Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Redação

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  1. Foi PSDB, não vem ao caso

    TSE aprovou R$ 10 milhões de caixa 2 para FHC em 1998

            http://www.blogdacidadania.com.br/2015/10/tse-aprovou-r-10-milhoes-de-caixa-2-para-fhc-em-1998/

    FHC

     

    A severidade com que o Tribunal Superior Eleitoral e o Tribunal de Contas da União tratam a presidente Dilma sugere que esses Tribunais seriam uma espécie de “guardiões da moralidade”. Porém, matéria da Folha de São Paulo publicada em 2000 mostra que hoje, no Brasil, mais do que nunca vale a máxima “Aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei”.

    Peguemos o caso do TSE, por exemplo. O histórico daquela Corte em termos de cumplicidade com uso de dinheiro ilegal em campanhas eleitorais é revoltante por si só, mas ao acolher justamente pedidos de investigação do PSDB contra o PT – no caso, sobre contas de campanha de Dilma –, a Corte esbofeteia a sociedade, ainda que esta não saiba.

    Tomemos, por exemplo, a conduta do TSE em relação a um enorme escândalo que marcou a primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso, segundo matéria do jornal Folha de São Paulo de 19 de novembro de 2000, ainda durante o governo tucano.

    O jornal descobrira que uma planilha eletrônica da primeira eleição de FHC à Presidência mostrava que pelo menos R$ 8 milhões deixaram de ser declarados por sua campanha ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na ocasião.

    Em 2000, documentos sigilosos do comitê financeiro de Fernando Henrique Cardoso mostraram que a campanha da reeleição, em 1998, recebeu no mínimo R$ 10,120 milhões em doações carreadas para uma contabilidade paralela. Os recursos não declarados à Justiça Eleitoral foram descritos em 34 registros existentes na principal planilha. Eles indicaram que o comitê de FHC recebeu pelo menos R$ 53,120 milhões – mais do que os R$ 43 milhões declarados oficialmente ao TSE.

    No mesmo ano, outra planilha descoberta pela imprensa também informou que esse expediente não era novidade no comitê tucano. Uma extensa lista com quase 300 empresas relacionava 53 nomes de doadores cujas contribuições não foram incluídas na prestação de contas entregue ao TSE. Somados, esses colaboradores deram R$ 8 milhões para o caixa-dois da campanha de Fernando Henrique Cardoso em 1994.

    Ou seja, FHC fez caixa 2 escancaradamente em suas duas eleições para presidente, tudo foi provado e o TSE não disse um A.

    Ah, mas contra Dilma há “delação premiada” a sustentar as investidas do TSE. É mesmo? Ora, quando se descobriu que FHC usou caixa 2 em suas duas campanhas a presidente, também houve delação. Só que não foi premiada. Um ex-ministro do governo tucano acusou formalmente FHC de ter feito caixa 2 e nada aconteceu.

    Em 2000, o já ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso aceitou falar sobre o assunto. Durante três horas, José Eduardo Andrade Vieira, também ex-banqueiro (Bamerindus) e ex-senador (1991-1999), prestou depoimento ao Ministério Público, em Londrina, e confirmou o uso de um caixa-dois na campanha presidencial de 1994.

    Ao explicar o funcionamento da arrecadação de fundos naquela eleição, Andrade Vieira disse: “Quando o empresário ou colaborador não deseja aparecer, para permanecer no anonimato, contribui com recursos financeiros em espécie para a campanha eleitoral”.

    Andrade Vieira afirmou que “o candidato Fernando Henrique Cardoso acompanhava pessoalmente o volume de recursos financeiros arrecadados na campanha de 1994″. O ex-ministro confirmava, num depoimento formal, o que vinha dizendo nos últimos três meses.

    Ainda em agosto, Andrade Vieira disse, num telefonema gravado, que ele próprio acompanhou um de seus executivos – João Elísio Ferraz de Campos, então presidente da Bamerindus Seguradora – numa entrega de dinheiro clandestino ao comitê de campanha de FHC.

