Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Redação

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  1. Fernando Henrique, o cínico, pede renúncia de Cunha

    Do Tijolaço

    Fernando Henrique, o cínico, pede renúncia de Cunha

     

    cinico

    Fernando Henrique sobre a permanência de Eduardo Cunha na Presidência da Câmara, há menos de duas semanas, dia 10 de novembro:

    “O afastamento se dá depois que é culpado, antes não. Apenas abre a investigação.

    O mesmo FHC, hoje:

    “Se ele tivesse um pouco mais de visão de Brasil renunciaria ao cargo”, mas, “não tendo, vai ter que ser renunciado”.

    13 dias. Nenhuma prova adicional, a não ser as toneladas que já então pesavam sobre o sujeito que, com os votos em massa do PSDB e do Dem passou o ano inteiro a criar crises para o Governo.

    Não é preciso mais do que piscar os olhos e ver a razão de Cunha ter virado “ponto de honra” para príncipe da tucanagem.

    Não tem mais serventia para o impeachment.

    Ou para o golpe, que não lhe sai da cabeça, ao ponto de dizer que é “Aécio quem vai resolver problemas do Brasil“, quando faltam ainda três anos para a eleição.

    A moralidade tucana é assim, simples marquetagem. Agora, inviabilizado o impeachment, empurram os otários a, em nome da queda de Cunha (que não tem como acontecer dentro da legalidade – salvo por decisão improvável do STF – antes do recesso) paralisarem a Câmara dos Deputados e fazer caducarem as MP do ajuste fiscal e não serem votadas as decisões encaminhadas como projeto de lei.

    É tão cínico que estão provocando o efeito inverso: todos estão percebendo que é uma jogada mais do que rasteira, indigna de um homem que já foi Presidente da República, já idoso o suficiente para não chafurdar neste tipo de lama oportunista.

    Não se aplica a FHC frase “Greta Garbo, quem diria, acabou no Irajá” por absoluta injustiça com a Greta Garbo e com o Irajá, subúrbio de gente trabalhadeira aqui do Rio.

    http://tijolaco.com.br/blog/fernando-henrique-o-cinico-pede-renuncia-de-cunha/

  2. A lição que o candidato derrotado na Argentina deu para Aécio.

    Do DCM

    A lição que o candidato derrotado na Argentina deu para Aécio. Por Paulo Nogueira

     

    Postado em 23 nov 2015 por :   Soube perder: Scioli, o candidato derrotado na Argentina

    Soube perder: Scioli, o candidato derrotado na Argentina

    Daniel Scioli perdeu as eleições na Argentina por uma margem parecida com a de Aécio no Brasil: ele teve cerca de 48,5% dos votos. Macri, o vencedor, teve cerca de 51,5%.

    Mas as diferenças, lamentavelmente para o Brasil, terminam aí.

     

    Scioli fez o que qualquer candidato derrotado deve fazer numa democracia: aceitou a vitória do adversário.

    Os eleitores optaram por tirar o kirchnerismo do poder na Argentina? Que se faça a vontade soberana do povo.

    Isso dá estabilidade a uma democracia. O embate vai até as urnas. Depois delas, os vitoriosos vão cuidar de suas responsabilidades e os perdedores vão se reorganizar para tentar uma vitória na próxima.

    É o que Scioli fez.

    Não é exatamente uma grande novidade, mas é uma lição para Aécio, que se comportou como um delinquente golpista desde que perdeu.

    A tentativa de golpe se iniciou logo de cara, com acusações absurdas de irregularidades nos votos eletrônicos.

    Quer dizer: os votos que elegeram Alckmin eram impecáveis, mas os que deram um novo mandato a Dilma eram fabricados ou coisa parecida.

    A partir dessa base ridícula, Aécio e seu PSDB não pararam mais de querer transformar o país numa republiqueta onde os votos podem ser obliterados.

    Aécio aliou-se, em determinado momento, a Eduardo Cunha em seu macabro projeto de cassar 54 milhões de votos.

    Não fossem as autoridades suíças, com suas provas de corrupção devastadoras contra Cunha, e os dois ainda estariam de braços dados para fazer o que os militares fizeram em 1964, por outras vias.

    Não se deram bem, felizmente.

    Aécio perdeu porque é um candidato ruim, sejamos realistas. Ele foi abjetamente favorecido por toda a mídia. Nas vésperas das eleições, a Veja produziu uma capa criminosa que, exaustivamente exposta em São Paulo, carreou dezenas, centenas de milhares de votos para Aécio.

    A revista disse que um delator disse que Lula e Dilma sabiam de tudo no caso Petrobras. Era mentira, como se viu quando o real depoimento do delator veio à luz.

    Mesmo assim, e com os inesquecíveis vazamentos seletivos da Lava Jato que fizeram a alegria dos barões da imprensa, ele conseguiu apanhar.

    Teria perdido com dignidade se aceitasse o resultado. Mas não. Comportou-se imediatamente como um golpista.

    Se existe alguma justiça neste mundo insano, Aécio vai pagar o preço pelo mal que fez à democracia – e ao Brasil.

    A crise econômica talvez fosse mais branda não fosse a brutal instabilidade política trazida por Aécio.

    Que os brasileiros não esqueçam isso.

    Você vê Scioli, o argentino que perdeu, e tem a dimensão da atitude antidemocrática de Aécio.

    Ele tinha que ter reconhecido a vitória de Dilma na hora certa. Não adianta agora ele recuar do impeachment e das pretensões golpistas.

    Seu golpismo impenitente já está registrado na história política do país como um dos seus capítulos mais tenebrosos e mais repulsivos.

