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Redação

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  1. Uma paladina brasileira da educação.

    Nísia Floresta Brasileira Augusta: o feminismo revolucionário no século XIX

    por João Telésforo, do brasilem5.org

    postado em: 26/05/2015

    http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Cultura/Nisia-Floresta-Brasileira-Augusta-o-feminismo-revolucionario-no-seculo-XIX/39/33582

    Um dos traços evidentes da herança colonial brasileira é o quanto desconhecemos ou menosprezamos intelectuais do Brasil, da América Latina e do “Sul” global. Como consequência, o vício eurocêntrico de reproduzir acriticamente modelos, projetos e discursos pouco enraizados na história do nosso país.

    Sem consciência do sangue negro, indígena e feminino que escorre do “moinho de gastar gentes” que formou o capitalismo e o Estado no Brasil, nos perderemos enfrentando moinhos de vento. Sem conhecimento das lutas e dos pensamentos que se articularam para enfrentar esse “moinho” real, dificilmente teremos capacidade de formular um projeto alternativo, de caráter libertador.

    O governo fala em “Pátria Educadora”, mas qual é o conteúdo de sua noção de Pátria e de seu projeto de Educação? Para nos armarmos de referenciais da nossa história para refletir sobre essa questão, convido o/a leitor/a a conhecer, então, uma grande intelectual nordestina do século XIX, que pensou o Brasil a partir das lutas de mulheres, abolicionistas e indígenas, e pôs em prática uma pedagogia feminista libertadora. Causas que permanecem, hoje, no centro de qualquer projeto revolucionário que mereça esse nome.

    No litoral do Rio Grande do Norte, uma “fértil e charmosa” terra tropical, que nos acolhe com sua quentura úmida, abriga hoje o município de Nísia Floresta. As aspas são do relato de Dionísia Pinto Lisboa, escritora que nasceu ali em 1809 e se tornaria conhecida pelo nome que adotou para si: Nísia Floresta Brasileira Augusta. A exuberância natural do lugar, na região metropolitana de Natal, contrasta com a sua paisagem social. Para citar somente um dado, perversa ironia para a cidade que leva o nome de uma paladina Brasileira da educação: quase um quarto da população do município com mais de 15 anos de idade não é alfabetizada (Censo 2010 do IBGE). Nísia Floresta compreendia as razões para isso. No Opúsculo Humanitário (1853), explica que sem uma “educação esclarecida”, “mais facilmente os homens se submetem ao absolutismo de seus governantes”.

    A Brasileira Augusta lutou, em especial, pela educação para as mulheres. Não se contentou com a tradução livre, aos 22 anos, do livro “Direitos das mulheres e injustiça dos homens“. Insatisfeita com a falta de acesso, a má qualidade e a perspectiva patriarcal do ensino para as meninas, criou em 1838 uma escola para elas. Enquanto outras escolas para mulheres preocupavam-se basicamente com costura e boas maneiras, a de Nísia ensinava línguas, ciências naturais e sociais, matemática e artes, além de desenvolver métodos pedagógicos inovadores. Uma afronta à ideologia dominante de que esses saberes caberiam somente aos homens, restando às mulheres aprenderem os cuidados do “lar” e as virtudes morais de uma boa mãe e esposa.

    Tal insubordinação rendeu a Nísia não somente críticas pedagógicas, mas também ataques à sua vida pessoal. Artigos nos jornais tentaram desqualificá-la como promíscua nas relações com homens e até mesmo com suas alunas. Mas essa Brasileira não era de baixar a cabeça para as estratégias atávicas do patriarcado. Já no nome que adotou para si e deu à escola, um grito de autonomia contra a moral sexual machista: “Colégio Augusto”, homenagem ao seu companheiro Manoel Augusto, com quem corajosamente viveu e teve dois filhos, enquanto era acusada de adúltera pelo ex-marido, com quem fora obrigada a se casar – tendo-se separado dele no primeiro ano de casamento, aos 13 anos de idade.

    Nísia participou das campanhas abolicionista e republicana ao longo de praticamente toda a sua vida. Denunciou também a devastadora opressão colonial contra os povos indígenas, em livros como “A lágrima de um caeté”, de 1849, poema épico de 39 páginas que em sua segunda parte tem como pano de fundo a Revolução Praieira (Pernambuco, 1848-50).

    Ao migrar para a Europa, onde morou por quase duas décadas, Nísia continuou escrevendo e publicando livros de literatura e de resistência política. Foi amiga, admiradora e correspondente do filósofo positivista Auguste Comte, mas não absorveu seu determinismo racista. Sempre ostentou o orgulho de sua origem – ressaltada no próprio nome que se deu – e nunca abandonou o compromisso de se somar às lutas pela libertação dos setores oprimidos que formam a maioria social do povo brasileiro.