    A postura do TSE que se vê hoje contra Dilma não é produto de melhora daquela Corte, mas de piora. Porque ser austera com alguns e leniente com outros é pior do que ser leniente com todo mundo, pois significa que o Estado está sendo usado para perseguições políticas, o que sugere, até, que pode haver um complô para prejudicar a presidente da República.

    Note-se que as campanhas eleitorais pioraram muito, do início do século XXI para cá. A campanha eleitoral do ano passado apresentou custo total de R$ 5,1 bilhões, segundo levantamento feito nas despesas declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral. Em 2014, este foi o total gasto da campanha de todos os candidatos a deputado, senador, governador e presidente.

    Se comparado com o financiamento eleitoral total calculado pela ONG Transparência Brasil desde 2002, trata-se do maior valor da série – já corrigido pela inflação. Há 12 anos, foram gastos R$ 792 milhões na campanha em geral, para todos os cargos supra descritos.

    Ninguém acredita que esse aumento exponencial dos gastos em campanhas eleitorais não tenha se feito acompanhar de mais caixa 2, mais dinheiro sujo, mais procedimentos ilegais em geral. Contudo, a única postura verdadeiramente severa do TSE com alguma campanha se limita à de Dilma Rousseff. E nada mais.

    Essa talvez seja a maior prova de que está em curso, no Brasil, um golpezinho de Estado travestido de um arremedo claro de processo legal. Para ver quão parcial têm sido Cortes como o TSE ou o TCU basta olhar o histórico dessas Cortes.

    O caso das “pedaladas” fiscais no TCU é uma piada. Diante do fato escandaloso de que o expediente de usar recursos de bancos oficiais para cobrir um furo episódico de caixa – o que o Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe, sob algumas circunstâncias – foi usado por TODOS os antecessores de Dilma, o Tribunal alega que esses antecessores usaram “menos” a prática.

    Mal comparando, é como se um Tribunal interpretasse que se pode cometer assassinato uma vez por ano, mas se cometer duas vezes vira crime. É hilariante. Ou, então, o sujeito pode roubar até um valor xis; se roubar um centavo acima disso, é crime.

    Claro que Dilma não roubou coisa alguma. Ela apenas mandou bancos pagarem benefícios do Bolsa Família e de outros programas sociais antes de repassar o dinheiro aos bancos oficiais. Porém, esses bancos tinham dívidas com o governo, de modo que ficou tudo por isso mesmo. Foi um encontro de contas, e nada mais.

    Porém, se não pode fazer com 10 milhões, não pode fazer com 5 milhões. Ou pode fazer ou não pode. O que o TCU e o TSE estão fazendo em relação a Dilma Rousseff é dizerem, ao fim e ao cabo, que se for tucano pode, se for petista, não pode. É pior do que os Tribunais não fazerem nada contra ninguém, pois estão usando a lei ao seu bel prazer.

     

  2. O fim de Eduardo Cunha. Será?

    O fim de Eduardo Cunha

    cartao

     

    Eduardo Cunha foi-se.

     

    Não há mais cumplicidade do PSDB, não há mais pedido de impeachment, não há nada mais que possa salvar Eduardo Cunha.

     

    Ele sempre foi uma abjeção, mas agora é só um molambo.

     

    Vai ter sua vida familiar, com seus gastos pagos com cartões suíços, esquadrinhada e execrada nas manchetes.

     

    Os detalhes sórdidos se sucederão, um pior que o outro.

     

    Infelizmente, os dele, só os dele.

     

    Porque Eduardo Cunha não chegou onde chegou sozinho.

     

    Comprou apoios e os revendeu a muita e variada gente.

     

    É o escroque profissional, do tipo que pulula em Brasília.

     

    Do tipo que todo mundo sabe que é mas não tem jeito de se livrar numa política movida a dinheiro, que ele insiste em eternizar, enfiando até na Constituição o financiamento empresarial.

     

    Cunha era o ponta-de-lança do impeachment e só por isso ganhava o “benefício da dúvida” do tucanato.

     

    Agora, nem este mais.