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-licao-que-o-candidato-derrotado-na-argentina-deu-para-aecio-por-paulo-nogueira/

  3. “Obstrução da oposição é hipocrisia barata”, por Tereza Cruvinel

    Brasil 247

    “Obstrução da oposição é hipocrisia barata”

     

    Por Tereza Cruvinel

     

     

    23 de Novembro de 2015

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    A semana parlamentar começa nesta terça com a incógnita sobre a prometida obstrução das votações em plenário pela oposição para forçar a renúncia do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Para o vice-líder do governo Silvio Costa (PSC-PE) a oposição promete um espetáculo de hipocrisia barata e se comporta como ratos abandonando o navio. “Durante todo o ano eles sustentaram Cunha, jogaram confete em Cunha e sabiam quem era Cunha. Agora querem bloquear as votações sabendo que isso não vai acelerar a saída dele, que vai acontecer, mas na hora certa”, diz o deputado que foi um opositor solitário do presidente da Câmara quando ele ainda era o rei do plenário.

    – Eu falo com a autoridade de quem não temeu ficar só no combate ao estilo imperial de Eduardo Cunha, quando ele tinha 450 votos na Casa. O governo não tem que aderir a esta obstrução e não deve se intimidar com o boato espalhado pela oposição de que trabalha para ajuda-lo a escapar da cassação. O governo tem que garantir quórum e ir tocando sua agenda legislativa enquanto o processo de cassação segue seu curso no Conselho de Ética.

    Para amanhã, terça-feira, está prevista uma sessão conjunta do Congresso reunindo deputados e senadores para apreciar vetos e votar projetos orçamentários, entre eles o que reduz a meta de superávit primário deste  ano, fundamental para o fechamento das contas de 2015. A oposição anunciou a obstrução na quinta-feira, depois que Cunha manobrou para frustrar a sessão do Conselho  em que seria lido e votado o parecer do relator Fausto Pinato, favorável ao prosseguimento do processo de cassação. Deputados protestaram no plenário e saíram pelo salão verde gritando “fora Cunha”. O movimento contou com parlamentares do PSOL, da Rede, do PT e também do PSDB e do DEM, aliados do presidente da Câmara enquanto houve possibilidade de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

    – Eles (oposição) estão escarnecendo da opinião pública, como se os brasileiros fossem todos desmemoriados. Quem não se lembra de que o PSDB prometeu dar sustentabilidade a Cunha quando ele foi denunciado pelo procurador-geral porque ele fundamental para o impeachment? Quem não se lembra dos convescotes que tinham no café da manhã para tramar o impeachment? Ninguém se esqueceu de que até combinaram um duplo fingimento. Cunha fingiria rejeitar o pedido e a oposição fingiria contestá-lo com um recurso ao plenário. O STF frustrou este plano.  Estão abandonando o navio do Cunha não por terem descoberto quem ele é mas porque  ele deixou de ter utilidade, na medida em que o impeachment saiu do horizonte político.

    Mais cedo, o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, desmentiu que o governo esteja pedindo ao PT e aos aliados que ajudem a evitar a cassação de Cunha em troca da estabilidade política que pode atenuar a crise. Costa reitera.

    – Trata-se de uma mentira deslavada para desgastar o governo. Sou vice-líder e nunca recebi um telefonema ou ouvi uma palavra a favor de Cunha. Ele vai cair quando chegar sua hora, seja através do julgamento no STF ou da cassação, após a conclusão do processo no Conselho de Ética. Até lá, é claro que ele vai se valer do regimento e das manobras para prolongar sua sobrevida. Mas não é com obstrução que vamos acelerar sua queda e a oposição também sabe disso. Vamos continuar votando – conclama Silvio Costa.

    http://www.brasil247.com/pt/blog/terezacruvinel/206423/Obstru%C3%A7%C3%A3o-da-oposi%C3%A7%C3%A3o-%C3%A9-hipocrisia-barata.htm

  4. ‘Eu sou Petrobras, você é Globo’. Uma gentil bofetada na mentira

    Carta Maior

    23/11/2015

    ‘Eu sou Petrobras, você é Globo’. Uma gentil bofetada na mentira e na hipocrisia

     

    O Globo tentou criar um factoide sobre a vergonha e o medo sentidos pelos servidores da Petrobras. Mas uma funcionária que aparece na foto desmentiu tudo.

     

    Tijolaço

     

    reprodução

     

    Não precisa de qualquer comentário, exceto o de que há dignidade neste mundo, a carta da petroleira Michele Daher Vieira ao jornal O Globo e à repórter Letícia Vieira, autora do texto Petrobras: a nova rotina do medo e tensão na estatal.
     
    Michele é uma das pessoas que aparecem na foto usada pelo jornal para induzir o leitor a pensar que, de fato, há um clima de terror na empresa, com medo de “de represálias e de investigações”, além de demissões.
     
    A carta de Michelle é um orgulho para os sentimentos de decência humana e uma vergonha para a minha profissão, que deveria ser a de buscadores da verdade e não da construção da mentira.
     
    E a prova de que gente como Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco e outros que engordaram roubando a Petrobras são um grão de areia entre milhares e milhares de homens e mulheres de bem, que trabalham ali não só como profissionais corretos e competentes, mas como brasileiros que amam o seu país.
     
    Carta aberta à Leticia Fernandes e ao jornal O Globo
     
    Antes de tudo, gostaria de deixar bem claro que não estou falando em nome da Petrobras, nem em nome dos organizadores do movimento “Sou Petrobras”, nem em nome de ninguém que aparece nas fotos da matéria. Falo, exclusivamente, em meu nome e escrevo esta carta porque apareço em uma das fotos que ilustram a reportagem publicada no jornal O Globo do dia 15 de fevereiro, intitulada “Nova Rotina de Medo e Tensão”.
     
    Fico imaginando como a dita jornalista sabe tão detalhadamente a respeito do nosso cotidiano de trabalho para escrever com tanta propriedade, como se tudo fosse a mais pura verdade, e afirmar com tamanha certeza de que vivemos uma rotina de medo, assombrados por boatos de demissões, que passamos o dia em silêncio na ponta das cadeiras atualizando os e-mails apreensivos a cada clique, que trabalhamos tensos com medo de receber e-mails com represálias, assim criando uma ideia, para quem lê, a respeito de como é o clima no dia a dia de trabalho dentro da Petrobras como se a mesma o estivesse vivendo.
     
