempla soluções em gerenciamento de vales transporte, alimentação, refeição, combustível e cartão presente para corporações de pequeno a grande porte em todo o território nacional.

    Renato destaca que manter um negócio próprio muitas vezes pode ser mais desafiador do que dar vida à uma ideia. “Empreender, seja no Brasil ou em qualquer outro país, é saber se adaptar às mudanças constantes, inerentes ao mercado. Uma boa ideia é apenas o começo, é preciso saber se adaptar às circunstâncias que se apresentam, abraçar novas oportunidades dentro do seu espectro de negócios, olhar além do obvio e usar uma pitada de ousadia para se manter sempre competitivo”, aconselha. 

    Próprio chefe

    Outro dado revelado pelo GEM dá conta de que ter o seu próprio negócio continua sendo o terceiro maior sonho do brasileiro, mas pela primeira vez o número de pessoas que almejam se tornar o seu próprio chefe é praticamente o dobro das que desejam fazer carreira numa empresa. Enquanto 31% dos brasileiros querem montar um negócio, 16% querem crescer dentro de uma empresa. Os primeiros sonhos dos brasileiros são comprar a casa própria (42%) e viajar pelo Brasil (32%).

    * por Monica Ferreira

    http://economia.ig.com.br/financas/seunegocio/2015-03-31/brasil-esta-no-topo-do-ranking-mundial-de-empreendedorismo.html

     

  9. Boletim C&T

    Câmara aprova adesão do Brasil ao Observatório Europeu do Sul

    Redação do Site Inovação Tecnológica – 20/03/2015

     

    A Câmara dos Deputados aprovou a adesão do Brasil ao Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês – European Southern Observatory).

    O Brasil se tornará o 15º membro – o primeiro não-europeu – da organização, que possui uma infraestrutura científica considerada, em seu conjunto, a mais importante do mundo.

    Formalmente chamada “Organização Europeia para a Pesquisa Astronômica no Hemisfério Austral”, a entidade é detentora de uma ampla base de telescópios instalados no Chile, incluindo o VLT (Very Large Telescope), GMT (Giant Magellan Telescope), TMT (Thirty Meter Telescope) e está iniciando a construção do E-ELT (European Extremely Large Telescope), que será o maior telescópio do mundo.

    Com o acordo, que ainda deverá ser ratificado pelo Senado, pesquisadores brasileiros poderão participar das pesquisas nas áreas de astrofísica, cosmologia e astronomia, ter seus próprios projetos e contar com tempos exclusivos de uso dos telescópios.

    Pelo acordo, até 2021 o Brasil deverá pagar 270 milhões de euros (cerca de R$ 945 milhões). Nos dois primeiros anos deverão ser desembolsados apenas cerca de 10 milhões de euros (R$ 35 milhões) em razão do tempo necessário para que a comunidade astronômica e científica brasileira possa passar por um processo de aprendizagem do uso dos equipamentos da ESO.

    A participação financeira do Brasil tornará o país coproprietário dos telescópios e equipamentos científicos.

    Além disso, o custo terá contrapartida econômica na forma de participação de empresas brasileiras no fornecimento de peças e serviços para manutenção e atualização dos telescópios atuais e da construção dos novos observatórios.

    http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=camara-aprova-adesao-brasil-observatorio-europeu-sul&id=010175150320#.VRwHpuF4HNt

    Brasil constrói segunda maior câmera astronômica do mundo

    Com informações da Agência Fapesp – 23/03/2015

    Brasil constrói segunda maior câmera astronômica do mundoProjeto conceitual da JPCam. [Imagem: Fernando Santoro/J-PAS] 

    Câmeras astronômicas

    Nos próximos meses, o Observatório Astronômico de Javalambre (OAJ), na região de Aragão, na Espanha, iniciará um mapeamento do Universo observável a partir do hemisfério Norte durante quatro anos, com o objetivo de produzir um mapa tridimensional com centenas de milhões de galáxias, compreendendo um quinto de todo o céu do planeta.

    Para isso, serão utilizados dois telescópios com grande campo de visão, sendo um menor – com espelho de 80 centímetros de diâmetro e uma câmera de 85 megapixels (milhões de pixels) acoplada – e um telescópio principal, com espelho de 2,5 metros de diâmetro, equipado com uma câmera de 1,2 gigapixel (bilhão de pixels), com capacidade de produzir imagens em 59 cores de cada estrela, galáxia, quasar, supernova e objeto do sistema solar observado.

    Batizada de JPCam, a câmera óptica de 1,2 gigapixel será a segunda maior no mundo para uso em astronomia.

    E uma grande equipe de pesquisadores brasileiros está diretamente envolvida no projeto e construção da JPCam.

    Brasil constrói segunda maior câmera astronômica do mundo
    Subsistema contendo os sensores CCD de captura das imagens. [Imagem: e2v]

    JPCam

    Tanto a JPCam como a câmera de 85 megapixels estão sendo construídas com a participação de pesquisadores brasileiros no âmbito do projeto “O Universo em 3D: astrofísica com grandes levantamentos de galáxias”, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

    O observatório e os telescópios foram financiados pelo governo da Espanha, e o Brasil se responsabilizou pela construção das câmeras.

    Os pesquisadores brasileiros são responsáveis pela parte mecânica da câmera, incluindo um dispositivo que controlará a entrada de luz e as bandejas de filtros de imagem de 14 detectores. O subsistema óptico do instrumento será construído por uma empresa inglesa contratada pela colaboração astronômica, que tem a participação de universidades e instituições de pesquisa do Brasil e da Espanha.

    “A JPCam possibilitará produzir imagens em 59 cores de quase cada pixel do céu observado, o que é algo absolutamente novo”, explica Laerte Sodré Júnior, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) e coordenador do projeto.

    “Existem instrumentos astronômicos que fazem isso, mas em uma região minúscula do céu e não com a quantidade de filtros de imagem que a JPCam terá. Com isso, será possível abrir uma nova janela na Astronomia”, disse Sodré.

    Brasil constrói segunda maior câmera astronômica do mundo
    Sistema para inserção dos filtros sobre os sensores, para captura de diversos comprimentos de onda. [Imagem: K.Taylor et al. (2013)]

    Cerro Tololo

    Outro grupo de pesquisadores do IAG-USP, em colaboração com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Observatório Nacional (ON) e o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), está desenvolvendo outra câmera de 85 megapixels que será acoplada a um novo telescópio, com espelho de 87 centímetros de diâmetro, que está sendo instalado no Observatório Internacional de Cerro Tololo, no Chile.

    O telescópio de Cerro Tololo mapeará durante três a quatro anos o Universo observável no hemisfério Sul e completará as observações realizadas pelo telescópio menor do Observatório Astronômico de Javalambre.

    Com isso, será possível observar mais um sétimo de todo o céu, cobrindo toda a região visível do espectro eletromagnético.

    Maiores câmeras de telescópios

    A maior câmera astronômica em operação tem 1,4 gigapixel e está instalada no telescópio Pan-STARRS (Panoramic Survey Telescope and Rapid Response System), da Universidade do Havaí.

    Câmera de 1 bilhão de pixels fará mapa 3D da Via Láctea

    Há uma câmera ainda maior em construção, com capacidade de 3,2 gigapixels, que será utilizada no LSST (Large Synoptic Survey Telescope), mas com previsão para entrar em operação em 2022, no Chile.

    http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=brasil-constroi-segunda-maior-camera-astronomica-mundo&id=010110150323#.VRwHpuF4HNt

    Brasil aumenta participação em observatórios astronômicos

    Com informações da Agência Fapesp – 25/03/2015

    Brasil aumenta participação em observatórios astronômicosO Observatório Pico dos Dias terá uma estação para monitorar lixo espacial.[Imagem: Divulgação/LNA] 

    Além da da adesão ao Observatório Europeu do Sul e de serem responsáveis pela construção da segunda maior câmera astronômica do mundo, pesquisadores brasileiros estão envolvidos em uma série de outros projetos de âmbito internacional.

    A maioria dos instrumentos astronômicas vinha sendo desenvolvida pelas próprias universidades e instituições de pesquisa porque até então não havia um modelo de parceria com empresas, explica João Steiner, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).

    Os primeiros instrumentos científicos para projetos astronômicos desenvolvidos no Brasil foram para os telescópios do Observatório do Pico dos Dias, em Minas Gerais, inaugurado em 1980, e operado e mantido pelo Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA).

    “Naquela época não havia essa possibilidade e cada universidade e instituição de pesquisa tinha suas próprias oficinas mecânicas e eletrônicas e seus engenheiros, e desenvolviam tudo internamente. A contratação de serviços de empresas só começou na metade da década de 1980”, disse Steiner.

