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Redação

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  1. Mais Médicos 2015

    Em 2015, Mais Médicos ocupa todas as vagas abertas com brasileiros pela 1ª vez
    30/12/2015 17p0—Brasília—Aline Leal – Repórter da Agência Brasil

    Depois de muita polêmica envolvendo a contratação de profissionais cubanos para o Mais Médicos, em 2015 o programa conseguiu atrair um número maior de clínicos com registro nos Conselhos Regionais de Medicina (CRM) brasileiros. Enquanto 79%  dos médicos que entraram no programa de julho de 2013 a dezembro de 2014 são cooperados cubanos, todos os que entraram em 2015 são brasileiros.

    No começo deste ano, além da opção existente desde o início do programa, na qual o clínico atende por três anos na atenção básica do local para onde for designado, o Ministério da Saúde adicionou uma segunda alternativa para profissionais registrados no Brasil, em que ele passa apenas um ano clinicando e recebe ao final um bônus de 10% nas notas de concursos para ingresso em residências médicas.

    Foi este bônus o que atraiu Bruna da Silva a entrar no programa. Formada há cinco anos, a médica quer fazer residência em anestesiologia e acredita que 10% a mais na nota ajudarão a atingir este objetivo.

    Bruna foi designada para trabalhar na cidade pernambucana de João Alfredo, que tem 32 mil habitantes e fica a cerca de 100 quilômetros da cidade onde ela morava, a capital Recife. “A estrutura não é a melhor, o consultório é pequeno, abafado, não tem janela, nem ar-condicionado, mas mesmo assim a gente consegue resolver a vida de muitos pacientes e evitar que eles procurem o hospital”.

    Como na maioria dos postos de atenção básica, hipertensão e diabetes são as maiores demandas do posto onde Bruna trabalha. “A equipe é muito boa e agora os pacientes estão deixando de ir ao hospital por problemas que podem ser resolvidos nos postos, como controle de diabetes, de hipertensão, entre outros”.

    Divergências
    Desde o início do programa, em 2013, os editais sempre abrem chamadas primeiramente para médicos com registro no Brasil, em seguida para os brasileiros formados no exterior. As vagas restantes, que até 2014 acabavam sendo a maioria, são ocupadas por profissionais da cooperação entre Brasil e Cuba, intermediada pela Organização Mundial da Saúde.

    A grande divergência entre entidades médicas e governo com relação à iniciativa é que, enquanto a legislação brasileira exige registro nos CRMs para que os médicos possam atuar no país, a Lei 12.871, que institui o Mais Médicos, dispensa este documento de pessoas formadas fora do país para atuação exclusiva no programa. Desta forma, a maioria dos profissionais do Mais Médicos clinicam sem registro. Além disso, os médicos cubanos recebem pagamento pelo governo cubano, que fica com uma parte do dinheiro, algo que também tem a reprovação das entidades.

    Aumento nas consultas
    Com a mudança feita em janeiro de 2015, foram abertas 4.146 vagas, das quais 92% foram preenchidos por profissionais com registro no Brasil e 8% por médicos brasileiros formados fora do país e sem registro. A cada três meses o governo abre editais para repor vagas, caso haja desistências.

    Criado em 2013, o Mais Médicos paga uma bolsa-formação a médicos para que eles atendam na atenção básica de regiões carentes. Médicos que se inscrevem individualmente ganham pouco mais de R$10 mil, já os cubanos recebem menos, pois parte do dinheiro fica com o governo cubano. Hoje 18.240 profissionais clinicam pelo programa. A porcentagem de cubanos ainda é a maior, são 69% dos bolsistas.

    De acordo com dados da Rede Observatório do Programa Mais Médicos, nos municípios onde os médicos da iniciativa trabalham, o número de consultas aumentou 33%, enquanto nos demais municípios o crescimento foi 15%. Nos municípios do programa, entre 2013 e 2014, o número de internações caiu 4% a mais que nas demais cidades.

    A rede é formada por 14 instituições, incluindo 11 universidades federais, e fez a análise sobre os dados do período de janeiro de 2013 a janeiro de 2015 com pesquisadores observadores nas cinco regiões do País.
    Edição: Fábio Massalli
    URL:
    http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-12/em-2015-mais-medicos-ocupa-todas-vagas-abertas-com-brasileiros-pela-1a-vez

  2. Estadão “descobre” elo Cunha-Temer. É a operação tucana: “TSE-20

    Tijolaço

    Estadão “descobre” elo Cunha-Temer. É a operação tucana: “TSE-2016”

     

    piauitemercunha

    O Brasil tem uma coisa original na imprensa.

    É o “todo mundo sabe, mas só quando interessa vira notícia”.

    O  Estadão dominical “descobre” que uma emenda de Eduardo Cunha a uma Medida Provisória de 2012 que estabeleceu novas regras para a gestão dos portos no país favoreceu um doador de campanha do vice-presidente, Michel Temer.

    A emenda permitia a renovação de concessões de terminais portuários privados a operadores com débitos com a União, desde que estes estivessem em processo de arbitragem.

    Que Cunha e Temer têm mais interesse na “abertura dos portos às nações amigas” que D. João IV quando chegou ao Brasil não é novidade para ninguém.