    Acho que tanta criatividade só pode ser baseada na própria realidade de trabalho da Letícia, que em sua rotina passa por todas estas experiências de terror e a utiliza para descrever a nossa como se vivêssemos a mesma experiência. Ameaças de demissão assombram o jornal em que ela trabalha, já tendo vários colegas sendo demitidos[1], a rotina de e-mails com represálias e determinando que tipo de informação deve ser publicada ou escondida devem ser rotina em seu trabalho[2], sempre na intenção de desinformar a população e transmitir só o que interessa, mantendo a população refém de informações mentirosas e distorcidas.
     
    Fico impressionada com o conteúdo da matéria e não posso deixar de pensar como a Letícia não tem vergonha de a ter escrito e assinado. Com tantas coisas sérias acontecendo em nosso país ela está preocupada com o andar onde fica localizada a máquina que faz o café que nós tomamos e com a marca do papel higiênico que usamos. Mas dá para entender o porquê disto, fica claro para quem lê o seu texto com um mínimo de senso crítico: o conteúdo é o que menos importa, o negócio do jornal é falar mal, é dar uma conotação negativa, denegrir a empresa na sua jornada diária de linchamento público da Petrobras. Não é de hoje que as Organizações Globo tem objetivo muito bem definido[3] em relação à Petrobras: entregar um patrimônio que pertence à população brasileira à interesses privados internacionais. É a este propósito que a Leticia Fernandes serve quando escreve sua matéria.
     
    Leticia, não te vejo, nem você nem O Globo, se escandalizado com outros casos tão ou mais graves quanto o da Petrobras. O único escândalo que me lembro ter ganho as mesma proporção histérica nas páginas deste jornal foi o da AP 470, por que? Por que não revelam as provas escondidas no Inquérito 2474[4] e não foi falado nisto? Por que não leio nas páginas do jornal, onde você trabalha, sobre o escândalo do HSBC[5]? Quem são os protegidos? Por que o silêncio sobre a dívida da sonegação[6] da Globo que é tanto dinheiro, ou mais, do que os partidos “receberam” da corrupção na Petrobras? Por que não é divulgado que as investigações em torno do helicoca[7] foram paralisadas, abafadas e arquivadas, afinal o transporte de quase 500 quilos de cocaína deveria ser um escândalo, não? E o dinheiro usado para construção de certos aeroportos em fazendas privadas em Minas Gerais [8]? Afinal este dinheiro também veio dos cofres públicos e desviados do povo. Já está tudo esclarecido sobre isto? Por que não se fala mais nada? E o caso Alstom[9], por que as delações não valem? Por que não há um estardalhaço em torno deste assunto uma vez que foi surrupiado dos cofres públicos vultosas quantias em dinheiro? Por que você e seu jornal não se escandalizam com a prescrição e impunidade dos envolvidos no caso do Banestado[10] e a participação do famoso doleiro neste caso? Onde estão as manchetes sobre o desgoverno no Estado do Paraná[11]? Deixo estas perguntas como sugestão e matérias para você escrever já que anda tão sem assunto que precisou dar destaque sobre o cafezinho e o papel higiênico dos funcionários da Petrobras.
     
    A você, Leticia, te escrevo para dizer que tenho muito orgulho de trabalhar na Petrobras, que farei o que estiver ao meu alcance para que uma empresa suja e golpista como a que você trabalha não atinja seu objetivo. Já você não deve ter tanto orgulho de trabalhar onde trabalha, que além de cercear o trabalho de seus jornalistas determinando “as verdades” que devem publicar, apoiou a Ditadura no Brasil[12], cresceu e chegou onde está graças a este apoio. Ao contrário da Petrobras, a empresa que você se esforça para denegrir a imagem, que chegou ao seu gigantismo graças a muito trabalho, pesquisa, desenvolvimento de tecnologia própria e trazendo desenvolvimento para todo o Brasil.
     
    Quanto às demissões que estão ocorrendo, é muito triste que tantas pessoas percam seu trabalho, mas são funcionários de empresas prestadoras de serviço e não da Petrobras. Você não pode culpar a Petrobras por todas as mazelas do país, e nem esperar que ela sustente o Brasil, ou você não sabe que não existe estabilidade no trabalho no mundo dos negócios? Não sabe que todo negócio tem seu risco? Você culpa a Petrobras por tanta gente ter aberto negócios próximos onde haveria empreendimentos da empresa, mas a culpa disto é do mal planejamento de quem investiu. Todo planejamento para se abrir um negócio deveria conter os riscos envolvidos bem detalhados, sendo que o maior deles era não ficar pronta a unidade da Petrobras, que só pode ser culpada de ter planejado mal o seu próprio negócio, não o de terceiros. Imputar à Petrobras o fracasso de terceiros é de uma enorme desonestidade intelectual.
     
    Quando fui posar para a foto, que aparece na reportagem, minha intenção não era apenas defender os empregados da injustiça e hostilidades que vem sofrendo sendo questionados sobre sua honestidade, porque quem faz isto só me dá pena pela demonstração de ignorância. Minha intenção era mostrar que a Petrobras é um patrimônio brasileiro, maior que tudo isto que está acontecendo, que não pode ser destruída por bandidos confessos que posam neste jornal como heróis, por juízes que agem por vaidade e estrelismos apoiados pelo estardalhaço e holofotes que vocês dão a eles, pelo mercado que só quer lucrar com especulação e nunca constrói nada de concreto e por um jornal repulsivo como O Globo que não tem compromisso com a verdade nem com o Brasil.
     