    _______

    João Telésforo vive em Brasília desde 2005, quando iniciou o curso de Direito na UnB, onde também realiza mestrado. Militante de direitos humanos, pesquisa o novo constitucionalismo latino-americano.

     

  2. que beleza

    Dirigentes da FIFA detidos por suspeitas de corrupção

    O jornal The New York Times identifica José Maria Marin entre os implicados que devem enfrentar acusações nos Estados Unidos. 

    Por MATT APUZZO , MICHAEL S. SCHMIDT , WILLIAM K. Rashbaum e SAM BORDEN , 26/05/2015

    Vários dirigentes da FIFA foram detidos na Suíça, na madrugada desta quarta-feira, a pedido da Justiça norte-americana que solicitou a extradição para que sejam julgados por corrupção.

    FIFA

    O New York Times diz que, além de Jeffrey Webb, Eugenio Figueredo e Jack Warner, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Rafael Esquivel, Nicolás Leoz e José Maria Marin também estão implicados | Foto: The Telegraph

    As detenções foram levadas a cabo pela polícia suíça, no luxuoso hotel Baur au Lac, nos Alpes, onde os dirigentes se reuniam para um encontro anual. 

    As acusações, apoiadas por uma investigação do FBI, são de corrupção generalizada na FIFA ao longo das últimas duas décadas, envolvendo licitações para Copas do Mundo, bem como de marketing e transmissão, de acordo com três agentes da justiça com conhecimento direto do caso. 

    Foram indiciadas 14 pessoas por acusações que incluem extorsão, fraude eletrônica e conspiração para a lavagem de dinheiro. 

    Os oficiais da FIFA escoltados para fora do hotel Baur au Lac, em Zurique | Foto: Pascal Mora

    Além de altos funcionários do futebol, a investigação deve alcançar executivos da área de marketing esportivo dos Estados Unidos e da América do Sul, que são acusados ​​de pagar mais de US $ 150 milhões em subornos e propinas em troca de ofertas de mídia associadas com os principais torneios de futebol, de acordo um funcionário do governo americano.

    Os executivos suspeitos na área de marketing esportivo são Alejandro Burzaco, Aaron Davidson, Hugo Jinkis e Mariano Jinkis. As autoridades também acusaram José Margulies como o intermediário que facilitou os pagamentos ilegais.

    O oficial de justiça disse que as autoridades do futebol investigadas são Jeffrey Webb, Eugenio Figueredo, Jack Warner, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Rafael Esquivel, Nicolás Leoz e José Maria Marin.

    No vídeo, as imagens e as informação sobre as prisões dadas pelo Fox News Channel

    [video:https://youtu.be/1wIhxLoaENM width:600]

    As prisões foram realizadas pacificamente e os suspeitos foram conduzidos sem algemas | Foto: Pascal Mora

    Segundo o The New York Times, a investigação representa uma ameaça ao presidente da FIFA, Joseph Blatter, apesar de o presidente não ter sido acusado.

    As prisões representam um golpe surpreendente para a FIFA, uma organização de vários bilhões de dólares que rege o esporte mais popular do mundo, por décadas afetada por diversas acusações de suborno.

    A notícia na íntegra pode ser conferida no jornal The New York Times e no The Telegraph.

    http://www.nytimes.com/2015/05/27/sports/soccer/fifa-officials-face-corruption-charges-in-us.html?smid=tw-nytimes&_r=0

    http://www.telegraph.co.uk/sport/football/11631966/fifa-executives-arrested-live.html

  3. Fernando Morais e as babás que não têm nome

    Tijolaço

    Fernando Morais e as babás que não têm nome

     

    26 de maio de 2015 | 12:04 Autor: Fernando Brito  

    babas

    No Facebook, o escritor Fernando Morais chama a atenção para o “infográfico” que  O Globo publica na cobertura – que virou novela – do acidente – felizmente sem graves consequências – do apresentador Luciano Huck e sua família.

    Como você vê, todas as pessoas que estavam no avião e que correram riscos iguais não são iguais.

    A família Huck e os pilotos têm nome, as babás, não, embora, provavelmente, tenham pais, mães, irmãos e, talvez, filhos.

    Não se chamam Helena, Maria, Antônia, nem mesmo Cleide ou  Dilcéia.

    Aliás, em poucos lugares, entre eles o boletim médico da Santa Casa, pode se saber que se chamavam Marciléia Garcia e Francisca Mesquita.

    Embora suas vida valham tanto quanto a de qualquer outro, que merece ser identificado por seu nome.

    O anonimato das babás é um ato falho do pensamento elitista que toma conta, inconscientemente, de nossos profissionais de imprensa.