    Se qualquer repórter for conversar com o deputado Anthony Garotinho, ex-protetor de Cunha, e perguntar porque ele chamava a MP dos Portos de  MP dos Porcos, vai precisar de um carrinho para levar suas anotações.

    Cunha, ao lado de Paulinho da Força, era o principal “transformador” da MP. Não é preciso senão consultar o site da Camara ( aqui, aqui e aqui) para saber disso. E com a ajuda luxuosa do então Governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

    Já as suspeitas sobre as ligações entre Michel Temer  com empresas operadoras de portos, especialmente o grupo Libra, vêm de lá do governo FHC, foram engavetadas pelo Engavetador-Geral da República, Geraldo Brindeiro e ressurgiram depois e ainda antes da MP dos Portos.

    E, nela, sem pudor, como registrava a Folha, há quase dois anos:

    A votação da MP dos Portos na Câmara foi conduzida como um jogo de pôquer entre o Palácio do Planalto e o líder do PMDB na Casa, Eduardo Cunha (RJ). O governo comemorava ter vencido o deputado quando teve de engolir uma das emendas mais polêmicas defendidas por ele. Com os blefes de ambos os lados, a aposta agora é que Dilma Rousseff vai vetar o dispositivo que prevê a renovação de contratos de arrendamento firmados depois de 1993, caso a MP seja aprovada.

    Truco! Quem convenceu Eduardo Cunha a retirar o apoio à emenda de Paulinho da Força (PDT-SP), que obrigava portos privados a contratar trabalhadores por meio dos Órgãos Gestores de Mão de Obra, foi o vice-presidente da República, Michel Temer.

    Seis! “Se deram um truco, não foi em mim: foi no Michel”, reagia ontem o líder do PMDB, antes da reviravolta que levou o governo a ceder para viabilizar a votação

    Por que isso apareceu agora?

    Porque, como o impeachment não tem base para se impor politicamente, é preciso dar munição a Gilmar mendes e Dias Tóffoli no TSE, que  sabem que não precisam de nada, senão suposições para dar o golpe sobre Dilma mas que precisam  “completar o serviço” pegando Temer, de modo que haja uma “eleição”, debaixo de um clima de comoção pública para ver se “assim a coisa vai”  para….para quem, mesmo?

    A fome de poder sem voto parece mesmo incontrolável.

    http://tijolaco.com.br/blog/estadao-descobre-elo-cunha-temer-e-a-operacao-tucana-tse-2016/

     

  3. Janot abrirá inquérito contra Aécio? Duvido!

    Blog do Miro

    sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

     

    Janot abrirá inquérito contra Aécio? Duvido!

     

    Por Altamiro Borges

     

     

     Sem muito alarde, a mídia privada noticiou na quinta-feira (31) que a Procuradoria-Geral da República analisará, após o recesso do Judiciário, se vai pedir a abertura de inquérito contra os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Em sua delação premiada, Carlos Alexandre de Souza Rocha, o “entregador de dinheiro” do doleiro Alberto Youssef, garantiu que repassou diretamente R$ 300 mil ao grão-tucano e R$ 1 milhão ao presidente do Senado. Quanto ao senador do Amapá, que trocou o PSOL pela Rede de Marina, ele disse “ter ouvido” do seu chefe mafioso que o parlamentar recebeu R$ 200 mil, mas que não efetuou a entrega do dinheiro.

     Os três denunciados negam o recebimento da propina. A assessoria do cambaleante Aécio Neves classificou a citação do seu nome na delação premiada de “absurda e irresponsável”. Já o senador Randolfe Rodrigues partiu para o ataque, afirmando que “alguns porcos querem levar todos para o chiqueiro deles”. E o presidente do Senado, Renan Calheiros – que já é alvo de inquérito sob suspeita de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras investigado pela Operação Lava-Jato -, disse que as declarações de Souza Rocha “são de uma inconsistência absoluta”. Se depender da mídia tucana, o grão-tucano seguirá livre e solto – sem inquérito, sem investigação e, muito menos, sem condenação ou prisão. A delação do “entregador de dinheiro” de Alberto Youssef contra o cambaleante foi abafada nos jornais, revistas e emissoras de rádio e tevê. A Folha tucana optou por colocar uma nota de rodapé na sua capa e chegou a deletar a denúncia do seu site de notícias – que só voltou após a chiadeira na internet. Já as desculpas do presidente nacional do PSDB têm recebido generosos espaços na imprensa oposicionista. Quanto a Renan Calheiros – que virou o inimigo número um dos “calunistas”, como Merval Pereira, por se contrapor ao impeachment de Dilma – e a Randolfe Rodrigues, eles que se cuidem para evitar a satanização midiática.   Já se depender do procurador-geral Rodrigo Janot, a situação do senador mineiro-carioca também não é tão preocupante. Aécio Neves já havia sido citado pelo próprio Alberto Youssef em sua delação premiada, mas o PGR não abriu inquérito por considerar que os indícios “eram fracos”. Parece que nada pega contra o tucano golpista – aeroporto construído com dinheiro público na fazenda do seu tio-avô em Cláudio (MG); uso de aeronaves oficiais para conduzir seus parentes e amigos (inclusive barões da mídia e celebridades globais); publicidade governamental em rádios da família; ou a Lista de Furnas. Rodrigo Janot, tão chegado aos holofotes midiáticos, evita tocar no cambaleante! Será que agora ele mudará de atitude? A conferir após o fim do recesso do Judiciário, em fevereiro!http://altamiroborges.blogspot.com.br/2016/01/janot-abrira-inquerito-contra-aecio.html

  4. Um clipe sobre a impressionante academia de Kung Fu Shaolin

    Um clipe sobre a impressionante academia de Kung Fu Shaolin na China com 36 mil alunos.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=3FDL4ZYEfcw%5D

    As cenas foram extraídas do documentário Dragon Girls, que retrata a história de três meninas chinesas estudantes de kung fu na maior escola de luta da China, o Shaolin Tagou.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=6JPACgwP9-Y%5D

  5. A ponte entre Brasil e Guiana Francesa que ninguém pode cruzar

    Do r7.com

    Terminada há quatro anos, ponte sobre rio Oiapoque ainda está fechada

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    Brasil

    CPI da Petrobras/Operação Lava Jato Maioridade Penal Operação Zelotes

     

    3/1/2016 às 07p9 (Atualizado em 3/1/2016 às 08p9)

    A ponte entre Brasil e Guiana Francesa que ninguém pode cruzar

    Terminada há quatro anos, ponte sobre rio Oiapoque ainda está fechada

    R7 Página Inicial    Receba Notícias No Seu CelularTexto: -A +A

    BBC Brasil

     

    Terminada há quatro anos, ponte ainda não foi abertaBBC Brasil

    “PARE. Identifique-se”, diz uma placa amarela e preta no extremo brasileiro da ponte entre a América Latina e a União Europeia – e, se alguém ultrapassa os limites demarcados pelo arame, um guarda aparece ao longe e grita: “Volte!”.

    O grito rompe o silêncio reinante na imponente obra cinza e vazia sobre o o rio Oiapoque, cujas águas marcam afronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa, na selva amazônica.

    Ainda que a ponte estaiada de pilares de concreto de 378 metros de comprimento tenha sido terminada há quatro anos,nunca foi inaugurada, e seu uso está proibido.

    Fundo de pensão dos Correios tem rombo de R$ 5 bilhões, diz jornal

    Essa demora é um enigma para os moradores dos dois povoados remotos em ambos os lados do rio: Oiapoque na margem brasileira e St. Georges na francesa.

    Dona de casa de 34 anos, Alexandra Costa afirma que a obra fechada é um mistério, enquanto tem as unhas dos pés feitas em um salão de beleza em Oiapoque.

    — Para qualquer brasileiro e francês é o maior mistério: por quê? Faz anos que está pronta

    Monumento à ineficiência

    Falta de documentos e desentendimentos impedem a ponte de funcionarGeraldo Lissardy

    A obra foi anunciada oficialmente em 1997 pelos presidentes da França e do Brasil à época, Jacques Chirac e Fernando Henrique Cardoso.

    Sobre uma das lanchas que transportam as pessoas de um lado ao outro do rio, Auxilio Cardoso, um aposentado brasileiro de 71 anos, conta que a história da obra é antiga.

    — Ouvi falar da ponte pela primeira vez em 1973.

    Ele está indo a St. Georges “comprar um perfume francês para o Natal” e passa sob a ponte. Questionado sobre quanto falta para inaugurá-la, dá de ombros, leva as mãos ao céu e responde sorrindo: “Não sei”.

    De fato, ninguém na região parece saber essa resposta. Com um custo para ambos os governos de US$ 30 milhões (R$ 118,5 milhões), a ponte foi construída com base na premissa de que impulsionaria o intercâmbio e o desenvolvimento destes rincões perdidos do Brasil e da França.

    A Guiana Francesa é a última área continental sul-americana que ainda pertence a uma ex-potência colonial. É um território ultramarino da França e, como tal, faz parte da União Europeia e tem o euro como moeda oficial. E a ponte prometia reduzir o isolamento que marca sua história.

    Mas, agora, muitos veem a moderna estrutura como um monumento à ineficiência governamental, à burocracia e às diferenças entre os dois países.

    “É bonita, mas está parada”, reflete Deus Bahia da Silva, um comerciante de 40 anos, ao observar a ponte a partir da margem brasileira, ao lado de barcos de pescadores.

    — Nosso Brasil está complicado, os governantes não querem olhar pelo povo, só por eles mesmos. Oiapoque não tem nada. Nós cassamos um prefeito, agora temos outro e nada. Nem praça tem aqui: faz anos que as obras dela estão paradas também.

    Vantagens e desvantagens

    Oiapoque fica na margem brasileira do rio do qual leva o nomeBBC Brasil

    Entre os habitantes dos dois povoados, hádivergências sobre as vantagens e prejuízos que a ponte trará, como se fosse uma enorme criatura adormecida sempre a ponto de despertar.

    “Oiapoque vai ficar cheia de gente”, diz Roberto Carlos, de 42 anos, enquanto joga em uma tenda de tiro ao alvo com pistolas de ar comprimido, como as de parques de diversão, mas que, na cidade, fica em uma das ruas principais.

    Do lado da Guiana Francesa, fica o povoado de St. GeorgesBBC Brasil

    “Vai ser melhor para fiscalizar, porque agora tem muita mercadoria de contrabando”, afirma Jessica Santos, uma jovem de 23 anos que está desempregada, em frente à praça de St. Georges.

    De um lado, está a prefeitura do povoado, ao fim de uma esplanada cheia de besouros mortos. As bandeiras da França e da União Europeia tremulam no ar quente e úmido. No corredor da entrada, envelhecem fotos de Chirac e Cardoso do dia em que visitaram St. Georges e anunciaram a obra.

    Outros acreditam que a ponte afastará os turistas, que seguirão em frente rumo às cidades mais próximas de Caiena, em solo francês, e Macapá, no brasileiro, sem precisar parar por algumas horas nos povoados, como fazem agora.

    Marlady da Silva, uma brasileira de 30 anos que vive em Oiapoque e vai todos os dias para St. Georges de lancha para trabalhar em uma lanchonete onde se cobra em euros comenta a mudança.

    — Não vai ser bom, porque vai precisar de um carro para cruzar o rio e vai sair mais caro

     

    Seus filhos perguntam o que ela vai fazer quando a ponte abrir. O custo da passagem para atravessar a fronteira em 10 minutos custa R$ 16, e há umas 200 lanchas que fazem este serviço dia e noite, diz Reginaldo Pena de Moraes, que, com 57 anos, ganha a vida sobre uma delas.

    Ele conta que seus três filhos o questionam sobre qual será seu trabalho após a abertura da ponte. “Só vamos descobrir depois que inaugurarem”, ele responde. “Não sabemos quando, mas isso vai acontecer.”

    Pendências

    Obra foi anunciada em 1997 pelos então presidentes Jacques Chirac e Fernando Henrique CardosoBBC Brasil

    As autoridades também não têm certeza sobre os prazos. De seu escritório em Macapá, Waldez Góes (PDT), governador do Amapá, destaca que a nova meta para a inauguração é “o final do primeiro semestre de 2016”.

    Esse objetivo foi estabelecido durante reunião entre os representantes dos dois lados em outubro e permitiria abrir a passagem antes dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que serão realizados em agosto.

    Mas, além do vento contrário gerado pela dura crise econômica do Brasil, que tem feito com que grandes projetos de infraestrutura sejam esquecidos, há vários requisitos para conseguir cumprir a data marcada.

    Um é que o Brasil envie antes do fim do ano os documentos que permitam à França liquidar o último pagamentocorrespondente à construção da ponte, que ainda está pendente, explica Góes.

    Cabines do lado da Guiana estão instaladas, mas não há funcionáriosBBC Brasil

    Ele acrescenta que esse atraso, por sua vez, impede até agora que a empresa que fez a obra entregue oficialmente a ponte ao Brasil e à França. Também falta instalar na cabeceira brasileira da ponte os equipamentos para fazer o controle da fronteira, principalmente aduaneiro, além de funcionários.

    Isso já foi feito do lado francês, mas as cabines de controle neste momento só são habitadas por lagartixas e insetos.

    “Depois que inaugurarem a ponte, será a modernidade”, diz com certa ironia um policial francês de fronteira que evita revelar seu nome, porque não tem autorização para falar com jornalistas, em um escritório com ar condionado.

    O Brasil também prometeu pavimentar a BR-156 entre Oiapoque e Macapá, que tem um longo trecho de terra, barro e buracos em seus 595 km. Mas Góes nega que a obra seja condição para a abertura da ponte.

    O governador diz que a estrada é de responsabilidade do governo federal e, diante da suspeita de muitos vizinhos de que a obra atrasou por causa de corrupção, responde

    — Não posso assegurar se houve ou não desvio de dinheiro.

    Visto

    Outro obstáculo pendente é a falta de acordo sobre os seguros para os veículos que cruzarem a ponte, já que, do lado francês, as exigências e os custos são bem maiores, porque seguem o padrão europeu.

    O Brasil ainda quer que a França dê fim à exigência de visto para os brasileiros que entram na Guiana Francesa, onde a polícia controla rigorosamente a estrada para Caiena, melhor pavimentada do que a brasileira.

    A França quer evitar a entrada em seu território de imigrantes sem documentos e garimpeiros de ouro ilegais, masmuitos brasileiros dizem que o tratamento é desigual, pois os franceses não precisam de visto para entrar no Brasil.

    “Os gringos vêm, fazem o que querem aqui no Brasil e lá não se pode fazer nada”, protesta Ednaldo Ribeiro, taxista de 47 anos em Oiapoque. “Você chega a St. Georges e logo a polícia já está atrás de você.”

    Enquanto isso, a pintura da ponte descasca, a iluminação está deteriorada pela umidade, e alguns perguntam se a obra estará em condição de ser usada caso algum dia venha a ser inaugurada.

    “Até os romanos, quando faziam uma ponte, sabiam a razão da construção”, diz Rona Lima, empresário brasileiro de 57 anos, dono de pousada em Oiapoque.

    — Mas essa ponte ainda não tem uma finalidade. Não existe nenhuma economia visível que a justifique.

    Para ele, a obra só serviu para fazer aflorar as diferenças entre os dois lados do rio.

    — A ponte veio só para quebrar o charme da região amazônica.

    Os moradores perguntam: se um dia a ponte abrir, ainda estará em bom estado para ser usada?

     

     

  6. El niño no mundo
    http://www.dw.com/pt/o-que-%C3%A9-realmente-culpa-do-el-ni%C3%B1o/a-18956287

    O que é realmente culpa do “El Niño”?
    Enchentes na Inglaterra, seca histórica na Etiópia, inverno moderado na Europa e no Polo Norte: eventos dão a impressão de que clima está enlouquecendo. Não é possível, porém, culpar o fenômeno “El Niño” por tudo.

    Enchente em Assunção, no Paraguai: chuvas mais fortes são consequências do “El Niño” na América do Sul
    Enchentes históricas no norte da Inglaterra, inundações na América do Sul. Quantidade recorde de tornados nos Estados Unidos, e pessoas morrendo de fome na Etiópia devido à seca. Nos Alpes suíços, montanhas cobertas de verde, e o dezembro mais quente em 150 anos (quando começaram as medições). No Polo Norte, um inverno 30 graus mais quente que a média, com temperaturas, durante o dia, quase tão altas quanto no sul da Califórnia durante a noite.
    A cada notícia que chega, a impressão é de que o tempo está enlouquecendo. E os dedos logo apontam para o fenômeno “El Niño” como responsável. Em muitos casos, no entanto, ele está sendo apenas um bode espiatório.
    Mais enchentes e incêndios
    O “El Niño” é uma anomalia climática do Pacífico Sul: em intervalos regulares, as variações normais do tempo sofrem alterações. O fenômeno ocorre entre a costa oeste da América Latina e o Sudeste Asiático, mas seus efeitos podem ser sentidos em todo o mundo. Várias vezes, ele levou a desastres naturais.
    Normalmente, águas quentes superficiais fluem, a partir da América Latina, em direção ao oriente. Enquanto águas geladas viajam no sentido contrário, nas profundezas do oceano. Nos anos em que o “El Niño” foi registrado, essas correntes ficaram mais fracas e, algumas vezes, chegaram a mudar de direção.
    O fenômeno fez também com que a temperatura da água superficial da costa da Austrália e da Indonésia ficasse vários graus mais baixa, enquanto na América Latina ela aumentou. A última vez que o “El Niño” ocorreu foi entre 2009 e 2010. Ele costuma durar cerca de um ano.
    O pesquisador Jerome Lecou, especialista em clima do serviço meteorológico francês Meteo France, estima que este ano pode estar testemunhando o “El Niño” mais forte do último século.

    A maioria dos especialistas concorda: as enchentes na Argentina e no Paraguai, por exemplo, são ligadas ao “El Niño”. “Sabemos que, durante o fenômeno, o período de chuvas é muito mais pesado do que o normal na América do Sul”, diz Andreas Friedrich, do serviço meteorológico alemão DWD.
    Da mesma forma, incêndios florestais, smog e seca em países como Indonésia e Austrália podem seguramente ser conectados ao “El Niño”. O fenômeno também tem seu papel na maior seca em décadas na Etiópia: quando a chuva cai demais num lugar, explica Friedrich, ela está deixando de cair em outro.
    O “El Niño” contribuiu também para outro recorde: 2015 foi, segundo vários institutos, o ano mais quente desde o início das medições climáticas. Mas é até aí, segundo o especialista alemão, que a participação do fenômeno se limita.
    Anomalias de um padrão de larga escala
    Com frequência, as condições climáticas extremas no sul dos EUA são mencionadas como um efeito do “El Niño”. Mas isso não se justifica, afirma Friedrich:

    Esquiador caminha nas montanhas de Engelberg, na Suíça, sem qualquer vestígio de neve a seu redor
    “Os tornados nos EUA, as enchentes na Inglaterra e as temperaturas amenas em partes da Europa não tem uma conexão substancial com o ‘El Niño’. Essas são aberrações de um padrão climático de larga escala no Hemisfério Norte. E isso levou a alguns episódios de eventos climáticos extremos.”
    A razão para esses eventos seria uma mudança na rota das chamadas correntes de jato – corredores de vento que viajam ao redor do planeta numa altitude, a grosso modo, comparável às de cruzeiro de um voo transatlâncio, a partir de 10 mil metros.
    Essas correntes de jato enfrentam uma série de desvios, explica Friedrich. Como consequência, o ar quente das Canárias, por exemplo, está viajando em direção ao norte, para o Ártico, onde ela raramente aparece. Isso fez com que áreas de baixa pressão atingissem repetidamente a Inglaterra – e despejassem grande quantidade de água por lá.
    “Isso é parte do caótico sistema da atmosfera. Nós não sabemos por que padrões climáticos de larga escala continuam se repetindo. Nós não temos explicação, mas isso não quer dizer que podemos culpar o ‘El Niño'”, afirma Friedrich.
    O especialista francês Jean Jouzel, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), evita culpar as mudanças climáticas pelo que está ocorrendo no planeta neste fim de 2015 e início de 2016. Segundo ele, isso pode ser parte de um ciclo natural. Andreas Friedrich é da mesma opinião:
    “É bastante simples colocar tudo no mesmo pote. Mas o que estamos vivenciando aqui na Alemanha e no norte da Europa, por exemplo, não tem nada a ver com o ‘El Niño’. E também não é uma catástrofe climática, mas uma anormalidade em grande escala. Elas são sempre caóticas e não podem ser previstas. Caso contrário, nós já saberíamos no meio do ano como será o tempo no Natal.”

  7. Ah, estes poetas … “Casta” por Chico César.
    http://m.oglobo.globo.com/cultura/livros/chico-cesar-lanca-versos-pornograficos-sem-erotismo-vida-nao-tem-menor-graca-18399040

    LIVROS

    Chico César lança ‘Versos pornográficos’: ‘Sem erotismo, a vida não tem a menor graça’

    Livro de poesias foi lançado pela editora Confraria do Vento

    POR MARIANA FILGUEIRAS
    03/01/16 – 06h00 | Atualizado: 03/01/16 – 06h00

    O cantor Chico César, que acaba de lançar o livro “Versos pornográficos” – Divulgação/Marcos Hermes

    RIO – No lançamento do livro “Caderno de poesias” (Editora UFMG), há duas semanas, Maria Bethânia contou que está “alucinada” por um livro que ganhou de presente: “Versos pornográficos”, do amigo, cantor e compositor Chico César.

    — Eu vi aquele título, “Versos pornográficos”, um livrinho que ele deixou quietinho no meu camarim durante o show que fizemos juntos para o Prêmio da Música Brasileira. Dei uma folheada e achei uma delícia! Tem um jogo de palavras delicioso, ele é muito sacana, eu não imaginava — comentou a cantora.

    Lançado sem muito alarde em outubro pela Confraria do Vento, o volume encarnado tem prefácio do escritor Márcio-André, amigo de Chico e o primeiro a apostar no material escondido nas gavetas do compositor, e ilustrações provocantes da húngara Sári Szántó.

    Como surgiu a ideia do livro?

    Do livro mesmo foi numa conversa por Facebook com Marcio-André, multiartista que integra o conselho editorial da Confraria do Vento. Ele me perguntou nessa conversa se eu tinha algum livro no prelo depois dos dois primeiros lançados: “Cantáteis — Cantos Elegíacos de Amozade” e “Rio Sou Francisco”. Respondi que não tinha nada. Ele insistiu: Nada mesmo? E eu, meio envergonhado, respondi que tinha uns escritos eróticos que nem estavam organizados, pois eu não pensava que aquilo pudesse virar um livro. São poemas espalhados pelo tempo apesar do, com o perdão da palavra, “grosso” do livro ter sido escrito num primeiro momento de minha estada na Paraíba como gestor (ele foi secretário de Cultura do estado de 2011 a 2014). Nas minhas noites, claro. A musa do disco “Estado de poesia” (Bárbara Santos) ainda não havia se instalado em mim, e as canções não estavam saindo. Tomei coragem de dizer que tinha os poemas pois fazia pouco tempo que tinha escrito a apresentação do livro erótico “Meio seio”, de um dos meus autores preferidos da poesia brasileira: Nicholas Behr.

    Você costuma ler poesia erótica?

    Gosto muito de literatura erótica. Creio que comecei com Adelaide Carraro na Livraria Lunik, que era também loja de discos, em minha Catolé do Rocha, no sertão da Paraíba. Eu, bem menino, ali com 8, 9 anos de idade, me interessava pelo tema sexo ao mesmo tempo que me assustava, claro. Ali eu gostava de ler “De onde vêm os bebês”. Mesmo o aspecto, digamos assim, técnico me interessava. Depois, os livrinhos de “catecismo” com os desenhos de Carlos Zéfiro e seus muitos imitadores e, algo que lembrei agora, umas fitas cassete que contavam histórias bem cabeludas. Pra mim, um clássico da poesia erótica é o “Poema da buceta cabeluda”, do paraibano Bráulio Tavares, que recitávamos nas ruas de João Pessoa no começo dos anos 1980. Pra mim esse poema é o exemplo de literatura que exalta o prazer e não rebaixa a mulher. E isso, pra nós que temos uma formação esquerdista cristã, é uma libertação, principalmente quando se é adolescente. A literatura regionalista traz bastante um viés erótico, ou pelo menos sensual. Temos isso em Jorge Amado, José Lins do Rego, Guimarães Rosa. É muito mel escorrendo pelos dedos, muito cheiro de flor do mato, de dendê pelo corpo, muita pegação em cacimba e beira de riacho. Eu era menino, vendia e lia esses livros.

    Tem algum tema tabu para você?

    Tabu sempre tem, né? E quem não os tem? Mas com eles erguemos nossos totens.

    Este ano foi lançada uma “Antologia da poesia erótica brasileira”, da professora Eliane Robert Moraes. Neste estudo, ela diz que “todo poeta brasileiro já experimentou, de uma forma ou de outra, a poesia erótica”. Queria que você falasse disso um pouco.

    O erotismo faz parte da vida. Quem passa pela vida passa necessariamente pelo erotismo. Sem ele a vida não tem a menor graça. É como sexo pra procriação ou viver só para o trabalho. É lindo quando descobrimos o erotismo num clássico como Drummond. Sei que alguns dirão que é erótico nele o que em outros é pornográfico. Eu não ligo muito para essas classificações. Cada um tem seu próprio prazer estético. Quando Marisa Monte pôs um desenho de Carlos Zéfiro na capa de um disco dela foi muito bom para que pessoas mais recatadas e, por que não dizer, caretas, ficassem mais à vontade com aquela “pegada” mais forte. Eu gosto.

    Você já fez canções eróticas?

    No meu disco “Francisco forró y frevo”, canto uma parceria minha com o também paraibano Pedro Osmar que intitulamos “A marcha da calcinha”: “A vida tirou a calcinha pra mim/ me dominar, me amar, me amarrar com seda e cetim”. E por aí vai. Gravamos num pot-pourri em que a juntamos com “A marcha da cueca”, de outro paraibano: Livardo Alves. Os paraibanos estão me saindo bem safadinhos. No meu disco mais recente, “Estado de poesia”, sinto bem presente o erotismo em versos como “A fruta de seus lábios, a alma saindo pela boca, os lábios de sua fruta calma derramando em calda a polpa/ apalpo muito pouco a pouco palpos dos sonhos mais loucos/ doce o caldo derramado desse engenho nunca dentes escorrido em gozo”, da música “Caracajus”. Sinto que a própria poesia é uma manifestação de libido, do fogo de viver.

    Qual a principal dificuldade em escrever pornografia?

    Era algo íntimo, pessoal. Então não houve muita dificuldade. Difícil mesmo foi admitir que “aquilo” podia ser publicado, publicizado. Dá um certo receio. Então, às vezes vou visitar alguém e levo meu disco de presente mas não levo o livro. Fico meio constrangido, mas sinto que muita gente recebeu bem o livro. Fiz shows pelas periferias de São Paulo, nos CEUs, e as mulheres foram lá e compraram o livro. Depois, muitas escreveram elogiando. Deu um certo alívio, isso.

    Os brasileiros estão mais caretas?

    Os brasileiros caretas estão ocupando muito espaço na mídia, nas redes sociais e nas ruas. Eles saíram do armário e trazem às ruas sua baba e seu mimimi retrógrado. Mas isso com certeza é uma reação às conquistas institucionais que os avanços comportamentais impuseram nos últimos tempos. Ou seja, o Brasil ficou menos careta mas os caretas ficaram mais agressivos e incisivos em sua caretice e suas patrulhas. Bateu o desespero, eles perderam e são atropelados pela história. Quanto mais cara feia fizerem, mais sorriso e flor devemos mostrar a eles. Quanto maior a burca que eles querem nos impor em pleno sol do meio-dia, mais vezes tomamos banhos pelados no mar em noites de lua. Ou sem lua mesmo.

    Leia abaixo o poema “Casta”, incluído no livro:

    “em público casta

    mas quando de mim

    em privado se acosta

    mulher de palavra

    depravada

    diz como se falasse ao espelho do que gosta

    mais de frente

    mas também de costas

    diz que a saliva seca

    e se faz molhada a cona

    e piscante o rego

    mamilos duros

    que mesmo mamá-los

    não lhes traz sossego

    que o clitóris

    grão grilo e grelo

    salta ciciante entre a espuma dos lábios

    e os dedos sábios

    a socorrem sem medo

    quando aí se acaricia

    e a funda fenda inunda

    como tempestade a raiar o dia”

    “Versos pornográficos”

    Autor: Chico César.

    Editora: Confraria do Vento.

    Páginas: 48.

    Preço: R$ 43

  8. E então, o tesoureiro do PSDB é ou não traficante de drogas?

    Depois de Aécio, agora o tesoureiro do PSDB é acusado de envolvimento com tráfico

    Por redacao dezembro 24, 2014 13:45  [video:http://www.revistaforum.com.br/mariafro/2014/12/24/depois-de-aecio-agora-o-tesoureiro-psdb-e-acusado-de-envolvimento-com-trafico/%5D  

    Depois de Aécio, agora o tesoureiro do PSDB é acusado de envolvimento com tráfico

    Veja também

     

    Por indicação de Sergio Mendes segue matéria com denúncias gravíssimas.

    Leia também:
    Documentos de Vilmar seriam falsos, suspeita Brasil

    Senador Paraguaio denúncia Tesoureiro Nacional do PSDB por envolvimento com o tráfico internacional de drogas

    Jornal I9

    17/12/2014

    tesoureiro_pssb_aecio

    Tesoureiro Nacional do PSDB e Governador Eleito pelo MS, Reinaldo Azambuja e o atual Presidente do PSDB, Aécio Neves

    Depois da repercussão nacional e internacional envolvendo o nome do Presidente do PSDB, Aécio Neves com helicóptero pertencente, a Agropecuária Limeira, preenchido com 450 quilos de cocaína, no qual foi divulgado amplamente pelo canal Telesur e um dos sites mais famosos dos EUA, o TMZ.

    Agora é a vez do Tesoureiro Nacional do PSDB estar envolvido com o Narcotráfico Internacional de Drogas. A denúncia partiu do Senador Paraguaio Arnoldo Wiens, membro da comissão que investiga o assassinato do jornalista Pablo Medina e de sua assistente, Antônia Almada. Ele apontou o Tesoureiro Nacional do PSDB, e Governador eleito de Mato Grosso do Sul Reinaldo Azambuja como alguém que tem muita amizade com clã liderado pelo ex-prefeito de Ypejhú , Vilmar “Neneco” Acosta Marques, fugitivo da Justiça.

    O senador disse ainda que a Interpol está investigando o caso e analisou ser muito importante que a classe política brasileira também investigue. “E eu acho que seria muito interessante também para ver qual a reação da classe política brasileira, no sentido de que eles também querem que investiguem sua classe política , como estamos fazendo no Paraguai. Porque estamos diante de uma situação em que a sociedade , cidadãos , a mídia vai dizer: não quero um estado governado por traficantes de drogas”, justificou. O senador disse que já tem reunião marcada com o procurador-geral do Brasil.

    Vilmar “Neneco” Acosta Marques é apontado como o maior contrabandista de maconha e cocaína para o Brasil, principalmente para as regiões Sul e Sudeste do País. “Neneco” também é acusado por diversos homicídios e chacinas no Paraguay.

    DEA veio ao Brasil, após mídia internacional envolver Aécio Neves com tráfico internacional de drogas

    Depois das denúncias a respeito das irregularidades em relação ao aeroporto de Cláudio (MG) envolvendo a polêmica pista de pouso com o tráfico de drogas, a Drug Enforcement Administration (DEA) esteve no Brasil no mês de novembro.

    O juiz federal Marcus Vinícius Figueiredo de Oliveira Costa do Espirito Santo, recebeu em seu gabinete o agente da Polícia Federal Rafael Pacheco. Ele estava acompanhado de dois homens que falavam português com sotaque.

    Apresentaram-se ao juiz como agentes da DEA – a agência antidrogas americana. Os investigadores estrangeiros queriam saber o local do pouso do helicóptero que trouxe de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, pelo menos 445 quilos de pasta base de cocaína. O local do pouso estava registrado no GPS da aeronave.

    A conversa era informal e se alongou. Os agentes da DEA contaram ao juiz que, assim como o México é a rota da droga para os Estados Unidos, o Brasil se transformou no principal corredor da cocaína exportada para a Europa, e assim como no México o tráfico de drogas alimenta a política, no Brasil não seria diferente, e essa especulação que envolve o nome do Senador Aécio Neves, “os interessa e muito”!

    Os Estados de São Paulo (Alckimin), Paraná (Beto Richa), Minas (Aécio) e Mato Grosso do Sul (Azambuja), todos do PSDB, fazem parte da rota do tráfico internacional de drogas, acompanhe…

    O Piloto Alexandres do conhecido “Helicoca de Minas” dá detalhes. Diz que o voo do helicoca saiu de São Paulo dia 19 de Novembro de 2013, foi para o aeroporto de Avaré, onde pernoitou.

    Estive neste aeroporto, que é administrado pelo governo do Estado de São Paulo. Soube que o avião chegou perto do por do sol, ficou ali, enquanto os dois tripulantes foram levados de táxi para o hotel Vila Verde.

    Na manhã seguinte, reabastecido, saíram. Num aeroporto privado, em Porecatu, no Paraná, fizeram escala para reabastecimento e partiram para a região da fronteira.

    O GPS indica que pousaram em Pedro Juan Caballero, do lado paraguaio. Alexandre diz que foi em Ponta Porã, do lado brasileiro. Não é apenas um detalhe.

    Se assumir que esteve no Paraguai, Alexandre estará confessando participação no tráfico internacional de entorpecentes, com pena mais severa.

    Da fronteira, os dois voltaram para São Paulo, com duas paradas, uma em Porecatu e outra em Avaré, onde permitiram que um funcionário fizesse o reabastecimento, apesar do helicóptero estar abarrotado de sacolas com cocaína.

    De Avaré, foram para Jarinu, na Grande São Paulo, num pouso que, apesar de muito importante, ainda não teve a investigação aprofundada pela Polícia Federal.

    “Deixamos a droga num hotel fazenda, com três homens num jipe verde”. O hotel fazenda é o Parque Danape, um dos maiores da região, e um dos proprietários tem de fato um jipe verde.

    Com o helicóptero vazio, foram para o Campo de Marte, onde o helicóptero pernoitou. Os dois foram para o apartamento de Alexandre.

    Neste apartamento, Rogério trocou mensagem com um primo e contou que transportava “coca”.

    No dia seguinte, Alexandre diz que voltou ao hotel fazenda, onde a droga foi novamente colocada no helicóptero. Ele conta que havia três sacolas a menos, coisa de 50 quilos de cocaína que teriam ficado nesta escala.

    Numa investigação preliminar, agentes da Polícia Federal estiveram nas imediações do hotel sem se identificar e produziram uma informação técnica que foi juntada ao inquérito.

    No relatório da investigação, a Polícia Federal recomenda outras diligências e, entre parênteses, registra que ali podem estar os proprietários da droga. É um registro curto, até agora sem desdobramento.

    Do hotel em Jarinu, o helicóptero foi para Divinópolis, em Minas Gerais, onde houve novo reabastecimento, com a droga no bagageiro e no banco traseiro da aeronave. Em seguida, para Afonso Cláudio (MG), onde aconteceu a apreensão.

    Rota do Pó

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