    Por fim, digo que cada vez fica ainda mais evidente a necessidade de uma democratização da mídia, que proporcionará acesso a uma diversidade de informação maior à população que atualmente é refém de uma mídia que não tem respeito com o seu leitor e manipula a notícia em prol de seus interesses, no qual tudo que publica praticamente não é contestado por não haver outros veículos que o possa contradizer devido à concentração que hoje existe. Para não perder um poder deste tamanho vocês urram contra a reforma, que se faz cada vez mais urgente, dizendo ser censura ou contra a liberdade de imprensa, mas não é nada além de aplicar o que já está escrito na Constituição Federal[12], sendo a concentração de poder que algumas famílias, como a Marinho detém, totalmente inconstitucional.
     
    Sendo assim, deixo registrado a minha repugnância em relação à matéria por você escrita, utilizando para ilustrá-la uma foto na qual eu estou presente com uma intenção radicalmente oposta a que ela foi utilizada por você.

    http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/-Eu-sou-Petrobras-voce-e-Globo-Uma-gentil-bofetada-na-mentira-e-na-hipocrisia/4/35040

    1. Webster

      esta carta é realmente muito significativa e de uma beleza!

      Sobre ela tivemos um post aqui no GGN:  https://jornalggn.com.br/blog/alex-prado/orgulho-de-trabalhar-na-petrobras

      Não a conheci pessoalmente enquanto estive por lá, mas sei quem é, e realmente foi importantíssima a manifestação desta petroleira para dimensionar o tamanho da falácia publicada e alertar a todos sobre o poder e intenção de manipular que nossa grande mídia sempre apresenta quando se trata da Petrobras e sua – nossa – riqueza, a atilar a ganância do mercado, principalmente de atores externos, vergonhosamente apoiados e incentivados por brasileiros.

      Uma lembrança sempre oportuna, sempre a receber destaque.

      Abraço. 

        1. Perfeito!
          É justo por isso que ela deveria ter sido melhor defendida por todos.
          Infelizmente, bem ao contrário disso, ficamos, em nome da “liberdade de expressão”, olhando enquanto foi atacada, menosprezada e atingida em sua saúde econômica e financeira. Achamos que era nada demais; só a imprensa brincando de atacar, exercitando sua prepotência, defendendo território para a Chevron… Deu no que deu.
          Essa menina foi uma voz dissonante, incapaz de, sozinha, impedir o enorme dano causado. Há os que ficaram ainda mais ricos com a especulação e que agora riem da situação da empresa, ávidos por continuar lucrando com seu desmanche. Deveríamos ter cuidado melhor dela. Quem não cuida do seu patrimônio, fica sujeito ao surgimento de alguém que se disponha a cuidar. A ver.
          Abraço e obrigada pelo compartilhamento. O assunto Petrobras me é sempre muito caro. E você traz sempre informações valiosas.

  5. O desastre de Mariana é o retrato do Brasil

     

    por Wilson de Figueiredo Jardim

    do Portal da UNICAMP

    O rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro da Samarco ocorrido em 05/11 pode ser considerado o maior desastre ambiental já causado pelo homem no Brasil. Um número relativamente pequeno de vítimas frente à dimensão do evento, seguido por uma comoção mundial frente aos atentados terroristas em Paris que ocorreram na semana seguinte serviram para desviar as atenções do problema brasileiro. Similar ao que ocorreu quando do assassinato do então prefeito Toninho de Campinas, morto um dia antes do ataque às Torres Gêmeas em Nova Iorque , cuja atenção mundial acabou sombreando a morte do ex-prefeito.

    No entanto, o evento de Mariana serviu para mostrar a negligência e a inoperância dos órgãos governamentares frente aos eventos desta natureza. Mesmo para quem não tem formação técnica, um simples passeio pela região mineradora e siderúrgica de Minas Gerais mostra a degradação ambiental em todas suas formas: uma forte contaminação atmosférica associada a um passivo ambiental visível nos solos e águas, onde a fiscalização pelos órgãos governamentais (DNPM e FEAM) fica muito aquém do esperado. Nestas regiões a riqueza é para poucos, enquanto que a degradação ambiental é democratizada. Se as Normas Reguladoras da Mineração estivessem sendo seguidas na sua totalidade pela Samarco, este evento não deveria ter ocorrido.

    Quando o mar de lama desceu como uma avalanche para atingir o rio Doce, levando tudo no seu caminho, o governo descobriu que não sabia como agir, e começou o festival de barbaridades que não deve terminar tão cedo. Ibama, Ministério Público Federal e Estadual, agências ambientais estaduais, concessionárias de água, aventureiros, cada um falando sua linguagem própria. Afinal, qual era mesmo o material contaminante?

    A primeira ação conjunta que se esperava do governo era a identificação rápida e precisa do material que jorrou da barragem. Granulometria, densidade, composição química, potencial de lixiviação de intoxicantes, dentre outros para só assim poder avaliar os possíveis impactos para a saúde humana e a biota. Como isso não foi feito, surgiram especulações sobre a toxicidade, o arsênio se tornou metal (é um metalóide), o material particulado se tornou solúvel, e assim o mar de lama invadiu também o bom senso.  Isso mostra a inoperância do governo, incapaz de colocar um único interlocutor para coordenar as ações remediativas. Interessante é que tanto na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) como na UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) há uma série de dissertações e teses que mostram a caracterização e reuso desta lama. Mas parece que a desinformação é mais interessante do que a informação.

    O ápice do festival de barbaridades técnicas foi o uso de bóias de contenção de material flotante (principalmente óleos e borras de derrame de petróleo) para conter o material particulado que compõem o rejeito, o qual tem um diâmetro médio de 10 µm, e evitar sua dispersão no mar. Só faltou alguém sugerir o uso de um grande macaco hidráulico para levantar a foz do rio Doce e fazer o rio correr para a cabeceira. Humor à parte, o desencontro é tão grande que não seria possível descartar esta eventualidade.