    Instrumentação científica

    De acordo com os pesquisadores, uma “nova era” do desenvolvimento de instrumentação científica para projetos astronômicos foi iniciada nos anos 2000, quando foram inaugurados o Observatório Gemini – cujas operações iniciaram em 2004 com dois telescópios gêmeos, um nos Andes chilenos e outro no Havaí – e o SOAR (Southern Observatory for Astrophysical Research), inaugurado nos Andes em 2005.

    O Brasil conta com 6,5% de participação nas observações do Gemini, cujos telescópios têm espelhos principais com 8,1 metros de diâmetro. No SOAR, com espelho de 4,2 metros de diâmetro, a participação brasileira é de 30%.

    “Apesar do sucesso científico da participação brasileira de 6,5% nas observações e 12% das publicações de artigos resultados de pesquisas realizadas no observatório em 2014, não fomos muito bem-sucedidos nas estratégias para desenvolver instrumentação científica no Gemini, mas aprendemos algumas lições sobre como não fazer determinadas coisas”, disse Steiner. “Já no SOAR, verificamos que contratar indústrias para ajudar a desenvolver instrumentos científicos é o melhor caminho.”

    Brasil aumenta participação em observatórios astronômicos
    O INPE também está desenvolvendo uma Câmera astronômica inovadora. [Imagem: INPE]

    Espectrógrafos ópticos

    Os pesquisadores brasileiros colaboraram na construção de três espectrógrafos ópticos para o telescópio do SOAR.

    O primeiro deles é um espectrógrafo de alta resolução espacial com unidade de campo integral, o segundo é o imageador Brazilian Tunable Filter (BTFI), e o terceiro é o Steles – o primeiro aparelho de alta resolução desse tipo feito no Brasil.

    “Temos desenvolvido muitos espectrógrafos alimentados por fibras ópticas, o que fez com que ganhássemos experiência no Brasil na construção de instrumentos científicos que utilizam esse material”, disse Sodré. “Isso também nos habilitou a participar de projetos internacionais de porte muito maior do que aqueles em que estávamos acostumados a participar.”

    Um desses grandes projetos é o de desenvolvimento do subsistema de fibras ópticas para o novo espectrógrafo do telescópio japonês Subaru, com espelho de 8,2 metros de diâmetro, em Mauna Kea, no Havaí.

    O telescópio japonês realizará de 2019 a 2023 um mapeamento de galáxias com o intuito de entender a natureza da energia escura, responsável pela expansão acelerada do Universo, e aumentar o conhecimento sobre como foram formadas as primeiras aglomerações de estrelas.

    Brasil aumenta participação em observatórios astronômicos
    O Grande Telescópio de Magalhães (GMT) será construído no Chile. [Imagem: GMT]

    Telescópios com participação brasileira

    Pesquisadores de universidades e instituições de pesquisa brasileiras também participarão do desenvolvimento de instrumentação científica para o radiotelescópio Llama (Long Latin American Millimetric Array), na Argentina, previsto para entrar em operação em 2021.

    Outros projetos astronômicos com participação brasileira são o CTA (Cherenkov Telescope Array) – o maior observatório do mundo dedicado ao estudo de corpos celestes que emitem radiação gama, previsto para ser construído até 2020 nos hemisférios Sul e Norte – e o GMT (Giant Magellan Telescope) – um dos maiores telescópios do mundo, que começará a ser construído no Chile este ano e deverá entrar em operação em 2021.

    “Há a possibilidade de indústrias brasileiras participarem da construção da cúpula do telescópio [GMT], que será uma estrutura composta por 4 mil toneladas de aço”, disse Steiner. “Além disso, assumiremos a responsabilidade de desenvolver alguns instrumentos científicos que envolvem tecnologias muito típicas do setor aeroespacial.”

    De acordo com o professor, a participação de pesquisadores brasileiros no desenvolvimento de instrumentação científica para o GMT já estava prevista desde o início das negociações da adesão do Brasil ao projeto.

    “Não basta só usar os telescópios e instrumentos científicos desenvolvidos em outros países. Temos que aprender a fazer esses instrumentos e adquirir cada vez mais experiência no desenvolvimento de tecnologias relacionadas à astronomia, mas que podem ter aplicações em outros setores”, avaliou.

    http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=brasil-aumenta-participacao-observatorios-astronomicos&id=010175150325#.VRwHquF4HNt

    Ministros dos Brics assinam acordo em Ciência, Tecnologia e Inovação

    Com informações do Portal Brasil/MCTI – 20/03/2015

     

    Estrutura institucional

    Os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – países que integram os Brics – assinaram um memorando de entendimento para institucionalizar a cooperação dos países na área.