     

    Um milhão de dólares em contas de cartão de crédito para pagar os “alfinetes” da Senhora Cunha é dose para leão.

     

    Eduardo Cunha não tem condições de fazer acordo com quer que seja.

     

    Tornou-se um zumbi. Só o que pode fazer é contaminar.

     

    Brasília inteiro sabe disso e não foi outra a razão que levou a maioria do PMDB a desembarcar de sua canoa.

     

    Antes do PSDB, que comprou as “ações do Cunha” na alta e vai ter de vende-las na baixa.

     

    Faro pior, só mesmo o de Veja, que dá capa para a “queda” da Presidenta.

     

    Deveria, por jornalístico, ter dado para a queda, sem aspas, do presidente da Câmara.

     

    Que não chega vivo politicamente ao final da semana.

     

    O Governo volta a ter maioria na Câmara, se não fizer besteira.

     

    Deixe Cunha afundar sozinho e jogue bóias para os náufragos do seu barco.

     

    Quem vai ganhar o abraço do afogado de Cunha é o PSDB, que o mimava.

     

     

     

  3. Revelação sensacional: o Banco Mundial é um banco PTista

    Com Lula e Dilma, pobreza desaba no Brasil

        publicado 09/10/2015 no Conversa Afiada http://www.conversaafiada.com.br/economia/com-lula-e-dilma-pobreza-desaba-no-brasil E o TCU penaliza ações que mantinham programas sociaisbolsa familia.jpg

    Banco Mundial reconhece a importância do Bolsa Família e do Brasil Sem Miséria

    Na BBC Brasil:

    Com nova metodologia, pobreza no Brasil tem queda mais acentuada, diz Banco Mundial

    O número de pessoas vivendo em situação de pobreza extrema no Brasil caiu 64% entre 2001 e 2013, passando de 13,6% para 4,9% da população, segundo dados divulgados nesta semana pelo Banco Mundial.

    A redução – que pode perder força com a atual crise econômica – foi calculada com base em uma nova linha de pobreza estabelecida pelo banco, de US$ 1,90 (cerca de R$ 7,32) por dia, e é maior do que a divulgada anteriormente.

    Antes, quando se levava em conta linha de pobreza anterior, de renda de US$ 1,25 (cerca de R$ 4,81 no cotação atual) por dia, o declínio da pobreza extrema no Brasil no período havia sido de 59%, passando de 10,2% em 2001 para 4,2% em 2013.

    A linha anterior tinha como base preços de 2005. A atualização preserva o real poder de compra, considerando fatores como inflação, taxa de câmbio e preços de matérias-primas e incorporando dados sobre diferenças no custo de vida nos países.

    De acordo com o Banco Mundial, com base na nova linha, o número de pessoas em situação de extrema pobreza no Brasil em 2013 era de 9,5 milhões.

    Até então, pela metodologia antiga, o número de pessoas nessa situação no mesmo ano era de cerca de 8,4 milhões, considerando-se população de cerca de 200 milhões de brasileiros.

    O que de fato mudou é o declínio mais acentuado da pobreza, percentualmente.

    Os dados foram divulgados durante reunião do Banco Mundial e do FMI (Fundo Monetário Internacional) em Lima, no Peru.

    ‘Declínio mais rápido’

    Segundo o economista Emmanuel Skoufias, especialista do Banco Mundial em América Latina e redução de pobreza, o declínio nos índices de pobreza no Brasil foi mais rápido do que em outros países da região.

    “Verificamos a mesma tendência na maioria dos países da América Latina, de queda na pobreza com a nova linha. Em muitos países, a uma velocidade maior do que a verificada com a linha anterior”, disse Skoufias à BBC Brasil.

    “Mas de maneira geral o Brasil é um dos países mais bem-sucedidos na redução da pobreza nos últimos 15 anos”, afirma. “Apesar de todos os países latino-americanos terem se beneficiado do boom das commodities nos anos 2000, no Brasil o declínio da taxa de pobreza foi mais rápido do que no resto da região.”