    O material mais fino que compõe a lama de rejeitos irá se dispersar com o tempo ao longo do rio e no mar, causando um impacto transiente que já mostrou sua força. O fato é que temos agora um passivo ambiental residente de grandes proporções para tratar, visando restaurar ao máximo suas condições pré-acidente. A lama, contendo uma parcela apreciável de sílica, devastou as matas ciliares e ali se depositou, pelo menos em pontos mais próximos à barragem, e deve impedir a recomposição destas matas se não for removida ou recoberta com solo fértil. O leito do rio Doce recebeu uma quantidade de rejeito que deve atuar como se fosse um selo físico, impedindo trocas na interface água/sedimento, processo esse de vital importância para a saúde do sistema aquático.

    A recuperação desta bacia é processo de longo prazo, e somente terá sucesso se houver um plano de ação coeso, envolvendo vários atores que trabalhem num projeto factível, integrado, multidisciplinar, usando ao máximo todo o conhecimento que já está disponível visando o sucesso desta remediação. E por favor, esqueçam as técnicas mirabolantes e pirotécnicas, e concentrem-se na fiscalização efetiva e na prevenção.

    Wilson de Figueiredo Jardim é professor aposentado do Departamento de Química Analítica (DQA), do Instituto de Química da Unicamp

  6. Mais uma parede teve ruptura em Mariana.

    Mais uma parede teve ruptura

    Nível de segurança no dique de Sela, que sustenta a barragem de Germano, está em 35%; mínimo é 50%

    iG Minas Gerais | Luciene Câmara | 

    24/11/2015 04:00:00

     

    Instabilidade. Especialista aponta que falha pode comprometer estabilidade da barragem de GermanoMARIELA GUIMARAES / O TEMPOInstabilidade. Especialista aponta que falha pode comprometer estabilidade da barragem de Germano

     

    Mais uma das paredes que sustentam a barragem de Germano, a maior do complexo da Samarco em Mariana, na região Central de Minas, sofreu ruptura e passa por reparos. De acordo com especialista em barragens que acompanha de perto as investigações dos órgãos competentes, o dique de Sela também teve danos em sua estrutura após o rompimento da barragem de Fundão, no dia 5 deste mês. O dique é uma espécie de pequena barragem usada para conter os rejeitos das estruturas maiores. O Sela estaria com o nível de segurança em torno de 35%, sendo que o recomendado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é de no mínimo 50%. Até agora, a Samarco já admitiu danos em duas estruturas: o dique de Selinha, que apresentou trincas e tem nível de segurança de 22%, e a barragem de Santarém, que, com a passagem da avalanche de Fundão, teve problemas de drenagem e de erosões no topo da parede, o que faz a taxa da estrutura permanecer em 37%. A ruptura no dique de Sela mostra que a contenção de Germano ficou mais comprometida que o anunciado. Por isso, medidas de recuperação já estão em andamento no local, segundo o especialista, que preferiu não ser identificado. Um possível rompimento da barragem de Germano poderia causar estrago quase quatro vezes maior, já que o reservatório tem cerca de 200 milhões de metros cúbicos (m³) de rejeitos de minério – enquanto a de Fundão tinha 55 milhões de m³. A diferença é que a de Germano, desativada, tem conteúdo mais sólido do que a de Fundão, que era composta de água e de resíduos. Procurada, a Samarco disse apenas que o fator de segurança no local é de 44% e que as estruturas de barragem encontram-se estáveis. 

    Ruptura. De acordo com o especialista, quando a lama de Fundão desceu, “puxou” o que havia embaixo dela. Com isso, provocou uma ruptura de cerca de 3 m de largura e 4 m de comprimento em parte da fundação do dique de Sela – uma das quatro paredes que sustentam a Germano. “São rupturas superficiais, mas que, se não forem reparadas, podem causar mais erosão e desestabilizar a barragem”, afirmou. Ele ainda destacou que obras de contenção foram iniciadas no local desde a semana passada. “Está sendo feito um aterro por debaixo do dique, o que chamamos de ‘contrapilhamento’ e é como uma outra barragem de terra do lado”. Já o dique de Selinha é o mais comprometido. A estrutura apresentou trincas logo após o rompimento de Fundão. Uma mancha de água no local também foi vista em imagens aéreas, o que pode ser uma infiltração no fundo da bacia, problema ainda mais grave, segundo analistas. A Samarco apresentou um plano de recuperação de barragens ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) na semana passada, que já teria sido aprovado.

     

    Sobrevoo. Nesta segunda, parentes de vítimas da tragédia puderam acompanhar sobrevoos do Corpo de Bombeiros à procura dos desaparecidos. O objetivo foi mostrar a dificuldade do trabalho de buscas. 

    Balanço. Até o momento, foram encontrados 12 corpos, sendo que quatro não foram identificados. Ainda há 11 desaparecidos. O corpo do operador de máquinas Samuel Vieira Albino, 34, foi cremado nesta segunda em Contagem, na região metropolitana. 

    Resgate. A Defesa Civil resgatou, nesta segunda, três pessoas de uma mesma família que estavam ilhadas em Ponte do Gama. Valdemira Inácio Vieira Arantes, 92, Maria das Graças, 57, e Maria da Fátima, 52, foram encontradas e levadas para Mariana contra a vontade. 

    Polícia Civil. Nesta quarta está programada uma reunião entre os peritos da Polícia Civil para definir como será feito o sobrevoo pelo rio Doce, que vai apurar os impactos da tragédia. A investigação terá ainda visita aos municípios atingidos. Até agora, 12 pessoas foram ouvidas.

    Presidente. O presidente da mineradora, Ricardo Vescovi, peça-chave no processo será interrogado pela Polícia Civil. A data não foi informada. 

    Animais. Cerca de 30 voluntários trabalham em um galpão para cuidar de cerca de 300 animais resgatados.

    Descarte de resíduo preocupa MPMG Além dos 55 milhões de m³ de lama que vazaram da barragem de Fundão e se espalharam por vales e rios, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) teme que um novo dano ambiental atinja os municípios que estão ao longo da bacia do rio Doce caso não seja dada destinação correta ao lodo e aos rejeitos extraídos do tratamento de água em Governo Valadares e demais cidades atingidas. O órgão fez nesta segunda uma recomendação à Samarco e ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) para que o material proveniente do processo de limpeza seja descartado corretamente. “Se o descarte não for adequado, pode ocorrer outro impacto ambiental, provocado não só pela lama, mas pelos produtos químicos que são usados no tratamento”, afirmou o promotor Leonardo Castro Maia. O temor, segundo ele, se deve à sobrecarga nas estações de tratamento desde que os rejeitos atingiram o rio Doce. O órgão pediu informações ao Saae sobre o destino dado ao material. O MPMG recomenda ainda que a Samarco arque com os custos ou dê a destinação final ambientalmente adequada ao conteúdo. Desde o dia 15, o Saae voltou a captar água do rio Doce e utiliza o polímero de acácia-negra para separar a lama.

    Prefeitos irão eleger prioridades Mariana. Os prefeitos de 39 cidades atingidas pelo rompimento da barragem da Samarco vão decidir, juntos, como o fundo de R$ 1 bilhão a ser disponibilizado pela empresa vai ser gasto. O objetivo é que o valor seja investido nas demandas mais emergenciais e de médio prazo de cada município. Nesta segunda, 14 líderes municipais se reuniram em Mariana com os Ministérios Públicos de Minas Gerais e Federal e com a mineradora para definir como deverá ser feito o repasse.

     Prefeitos se reuniram nesta segunda para organizar soluções para desastre

    Cada prefeito deverá enviar, dentro de duas semanas, as medidas que considera prioritárias para sua cidade. Depois de as demandas serem analisadas, os gestores devem se reunir novamente para decidir quais devem ser atendidas com o recurso. “Há um consenso de que as cidades afetadas devem trabalhar de forma conjunta pra evitar ações judiciais individuais”, explicou o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda. Metade do valor deve ser disponibilizada pela Samarco ainda nesta semana, enquanto os R$ 500 milhões restantes deverão ser depositados posteriormente. Para garantir que o fundo – que será administrado pela Samarco – seja realmente aplicado no atendimento às demandas de cada cidade, o Ministério Público vai contratar uma auditoria, com recursos do próprio fundo, para atestar a execução das medidas combinadas e o custo real de cada intervenção. “O importante é que o MP vai acompanhar como os recursos serão aplicados. A gente entende que, neste momento, é preciso trazer respostas rápidas à população”, afirmou o prefeito de Mariana, Duarte Junior, que foi nomeado nesta segunda vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

     

  7. Comissão arquiva denúncia contra ministro José Eduardo Cardozo

    Comissão arquiva denúncia contra ministro José Eduardo Cardozo

    Por Agência Brasil | 

    23/11/2015 21:32Comissão decidiu não levar adiante denúncia contra Cardozo por pedido de suspeição do ministro Augusto Nardes, do TCU

    Agência Brasil

    Cardozo posicionou-se favorável à suspeição de Nardes, relator das contas do governo em 2014Valter Campanato/Agência Brasil – 11.11.15Cardozo posicionou-se favorável à suspeição de Nardes, relator das contas do governo em 2014

    A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu arquivar denúncia contra o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, feita pelo deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR), por causa das declarações de Cardozo, em entrevista coletiva, propondo a suspeição do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, relator das contas do governo em 2014.

    A comissão, que se reuniu nesta segunda-feira (23), decidiu que o ministro da Justiça não violou conduta ética ao posicionar-se favoravelmente à suspeição de Nardes, que teria revelado antecipadamente o seu voto pela rejeição das contas do governo de 2014. De acordo com o voto do conselheiro da comissão Mauro Menezes, que foi seguido pelos demais integrantes, Cardozo agiu no “pleno e regular exercício de suas competências institucionais” ao expressar um entendimento específico do governo.

    “Ele não fez nenhuma ofensa ao ministro [Nardes]. Apenas defendeu a posição da AGU, que era a posição do governo ao qual ele serve”, disse o presidente da CEP, Américo Lacombe, após a reunião. “Eu, como advogado, entrava com suspeição contra juízes várias vezes”, complementou.

    No entender da comissão, cabe ao ministro da Justiça prestar assistência ao presidente da República e, durante a entrevista concedida, Cardozo não disse nada que diminuísse a honra ou a qualidade do trabalho técnico de Nardes. Na última reunião do colegiado, em outubro, os conselheiros também optaram por arquivar denúncia protocolada contra o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, pelo mesmo motivo.

     

  8. Para 67%, corrupção causou crise econômica, diz Datapopular

    Para 67%, corrupção causou crise econômica, diz Datapopular

    Meirelles afirma que governo e oposição fizeram estelionato eleitoral

    KENNEDY ALENCAR 

    SÃO PAULO

     

    O presidente do Datapopular, Renato Meirelles, diz que pesquisa do instituto “mostrou que, para 67% dos brasileiros, a corrupção é a principal motivadora da crise econômica que o nosso país vive hoje”. Segundo ele, a percepção é que o preço da gasolina subiu por causa da corrupção na Petrobras.

    “A corrupção passou a ser vista como a de toda essa crise econômica. E é por isso que o brasileiro nunca esteve tão intolerante com relação à corrupção”, afirma Meirelles.

    De acordo com ele, o governo e a oposição recorreram a estelionato eleitoral na campanha de 2014. A presidente Dilma Rousseff frustrou o eleitorado que votou nela por não cumprir o que prometeu.

    Já a oposição defendeu austeridade mas votou a favor da “pauta-bomba”. Na opinião de Meirelles, “a oposição errou ao não conseguir apontar uma solução para a economia do país”.

    “O estelionato existiu dos dois lados”, avalia.

    Segundo Meirelles, o ex-presidente Lula seria o candidato mais “competitivo” em 2018 “em condições normais de temperatura e pressão”. Ele considera que a elevada taxa de rejeição do petista diminuiria e que outros presidenciáveis também índice objeção nas alturas.

    No entanto, Meirelles não crê que em 2018 haverá um cenário com condições normais de temperatura e pressão. “Não é o que eu acho que vá acontecer nas próximas eleições presidenciais. O cenário de descontentamento com a classe política é tão grande, a insatisfação popular é tão grande, que pode surgir um nome que ainda não está posto nas candidaturas [atuais].”

    Indagado se via risco de um “outsider”, um salvador da pátria, responde: “Vejo, sim, um risco do “outsider”, mas não acredito que qualquer “outsider” seja necessariamente um novo Collor ou um aventureiro. É possível que venha um “outsider” que tenha, sim, muito a contribuir para que o Brasil consiga voltar a crescer, voltar a oferecer igualdade de oportunidade a todos, que é a maior demanda da população.”

    Meirelles acredita que, se o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso orientar o próximo candidato tucano a presidente, isso elevará a chance do PSDB na disputa. Para ele, se Marina Silva (Rede) tiver aprendido com os erros em duas campanhas, poderá ser forte candidata na próxima sucessão presidencial.

    O presidente do Datapopular acha que o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, tem chance de reeleição, apesar das baixas popularidade e intenção de voto: “Podem me chamar de maluco, mas tem. É um dos favoritos hoje na eleição municipal. […] Começa a se constituir um rol de candidatos tão diversificados em que, sim, o Fernando Haddad, com o discurso pró-cidade, talvez consiga convencer parcela do eleitorado de que ele deva continuar e ter um segundo mandato”.

    A respeito da Operação Lava Jato, Meirelles afirma: “É importante nem que seja para botar medo nas empresas e nos políticos. A gente pode discutir se a forma de condução da Lava Jato foi a forma que melhor respeitou os preceitos democráticos de ampla defesa, isso é uma discussão. Mas é indiscutível o papel educativo que a Lava Jato tem para deixar muito claro de que não existe meio ladrão. Ladrão é ladrão. E não dá para a ladroagem conviver com a democracia”.

  9. Lula na mira: Nova fase da operação Lava Jato prende o pecuarist

    Nova fase da operação Lava Jato prende o pecuarista José Carlos Bumlai

    Por iG São Paulo | 

    24/11/2015 08:11 – Atualizada às 24/11/2015 08:44Empresário foi preso em um hotel de Brasília onde estava hospedado para depor, nesta terça-feira, na CPI do BNDES

    O pecuarista José Carlos Bumlai foi preso na manhã desta terça-feira (24), em Brasília, em nova fase da operação Lava Jato. A Polícia Federal cumpriu mandado de prisão preventiva contra o empresário, que estava hospedado em um hotel da capital federal para depor, nesta terça, na CPI do BNDES.

    Bumlai, amigo íntimo do ex-presidente Lula, foi citado na delação premiada do lobista Fernando Baiano. Baiano disse que o pecuarista seria uma espécie de lobista na Sete Brasil, empresa que administra o aluguel de sondas para a Petrobras. Em depoimento ao Ministério Público Federal, Baiano disse ter repassado R$ 2 milhões a Bumlai, dinheiro seria usado para pagar uma dívida imobiliária de uma nora de Lula.

    Além da prisão do pecuarista, a 21ª fase da operação Lava Jato, nomeada de Passe Livre, cumpre nesta terça 25 mandados de busca e apreensão e seis de condução coercitiva em stão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e seis mandados de condução coercitiva em São Paulo (SP), Lins (SP), Piracicaba (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campo Grande (MS), Dourados (MS) e Brasília (DF).

    Segundo a PF, “complexas medidas de engenharia financeira foram utilizadas pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dos valores indevidos pagos a agentes públicos e diretores da estatal”.

    Participam da operação, 140 policiais federais e 23 auditores fiscais. Os investigados nesta fase responderão pela prática dos crimes de fraudes a licitação, falsidade ideológica, falsificação de documentos, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

     

  10. “O Santo Graal” do Nassif
    “O Santo Graal” do Nassif

    E a sexta-feira está chegando.  O que teremos no cardápio para a diversão do fim de semana?

    http://tijolaco.com.br/blog/mais-prisoes-do-dr-moro-o-show-nao-pode-parar/

    Mais prisões do Dr. Moro.O show não pode parar…

    POR FERNANDO BRITO · 24/11/2015

    Não sei se o pecuarista Jé Carlos Bumlai fez ou não falcatruas, é obvio.

    Mas qualquer um vê que a sua prisão segue um roteiro político claro.

    O caminho até Lula.

    É a obsessão do Dr. Sérgio Moro de ser a versão brasileira do “Mano Puliti”, o Mãos Limpas italiano, que aliás pariu o honestíssimo Sílvio Berlusconi.

    Ontem, como um Diógenes togado, se disse um solitário na luta contra a corrupção, enquanto confraternizava com as vestais da Veja e da Época, numa reunião da Associação de Revistas.

    As “fases” da Operação se sucedem e se repetem o “prende até ele confessar”.

    Já são 48 “delatores premiados”, que pegam um “caquinho” de pena e a vida segue…

    Como escreveu semana passada o Nassif, “o delator sabe o que os procuradores querem: Lula. E esse desejo expresso, público, notório dos procuradores é a condição para a aceitação da delação do delator. Então, se é isso que eles querem….”

    Mas the show must go on, e vem a “12132ª” fase da operação, agora para prender um sujeito que se arvora em “amigo do Lula”.

    E, de novo, o Nassif cantou a pedra e esgotou o que se tem a dizer:

    A Lava Jato esgotou seu potencial midiático. Não ganha mais as manchetes principais, e quando ganha é por mera solidariedade partidária dos jornais. Mas não desperta mais o interesse do leitor porque tornou-se uma repetição menor dos procedimentos inciais: anuncia-se uma nova etapa, prende-se a arraia miúda (porque a graúda já foi presa), vaza-se uma delação do delator que ouviu dizer que fulano ouviu dizer que beltrano ouviu dizer que Lula sabia de tudo.

    E vamos lá, no roteiro do que o Nassif chama de “o Santo Graal”: a prisão de Lula, que virou o impeachment que não conseguiram fazer.

    Triste país.

  11. Padre cede paróquia para evangélicos e cria polêmica em MG

    Padre cede paróquia para evangélicos e cria polêmica em MG

    Por BBC | 

    24/11/2015 11:03Igreja católica em Barra Longa, a 60 km de Mariana, recebe fiéis batistas, que tiveram templo parcialmente destruído

     

    Em meio à tragédia do tsunami de lama de rejeitos de mineração da Samarco, a atitude inusitada de um padre da região atingida pelo desastre tem chamado a atenção. Pároco da Igreja de São José, da cidade de Barra Longa, a 60 Km de Mariana, Wellerson Magno Avelino, de 39 anos, abriu as portas de sua paróquia para cultos de outras religiões, sobretudo a Batista, que teve templo parcialmente destruído.

    Depois da tragédia, evangélicos fazem culto na Paróquia São JoséDivulgaçãoDepois da tragédia, evangélicos fazem culto na Paróquia São José

    Fotos de um dos cultos circulam pelas redes sociais e dividem opiniões e causam polêmica. Embora a maioria dos internautas louve a iniciativa de Wellerson, que recebeu apoio de sua arquidiocese, fiéis e até alguns padres da própria Igreja Católica, e evangélicos, o criticam.

    Nas fotos, o interior da Igreja de São José está sem imagens de santos, retiradas provisoriamente. Devotos batistas aparecem orando e abraçados ao padre.

    Padre Marcelo Tenório usou seu blog para reclamar. “Lamentável. A fé não se negocia, a verdade não pode ser obscurecida por nada, nem tão pouco pela solidariedade”, postou Tenório. O bispo anglicano Josep Rossello, que publicou as primeiras fotos, disse que “em momento de tristeza e dor, a missão como cristãos e filhos do mesmo Deus, é acolher uns aos outros. O padre Wellerson está de parabéns, pois faz o bem sem olhar a quem”, justificou.

    Danos

    Há seis anos e meio à frente da Paróquia de São José, padre Wellerson disse ontem ao Dia, por telefone, que não está incomodado com questionamentos. “Nossa igreja está de portas abertas, servindo de base para a atuação de voluntários de diversas partes do país, inclusive de outras religiões. Fizemos um culto ecumênico dias atrás que ajudou a manter a serenidade num momento muito difícil. O verdadeiro cristão é aquele que acolhe seus filhos, seja de onde for e em qualquer circunstância”, afirmou.

    A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou na segunda-feira (23) que ao menos 900 hectares de flora foram dizimados em Minas Gerais em razão do desastre em Mariana. O monitoramento no estado ainda não foi concluído. “Só em Minas Gerais, o Ibama já fez um laudo, e só de impacto em vegetação são mais de 900 hectares de destruição. Nós temos de medir hectare por hectare e fazer fotografias comparando com imagens de satélite o que era antes e o que é hoje”, disse a ministra, que sobrevoou ontem a foz do Rio Doce. Segundo Izabella, a onda de resíduos já alcança dez quilômetros ao longo da costa do Espírito Santo e de um a 1,5 quilômetro mar adentro.

     

  12. “Fizeram de mim o inimigo número um das mulheres”, reclama Eduar

    “Fizeram de mim o inimigo número um das mulheres”, reclama Eduardo Cunha

    novembro 24, 2015 11:12

    “Fizeram de mim o inimigo número um das mulheres”, reclama Eduardo Cunha

    Em artigo na Folha de S. Paulo, publicado hoje (24), o presidente da Câmara critica as manifestações realizadas de norte a sul do país contra o PL 5.069/2013, acusado de impor um retrocesso nos direitos relativos ao aborto. “Esses movimentos propagam mentiras contra minha imagem”, alega

    Por Redação

    O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) publicou um artigo nesta terça-feira (24), no jornal Folha de S. Paulo, sobre o projeto de lei 5.069, que transforma em crime contra a vida o anúncio de meios, substância, processo ou objetos abortivos.

    A proposta ainda criminaliza e gera penalidades para quem induz, instiga ou auxilia a realização do procedimento. Quando é conduzido por profissionais de saúde, a pena é agravada, podendo chegar de 5 a 10 anos de detenção.

    O PL foi apresentado em 2013 por Cunha e outros 12 deputados, e não passou despercebido por militantes do movimento feminista, que o acusam de tentar impor retrocessos aos direitos das mulheres. Manifestações de norte a sul do país alertaram para as atitudes do peemedebista, fortemente influenciadas por ideais religiosos e conservadores.

    No artigo divulgado hoje, ele tenta se defender diante da pressão das ativistas. “Assisto pasmo às manifestações contra mim e o projeto, como se eu fosse seu único autor e também o responsável pelo texto que aprovaram na comissão à minha revelia, o qual não tem e nem terá meu apoio (…) Transformaram-me, injustamente, no inimigo número um das mulheres”, declarou.

    Ele alega que as pautas em questão não partiram de uma opinião pessoal, mas do posicionamento da maioria da sociedade brasileira. “Esses movimentos propagam mentiras contra minha imagem”, acredita. A tentativa de ganhar credibilidade perante a população surge em um momento nada agradável para o deputado, que pode ter seu mandato cassado pelo Conselho de Ética da Câmara por ter mentido sobre a existência de contas bancárias em seu nome no exterior.

     

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