    Como toma conta das mentes de todos os que orbitam a elite dominante, seja econômica, seja (aspas necessárias) “culturalmente”.

    Quem puder achar, leia o livro “A história de Garabombo, o Invisível”, do magnífico Manoel Scorza, peruano que se dedicou a contar a vida e a luta dos descendentes dos pré-colombianos do altiplano andino.

    E como e por que era invisível aquele índio, que servira, porém,  ao Exército peruano, onde acabara, por motivo fútil, mofando numa prisão?

    Uso os excertos do ótimo trabalho de Elda Firmo Barros, da Universidade Federal Fluminense, para explicar.

    − Não me viram. − Mas eu vejo você! − É que você tem nosso sangue, mas os brancos não me vêem. Passei sete dias sentado na porta da repartição. As autoridades iam e viam, mas não olhavam para mim. (…) Na prisão, compreendera a verdadeira natureza de sua doença. Não o viam porque não queriam vê-lo. Era invisível como eram invisíveis todas as reclamações, os abusos e as queixas.

    Talvez, porém, eles tenham um momento em que são vistos: aquele em que votam.

    E, por isso, neste momento, não lhes são indiferentes. Mas são odiados.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=27036

  4. Laudo da PF: Marice foi presa por engano

    Brasil 247

    Laudo da PF: Marice foi presa por engano

     

    :

    Grupo de perícias em equipamentos audiovisuais da PF em Curitiba conclui que não é a cunhada de João Vaccari Neto, Marice, quem aparece em vídeos fazendo depósitos à mulher do ex-tesoureiro do PT, mas, sim, a própria Giselda; as imagens foram usadas pelo juiz Sérgio Moro para prorrogar a prisão preventiva de Marice; ele escreveu que não havia “margem para dúvidas” sobre sua atuação no esquema e o MP a acusou de ter mentido em depoimento ao negar ter feito depósitos à irmã; Giselda admitiu ser ela mesma nas imagens do banco e Marice foi solta após sua defesa levantar dúvida sobre a versão da Procuradoria

    27 de Maio de 2015 às 05:15

     

     

    247 – Peritos da Polícia Federal confirmaram que não é a cunhada de João Vaccari Neto, Marice, quem aparece em vídeos fazendo depósitos à mulher do ex-tesoureiro do PT, mas, sim, a própria Giselda. 

    Segundo a colunista Vera Magalhães, o laudo assinado pelo grupo de perícias em equipamentos audiovisuais da PF em Curitiba foi encaminhado à força-tarefa da Operação Lava Jato.

    O juiz Sérgio Moro se baseou nas imagens para prorrogar a prisão preventiva da cunhada de Vaccari. Ele escreveu que não havia “margem para dúvidas” sobre a atuação de Marice. O Ministério Público a acusou de ter mentido em depoimento ao negar ter feito depósitos à irmã.

    O dinheiro, que seria de propina da OAS, entrou na conta da mulher de Vaccari, Giselda Rosie de Lima, no mesmo horário que mostrava a mulher fazendo depósito no vídeo. Marice negou ter feito os depósitos e Giselda admitiu ser ela mesma nas imagens do banco.

    Marice foi solta após sua defesa levantar dúvida sobre a versão da Procuradoria.

    Abaixo, o vídeo que mostra as imagens de uma agência do Itaú e que confundiu os investigadores da Lava Jato, divulgado pelo portal da revista Exame: [video:https://youtu.be/jX0By33MIYQ%5D
     

    1. Quem vai pagar os danos

      Quem vai pagar os danos morais e materiais causados pela execração pública da Sra. Marice? Apenas o reconhecimento de que foi presa por engano, não indeniza os danos causados a Sra. Marice! Ora, ora, um juiz que promove uma situação esdrúxula onde se prende para depois investigar e expõe o suposto suspeito ao estardalhaço da mídia deveria ser punido junto com os investigadores do MP com pelo menos 2 meses de salários de todos os envolvidos, como início e princípio de pagamento às indenizações que a Sra. Marice tem direito.  

  5. Isso procede?

    Uol informa que os deputados federais rejeitaram o distritão e o financiamento de empresas para campanhas; está rolando na net que a Forbes incluíu Dilma como a 7ª mulher mais poderosa do mundo e a 1ª na América Latina.

    1. Sim, João Maria.

      Dilma foi eleita a sétima mulher do mundo, na lista geral que inclui empresários e celebridades. E também foi eleita a terceira mulher mais PODEROSA na política mundial !!!   É a nossa Diva brasileira! Viva Dilma !

  6. As derrotas de Cunha

    A Câmara rejeitou o Distritão e rejeitou tornar o financiamento privado constitucional. Duas belíssimas notícias para a democracia brasileira! 

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