    Inclusão social

    O economista atribui o sucesso a programas como o Bolsa Família e o Brasil sem Miséria, que considera “muitos eficazes para evitar que pessoas caiam na pobreza e para ajudá-las a sair da pobreza”.

    Os dados do Banco Mundial para o Brasil vão até 2013 e não levam em conta a crise econômica atual. Segundo o FMI, a economia brasileira deve encolher 3% neste ano.

    O Banco Mundial diz que a desaceleração econômica em muitas economias emergentes representa um desafio na luta contra a pobreza.

    Para Skoufias, as redes de proteção em vigor no país deverão evitar que muitas pessoas voltem para uma situação de pobreza. No entanto, é possível que que a atual crise econômica interrompa o avanço na redução da pobreza no Brasil quando analisados os dados de 2014 e 2015.

    Pesquisa de um ano atrás do IBGE apontava o estacionamento dos índices de desigualdade no Brasil, após anos de queda constante. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2013, o chamado Índice Gini, que varia de 0 a 1 e é usado para medir a desigualdade, piorou de 0,496 em 2012 para a 0,498 em 2013, o primeiro aumento desde pelo menos 2001.

    Redução global

    O Banco Mundial projeta que o número global de pessoas em situação de pobreza extrema vai cair de 902 milhões (ou 12,8% da população global) em 2012 para 702 milhões (9,6%) até o fim deste ano.

    Será a primeira vez que menos de 10% da população mundial vive em situação de pobreza extrema.

    Em 1990, a pobreza extrema atingia 37,1% da população global.

    Na América Latina, o número de pessoas nessa situação vai cair de 37,1 milhões (6,2% da população da região) em 2012 para 29,7 milhões (5,6%) até o fim deste ano.

    Segundo o Banco Mundial, a África Subsaariana terá queda de 42,6% para 35,2% no período, mas ainda assim vai concentrar metade de todas as pessoas do mundo em situação de extrema pobreza.

     

  4. Por que Cunha não cai – Arnaldo Bloch

    O título da crônica é ambíguo. Num primeiro momento, parece que se quer saber, com certa ansiedade e um vício de ensejo, porque o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ainda não caiu. Mas não é isso o que se quer saber. O lixo de Cunha, antes intuído, ou sabido sem se poder provar, só está se materializando agora. Logo, não haveria tempo hábil para se o defenestrar de imediato.

    Tempo hábil teria havido, sim, para não se ter conduzido uma das figuras mais nefastas da história da República ao posto de presidente daquela casa.

    O que se quer saber, então, com o título ambíguo da crônica?

    Se quer saber por que Cunha não cairá.

    É um título que, embora imbuído da fantasia de ver Cunha fora dali, fora daqui, fora de vista, fora do horizonte de eventos, rende-se a um pessimismo atroz, alimentado pelas tristes circunstâncias.

    Se fosse bagrinho, peixe pequeno, um Severino, Cunha cairia ao primeiro ou ao segundo peteleco, bastando uma interpelação qualquer minimamente inteligente.

    Mas Cunha é peixe grande. É cão de caça.

    E, acima de tudo, patrocina os interesses de um poderoso exército que conduz a pauta mais retrógrada do país, e arrebanha para suas fileiras todos os que desejam um Brasil truculento, rico em retrocesso.

    A bandeira de Cunha é a bandeira do desmatamento. Da revisão da demarcação de terras indígenas, passando a prerrogativa da União para o Congresso, e reabrindo a corrida das mineradoras, dos ruralistas, dos fazendeiros. É a bandeira das armas.

    É a bandeira da homofobia.

    Da criminalização de toda liberdade (desde que não seja a liberdade de dilapidar o patrimônio público).

    Por que Cunha não cai? Por que não cairá?

    Porque sua permanência interessa não somente à bancada do atraso, dos valores pétreos, da traição à pátria, da família à 1964.

    Interessa também à oposição e, eventualmente, à base e até ao Governo: todos disputam, dependendo do vento, uma casquinha do Cunha.

    Aos que se empenham, dia e noite, em aprovar o impeachment de Dilma, Cunha não causa espanto, asco, nada. Causa até admiração.

    As revelações diárias sobre o envolvimento de Cunha com o colosso de corrupção na Petrobras, seu balé desesperado para tourear as evidências, sua negativa sistemática e seu silêncio posterior — nada disso importa, nada disso é grave diante da oportunidade de levar à frente a tomada do Planalto.

    Para os que têm como prioridade a queda da presidente, a queda de Cunha pode, e deve, esperar. É questão de ordem.

    Não importa a estatura ou os serviços prestados pelos políticos da oposição que partilham dessa agenda: vale rasurar suas biografias, vale esfregar as mãos na lama e gritar: diga a Cunha que fique! E vamos todos juntos botar pólvora no canhão do Cunha. Vamos salvaguardar os alicerces da pauta-bomba!

    Viva a pauta-bomba!

    Vamos obstruir o veto da presidente, e que venham também a este mutirão os insatisfeitos da reforma ministerial! Sê bem-vindo!

    São aqueles momentos podres, cada vez mais comuns do Brasil, em que a tese da prevalência do peemedebismo (a classe política virou um grande saco de gatos, como o PMDB) se comprova em tempo real, na práxis: somos todos iguais nessa noite de trevas que não se quer dissipar, e, apesar de vocês (esses seres invisíveis que ainda anseiam por uma guinada ética), amanhã não há de ser outro dia.

    Por que Cunha não cai?

    Por que não cairá?

    Até cairá, mas só quando sua função de circunstância se esgotar, só quando se lhe tiverem sugado todo o veneno.

    E haja veneno correndo naquelas veias, e haja veias sedentas por veneno, secas por sangue ruim, no corpo político vigente. É o momento da grande transfusão.

    Se o ovo da serpente estiver em vias de frutificar, Cunha só cai depois de Dilma.

    E, só então, se for interessante para os que logo acorrerem como cães às casas da República, o bagaço chupado, o que tiver restado do Senhor do Mal, será lançado à masmorra, pelas vias da Justiça ou pelas vias disciplinares da babel legislativa.

    Ou será que cai? Hoje? Cai amanhã?

    Depois do feriado?

    Cairá em rito sumário?

    Não cai. Ou alguém aí vê uma disposição moral dentro da Câmara forte o suficiente para suplantar o fel que constitui a liga daquele bolo?

    Notável é que a coincidência entre a rejeição das contas de Dilma e a revelação das contas de Cunha não se faz por acaso.

    Embora meritórios os dois eventos, a coincidência, em si, é resultante de uma guerra que se trava, em primeiro lugar, em nome de interesses pessoais, de grupos de pressão, de partidos, de empresas, de corporações, e, em último lugar, da sociedade, do povo, do Brasil.

    Mas, alguém dirá, isto é política.

    E é por isso que Cunha não cai.

    http://oglobo.globo.com/cultura/por-que-cunha-nao-cai-17740302

  5. Leia porque não vai dar no Jornal Nacional

    Rogério Correia: Dr. Janot, por obra de Aécio, a Cemig foi vendida de bandeja à Andrade Gutierrez, que banca suas campanhas. Investigue!

    publicado em 09 de outubro de 2015 às 16:10 

    No Vi o Mundo: http://www.viomundo.com.br/denuncias/rogerio-correia-dr-janot-por-obra-de-aecio-a-cemig-foi-vendida-de-bandeja-a-andrade-gutierrez-que-banca-suas-campanhas-investigue.html

    Eduardo-CunhaAécio-NevesLava-JatoCrrupçãoBlog-do-Mesquita

    por Rogério Correia e Ilson Lima, especial para o Viomundo

    O deputado Rogério Correia (PT) se reúne na terça-feira (13/10) com o promotor Eduardo Nepomuceno,  titular da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, a quem entregará documentação referente às nebulosas transações entre a Cemig e a empreiteira Andrade Gutierrez. O parlamentar irá, objetivamente, contribuir no processo em andamento naquela promotoria, que estava em banho-maria, mas que com a Operação Lava-Jato voltou com carga total nos últimos dias.

    Não é à toa que mensagens trocadas entre executivos da Andrade Gutierrez pelo WhatsApp — interceptadas na Operação Lava-Jato — os mostram em franca torcida pela vitória do tucano Aécio Neves na eleição presidencial. Sob a mira da 14ª fase da Lava-Jato desde junho passado, a Andrade Gutierrez foi a maior doadora de recursos da campanha do senador Aécio Neves em 2014. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que a empreiteira fez 322 doações ao então candidato tucano à Presidência que somaram mais de R$ 20 milhões.

    Há entre um e outro antigas e estreitas relações que remontam ao governo Eduardo Azeredo (1995/1998). Em 1997, um acordo de acionistas possibilitou que a American Electrical Systems (AES) se apropriasse de um terço das ações ordinárias da Cemig, além de ter outros privilégios contratuais que lhe davam controle da empresa. Tudo fazia parte do plano de privatização da estatal, preparado pelo governo Eduardo Azeredo, seguindo as políticas do então presidente FHC, conforme ficou bem-exposto no livro “A Privataria Tucana”,  do jornalista Amaury Ribeiro Júnior.

    A privatização da Cemig foi interrompida durante o governo Itamar Franco (1999-2002), que conseguiu na Justiça derrubar o acordo de acionistas, ainda que a AES tenha mantido sua participação na estatal como sócia minoritária. O projeto de privatização foi retomado no período Aécio Neves e Antonio Anastasia (2002/2014), quando entrou em cena a Andrade Gutierrez. As partes nebulosas da transação surgem nos detalhes do esquema montado pelos tucanos.

    Para viabilizar o negócio, a Cemig comprou, em 2009, a participação da Andrade Gutierrez na Light  do Rio de Janeiro por R$ 785 milhões, pagos à vista. A Andrade Gutierrez, por sua vez, deu R$ 500 milhões de entrada na compra de 33% das ações ordinárias da estatal mineira, ficando o restante do valor da compra, no total de R$ 1,6 bilhão, para pagamento em 10 anos com a emissão de debêntures a serem adquiridos pelo BNDES, a juros e taxas facilitadas.

    Na prática, a Andrade Gutierrez fez um negócio da China. De 2010 a 2013, recebeu mais de R$ 1,7 bilhão em dividendos da Cemig. O poder da empreiteira na estatal não se restringe à participação nesse item. No acordo de acionistas a Andrade Gutierrez garantiu, por meio de artifícios embutidos no documento, o direito de indicar seu representante na Diretoria de Desenvolvimento de Negócios e Controle Empresarial das Controladas e Coligadas, que simplesmente é quem conduz os investimentos da Cemig, em especial as grandes construções.

    Em quatro anos, a Andrade Guiterrez já havia recebido mais de R$ 1,7 bilhão de dividendos por sua participação como acionista da estatal

    Um outro negócio questionável realizado pela Cemig nos últimos anos é o que redundou na aquisição da Usina Hidrelétrica (UHE) de Santo Antônio, localizada em Rondônia. A Cemig já detinha uma participação de 10% na Usina, pela qual investira R$ 610 milhões. Posteriormente, a estatal comprou a parte da Andrade Gutierrez na usina, o equivalente a 83%, pelo qual pagou R$ 835 milhões.

    Como a usina vinha registrando prejuízos recorrentes, além de ter recebido por sua participação como acionista, a Andrade Gutierrez recebeu os pagamentos referentes ao seu trabalho na construção da UHE.

    Para o diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro/MG) Marcelo Correia a Andrade Gutierrez tem hoje todo o controle da Cemig, inclusive o de ter informações privilegiadas sobre os negócios envolvendo investimentos da estatal. “Há um enorme conflito de interesses nesse caso, o que, para nós, do sindicato, é irregular e ilegal”, observa.

    Ele  disse que os trabalhadores do setor e a população brasileira aguardam o encaminhamento das investigações e que os negócios nebulosos da estatal com a empreiteira venham a público.

    Em resumo, a Andrade Gutierrez tem o retorno de 100% do lucro em dividendos e o direito de dirigir os investimentos da estatal por até 30 anos. A pergunta que não cala é por que o Estado de Minas Gerais assinou um acordo em que não há nenhuma cláusula que lhe dê direitos ou vantagens, mas somente obrigações e garantias para a empreiteira.

    O acordo feito com a Andrade Gutierrez foi um prato cheio para os governadores tucanos Aécio e Anastasia, que obtiveram vultosas doações em suas campanhas, para a presidência e para o senado, respectivamente.

    Andrade Gutierrez é a que doou mais recursos às campanhas presidenciais. De um total de R$ 23 milhões, mais de R$ 20 milhões foram para a de Aécio Neves

    Andrade Gutierrez é a que doou mais recursos às campanhas presidenciais. De um total de R$ 23 milhões, mais de R$ 20 milhões foram para a de Aécio Neves

    Com essas informações sobre a participação daAndrade Gutierrez nos negócios da Cemig, compreende-se exemplarmente como ocorre em nosso País a apropriação do público pelo privado, como uma estatal lucrativa como a Cemig foi entregue de bandeja primeiramente para a AES e, posteriormente, para a Andrade Gutierrez, que nunca ao menos foram fiscalizadas pelos poderes públicos nos últimos 20 anos, desde o governo Eduardo Azeredo.

    Entende-se, também, porque os executivos da Andrade Gutierrez torceram tanto pela vitória de Aécio na última eleição presidencial. E torceram até o último minuto, porque davam como ganha a eleição que perderam nos minutos finais da prorrogação. É singular o apoio revelado no WhatsApp pelos executivos da empreiteira, por meio das mensagens, nas quais a presidente é chamada de “poste” e de “presidanta”.

    Pelo grupo os executivos Fávio Barra e Elton Negrão de Azevedo Júnior, ambos presos na Operação Lava-jato, trocam mensagens com seus colegas durante a apuração eleitoral passada, nas quais lê-se coisas do tipo: “fora, sapa com cara do Satanás”, se referindo à candidata Dilma Rousseff, ou, “…Agora o homem (Aécio) moeu a gorda (Dilma) de perna aberta”, afirma um dos executivos.

    Na opinião do deputado estadual Rogério Correia, líder do Bloco Minas Melhor na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, não há como ficar impune uma transação desse porte, em que uma estatal como a Cemig é utilizada para jorrar lucros vultosos para a iniciativa privada, em proveito da candidatura tucana de Aécio Neves e tudo ficar por isso mesmo.

    “O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem que adotar o mesmo procedimento dado às outras investigações. Afinal, já entreguei a ele em mãos esta e outras denúncias. Não apurar isso é esconder muita sujeira debaixo de pouco tapete”, concluiu o parlamentar.

    *Rogério Correia é deputado estadual (PT-MG)  e líder do Bloco Minas Melhor na Assembleia Legislativa. Ilson Lima é jornalista

  6. E agora, Cunha?

    Suíça encontra assinatura de Cunha vinculada a contas secretas

    O portal G1 informa nesta sexta-feira que os investigadores suíços encontraram a assinatura do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em documentos bancários e de empresas atribuídas a ele, atestando o vínculo do deputado como beneficiário dessas contas e de seus valores. A documentação faz parte do material enviado pelo Ministério Público da Suíça à Procuradoria-Geral da República do Brasil.

    Documentos já enviados ao Brasil informam que Cunha tem 2,4 milhões de francos suíços (cerca de R$ 9,3 milhões) no banco Julius Baer, na Suíça, e que ele foi comunicado sobre o bloqueio dessas contas.

    Segundo o G1, a revelação de que o conjunto de provas da Suíça contra Cunha tem até a assinatura dele se soma a outras indícios que já vinculavam o presidente da Câmara a essas contas – dados pessoais como o endereço e a data de aniversário dele.

    Agora, a Procuradoria Geral da República está estudando se faz um aditamento da denúncia já oferecida, se oferece uma nova denúncia ou pede um novo inquérito. Não há previsão para essa análise.

    Eduardo Cunha reiterou nesta sexta-feira (9), em nota assinada por sua assessoria, desconhecer as supostas movimentações financeiras no exterior atribuídas a ele. A nota também refuta “a tentativa contínua de transformar o presidente da Câmara no principal foco de investigação” e fala em “divulgação seletiva de notícias”.

    Ontem (8), o líder do PSOL na Casa, deputado Chico Alencar (RJ), disse que recebeu da Procuradoria-Geral da República a confirmação de que Cunha tem contas na Suíça.

    Fonte: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2015/10/09/suica-encontra-assinatura-de-cunha-vinculada-a-contas-secretas/

  7. grampo da zelotes mostra comissão de 10%

    http://correiodopovo.com.br/Noticias/568911/Grampo-da-PF-grava-negociacao-suspeita-na-Operacao-Zelotes

    Grampo da PF grava negociação suspeita na Operação Zelotes

    Conversas entre ex-auditor da RF e um ex-conselheiro do Carf tratam sobre propina de R$ 28 milhões

    Ex-conselheiro liga para advogado para acertar o recebimento de R$ 20 milhões para reduzir multa de empresa | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP

    Ex-conselheiro liga para advogado para acertar o recebimento de R$ 20 milhões para reduzir multa de empresa | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP

    A Rádio Guaíba teve acesso a interceptações de conversas telefônicas feitas com autorização judicial pela Polícia Federal (PF) em função da Operação Zelotes. Nas conversas entre o ex-conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e ex-auditor da Receita Federal, Jorge Victor Rodrigues, e Jefferson Ribeiro Salazar, advogado e ex-auditor da Receita, os dois supostamente combinam o pagamento de R$ 20 milhões relacionados a processos dos bancos Bozano e Safra. As gravações foram reproduzidas na tarde desta sexta-feira no programa “Esfera Pública”, da Rádio Guaíba, apresentado por Juremir Machado da Silva e Taline Oppitz.

    A conversa tem início com Salazar estranhando a ligação de um número não habitual ao do ex-conselheiro e diz que não conhecia esse telefone. Rodrigues argumenta que a precaução é importante. “Quando eu te falar, você vai entender o motivo da minha precaução. Vai ver se procede ou não a medida”.

    Salazar explica que tem cliente com um problema para resolver, que não chegou a um acordo de valores com outra pessoa, citada como Leonardo. O advogado detalha o pagamento dos honorários explicando que eles (empresa) fazem um contrato onde está acertado o pagamento completo de R$ 28 milhões, que corresponderia a 10% do valor do processo no Carf. O pagamento seria para reduzir a multa da empresa no conselho.

    Deste valor, R$ 20 milhões ficariam com o ex-conselheiro, pois R$ 8 milhões estariam comprometidos com parte da ação em São Paulo. Salazar alerta que dentro dos “20” está o valor da Procuradoria da Fazenda Nacional e que o cliente pede prazo de cinco meses para resolver o problema, pois estão preocupados com troca de governo. “Está incluído também a Procuradoria que tem boca grande. Aí, é contigo. Você tem que palmilhar bem o terreno, ver se dá samba e a gente volta a se falar.”

    Deflagrada pela PF em março deste ano, a Zelotes investiga um dos maiores esquemas de sonegação fiscal já descobertos no Brasil. As investigações são sobre a atuação de quadrilhas junto ao Carf, revertendo ou anulando multas. O colegiado tem R$ 516 bilhões em processos para julgamento. Estão sendo analisados 74 julgamentos do conselho realizados entre 2005 e 2013, nos quais, R$ 19,6 bilhões não teriam sido recolhidos aos cofres públicos. Entre as empresas investigadas na operação estão os grupos gaúchos Gerdau, RBS e Marcopolo.

    Ouça as gravações:

    [video:https://soundcloud.com/user26370749/operacao-zelotes-radio-guaiba-parte-01%5D

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