    O ministro Aldo Rebelo ressaltou possíveis áreas de pesquisas a serem exploradas pelos países que compõem o bloco. “Energias renováveis e prevenção e mitigação de desastres naturais, por exemplo, são grandes desafios não apenas para nós, mas para toda a humanidade,” afirmou.

    Segundo o subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador José Antônio Marcondes de Carvalho, o memorando de entendimento cria uma estrutura institucional para canalizar a cooperação.

    A intenção, acrescentou o embaixador, é a de que esses resultados “possam efetivamente ser alcançados, a partir dessa estrutura e de outros canais, como um fórum de jovens cientistas sugerido pela Índia.”

    Rússia

    Pela segunda vez na presidência rotativa do bloco, a Rússia tem como objetivos gerais, segundo sua representante, Ludmila Ogorodova, lançar o banco de desenvolvimento dos Brics, coordenar a estratégia de parceria econômica e planejar sua possível estrutura parlamentar.

    Em CT&I, a Rússia propôs uma série de simpósios, fóruns e conferências para estabelecer mecanismos de integração nas cinco áreas temáticas de trabalho da cooperação: mudanças climáticas e prevenção de desastres naturais, a cargo do Brasil; recursos hídricos e ecologia, sob a responsabilidade da Rússia; tecnologia geoespacial e suas aplicações, com liderança da Índia; energias alternativas e renováveis, atribuídas à China; e astronomia, coordenada pela África do Sul.

    “A presidência russa dos Brics sugere uma integração cada vez maior em CT&I, com grande potencial para os países continuarem a aumentar suas produções científicas por meio de mecanismos específicos e instrumentos de cooperação multilateral”, detalhou. “Hoje, os cinco países desenvolvem parcerias de forma bilateral, mas a direção ideal seria o multilateralismo. Esse conceito deverá envolver ministérios e institutos de pesquisa.”

    África do Sul

    A ministra sul-africana de Ciência e Tecnologia, Naledi Pandor, definiu o bloco como uma plataforma para o desenvolvimento das nações. “Eu acredito que a área de CT&I é altamente promissora para os nossos países e também para as relações que estamos construindo no âmbito da nossa parceria”, avaliou.

    “Existem muitas oportunidades estratégicas na família Brics que trarão imenso benefício para as nossas parcerias no continente africano, e temos o forte compromisso de avançar nessas iniciativas”, disse a ministra sul-africana.

    Pandor ressaltou o papel de liderança que a África do Sul exerce no programa de CT&I do seu continente. “Nossos parceiros dos Brics têm cooperação substancial com diversas nações africanas, mas estamos prontos a contribuir, por meio de nossas extensas relações e experiência na região, na cooperação do bloco com o restante da África.”

    Índia

    O ministro indiano da Ciência, Tecnologia e Ciências da Terra, Harsh Vardhan, considerou que existe, no século 21, uma nova dinâmica de “cooperação transcontinental” em CT&I, encabeçada pelos Brics, para abordar desafios comuns e investir recursos em soluções, em busca de “um crescimento rápido e sustentável que atenda às aspirações dos nossos povos”.

    Na avaliação dele, posteriormente os países do bloco precisam estabelecer uma rede de centros de pesquisa e consolidar o intercâmbio de cientistas e conhecimentos, em torno da infraestrutura criada.

    O vice-ministro chinês de Ciência e Tecnologia, Cao Jianlin, destacou o “grande esforço” dos Brics para aproximar CT&I “das economias, dos desenvolvimentos e do bem-estar social” dos países membros. “Também para melhorar a eficiência e a qualidade do crescimento”, finalizou.

    China

    A diretora da Divisão de Organizações Internacionais e Conferências do Ministério da Ciência e Tecnologia da China, Wang Rongfang, enfatizou o tratamento que o país dedica a CT&I.

    “É um setor emprega 3,8 bilhões de pessoas. Nós temos 18 parques de alta tecnologia, que têm plataformas importantíssimas para a promoção da ciência nacional e a cooperação entre a indústria, a academia e o comércio. Na verdade, esses parques se tornaram um grande ator na nossa bolsa de exportações,” afirmou.

    O vice-ministro de Ciência e Tecnologia do país, Cao Jianlin, expressou interesse na cooperação com o Brasil nesta área em que o país asiático tem tradição e expertise. “Nós queremos dividir e aprender com a China a experiência de gerenciamento de parques tecnológicos”, afirmou o secretário executivo da pasta, Álvaro Prata, que conduziu o encontro.

    http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=ministros-brics-assinam-acordo-ciencia-tecnologia-inovacao&id=020175150320#.VRwKheF4HNt

  10. a

    eu

     

    http://blogdomell
    aeu 

    BLOG DO MELLO

     

    JOSÉ SERRA PODE SER UM CABO ANSELMO AINDA NÃO DESCOBERTO

    Posted: 01 Apr 2015 05:18 AM PDT

    Quando houve o golpe de 1964, Serra era presidente da União Nacional dos Estudantes, UNE.

    No comício da Central do Brasil, que muitos apontam como a senha para o golpe, Serra fez um discurso radical em defesa das reformas de Jango.

    Há o golpe. Ele vai para o Chile. No Chile há um golpe também. E Serra se refugia onde? Nos Estados Unidos.

    Qual outro líder de esquerda fez isso?

    Com a certeza que temos hoje, via liberação de documentos, que os Estados Unidos patrocinaram o golpe de 1964, por que acolheriam um “líder de esquerda”?

    Serra volta ao Brasil. No governo FHC trabalha intensamente pela privatização de nossas riquezas.

    Em vídeo facilmente localizável na Internet, FHC diz textualmente que Serra lutou ferozmente a favor da privatização da Vale, um dos maiores crimes de lesa pátria, daquele período tão cheio deles.

    Agora, como sua primeira medida no Senado, Serra quer privatizar a Petrobras.

    É ou não é um cabo Anselmo?

     

  11. Hoje, 1º de abril, dia da

    Hoje, 1º de abril, dia da mentira e aniversário do golpe, ás 20 horas, no Canal CURTA – 56 na Net – será exibido o curta-metragem de 1978 “O Gato SEM ASAS”. Dez minutinhos que que tentam aflorar algumas de nossas verdades nacionais.

    “O tenso relacionamento entre um patrão e sua empregada doméstica. Sobrou para o gato!”.

    Flávio São Thiago, Maria Alves, Biza, Antônio Luiz Mendes, Miguel Rio Branco, Arthur Omar, Sérgio Rezende, Sandra Werneck,  Pedro dos Anjos e o gato Ceao.

    Tambem pode ser visto em:

    http://portacurtas.org.br/filme/?name=o_gato_sem_asas

     

  12. *

    Por criticar ato pró-militares, jovem é agredido e preso pela PM

    Revista Forum

    http://www.revistaforum.com.br/blog/2015/04/por-criticar-ato-pro-militares-jovem-e-agredido-e-preso-pela-pm/

    Ao questionar se aquelas pessoas se lembravam da ditadura militar, o jovem começou a ser xingado e, prontamente, a PM o cercou, o atacou com gás de pimenta e o prendeu, para a alegria dos manifestantes presentes; “Vagabundo! Tem que prender!”; assista ao vídeo

    Por Redação

    No último sábado (28), no centro do Rio de Janeiro, um jovem ator de 27 anos foi agredido e preso pela Polícia Militar por se opor a um ato que pedia por uma intervenção militar no país. Sozinho e desarmado, Victor Santana foi cercado por ao menos dez policiais, que o imobilizaram, o lançaram ao chão e o atacaram com spray de pimenta para, em seguida, ser detido e encaminhado ao Distrito Policial mais próximo.

    Victor conta que estava indo para o trabalho quando se deparou com a pequena manifestação e, indignado com as motivações, começou a fotografar e questionar os presentes. “Vocês lembram o que a ditadura fez?”, perguntou.

    O questionamento foi o suficiente para se tornar alvo de xingamentos dos manifestantes, que além de o chamar de “comunista” e “vagabundo”, pediam uma intervenção da Polícia Militar.

    O pedido foi atendido e prontamente os homens abordaram o rapaz, alegando que ele tinha uma “atitude suspeita”. Cercado, o jovem pegou a mochila para mostrar que não estava armado quando foi atacado com spray de pimenta, agredido e imobilizado. No vídeo, ainda é possível ver um dos policiais batendo no jovem com um cassetete depois que ele já estava imobilizado no chão.

    Ele foi, então, encaminhado para o 4º DP e autuado por “desacato”, “resistência” e “desobediência”.

    Ao portal UOL, Victor contou que registrou uma denúncia contra a ação dos policiais no Ministério Público.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=OoQyWAUM5M4 align:center]

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador