Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Redação

13 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. A arma dos terroristas-inclusive os econômicos-é o medo que se t

    Tijolaço

    A arma dos terroristas – inclusive os econômicos – é o medo que se tem deles

     

    1 de junho de 2015 | 20:01 Autor: Fernando Brito  

    valor1

    Aqui se faz crítica quase diária ao “ajuste fiscal”, porque atinge quem não tem que ser sacrificado e deixa barato para quem tem a dar.

    E há muito a se reclamar de muitas coisas não terem sido feitas quando havia força política para isso, ao menos para tentar.

    Mas só os tolos e os cúmplices podem achar que a súbita “vocação generosa” de Eduardo Cunha e Renan Calheiros tem algo em mente senão a erosão da capacidade econômica de estabilizar-se do Governo Dilma.

    Se alguém duvida, olhe a capa de hoje do Valor Econômico.

    Só há ali uma imprecisão: não são “bombas” para explodir.

    O terrorista, mesmo o econômico, pouco ou nada ganha com sua detonação.

    E muito ganha com o medo e até o pânico de que ela seja acionada.

    É com isso que consegue seu “resgate”, que negocia suas vantagens.

    Não que tenham receio ou escrúpulos em explodi-las, com todos os danos que possam causar às pessoas e, neste caso, ao país.

    Cunha e Renan são profissionais no jogo de pressões espúrias que virou a política brasileira.

    Tanto é assim que nunca pressionaram para votar, por exemplo, a jornada de 40 horas, ago que até Roosevelt, nos anos 30, fez nos EUA para atenuar os efeitos no emprego, como mostrei outro dia aqui.

    E sabem que enfrentam um governo acuado e que se prende no círculo do de giz do “não contesto porque não quero piorar as coisas”.

    E quem não fala não pode pretender ser entendido, que dirá ser apoiado…

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=27197

  2. Que ironia:”o vai pra Cuba”dos coxinhas ajuda a ilha a faturar

    Tijolaço

    Que ironia: o “vai pra Cuba” dos coxinhas ajuda a ilha a faturar com turistas brasileiros

     

    1 de junho de 2015 | 14:57 Autor: Fernando Brito  

    buiques

    Matéria do caderno de turismo de  O Globo, hoje:

    “­ Conhecer Havana, seus prédios e carros antigos, além de mergulhar nas águas do Caribe. Não é de hoje que os brasileiros demonstram interesse em visitar Cuba. Porém, de uns tempos para cá, a vontade de desembarcar na ilha de Fidel tem aumentado consideravelmente. Segundo uma pesquisa da Visual Turismo, agência parceira da Copa Airlines, o número de vendas de pacotes (com passagem aérea, hospedagem e passeios) para a ilha aumentou 9,5% em abril, na comparação com março desde ano”

    Uns dizem que é o fim do bloqueio americano à ilha – o turismo dos EUA na ilha aumentou, também – mas não me parece que isso, por nossas bandas, tenha alguma influência.

    O fato é que, desde os anos 60, nunca se falou tanto em Cuba no Brasil.

    Uma simples camisa vermelha, como mostrou a agressão verbal ao filho de Ricardo Noblat, já é motivo para a coxinhada gritar “vai pra Cuba, vai pra Cuba”.

    E não é que o pessoal com grana está mesmo indo?

    Os brasileiros são o quarto maior público do luxuoso Hotel Meliá de Havana.

    Mil pratas de diária, coisa para gente de bico grande, não o meu ou o seu, embora eu tenha visto na internet muitas pousadas na faixa de 100 a 200 reais.

    Bom, não espalhem, mas isso está ajudando o governo cubano a fazer frente às suas dificuldades econômicas – boa parte dela, aliás, gerada pelo embargo americano)

    A coisa é tão terrível que a operadora de cartões Visa, que oferece seguro de saúde em viagens cujos pacotes são comprados em alguns de seus cartões, tem um “aviso aos viajantes” em letras maiúsculas:

    “IMPORTANTE! OS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS DESCRITOS NA SEÇÃO C DESTE GUIA NÃO ESTÃO DISPONÍVEIS, SEJA QUAL FOR A CIRCUNSTÂNCIA PARA VIAGENS OU OUTROS SERVIÇOS RELACIONADOS A CUBA, IRÃ, SÍRIA E SUDÃO. AXA ASSISTANCE É UMA EMPRESA SEDIADA NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. AS LEIS DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA PROÍBEM A AXA DE FORNECER QUAISQUER BENEFÍCIOS OU SERVIÇOS RELACIONADOS A CUBA, IRÃ, SÍRIA E SUDÃO(…)” 

    Ainda assim, Cuba, pequenina como é, recebe 3 milhões de turistas por ano – metade do que o imenso Brasil  tem de visitantes –  e aufere nisso a segunda maior receita nacional.

    Até passear nos velhos  carrões americanos que circulam em Cuba por conta das restrições à importação, virou um charme entre os “vão pra Cuba”.

    Como eu nunca fui à ilha de Fidel, mesmo que toda hora apareça um coxinha mandando que eu vá pra Cuba, sugiro que me mandem uma passagem que eu vou. Custa perto de R$ 3 mil, no varejo, mas há pacotes de R$ 2 mil em vôos fretados e acomodações modestas.

    E rindo da idiotice que tomou conta dos nossos coxinhas.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=27190

  3. O eterno petralha. Leiam até o final

    http://www.sul21.com.br/jornal/o-eterno-petralha-por-ayrton-centeno/

     

    Há uma praga que ameaça o Brasil. Chama-se petralha. “O petralha é o demônio por trás da corrupção”, advertiu um grande homem. Petralhas, como os seus amigos nordestinos ou os sem terras e os sem teto, não gostam de trabalhar. Não se trata de fraqueza. É para atrair piedade. Parecem mas não são pobres. São uma raça de parasitas. Petralhas e outros vagabundos são os perpétuos parasitas. Assim como os ratos.

    Uma pesquisa recente indica que petralhas e seus aliados são responsáveis pela existência de 34% dos pedintes, de 47% dos roubos, de 47% dos jogos de azar e de 82% das organizações criminosas em ação. Petralhas são adeptos do comunismo, doutrina de destruição de nações e da luta de classes, que brota de mentes como as de Karl Marx e de Rosa Luxemburgo.

    Petralhas e seus iguais não querem nada com o trabalho. Deixam para os brasileiros. Tem um objetivo comum: explorar o país. Enquanto nós brasileiros empobrecemos, os petralhas enriquecem através de fraude, trapaça e usura.

    São ladrões que roubaram milhões e milhões do país. Atacam em todas as frentes. Na cultura, promovem uma arte anormal, grotesca e perversa com exaltações à pornografia e à homossexualidade. Mas críticos de arte petralhas as enaltecem como “elevadas expressões artísticas”.

    Atrás de tudo está a doutrinação petralha. Seus líderes são, acima de tudo, educadores políticos. A carta de princípios petralha encerra cinco mandamentos: 1) amai-vos uns aos outros; 2) amai o roubo; 3) amai o excesso; 4) odeie seu patrão; 5) nunca diga a verdade.

    E assim tem sido. Mas este modo de pensar petralha está chegando ao fim. E não mais poluirá nossa nação.
    Se o bravo leitor resistiu até aqui, mesmo ansiando por um engov, prepare-se: vai ficar pior. Porque o que se assemelha a um surto não é um surto, o que parece delírio não é delírio. E aquilo que aparenta ser apenas ficção ruim não é ficção ruim. É realidade ruim. De muito tempo atrás e, como se verá, de agora.

    Substitua petralha e seus iguais por judeu, brasileiros por alemães, Brasil por Alemanha, grande homem por Richard Wagner, carta de princípios petralha por Canaã e você terá uma súmula da narração em off daquele que foi considerado “o filme mais imundo jamais feito”: O Eterno Judeu, de Fritz Hippler.

    Seguindo as diretrizes de Joseph Goebbels, ministro da cultura e propaganda do Terceiro Reich, Hippler filmou o gueto de Lodz, na Polônia ocupada onde, atrás do arame farpado, o regime confinara 160 mil pessoas. Construiu uma ópera de ódio.

    Na montagem, alternam-se cenas de judeus e de ratos. Ambos sujos, detestáveis, ameaças. Subjacentemente, induz-se a necessidade de serem dizimados. O fato de ser um documentário, com gente das ruas e não de atores, robustece a noção de veracidade embutida naquilo que descreve. Em tese, desvela o real, aquilo que o olhar do espectador captaria se estivesse em Lodz. Essa a ideia. Persuadir que algo tão desprezível não merece subsistir. Apronta-se a opinião pública para a solução final.

    A analogia entre o inimigo engendrado e as moscas e roedores também é um presságio do modo de operação dos vernichtungslagers, os campos de extermínio. Pestes, os judeus seriam erradicados através de um pesticida, o Zyklon B, que paralisa o sistema respiratório. O Eterno Judeu chegou às telas em 1940. Em setembro de 1941, o Zyklon B estreou em Auschwitz.

    Quem vê Der Ewige Jude – está no You Tube – percebe a assombrosa afinidade entre sua escrotidão e a matéria fecal transbordante das caixas de comentários e nas redes sociais. Mas, ojo, o narrador insinua mas não explicita a opção pelo genocídio. Ou seja, a ferocidade está aquém daquela ostentada na internet em 2015. Não duvide disso.

    “Tem que começar a exterminar essa raça”, preconizou o internauta Carlos Zanelatto ao saber que o ex-presidente do PT, José Genoíno, poderia cumprir sua pena em prisão domiciliar. “A solução é começar a matar”, concordou outro, identificando-se com o número 010190. “Eu quero a cabeça dele. Pago em dólar”, bravateou Maurício P. Se a sensibilidade feminina faltava ao debate, Márcia TDB supriu a carência: “Dá nojo olhar pra esse safado. Morre camundongo da caatinga”.

    Ante a observação de que “o porco sujo” deveria ter sido largado no mato “para ser comido vivo pelas onças”, um tal Denys divergiu: “Culpa foi não ter matado a Dilma”. TSilva111 discordou do discordante: “Culpa disso são (sic) os militares. Deveriam ter acabado com toda essa raça de bandidos na ditadura militar”. Fernando Amorim também xingou os milicos: “Porque diabos não mataram esses vermes na época da ditadura?”

    É mole? Não, mas tem mais.

    Avisando que seu recado era “sangrento”, João Neto informou que teria “o prazer de fuzilar qualquer petista”. Para ele, “nada irá mudar enquanto não começarmos a invadir as casas desses bandidos e pendurá-los pelo pescoço em praça pública…” Hemer Rivera foi logo buscar a faca e a corda: “Sou a favor disso, pendurar nos postes sem cabeça sangrando e deixar amanhecer para que todos vejam que político corrupto, merece ser decapitado”.

    Bastou o ex-ministro José Dirceu sofrer um princípio de AVC, para uma internauta postar no Facebook: “Estamos juntos AVC. Não mata não, por favor, só deixa ele vegetativo, cagando na cama.” Recebeu 844 curtidas. Quando soube que Lula sofria de um tumor na laringe, um cidadão penalizou-se: “Tenho dó do câncer ter que comer carniça petralha”. Outro sugeriu apelar aos EUA “para assassinar Lula e Maduro”. Alguém gritou “Sou a favor. Amém” mas um terceiro propôs um caminho mais direto: “Porque não matamos esse filho da puta do Lula?”

    E o que viria depois que “a vaca comunista”, “a puta da Dilma”, o “filho da puta do Lula”, os “vermes”, os “porcos”, a “escória”, a “raça”, a “sujeira”, os “vagabundos”, o “lixo” e – claro – os “ratos” fossem extirpados da face da Terra?

    Um certo Rogério Bento rabiscou o novo programa de governo, com direito à “trinta anos de regime militar direitista”, mais “educação cristã”, “estado de sítio”, “pena de morte” e “criminalização do aborto, das ideologias esquerdistas, ateístas, gayzistas e dos direitos dos bandidos”.

    Será que o nazista Hippler a serviço do nazista Goebbels insertaria tais falas no filme nazista de ambos? Difícil acreditar. Mesmo os nazistas tem limites. Formais, ao menos.

    Sob Hitler, o patrocínio do ódio era oficial, bancado por um estado totalitário. Aqui, os haters são opositores da democracia sob uma democracia. Escancaram as bocarras para rugir sua ferocidade. Diferentemente de 1933 – e de 1964 — são leões desdentados.

    Na Alemanha, o fascismo se serviu do governo. Que alimentou, pela propaganda, o horror aos judeus, eslavos, ciganos, comunistas, homossexuais. No Brasil, ao reverso, o governo é o inimigo a ser devorado. Na Alemanha, a escalada de Hitler à chancelaria do Reich foi atapetada pelos jornais de Alfred Hugenberg, o grande magnata da mídia. No Brasil, o governo vive sob estado de sítio midiático há 12 anos. Onde velhas vozes, dia após dia, tangem seu alaúde para lastimar a teimosia petralha em continuar existindo.

    São, portanto, situações distintas. O que não muda, salvo alguma cor local, é o fascismo. Seu ingrediente básico é a frustração. Sova-se esta massa, umedecendo-a com algumas colheradas de ignorância e um copo cheio de cólera para fermentar. Deixa-se crescer. Quando as três partes estão bem misturadas, acrescentam-se porções generosas de irracionalismo, machismo, xenofobia, homofobia e intolerância e leva-se ao fogo alto. Na cobertura, um tanto de negação do outro, suspeição da cultura e força bruta.

    Sociedades que engolem a gororoba nefasta desembocam, no seu extremo, nos vernichtungslagers. Outras vezes, na maioria, no borbulhar de uma ira estéril porém daninha. Temerosas da ascenção das camadas subalternas, as classes médias são bastante permeáveis ao cardápio. Na expressão de Umberto Eco, elas representam “o auditório do discurso fascistizante”. Mas, aqui, quem as nutre? Quem segrega o rancor espesso que se funde, engrossa e expande como uma nuvem tóxica? Quem ceva a escuridão?

    Há uma resposta bem conhecida. Por ironia, de um judeu. O fato de não ser nova não significa que não deva ser apreciada. “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma”, pressagiou o jornalista e judeu húngaro Joseph Pulitzer. Diga que o velho Pulitzer não tem razão.

    .oOo.

    Ayrton Centeno é jornalista.

     

     

  4. Tatu subiu no pau. Texto de Aldir Blanc no GROBO

    Tatu subiu no pau

    Nunca se apurou e se prendeu tanto, o que não acontece quando os criminosos pertencem à tucanagem

    31/05/15 – 00h00

    O gatuno e atiçador dos cães assassinos da ditadura militar J. M. Marin foi preso na Suíça. Por que não aqui? A resposta cabe à Polícia Federal, Receita e outros órgãos complacentes diante da corrupção de direita. J. Hawilla, da Traffic (que não se perca pelo nome), também está entre os envolvidos e já foi confessando geral. Só no caso dele, a roubalheira pode chegar, por baixo, a quase meio bilhão de reais. Será que os outros membros dessa quadrilha de trafficantes serão presos no Brasil?

    Aos 68 anos, vi a tal foto que vale por mil, ou bilhões de palavras: no evento de 1º de Maio da Força (faz força, Paulinho, que a sujeira sai!), quase abraçadinhos sob o pé do flamboayant, Dudu Cucunha e Anéscio Neves, o canibal do avô, cochichavam. Cucunha enfiou o indicador da mão direita na deep narina, enquanto fazia Aócio rir feito Mutley, o cachorro do Dick Vigarista. A chopeidança primou pelos discursos que pediam a cabeça da Dilma. Por isso, um dos seus aliados estava lá, quase osculando o Abóstulo do Terceiro Turno. De vomitar. Aócio chamou Dilma de covarde por ter evitado pronunciamento na telinha. Está exercendo seu direito de livre expressão em uma democracia. Minha opinião é diferente: covarde é marmanjo que, entupido de pó, bate em mulher. Outra frase jocosa foi de FHC I e II: “Nunca se roubou tanto nesse país”. Não, Fernandinho. Nunca se apurou e se prendeu tanto, o que não acontece quando os criminosos pertencem à tucanagem. Taí o mensalão do Azeredo, 20 anos de esbórnia nos trens metropolitanos de São Paulo, escândalos nas privatizações selvagens etc. que não me deixam mentir. Empreiteiros corruptos estão sendo soltos. Banqueiro condenado a 21 anos de cadeia tem a sentença anulada, todos em casa, aliviados, preparando o próximo golpe. A balança da Cegueta precisa de um ajuste fiscal…

    O cenário pornopolítico foi dominado pelo massacre dos professores no Paraná. Depois do “prendo e arrebento”, temos Bato Racha, vulgo Beto 9.9 em violência na escala Richa. Bato Racha levou nove dias para se arrepender, e com a frase mais — desculpem, não há outra palavra — escrota que pode brotar da boca de um covarde: “Machucou mais a mim…” O perdigoto não agradou, Racha deu ré e agora aprova de novo a pancadaria sanguinolenta, balas na cara, bombas, pitbulls… Foi um tremendo rasgo na Cortina de Penas do bom-mocismo tucano. Eles são aquilo mesmo. Bato Racha mandou fitas para jornalistas comprovarem a ação de “elementos infiltrados” no protesto. Ninguém encontrou um único agente provocador. Bato Racha é também um deslavado mentiroso.

    Estão soltas no pedaço as feras do CCE (Comando de Caça aos Esquerdistas). Parecia que o senadô Lulu Menopausa Nunes dedaria sem luva a próstata do Fachin, em plena sabatina. Dez horas de humilhação. Mas vento que venta pra lá… Uma delação premiada saiu pela culatra: propinas para caixa 2 na reeleição de Bato Racha. Não invadiram a casa do espancador para apreender obras de arte. Afinal, convenhamos, são todos “artistas” medíocres.

    Aldir Blanc é Compositor

    http://m.oglobo.globo.com/opiniao/tatu-subiu-no-pau-16309174

    FacebookTwitterPlusk

     

  5. Incidente no Mar Negro

    O encontro do avião russo Su-24 e o destróier americano USS Ross

    Outros bombardeiros russos também voaram dentro do raio de visão do navio, disseram as autoridades americanas.

    Militares dos EUA divulgaram um vídeo de um bombardeiro russo Su-24  voando próximo de um navio de guerra americano no Mar Negro, alegadamente, para dissipar o que chamou de relatos imprecisos da mídia sobre um evento de rotina.

    Um avião Su-24 aparece distante e, em seguida, aproxima-se do destróier USS Ross em um tipo de incidente que é o mais recente exemplo dos encontros entre militares russos e ocidentais, com a continuidade das tensões da crise entre a Ucrânia e a Rússia, após a anexação da península da Crimeia, que abriga a frota russa do Mar Negro.

    “A tripulação do navio agiu de forma provocativa e agressiva, o que causou alarme entre os operadores de estações de monitoramento e navios da Frota do Mar Negro que exercem atribuições no Mar Negro. A ação doa jatos de ataque Su-24 demonstraram a prontidão para reprimir violentamente as violações de fronteira e defender o interesse do país” disse uma fonte ao Sputinik News.

    A Marinha dos EUA decidiu publicar as imagens – que raramente são divulgadas -, “porque estavámos insatisfeitos com os relatórios da imprensa e queríamos mostrar exatamente o que aconteceu”, disse o porta-voz do Pentágono, o coronel Steven Warren, aos repórteres.

    “Nenhum dos aviões russos que voaram no raio de visão do navio estavam armados e nenhum dos lados promoveu qualquer ação agressiva”, disse Warren.

    http://www.navsource.org/archives/05/05017143.jpg

    Marinheiros a bordo do destróier de mísseis guiados USS Ross (DDG 71) montam uma arma calibre .50 na Base Naval do Rio de Janeiro, em 21 de outubro de 2005. As forças navais da Argentina, Brasil, Espanha, Uruguai e Estados Unidos participaram da fase UNITAS 47-06 no Atlântico. O exercício foi patrocinado pelo Comando Sul dos EUA para aumentar as relações amistosas, a cooperação e a compreensão mútuas entre as marinhas participantes, aumentando a interoperabilidade nas operações navais entre as nações do Hemisfério Ocidental.  Foto do fotógrafo pela 2ª Classe Michael Sandberg da Marinha do EUA.

    Alguns meios de comunicação russos haviam informado que a aeronave forçou a mudança de curso do destróier americano para longe das águas territoriais russas na costa da Crimeia.

    Mas o Pentágono disse que as notícias são “erradas” e “não refletem os fatos”.

    O USS Ross estava em águas internacionais e “nunca mudou de rumo e nunca desviou de sua missão”, disse ele, acrescentando que não houve comunicação entre os aviões russos e o navio americano.

    Com as tensões crescentes em torno da intervenção armada de Moscou na Ucrânia no ano passado, a Rússia intensificou os voos da sua frota de bombardeiros sobre o espaço aéreo de países da Otan, em particular.

    O avião russo voou cerca de 1.600 pés (500 metros) de distância do navio dos EUA, a uma altitude de cerca de 600 pés, disseram as autoridades.

    [video:https://youtu.be/XW2GiTSxNvk width:600]

    “Parece que os americanos esqueceram o incidente de abril de 2014, quando um Su-24 desligou todos os equipamentos no novo destroyer americano SS Donald Cook com elementos do seu sistema anti-míssil”, acrescentou a fonte do Sputinik News.

    Infoimagens: Reuteurs, Sputinik News e NavSource Naval History

  6. Mortes no rio Yangtsé

    Navio de cruzeiro com 458 pessoas naufraga na China

    PÚBLICO | 02/06/2015

    Presidente pediu que sejam feitos “todos os esforços” para resgatar mais de 400 pessoas, todas chinesas, desaparecidas no naufrágio do Dongfangzhixing (Estrela do Oriente).

    Vivo: navio que transportava 447 pessoas afunda no rio Yangtze

    Foto de arquivo do navio Dongfangzhixing (Estrela do Oriente), que afundou na noite de ontem no rio Yangtsé na província de Hubei na China | Foto do China Daily

    O navio de cruzeiro foi apanhado na segunda-feira à noite por ventos fortes e naufragou no rio Yangtsé, na China. Tinha 458 pessoas a bordo e, até à manhã desta terça-feira, apenas 13 pessoas foram resgatadas, segundo a agência Nova China (Xinhua).

    O Dongfangzhixing (Estrela do Oriente) viajava de Nanjing (este da China) para Chongqing (centro) e naufragou na região de Jianli, na província de Hubei (centro-este).

    [video:https://youtu.be/j6wMEWlovh8 width:600]

    Das 458 pessoas  a bordo, 406 são passageiros chineses, cinco funcionários de uma agência de viagens e 47 tripulantes, segundo a cadeia de televisão pública CCTV, que sublinhou que não havia estrangeiros a bordo. O Diário do Povo era mais específico, escrevendo que mais de 200 passageiros são da província de Jiangsu e 97 residem em Xangai. A maior parte dos passageiros tem entre 60 e 80 anos.

    Navio cruzeiro no rio com 458 pias

    O premier chinês Li Keqiang e o Vice-Premier Ma Kai discutem o trabalho de resgate dos passageiros do navio afundado, Estrela do Oriente, a bordo do avião deslocado para o local do acidente na província de Hubei | Foto do China Daily USA

    De acordo com o que disseram o comandante e o mecânico chefe à equipa que investiga as causas do naufrágio, o navio foi atingido “pelo tornado” e inclinou-se imediatamente para um dos lados, desaparecendo nas águas “em menos de um minuto”. A estação pública de televisão CCTV diz que sete pessoas nadaram até à margem e alertaram a polícia para o que estava a acontecer.

    Premier discute planos de salvamento no vôo para a cena

    Premier Li avalia o relatório do acidente durante o vôo para o local do acidente na terça-feira. | Foto China Daily

    O Presidente Xi Jinping pediu que fossem feitos “todos os esforços” para resgatar os sobreviventes a bordo da embarcação.

    Informações e imagens: Publico (Portugal) e China Daily

  7. *

    De tijolo em tijolo, Sem Terra construíram a primeira escola do campo em MT

    José Coutinho Júnior – Revista Sem Terra; pela Carta Maior

    http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/De-tijolo-em-tijolo-Sem-Terra-construiram-a-primeira-escola-do-campo-em-MT/4/33626

    A Escola Madre Cristina, a primeira escola do campo no Mato Grosso, traz a realidade do campo para dentro da sala de aula.

    O assentamento Roseli Nunes pode ser visto como um símbolo de resistência da Reforma Agrária no Estado do Mato Grosso. Sua área de mais de 7 mil hectares, onde moram cerca de 325 famílias, está cercada por grandes latifúndios do agronegócio, que muitas vezes contaminam a produção dos assentados com agrotóxicos.

    O Mato Grosso é um dos estados que mais concentra terras no Brasil. 69% das áreas rurais são latifúndios acima de 3.500 hectares, de acordo com a cartilha lançada pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, em 2010.

    Mesmo assim, o assentamento resiste e produz uma diversidade de alimentos, proporcionando às famílias assentadas uma condição de vida digna. Cada núcleo do assentamento tem uma área social, onde se constroem escolas, igrejas, postos de saúde.

    Os agricultores produzem leite, milho, batata, mandioca, arroz, banana, abóbora, laranja, manga, melão, abacaxi, melancia, feijão, verduras e diversos tipos de legumes. O trabalho agroecológico da região começou no assentamento, em 2004. Hoje, 60 famílias assentadas produzem alimentos livres de agrotóxicos.

    Além da produção, o assentamento Roseli Nunes é referência na área da educação. A escola Madre Cristina, primeira escola rural do estado, se localiza no centro do assentamento, e proporciona aos alunos, professores e assentados uma forma de ensinar no campo e se integrar com a comunidade raramente vista em outras escolas.

    Atualmente, a escola conta com cerca de 360 alunos do ensino fundamental, médio e do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) do assentamento Roseli Nunes.

    Na época de sua fundação, em 1997, uma lona era a sala de aula dos alunos. Após o assentamento ser criado, em 2002, cada assentado doou R$ 50 para a compra de materiais, e um mutirão construiu a escola.

    Segundo Damião, assentado que participou da construção da Madre Cristina, “a importância da escola é que ela é diferenciada. Além de aprender as matérias normais, os alunos aprendem sobre produção, a respeitar a natureza, como nos proteger do veneno, que para nós é um grande problema”.

    Ao todo, a escola tem sete salas de aula em dois pavilhões. Quatro à direita, no pavilhão maior, e três à esquerda, no menor. Um jardim divide os dois pavilhões, e em frente a cada sala de aula, há uma planta diferente, plantada e cuidada pelos alunos daquela sala.

    No pavilhão maior, ainda há um laboratório de informática com 19 computadores, uma sala de aula para alunos com necessidades especiais e o refeitório. Os alimentos adquiridos pela escola são todos agroecológicos, vindos tanto do Roseli Nunes como de outros assentamentos próximos.

    A escola serve um café-da-manhã, almoço, lanche da tarde e janta aos alunos. Alunos, professores e funcionários comem juntos no refeitório. Merendas como sopa de legumes e carne, macarrão com carne e arroz com farofa são servidas regularmente.

    Arroz, feijão e carne

    Nadimar trabalha como merendeira da escola desde 2001. É assentada do Roseli Nunes, e começou a contribuir na escola porque à época não havia como pagar uma merendeira. Quando a escola obteve o recurso, contratou-a.

    Seu filho estudou até a quinta série na escola, e agora são seus netos que frequentam a Madre Cristina. Para Nadimar, trabalhar na escola é uma alegria.

    “Chego às 10 horas e fico até às 17. Quando chego já cozinho o arroz, feijão, a carne moída. Os alunos adoram a comida. Adoro trabalhar aqui, se eu sair daqui me dá uma depressão, minha vida é vazia demais sem essa escola, sem os professores, as meninas da limpeza, parece uma família”.

    Ao lado do refeitório, há uma árvore cercada por um banco de madeira, onde os alunos sentam para conversar durante o intervalo. Seguindo pelo refeitório, há a sala da coordenação, dos professores e a pré escola. Há também uma grande sala reservada para a biblioteca, que tem um acervo de mil livros, que podem ser emprestados não só para os alunos, mas à comunidade.

    A escola também tem duas quadras próximas à sua entrada: uma de esportes, e outra destinada ao projeto Educação, que realiza oficinas de teatro, artesanato e dança com os alunos.

    Pedagogia do campo

    A estrutura da escola é bem modesta, e não se diferencia em nada de outras. No entanto, a Madre Cristina é uma escola muito diferente quando se trata das aulas e da relação com a comunidade.

    Ela só existe por conta da mobilização dos funcionários e assentados. “Sempre houve muito preconceito por sermos uma escola do campo. Tentaram fechá-la várias vezes, e para conseguirmos abrir novas turmas, sempre tínhamos de nos mobilizar”, afirma a diretora Maria José de Souza Gomes.

    Hoje, a escola é estatal, e não mais municipal, mudança que ajudou nas negociações para realizações de projetos, aquisição de equipamentos e seu funcionamento diário.

    Para Maria de Lurdes Paixão, assessora pedagógica da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), a escola “dá condições do jovem continuar no campo, pois a vivência dela é muito relacionada à vivencia dos acampados. A história do assentamento e do Movimento vem para a sala de aula.”

    Ainda há dificuldades a se superar, mas Maria de Lurdes acredita que com o tempo a equipe irá resolvê-las. “Aqui me dizem que essa escola é do campo e no campo. E a metodologia é realmente diferente. Trabalhar com a equipe é tranqüilo. Eles mesmos elaboram a linha e o método dos projetos, e cabe a nós acompanhar e assessorar”.

    Da mesma forma, os professores têm a liberdade de criar projetos e suas próprias metodologias nas aulas, sendo que alguns realizam atividades em conjunto. Ronaldo de Queiróz, professor de matemática, notou que os alunos precisavam melhorar suas capacidades de raciocínio.

    “Vamos cortar um tronco para fazer um tabuleiro, na aula de artes os alunos vão fazer peças de damas, e vamos começar um torneio de damas entre os alunos de todas as turmas. Isso vai incentivar o raciocínio de uma forma divertida”.

    Renata Cristiane, professora de física, acredita que a forma de ensinar a disciplina nas escolas está errada. “O MEC (Ministério de Educação) divide a física em movimento no primeiro ano, calor no segundo e eletricidade no terceiro. Mas essas coisas estão interligadas, separar só torna o ensino muito difícil. Então muitas vezes eu chego na sala e começo a falar de física para os alunos, eles vão perguntando e vamos debatendo”.

    A professora também desafia seus alunos, que para se formar, precisam entregar uma monografia sobre um tema de sua aula. “Estudamos nas aulas as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), e os trabalhos que saem costumam ser muito bons”. Renata também leva livros das universidades para resolver os exercícios com os alunos.

    “Faço isso para eles perceberem que são tão capazes quanto os alunos da cidade, porque às vezes eles tem essa impressão de que não são tão bons, e fazendo isso a gente tira essa ideia da cabeça deles”.

    Da sala a horta

    A escola iniciou neste ano um curso técnico de agroecologia para os alunos do ensino médio. O curso dura três anos, e os alunos vão estudar o funcionamento de agroindústrias, agropecuária de base ecológica, além das técnicas agroecológicas na prática, cuidando de uma horta na escola.

    De acordo com Sidney Martins, engenheiro agrônomo e assentado do Roseli Nunes, que ministra o curso, esse “é um aprendizado importante, para levar para casa, porque além de ser uma forma de produzir alimentos saudáveis, abre uma nova porta de comércio para as famílias”.

    A vivência cultural na escola também é forte. Ano passado, os estudantes do EJA realizaram um festival culinário, onde cada um levou um prato diferente. “Reservamos uma mesa no refeitório, mas como não parava de chegar comida, precisamos pegar mais”, afirma Maria José, rindo.

    A escola também realizou em maio uma noite cultural, onde foram apresentadas poesias e trabalhos artísticos dos alunos. Todos esses eventos não são restritos aos alunos e professores; pelo contrário, os assentados também participam.

    “Os assentadados participam da rotina da escola. As assembleias principais do assentamento são aqui, eles acompanham o desempenho dos alunos e também avaliam os professores”, diz Maria José.

    EJA

    Além do ensino fundamental e médio regular, a escola Madre Cristina dá grande atenção ao EJA. Cerca de 100 dos 360 alunos da escola são do EJA, e muitos destes alunos nunca tinham entrado numa sala de aula durante toda sua vida.

    “Quando comecei a estudar, não sabia nada, agora até sei escrever uma cartinha. Ficamos felizes de estar nessa sala com as amigas e colegas, a gente se sente melhor. Nunca tinha vindo na escola. Tenho 73 anos e achava que não ia aprender nada mais por causa da idade. Mas os professores são bons, entendem as nossas dificuldades e ajudam muito. Esse tempo de estudar era pra ser na infância, como não tive…” diz a assentada Araci Lourinda.

    Para as pessoas que não completaram os estudos, o EJA não é apenas uma oportunidade de aprender, como também de se emancipar por meio do conhecimento. O maior exemplo disso é a “sala das margaridas”, composta apenas por mulheres que abandonaram os estudos por conta do casamento, e agora retornaram à sala de aula.

    “Minha vida parou na sétima série, quando me casei. Meu marido não vê importância de estudar, e eu fui proibida de realizar meus sonhos. Hoje tenho 37 anos e faço planos com muita segurança pro meu futuro. Se Deus quiser, ano que vem vou fazer meu curso de culinária para abrir meu restaurante”, afirma Luciene Correia da Costa.

    As margaridas brincam que “nessa turma não teve nenhum homem para encarar. Ninguém quis entrar. Entraram por algum tempo, mas já foram embora”, dizem rindo.

    Para a professora Iraci da Silva Pereira, lecionar para o EJA é uma experiência gratificante. “A experiência deles passa pra mim e a minha passa para eles. Essa troca de conhecimento é muito importante. Não existe isso de que ninguém sabe nada, todos sabem algo. É um processo bem lento de aprendizado, cinco dos meus alunos precisaram de aulas de alfabetização. Mas quando eles aprendem eu me emociono muito”.

    Segundo Maria José, é função da escola ir atrás e abrir as portas para que todos possam aprender. “Como eu tive oportunidade, quero que os outros tenham. Estamos de portas abertas para os alunos depois de se formarem.”

    A todos que precisam e queiram

    A filosofia da escola de chegar a todos que precisam e queiram aprender também se estende à educação especial. Uma sala ao lado do laboratório de informática, chamada de “sala educacional” é onde estes alunos tem suas aulas.

    A professora Marinalva Paula da Silva trabalha na sala educacional há cinco anos. Além da formação em letras, ela fez cursos de braile e libras para lecionar para essas crianças. Atualmente há sete alunos na sala, com problemas que variam de paralisia cerebral, surdez e baixa visão.

    As aulas são diferentes das tradicionais, focando em jogos no computador, artesanato, pintura, colagem e atividades de leitura. “Nos jogos como dama e dominó eles dão um banho em mim. Eu não trago nenhuma atividade pronta, instigo eles a fazer”, afirma Marinalva.

    Em relação ao progresso dos alunos, ela acredita que é pequeno, mas notável. “O Fábio, que tem paralisia cerebral, usava mamadeira até os 14 anos de idade. Hoje ele não faz mais isso, ensinamos a mastigação. Ele conhece a minha voz, meu cabelo é áspero, então quando chego passo a mão dele no meu rosto e no cabelo, e ele sorri porque me reconhece”, diz a professora.

    Em relação à forma como essas crianças muitas vezes são tratadas em outras escolas, que não tem o preparo para lidar com suas necessidades, Marinalva acredita que “muitos professores acham que isso não é papel da escola. Mas todos têm o direito de vir para a escola, e a escola tem de chegar às pessoas. As escolas têm de ir atrás, porque é um direito”.
     

  8. *

    Mãe consegue facilitador para filho com deficiência ir à escola no Rio

    Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2015-06/mae-consegue-facilitador-para-filho-com-deficiencia-ir-escola-no

    Após um abaixo-assinado virtual, na internet, e de ter o caso divulgado pela mídia, a mãe que denunciou a cobrança de pagamento de um facilitador para matricular o filho com deficiência na escola pública conseguiu ter seus direitos garantidos.

    A tecnóloga em radiologia médica Sheila Velloso tentava desde o começo do ano colocar o filho Pedro, de 8 anos, na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro, mas a Escola Pedro Ernesto, na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul da cidade, onde ele foi matriculado, informou que não seria possível deixar o menino acompanhar as aulas por falta de um mediador. Pedro tem a Síndrome de Cornélia de Lange, uma doença neurológica rara, e precisa de acompanhamento constante.

    Na seta-feira (29), Sheila foi recebida pela secretária Municipal de Educação, Helena Bomeny, que prometeu colocar um profissional para acompanhar o garoto.. “Ela me recebeu superbem, me tratou bem, falou: ‘Não se preocupa, segunda-feira (1º) você pode levar ele que a gente vai disponibilizar uma pessoa’”. Hoje, no primeiro dia de aula, Pedrinho teve o acompanhamento de um profissional designado pelo Instituto Helena Antipoff (IHA), centro de referência em educação especial da rede municipal.

    “O Pedrinho ficou três horas na sala, ele ficou uma hora sentado na carteira, eu não acreditei. Foi muito gratificante. Foi por isso que eu briguei e botei a boca no trombone, porque eu sei que existe esse trabalho legal dentro das escolas”, disse Sheila.

    A mãe explicou que a diretora do colégio a recebeu hoje e adaptou as atividades de Pedrinho na escola. “A diretora mexeu na grade dele. Na hora do inglês, ele vai para música. Eu pedi desculpas para a diretora porque o caso repercutiu mal, mas eu sei que não estava ao alcance dela. Não precisava eu ir para a mídia para conseguir isso, que é um direito dele. Eu acredito no trabalho, eu gostei do que eu vi na escola hoje”, disse.

    Sheila destacou ainda a felicidade do filho após o primeiro dia de aula. “Ele está tão feliz porque saiu de casa. O comportamento em casa foi outro, voltou mais ativo, não voltou aquela criança quietinha, ele ficou muito feliz”, ressaltou. “Para você ver a importância dele estar numa escolinha trocando essa experiência. Os amiguinhos fizeram trabalhinho, fizeram desenho escrito bem-vindo Pedrinho. Eu não queria que isso fosse só para o Pedrinho, mas para o Davi, o João, todas as crianças que tem essa necessidade”, acrescentou.

    A fundadora da organização não governamental Escola de Gente, Cláudia Werneck, destacou que a pedagogia atual indica que crianças com deficiência frequentem as aulas regulares, o que é garantido por lei. “Existem leis que garantem que toda escola pública seja inclusiva. O Decreto 186/08, decreto da convenção sobre pessoas com deficiência da [Organização das Nações Unidas] ONU, uma lei de 1989, que diz que é crime uma instituição rejeitar uma criança com deficiência”.

  9. *

    “O erro do PT foi não ter feito o enfrentamento ideológico com os meios de comunicação”

    Por Bruno Pavan, Brasil de Fato

    http://www.brasildefato.com.br/node/32171

    Especialistas debateram a presença do campo progressista no embate da comunicação brasileira e a importância da privacidade na internet em encontro na capital paulista

    A Câmara dos Vereadores de São Paulo recebeu a etapa livre do 5o Congresso do PT com o tema comunicações e mídias sociais. O evento, que aconteceu na manhã do último sábado (30), contou com a presença de diversos especialistas no assunto, entre eles, o sociólogo Sérgio Amadeu, a jornalista Laura Capriglione e o deputado estadual José Américo.

    Uma das avaliações centrais dos comunicadores foi a de que governo federal não teve o devido envolvimento na regulamentação do meios de comunicação. Para a coordenadora do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, Renata Miele, apesar da dificuldade política que o governo vive atualmente é possível avançar no setor.

    “Hoje, voltamos a perseguir as rádios comunitárias como se elas fossem caso de polícia. No entanto, elas são instrumentos importantíssimos para a comunidade. É preciso também dar relevância política para a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). A presidenta Dilma, por exemplo, nunca deu uma entrevista para a TV Brasil. O erro cometido nesses 12 anos do PT foi não ter feito o enfrentamento ideológico que os meios de comunicação fizeram desde o primeiro dia do governo Lula”, criticou.

    A posição política da mídia empresarial no Brasil também foi alvo de críticas. O secretário nacional de comunicação do PT e deputado estadual paulista José Américo analisa que os meios de comunicação já nasceram como mini-partidos políticos no Brasil. “Vender jornal sempre foi secundário. Se você pegar o Estado de S. Paulo, ele tem mais definições políticas do que a maioria dos partidos no Brasil”, analisou.

    Política tecnológica

    No encontro de comunicadores promovido pelo PT, as práticas através de novas tecnologias foi apresentado como o principal desafio da comunicação hoje. Para Sérgio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC, ao mesmo tempo em que é necessário colocar regras na radiodifusão, é preciso estar atento para o uso da internet e os riscos que empresas como Google e Facebook representam à privacidade na rede.

    “O software delimita a sua ação. Ele não é neutro assim como não existe jornalismo neutro. Hoje temos algo chamado modulação de conteúdo. Experimente mandar um e-mail dizendo que você quer viajar para a Bahia e veja o que vai acontecer com as publicidades na sua página. O Google e o Facebook estão cada vez mais conduzindo o internauta e recolocando a força do poder econômico: ‘Você é livre desde que use a minha plataforma’”, disse.

    O embate entre os discursos também é algo cada vez mais presente no Facebook e, na avaliação de Amadeu, a esquerda está saindo atrás do discurso. Ele reforçou a presença de páginas conservadoras que incitam o ódio, como a TV Revolta e os Revoltados On-line, e seu grande crescimento nos últimos tempos por conta de investimento em postagens patrocinadas. O professor acredita que é um erro da esquerda diminuir a necessidade de fazer uma política tecnológica.

    “O difícil hoje não é falar, mas ser ouvido. O [partido] Podemos, na Espanha, tem uma comissão específica de aplicativos e a pergunta que fica é: como eu faço para o meu conteúdo chegar a mais pessoas? Não se faz comunicação sem uma política tecnológica. O poder das teles e das grandes empresas de mídia estão indo em direção à internet. Se já éramos contra a concentração de poder antes, imagina o estrago que eles podem fazer na internet”, encerrou.

    Novas narrativas

    A dificuldade do campo progressista em se comunicar com as novas mídias também foi um dos temas do encontro. A jornalista Laura Capriglione, membro da rede Jornalistas Livres, explicou como esse coletivo vem buscando construir uma narrativa diferente dos protestos em relação ao que a grande mídia noticia.

    Como exemplo, Laura cita a primeira cobertura da rede, nos protestos do dia 13 de março – realizado pelos movimentos populares e centrais sindicais – e do dia 15 do mesmo mês – com grupos pró-impeachment do governo Dilma e a favor da ditadura milita.

    “A Rede Globo, desde o início da manhã [do dia 15], mobilizou toda a sua equipe fazer a cobertura do ato em tempo real. Eles investiram em tomadas aéreas e a ideia era sempre dizer que era a volta das Diretas Já. Além de reforçarem todo o tempo que era a festa da família brasileira. Fizemos o jornalismo mais tradicional possível: fomos pra rua e começamos a filmar. Esse fato foi o suficiente para desnudarmos a natureza fascista e autoritária daquela manifestação”, acredita. 

  10. *

    Governo lança Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016

    Ministério da Agricultura

    http://www.agricultura.gov.br/politica-agricola/noticias/2015/06/governo-lanca-plano-agricola-e-pecuario-20152016

    No total, são R$ 187,7 bilhões para financiar a produção agropecuária, 20% maior do que a safra passada

    Os recursos disponibilizados ao crédito rural para as operações de custeio, investimento e comercialização da agricultura empresarial alcançam R$ 187,7 bilhões no ano safra 2015/2016. O valor consta do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) anunciado pela presidenta Dilma Rousseff e pela ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), nesta terça-feira (2), em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília.
    O plano baseia-se no apoio aos médios produtores, garantia de elevado padrão tecnológico, fortalecimento do setor de florestas plantadas, da pecuária leiteira e de corte, melhoria do seguro rural e sustentação de preços aos produtores por meio da Política de Garantia de Preços Mínimos.
    O volume de recursos destinados ao financiamento da agricultura teve alta de 20% em relação ao período anterior, que foi de R$ 156,1 bilhões.
    Para o financiamento de custeio a juros controlados estão programados R$ 94,5 bilhões, 7,5% a mais em comparação com o período anterior (R$ 87,9 bilhões) e reflete o crescimento dos custos de produção. Já para investimentos, são R$ 33,3 bilhões.
    O agricultor poderá contar também com maior volume de recursos a taxas de juros livres de mercado para a próxima safra. Na modalidade custeio houve um incremento de 130%, passando de R$ 23 bilhões para R$ 53 bilhões. Estes valores são provenientes da aplicação dos recursos da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) no financiamento da safra.
    O Pronamp (Programa de Apoio ao Médio Produtor) receberá atenção especial nesta safra e contará com R$ 18,9 bilhões, um incremento de 17% no volume de recursos. São R$ 13,6 bilhões para a modalidade de custeio e R$ 5,3 bilhões em investimento.
    Limites de financiamento
    O limite de financiamento de custeio, por produtor, foi ampliado de R$ 1,1 milhão para R$ 1,2 milhão, enquanto o destinado à comercialização passou de R$ 2,2 milhões para R$ 2,4 milhões. Em ambos os casos, o aumento foi de 8%.
    Foi mantido o limite de R$ 385 mil por produtor nos créditos de investimentos com recursos obrigatórios.
    No Pronamp, o limite de financiamento é diferenciado, sendo de R$ 710 mil por agricultor na modalidade custeio.
    Taxa de juros
    As taxas de juros do Pronamp para os médios produtores foram estabelecidas em 7,75% ao ano para custeio e 7,5% ao ano para investimento.
    Para os empréstimos de custeio da agricultura empresarial, a taxa é de 8,75% ao ano. Já para financiar os demais programas de investimentos, a taxa varia de 7% a 8,75% ao ano (faturamento até R$ 90 milhões).
    Os programas de investimentos prioritários – médio produtor rural, aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, agricultura de baixa emissão de carbono (ABC), expansão da capacidade de armazenagem, irrigação e inovação tecnológica – seguem tendo tratamento diferenciado.
    Principais linhas
    Quanto aos incentivos à pecuária, o governo manteve os limites adicionais de financiamento de custeio e de investimento em estímulo aos processos de engorda em sistema de confinamento, com prazo de 6 meses, e à aquisição de matrizes e reprodutores bovinos e bubalinos, com prazo de 5 anos, incluídos 2 de carência.
    O plano prevê também a manutenção da linha de retenção de matrizes para evitar seu descarte precoce, com prazo de financiamento de até 3 anos para pagamento.
    A fim de incentivar a inovação tecnológica no campo, o plano vai aperfeiçoar as condições de financiamento à avicultura, suinocultura, aos hortigranjeiros e à pecuária de leite por meio do Programa Inovagro. Para esta modalidade, foram programados R$ 1,4 bilhão em recursos.
    Entre as ações previstas para o setor de florestas plantadas, destacam-se o estímulo ao aumento da produtividade e da área plantada, a ampliação da participação de pequenos e médios empreendedores florestais e o aumento de limite de financiamen to para florestas plantadas no Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC).
    Os limites de financiamento para investimento em plantios florestais foram redefinidos. Para o grande produtor (que possui mais de 15 módulos fiscais) será de R$ 5 milhões, e para o médio (até 15 módulos fiscais) permanece o limite de R$ 3 milhões. O produtor terá também a possibilidade de realizar financiamento de custeio para tratos culturais, desbastes e condução de florestas plantadas, por meio do Programa ABC.
    Apoio à comercialização
    Estão assegurados recursos de mais de R$ 5 bilhões para os produtos agrícolas que fazem parte da Política de Garantia dos Preços Mínimos.
    Seguro rural
    Já está aprovado o orçamento para este ano do Plano de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).
    Entre as novas propostas apresentadas no PAP para o seguro rural, estão a criação do sistema integrado de informações do seguro rural (SIS-Rural) e a formação de grupos de produtores para negociação com as seguradoras. Além disso, o plano prevê a padronização das apólices de seguro agrícola, medida que começou este ano, quando foi definido o nível mínimo de cobertura das apólices, em 60%.
    Lei Plurianual da Produção Agrícola Brasileira (LPAB)
    O PAP prevê a criação do Grupo de Alto Nível da LPAB que visa a estabelecer um planejamento estratégico agropecuário para o produtor brasileiro, dando previsibilidade ao mercado.

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador