Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Redação

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  1. Paulo Nogueira Batista Jr.: política econômica para enxotar vira

    Do Tijolaço

    Paulo Nogueira Batista Jr.: política econômica para enxotar vira-latas

    vira

    Quer entender o que têm a ver a crise econômica com a ação política sistemática de demolição da ideia do Estado como ferramenta de desenvolvimento e bem-estar, que vai além da  destruição do governo petista mas passa, necessariamente, por ela?

    Leia o professor Paulo Nogueira Batista Jr, um dos raros economistas brasileiros que não escreve em hieróglifos e com mais preocupação em ser entendido do que ser admirado como oráculo.

    Talvez, por isso, os governos petistas sempre o tenham mantido numa espécie de exílio: primeiro no FMI, onde conduziu nossa afirmação como membro decisivo, em lugar de pedinte contumaz e, agora, no Banco dos Brics, onde é vice-presidente e já anuncia a entrada, progressiva, de investimentos em infraestrutura no país.

    Seu artigo hoje, em O Globo, é a mais simples e melhor explicação sobre as mudanças de orientação da política econômica, tímidas, mas as possíveis a um governo que está fraco e sob implacável assédio não só das forças do “mercado” – leia-se aí a especulação financeira, nacional e internacional – como, sobretudo, pelas feitorias de pensamento, cuja dominação se dá como todo processo de dominação: pela destruição de nossa autoestima, pela renúncia à ideia de nossa capacidade e, portanto, pela criação de uma necessidade de entregarmos a outros a condução do nosso próprio destino.

    Tomei a liberdade de sublinhar algumas frases, professor…

    Recessão emocional

    Estou passando algumas semanas no Brasil, leitor, e constato horrorizado: pior do que a recessão econômica, só a recessão emocional. O país, que há poucos anos era um sucesso internacional, parece ter perdido a autoconfiança definitivamente. Esquece seus pontos fortes e proclama aos quatro ventos seus pontos fracos. E, pior, demonstra satisfação masoquista em proclamá-los.

    Em outras palavras, o complexo de vira-lata voltou com força total. Era de se esperar. Um complexo assim secular não se supera num passe de mágica, em poucos anos de sucesso. Mesmo nos nossos anos de prestígio internacional, o vira-lata estava ali, à espreita, pronto para voltar à cena. Afinal, como dizia Nelson Rodrigues, subdesenvolvimento não se improvisa — é obra de séculos.

    A recessão emocional alimenta a econômica, e vice-versa. O colapso da confiança prejudica inevitavelmente o investimento e o consumo. A retração da demanda agregada doméstica derruba a produção e o emprego. E o aumento da capacidade ociosa e do desemprego deprime ainda mais o investimento e o consumo, jogando a economia numa espiral descendente.

    Nesse ambiente, as políticas monetária e fiscal não podem continuar sendo pró-cíclicas, como foram em 2015. Não há dúvida de que o espaço monetário e fiscal é limitado. Mas é possível moderar a política de juros e espaçar o ajuste fiscal ao longo do tempo. É o que parece estar tentando a equipe econômica. Sob protestos da turma da bufunfa, o Banco Central interrompeu o ciclo de alta de juros. O Ministério da Fazenda anunciou medidas de ampliação do crédito, centradas na atuação dos bancos federais, e mudanças na política fiscal que tendem a torná-la mais sensível ao ciclo econômico. Foi apresentado ao mesmo tempo um programa de ajustamento estrutural das contas públicas.

    A direção tem que ser essa mesmo. Ou alguém imagina que num quadro de queda acentuada do gasto privado o papel da política econômica possa continuar sendo o de aprofundar a recessão com juros ascendentes e uma política fiscal pró-cíclica? Mais do que nunca, o setor público deve desempenhar um papel compensatório.

    A recessão emocional nos impede de ver os pontos positivos do quadro macroeconômico? Alguns são tão evidentes que nem o mais tenaz dos vira-latas é capaz de negá-los. Por exemplo: a dimensão e velocidade do ajuste das contas externas, consideradas surpreendentes por analistas da economia brasileira. A combinação de queda da demanda interna com acentuada depreciação do real produziu grande melhora da balança comercial e da conta corrente do balanço de pagamentos em 2015, que só não foi maior porque o quadro internacional foi adverso em termos de demanda externa e de troca.

    Somado às elevadas reservas em moeda estrangeira, que o Brasil ainda não precisou utilizar, o fortalecimento do balanço de pagamentos nos dá condições de enfrentar as turbulências internacionais que devem ocorrer em 2016.

    A desvalorização do real funciona, além disso, como estimulo à recuperação da atividade e do emprego. As exportações de bens e serviços já começaram a responder ao câmbio mais favorável. Ao mesmo tempo, a produção nacional se mostra capaz de substituir importações em vários setores. Ainda que o setor externo da economia seja relativamente pequeno, como costuma se verificar em países continentais, o impulso cambial ajudará a estabilizar os níveis de atividade e de emprego.

    Portanto, deixo aqui o meu apelo veemente: sossega, vira-lata!

    http://tijolaco.com.br/blog/34073-2/

     

  2. Nada mais sem resposta: escritório de Nilo atende Petrobras desd

    Tijolaço

    Nada mais sem resposta: escritório de Nilo atende Petrobras desde o ano 2000.

    hip

    O escritório Nilo Batista & Advogados Associados deu a primeira sinuca na turma da imprensa que julga o mundo capaz do mesmo comportamento aético que ela pratica.

    Em notificação enviada à revista Época, requer, com base na lei do direito de resposta, que publicação publique texto em que esclarece que, em lugar de haver a relação de remuneração entre a Petrobras e  Nilo Batista, que passou a integrar a equipe de defesa do ex-presidente Lula por uma simples, clara e indesmentível razão: o escritório trabalha para a petroleira desde 2000, no governo FHC. Nada mais simbólico do cordeiro que bebia rio abaixo, mas que o lobo insistia estar turvando a água.

    O escritório liderado por Nilo, todos sabem, é um dos mais conceituados advogados do Rio de Janeiro, onde fica a sede da Petrobras e boa parte de seu corpo funcional, o que torna obvias as razões de sua contratação. Além disso, os valores referem-se a contratos de longa duração – como é obviamente  necessário em questões judiciais – e não a pagamentos á vista. É possível que eu ou alguns leitores, nos últimos 16 anos, tenhamos ganho R$ 1 milhão e é ridícula a ideia de dizerem que “faturamos R$ 1 milhão”.

    Só mesmo a falta de princípios éticos e a tentativa de criar uma falsa impressão em quem lê pode levar a isso, sobretudo quando  o repórter da Época tinha todas estas informações num e-mail enviado a ele pelo escritório.

    Agora, ou a revista publica a nota que revela seu comportamento aos leitores, no mesmo espaço e com o mesmo destaque ou, prepare-se, vai sofrer ação de danos morais e a aviso para consultar o jurídico da Globo para ver quanto o Nilo já ganhou do grupo em outras ações deste tipo.

    Aliás, corrijo-me, o quanto poderia ter ganho, porque obteve a condenação de seus detratores, o que era a sua intenção, não a de ganhar dinheiro, como a Época quer fazer insinuar sejam movidos seus atos. Aliás, a  Época, seus editores e repórteres certamente não compreendem que se possa fazer advocacia sem defender interesses escusos, talvez porque não compreenda que se poderia fazer jornalismo sem eles.

    O texto do direito de resposta do escritório Nilo Batista:

    “Em matéria intitulada “Criminalista Contratado por Lula faturou R$ 8,8 milhões com a Petrobras”, divulgada, a partir das 6:02h de 5 de fevereiro de 2016,  na coluna Expresso, mantida no site da Revista Época na internet, seu autor expôs informações incompletas ou fora de contexto, de modo a sugerir a seus leitores algum tipo de vinculação entre o fato de Nilo Batista & Advogados Associados ter sido remunerada pela Petrobras e de ter se agregado recentemente ao esforço de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Disse a matéria que Nilo Batista & Advogados Associados “foi contemplado com quatro contratos, que somam R$ 8,8 milhões”. Ao valer-se do particípio passado masculino do verbo “contemplar”, cujo único significado dicionarizado pertinente é “conceder (algo) a (alguém) como prêmio, prova de consideração etc.” (Houaiss), a matéria dá a entender a seus leitores que a celebração de tais contratos configuraria uma espécie de prêmio ou benesse. Se tivesse informado, como era de seu dever e lhe foi devidamente esclarecido, que o Escritório ao longo de mais de 15 anos vem prestando à Petrobras e a seus funcionários serviços de advocacia criminal em centenas de processos e inquéritos policiais, a matéria não teria induzido seus leitores a erro.

    Igualmente, o valor da remuneração, revelado pela matéria sem qualquer tipo de detalhe ou explicação só para o fim de provocar a indignação em seus leitores, representa a remuneração acumulada ao longo desses anos em que o Escritório tem prestado os serviços a que se referiu acima. Diluído tal valor pelos muitos meses por que tem perdurado a relação contratual entre Nilo Batista & Advogados Associados e a Petrobras, revela-se uma remuneração compatível com os serviços profissionais contratados.

    Mais grave, contudo, foi o fato de a matéria ter dito que “nos últimos anos, o escritório de Batista prosperou na Petrobras”. Neste ponto, o texto deliberadamente omitiu a informação de que a contratação de Nilo Batista & Advogados Associados pela Petrobras remonta ao ano 2000, época em que o país era governado pelo PSDB, agremiação política, como se sabe, que faz oposição à atual gestão. Tivesse a matéria revelado este dado crucial, devidamente transmitido ao funcionário da Revista Época encarregado de colher esclarecimentos do escritório, seus leitores perceberiam a absoluta desvinculação entre a relação contratual da Petrobras com Nilo Batista & Advogados Associados e o fato de este recentemente ter se agregado à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Por fim, a manchete da matéria – “Criminalista contratado por Lula faturou R$ 8,8 milhões com a Petrobras” – comete oportuno equívoco, na medida em que contratada pela Petrobras (e, logo, por ela remunerada) não foi o advogado Nilo Batista, mas, sim, a pessoa jurídica Nilo Batista & Advogados Associados, composta por 10 sócios, que não se confunde com a figura de seu sócio fundador.

    http://tijolaco.com.br/blog/nada-mais-sem-resposta/

     

  3. O lago com os cisnes de plástico

    Extra, Extra!!! É na fazenda do amigo do Lula que fica o

    Lago dos Cisnes, diz equipe do Moro. Tataraneto de Tchaikovsky pede desculpas à Folha de São Paulo, “pois o compositor jamais poderia imaginar que Lula se apossasse de tal obra”. Toda essa confusão e porque o sítio do amigo do Lula tem pedalinho de cisne. Curta esta reportagem  pitacos_phixr.jpg

    O Dr Moro vai punir essa ocultação de propriedade !

    Saiu na Fel-lha :

    Um lago com pedalinho de cisne e uma miniatura do Cristo Redentor decoram o sítio frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Atibaia, interior de São Paulo. 

     

    Como se sabe, um passaralho  se abate nesse momento sobre a Fel-lha e, supostamente, a Fel-lha não tem dinheiro para comprar papel higiênico que não agrida hemorroidas.

    Porém, arrumou dinheiro para contratar um helicóptero ou um drone do Obama para sobrevoar o “sitio do Lula” !

    E acha uma miniatura do Cristo, que absurdo !

    E o pedalinho em que o José Dirceu vai fugir para Cuba !

    Nessas situações, o Mino Carta costuma falar assim: “rrrrriiiiiidículo !

    É o que ele diz ao descrever “A Marchinha do Ridículo – no Carnaval mediatico-policial, insinuações, fofocas e calúnias viram provas”.

    Em tempo: nesse sábado de Carnaval, no camarote das ridicularias, o repórter do Estadao que mereceu, do Conversa Afiada, o troféu“Conexões Tigre“, publica cinco – CINCO ! – vazamentos !

    Cinco num dia só.

    Um prodíjio !

    É uma central nuclear de vazamentos !

    O Estadão deveria mandar todo mundo embora e tirar edições inteiras só com os vazadouros e osvazos -, sob a incomparável batuta desse “Tigre” !

    É ubíquo e prolifico !

    Nada, porém, que se compare ao “Teólogo da Vazação”.

    (Veja o Prêmio Framboesa do Paulo Pimenta)

    PHA

     

     Tchaikovsky: Se você é acostumado a escutar apenas as músicas das novelas da Globo, seu ouvido vai detestar este concerto. 

     

    [video:https://youtu.be/Gb1DSnN_H5s%5D

     

     

     

     

  4. Aedes: ‘estamos dando milho aos bodes’

    Carta Maior

     

    06/02/2016

     

    Aedes: ‘estamos dando milho aos bodes’

     

    Diz um velho ditado: ‘quando o homem matou tamanduá, formiga tomou conta do lugar’. A natureza cobra caro quando entra em estado de desequilíbrio.

     

     

    Altair Sales Barbosa – Doutor em Antropologia e Pesquisador do CNPq

     

     

    wikimedia commons

    Diz um velho adágio popular: “quando o homem matou tamanduá, formiga tomou conta do lugar”. Quase nada sabemos sobre o criador deste ditado, mas sem sombra de dúvidas, este deveria se pautar por um grande senso de observação da natureza. Esta pessoa tinha também pleno conhecimento de como a natureza funciona, sabia que não é boazinha, como muitos pensam. Cobra caro e se vinga com fúria, quando entra em estado de desequilíbrio.

    Ainda paira na lembrança de muitos o último grande surto de febre amarela que atingiu a região Centro-Oeste do Brasil. Se vasculharmos as anotações iremos constatar que o fenômeno coincide com as obras para a construção e fechamento da barragem do rio Corumbá. Estas obras exigiram desmatamentos, que por sua vez desalojaram populações de animais, incluindo primatas, que são potenciais portadores do vírus da febre, obrigando-os a migrarem para áreas habitadas por humanos. A retirada da cobertura vegetal natural acabou com vários habitats de insetos, incluindo os pertencentes ao gênero Aedes e vários de seus predadores naturais.

    O ambiente até então lótico, de águas correntes, aos poucos foi se transformando num ambiente bêntico, com águas calmas, às vezes paradas, originando a formação de poças laterais, fruto da oscilação dos níveis do reservatório.

    Os insetos hematófagos acompanharam a migração dos mamíferos. Estes insetos, além de ficarem livres de alguns predadores, ainda foram brindados com ambientes propícios para seu desenvolvimento. Os resultados, todos sabemos.

    No início de 2010, a cidade de Goiânia e regiões adjacentes, experimentaram um momento crítico de epidemia de “dengue”. O elevado índice desta doença coincide com as obras preparatórias e com o fechamento da represa do ribeirão João Leite. As obras preparatórias incluíram retirada da vegetação, muitas nativas, algumas exóticas e limpeza do terreno a ser ocupado pelo reservatório. Estes serviços desalojaram aracnídeos e suas eficazes armadilhas, desalojaram insetos, incluindo os representantes do gênero Aedes e tantos outros grupos de animais, abrangendo colônias inteiras de primatas, cuja população é significativa na micro-bacia do ribeirão João Leite.  

    A oferta de empregos originou oportunidades de absorção, desde mão de obra não especializada, até serviços mais sofisticados, criando um fluxo migratório de humanos, que deixaram seus ambientes urbanos para trabalharem nas obras da represa. Nestas idas e vindas, muitos foram picados por vetores contaminados da dengue, vetores estes, desalojados de seus habitats e sem a ameaça de predadores naturais.

    O resultado dessa situação foi espelhado à época, nos espaços ocupados dos centros de saúde, que revelaram índices preocupantes de pessoas infectadas pelo vírus da dengue. O problema se tornou ainda mais alarmante porque a cidade de Goiânia, pela sua posição geográfica e econômica, sempre foi uma fronteira cultural, um centro receptor e dispersor em larga escala de transeuntes e elementos patogênicos.

    As campanhas até então utilizadas para combater tais situações, além da ineficácia, já se tornaram repetitivas, enjoativas e beiram os limites do ridículo, porque não esclarecem as verdadeiras causas do problema, tampouco vislumbram a possibilidade de soluções.

    As soluções para um problema que tende a se agravar a cada ano devem levar em consideração dois pontos básicos:
     

    Políticas públicas bem planejadas e sedimentadas no conhecimento;

    Pesquisa científica para produzir conhecimento capaz de embasar tais planejamentos.

    Neste sentido, torna-se necessário esclarecer, que ações individualizadas, de evitar água parada em recipientes caseiros, são importantes e não devem ser abandonadas, mas representam muito pouco diante da avalanche avassaladora de causas maiores.

    Desde 1906, quando se determinou a origem da transmissão do vírus da “dengue” pelo mosquito pertencente ao gênero Aedes e espécie aegypti, sabemos hoje, que pelo menos seis outras espécies de mosquitos do gênero Aedes, existentes na África, Ásia e Américas, estão relacionadas com a transmissão do vírus. Ainda não temos conhecimento suficiente para afirmar se estas seis espécies sempre existiram, ou se trata de mutações ocorridas na espécie Aedes aegypti. O certo é que estes animais constituem espécies concretas e definidas taxonomicamente, cosmopolitas e certamente com comportamentos individualizados, diferenciados.  Portanto, torna-se necessário o estudo de seus hábitos etológicos, ou seja comportamentais para a elaboração de planos eficazes de combate.

    Associadas aos estudos de Etologia, tornam-se necessárias pesquisas minuciosas sobre os efeitos e consequências de inseticidas químicos e estudos detalhados sobre predadores e patógenos dos potenciais vetores.

    Desde o aparecimento do DDT, lá pelos idos da década de 1940, os componentes químicos vêm, de forma crescente, sendo utilizados no combate a insetos transmissores de doenças e a animais nocivos a determinado tipo de agricultura.

    No início houve uma grande euforia, pois se acreditava que a utilização isolada destes componentes químicos seria suficiente para solucionar os problemas. Com o passar de apenas duas décadas, verificou-se que o uso indiscriminado de inseticidas químicos provocava desequilíbrios, eliminando os vetores, transmissores de doenças, mas também seus inimigos naturais. E tem mais, neste processo, não foram levados em conta princípios básicos de evolução, tais como a adaptação e mutação. Logo, foi possível perceber que os insetos vetores desenvolveram capacidades de resistência a vários compostos, contribuindo para a diminuição da eficácia destes.

    Torna-se, portanto, cada vez mais urgente incentivar a pesquisa sobre predadores e patógenos, para controlar o crescimento desordenado de vetores epidemiológicos. Caso específico dos mosquitos do gênero Aedes.

    Há vários relatos sobre a utilização pelo homem de predadores naturais, para controle de crescimento populacional de agentes nocivos. Alguns desses relatos remontam a pelo menos três mil anos antes do presente. Um dos exemplos mais clássicos vem da China. Os antigos chineses construíam pontes de bambu entre uma árvore e outra, unindo-as para facilitar o trânsito de formigas predadoras de lagartas. Estas últimas nocivas às plantas, largamente utilizadas por aquelas populações.

    A pesquisa sobre o uso de patógenos para controle de vetores, se reveste também de grande importância. Os patógenos são elementos, que podem se apropriar de mosquitos vetores, levando-os a morte por simbiose, ou transmitindo doenças que podem levá-los também a óbito. Os patógenos podem variar desde bactérias cristalíferas até nematoides. Todavia, para estes procedimentos tem que se considerar todas as cautelas, incluindo conhecimento profundo das leis da evolução, pois essa sempre se nos apresenta como uma caixinha de surpresas cujos resultados as vezes são imprevisíveis

    Alguns pesquisadores abnegados, espalhados por diversos cantos do planeta, estão pesquisando a eficácia de predadores e patógenos no controle do aumento populacional do mosquito Aedes. No Brasil existem algumas iniciativas na Unicamp e em Viçosa. Estas pesquisas já trouxeram como consequência a sugestão para implantação pelo Ministério da Saúde de “Programas de Manejo Integrado”.

    O conhecimento bioecológico surgido destas iniciativas demonstra que há muitos predadores do mosquito Aedes, tanto na fase larval como adulta, representados por animais de vários grupos zoológicos, como Celenterados onde se destacam as medusas sendo que a maior parte ocorre em ambiente marinho, mas há também espécies de água doce, Anelídeos, animais cujo corpo é formado por anéis, destacando neste grupo minhocas e sanguessugas, como eficazes predadores do mosquito. Há entre os insetos também vários predadores, os mais comuns são libélulas, besouros e formigas. Os Aracnídeos representados por várias espécies de aranhas se situam também como eficazes predadores, instalando milhares de teias, que servem como armadilhas mortais para o mosquito adulto. Entre os Crustáceos de água doce, os micro-camarões, tem sido predador eficiente na fase de larva e de pupa. A lista é aumentada por várias espécies de moluscos, peixes, anfíbios e répteis entre estes, as pequenas lagartixas. No grupo de predadores de maior porte se situam algumas aves, que são eficazes no combate de insetos na fase adulta, porque compartilha com estes, os mesmos tipos de ambientes.

    Nos dias atuais descobriu-se que provavelmente por mutação o mosquito do gênero Aedes, carrega também o vírus “zika” que talvez esteja relacionado aos casos de microcefalia, patologia que explodiu como uma bomba nas Agencias de Saúde. O mesmo mosquito ainda transmite também um outro vírus relacionado com a febre “chikungunia” e segundo alguns especialistas somente em áreas urbanas o mesmo mosquito transmite o vírus da “febre amarela” que em áreas rurais é segundo os mesmos especialistas transmitida pelo mosquito do gênero “Haemagogus”. Muitos dos especialistas em saúde, afirmam que o Aedes é um mosquito de hábitos urbanos e diurnos.

    Aqui cabe um pequeno comentário: Certamente falta a estes especialistas a convivência científica com pessoas de outras especialidades, desde a geografia, ecologia até a biologia etológica ou comportamental, como já foi mencionado.  
     
    Somente para atentar a dois exemplos, não há elementos seguros para afirmar que as milhares de pessoas francesas e depois norte americanas, assoladas pelas epidemias durante a construção do Canal do Panamá foram acometidas somente por febre amarela, uma estudo minucioso dos relatórios revela que havia outras patologias estranhas não identificadas provavelmente “dengue”, que também provocaram inúmeros casos de óbitos.

    Também não se tinha certeza qual vetor transmissor, tal a profusão de patologias. Foi necessário trabalho abnegado de um pesquisador, para convencer os grandes doutores contratados para tal, que o transmissor de tais patologias, poderia ser “mosquito”. O que mais tarde foi comprovado.

    No caso do Canal do Panamá, mesmo depois que americanos assumiram a obra tendo em mãos uma vacina contra a febre amarela, outras moléstias estranhas continuaram levando a óbito vários trabalhadores.

    O mesmo pode ser dito com relação à construção da Ferrovia Madeira-Mamoré. É sabido que muitos trabalhadores foram dizimados pela malária, doença transmitida pelo mosquito do gênero Anopheles, mas outros tantos vieram a óbito sem a clarividência da malária. O que nos alerta para a possibilidade de outras hipóteses.

    É importante também criar mecanismos para frear esse processo monstruoso e desumano de urbanização, provocado pela desterritorialização. O aglomerado urbano, com suas demandas cada vez mais crescentes, é um prato cheio para a disseminação dos vetores que assolam a saúde dos brasileiros. Entretanto, o fator mais importante a ser levado em consideração na implantação de um eficaz programa de saúde, é o desequilíbrio ecológico, provocado principalmente pela multiplicação dos grandes reservatórios de água. Como já mencionado a oscilação dos espelho d’água desses reservatórios, provocados pela alternância de cheias e estiagens, faz aparecer em suas margens, milhares, talvez milhões de poças d’águas, algumas muito convidativas para a reprodução dos mosquitos.

    Não bastasse os grandes reservatórios, Na última década virou moda no interior do Brasil, principalmente no Centro-Oeste, (local predestinado para dispersão) o represamento ou desvio de pequenos cursos de água corrente, para construção de pequenos lagos ou espelhos d’água com finalidades paisagísticas. Este fatos nos permitem que utilizemos o mesmo ditado oriundos da sabedoria desses locais.  Ou seja, a construção dessas pequenas lagoas para o mosquito Aedes e outros “é como dar milho aos bodes”

    Portanto, toda obra seja grandiosa ou não, exige cada vez de forma mais urgente, a necessidade de se observar e atentar para as possíveis situações de desequilíbrio que possam ser desencadeadas. Levando a extinção, a nível local, determinadas espécies ou favorecendo a explosão demográfica de outras, só para citar um exemplo.

    Estas situações, somente podem ser evitadas através de relatórios técnicos altamente qualificados e multidisciplinares e fundamentado no conhecimento de pesquisadores das áreas de saúde, geografia, ecologia, biologia, genética, evolução etc.

    Por fim, uma palavra aos órgãos de fomento à pesquisa tanto Federal quanto Estadual e outros e também uma palavra as Universidades.

    Atualmente é comum estabelecer uma grande confusão de visões sobre doutores e pesquisadores. Todos sabemos que para a obtenção do título de doutor, é necessário cursar e ser aprovado num conjunto de disciplinas. E, no final apresentar uma tese, na maioria das vezes nunca refutada, diga-se de passagem, perante uma banca examinadora. Geralmente este processo tem prazo. Se tudo der certo, ao fim de no máximo quatro anos uma pessoa recebe o título de doutor, na área que escolheu, ou pior ainda naquela área de conhecimento oferecida pela Instituição. Portanto o curso de doutorado é uma questão de legalidade.

    Já o pesquisador é diferente, seus pré-requisitos são vocação e sacerdócio. O verdadeiro pesquisador se embrenha na busca e na produção de conhecimentos. Não se prende a horários regulativos e fazem da sua missão um verdadeiro sacerdócio de dedicação, honestidade e despreendimento, seu projeto é a sua vida. Portanto, doutor não é sinônimo de pesquisador. Isto não invalida que doutores não posam ser pesquisadores e vice-versa, desde que tenham os requisitos que caracterizam os verdadeiros pesquisadores.

    Esta confusão, que privilegia a quantidade dos títulos tem prejudicado em muito o desenvolvimento das verdadeiras pesquisas nas Universidades. Estas por sua vez preferem andar por caminhos ombrófilos sem uma candeia para os iluminar. Deixam a luz debaixo da mesa e muitas vezes, sem rumo, esquecem por alguns momentos, as funções primordiais que motivaram as suas criações, que são: produzir e buscar o conhecimento, tarefa que só é possível através da pesquisa científica.
     
    Se as instituições de fomento à pesquisa e as universidades não encontrarem o seu norte verdadeiro e continuarem distorcidas pelo emaranhado da burocracia, sempre dirigida por pessoas que não são do meio, os problemas que demandam respostas imediatas ficarão sem estas.
    São sete estrelas,
    Sete sábios,
    Sete perguntas.
    Quais as respostas?

    http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Meio-Ambiente/Aedes-estamos-dando-milho-aos-bodes-/3/35450

     

  5. PEC propõe mandato de 10 anos para ministros do STF

    A Agência de Notícias do Senado  informa que uma PEC propõe a alteração da forma de escolha de ministros do STF e também que haja  mandato de 10 anos para o cargo.

    http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2016/02/05/pec-estabelece-mandato-de-dez-anos-e-muda-forma-de-escolha-de-ministros-do-stf

    Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), corte que exerce a função de guardiã da Constituição, poderão ter mandatos de dez anos. É o que estabelece a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 35/2015, que está pronta para ser votada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

    O autor da proposta, senador Lasier Martins (PDT-RS), argumenta que a vitaliciedade do cargo pode trazer “vários riscos à estabilidade institucional”. Pela atual regra, aponta o senador, alguns ministros ocupam a vaga por poucos anos, enquanto outros podem exercer o cargo por décadas, inclusive presidindo a corte por mais de uma vez. Lasier acrescenta que a fixação de mandatos ainda pode criar a oportunidade de renovação, já que “inteligências hoje esquecidas” poderão ter a “chance de ser conhecidas e, se for o caso, escolhidas para comporem o STF”.

    A PEC também determina que os ministros do STF ficarão inelegíveis para qualquer cargo eletivo até cinco anos após o término do mandato. Segundo Lasier, é uma forma de evitar que muitos ministros usem o Supremo “como porta de entrada imediata para a política partidária”.

    Colegiado

    A proposta ainda traz modificações sobre os critérios e o processo de escolha do ministro. Além das exigências atuais — mais de 35 e menos de 65 anos de idade, notável saber jurídico e reputação ilibada —, haverá a necessidade de comprovação de pelo menos 15 anos de atividade jurídica.

    Pelo texto da PEC, o presidente da República vai escolher um nome dentro de uma lista tríplice, elaborada por um colegiado. Esse colegiado será composto por sete membros: os presidentes do STF, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST), do Superior Tribunal Militar (STM) e do Tribunal de Contas da União (TCU); além do procurador-geral da República e do presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

    A regra atual que determina a escolha pessoal do presidente da República pode, na visão de Lasier, trazer prejuízos à impessoalidade dos critérios de seleção e até mesmo, no limite, “à necessária independência dos magistrados”. Com a indicação por um colegiado, registra o autor, não estará o chefe do Executivo absolutamente livre para indicar quem quiser. O senador ainda aponta que a sociedade brasileira não tolera mais “essa possibilidade de desvio de finalidade na escolha dos ministros do STF”.

    A escolha pelo presidente da República deverá ser feita no prazo de até um mês a contar do surgimento da vaga. Esse prazo, segundo o autor, se justifica porque a falta de previsão de um prazo para a realização da escolha faz com que o STF, muitas vezes, tenha que conviver com vagas em aberto por até quase um ano. O nome do escolhido continuará sendo submetido à apreciação do Senado.

    Equilíbrio

    A proposta conta com o apoio do relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), para quem a PEC contribui de forma importante para o debate da democracia brasileira. Ele diz que sua aprovação “somará ao debate uma proposta sensata e equilibrada”.

    Anastasia, no entanto, apresentou uma alteração no texto original. Ele diz que “não tem pertinência lógica” inserir no colegiado o presidente do TCU por se tratar de órgão técnico e de controle externo, diferente das outras instituições nele elencadas. Em seu relatório, Anastasia sugeriu substituir o presidente do TCU pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    Se aprovada na CCJ, a PEC seguirá para a análise do Plenário do Senado, onde precisa ser votada em dois turnos, com o apoio de pelo menos 49 senadores. Com a aprovação no Senado, a proposta ainda será submetida à apreciação da Câmara dos Deputados.

    Superior Tribunal de Justiça

    Há ainda em tramitação outra proposta que altera o processo de escolha dos ministros do Supremo. A PEC 117/2015 prevê que quando houver cargos vagos, assume a cadeira o ministro mais antigo do Superior Tribunal de Justiça (STJ) até que aconteça a nomeação do titular da vaga no STF.

    O autor da proposta, Flexa Ribeiro (PSDB-PA) argumenta que a iniciativa não compromete a composição da Corte e nem a forma de nomeação previstas na Constituição. Lembra que os magistrados do STJ também devem respeitar os princípios de notório saber jurídico, reputação ilibada e idade mínima.

    O Supremo Tribunal Federal é composto por 11 ministros escolhidos pelo presidente da República. A indicação presidencial tem que ser aprovada pela maioria absoluta do Senado. É o que está na Constituição, mas o artigo 101 não especifica qual o prazo para novas designações quando os ministros deixam o STF.

    Um exemplo dessa situação se deu quando o ministro Joaquim Barbosa se aposentou, em julho de 2014. O STF ficou por quase um ano sem a bancada completa. O sucessor, Luiz Edson Fachin, apenas tomou posse em junho de 2015.

    Flexa Ribeiro lembrou que a bancada incompleta do STF já causou problemas, como no caso do julgamento da aplicação da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/2010) nas eleições de 2010. Flexa recordou que por causa de um empate em 24 de setembro daquele ano a decisão foi suspensa por tempo indeterminado. Esse julgamento só foi concluído em fevereiro de 2012.

    Essa proposta de emenda constitucional será analisada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Ainda não há um relator escolhido para analisar a PEC 117/2015.

  6. Pré-Sal Petróleo S.A.

    Aloysio Nunes Ferreira pede informações ao governo sobre a empresa Pré-Saç Petróleo S.A

    O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) protocolou nesta quinta-feira (4) na Mesa do Senado um requerimento de informações ao Ministério de Minas e Energia para entender a real situação da empresa Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA).

    Em 2013, a empresa foi criada para gerenciar e fiscalizar contratos de exploração de petróleo sob regime de partilha nos campos do pré-sal.

    Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) de novembro de 2015 apontou que, diante das dificuldades financeiras e administrativas da estatal, havia “sérios riscos de se comprometer ou até inviabilizar a realização de importantes tarefas técnicas”, como análise de dados de perfuração e testes de modelagem de escoamento.

    Em sua solicitação, o tucano pergunta ao ministro da pasta, Eduardo Braga, se há alguma dificuldade econômica, financeira ou administrativa que possa impedir a PPSA de exercer suas atividades.

    Dos R$ 50 milhões previstos para a integralização do capital social da empresa, apenas R$ 17 milhões haviam sido aplicados até dezembro de 2014. Além disso, as receitas devidas pela gestão dos contratos não vêm sendo repassadas para a estatal por falta da assinatura de um Contrato de Remuneração com o Ministério de Minas e Energia.

    No relatório, o próprio TCU relata ser “perceptível o baixo envolvimento do MME na formação e no fortalecimento da atuação da PPSA”.

    “Por que o capital social da PPSA ainda não foi totalmente integralizado? Qual o plano para reverter o quadro econômico adverso da PPSA?”, questiona o parlamentar no texto do requerimento. E acrescenta: “Por que o contrato de remuneração ainda não foi firmado, passados mais de dois anos?”.

    Depois de ser protocolado, a Mesa do Senado indicará um relator para a matéria. Se receber parecer favorável do relator, o requerimento será enviado ao Ministério de Minas e Energia, que terá 30 dias para encaminhar a resposta.

    Com informações da assessoria do senador Aloysio Nunes Ferreira

    http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2016/02/04/aloysio-nunes-ferreira-quer-informacoes-do-governo-sobre-a-empresa-brasileira-de-petroleo-e-gas

  7. Sem exagero, esse texto merece destaque

    Velha mídia e a imposição de uma Ideologia.

     

    Por Alexandre Tambelli

    Escrevi este texto sobre o tema velha mídia e sua busca incessante de querer impor uma Ideologia para a sociedade brasileira. Compartilho aqui para leitura e reflexão:

    Velha mídia e a imposição de uma Ideologia.

    Sobre a velha mídia é imperativo dizer que Rede Globo, Folha, Estadão, Veja, Band, RBS, Rede TV e algumas poucas mais estão liberadas para agir da maneira que bem entendem, porque a sociedade brasileira e nossos representantes no Executivo, Legislativo e Judiciário aceitam esta liberdade irrestrita deles, ao não cobrar limites éticos, obrigações de realizarem Jornalismo de qualidade, com a busca pela verdade no Jornalismo por eles praticado.

    Desde sempre me parece que estes grupos de mídia se sentem e se colocam acima da Lei e eles acabam por desvirtuar o sentido literal do termo liberdade de expressão: um dos pilares da Democracia e do Jornalismo.

    Acreditar que podem fazer qualquer matéria e com manchetes garrafais e negativas (afirmando verdades sem comprovação) sobre pessoas e grupos políticos sem nenhuma preocupação com a verdade do fato noticiado, com o respeito humano para com as pessoas envolvidas, evitando os assassinatos de reputação, mídias, até, utilizando, da criação de fontes em off “fantasmas” para condenar pessoas e assim por diante é desvirtuar o sentido literal do termo liberdade de expressão.

    De algum modo creem estes grupos de mídia que as Leis brasileiras não se aplicam a eles (aos grupos de comunicação da velha mídia).

    E estamos falando de não mais que 10 famílias controlando bem mais de 80% de todos os meios de comunicação que produzem o noticiário, trazem informações sobre o cotidiano do Brasil e do Mundo para os brasileiros.

    Podemos dizer que a velha mídia possui/forma o oligopólio das comunicações no Brasil.

    Pensemos juntos em ações deste oligopólio da velha mídia.

    Perseguir e expor a execração pública pessoas e grupos políticos por causa da Ideologia diversa da deles é Ético, é Jornalismo?

    Jogar pessoas contra pessoas criando este clima de ódio social que se instaurou no Brasil contra pessoas de determinado grupo político é papel de uma empresa que trabalha com Jornalismo?

    Defender interesses particulares (ideológicos e econômicos) como se fossem interesses coletivos e dos brasileiros é fazer Jornalismo?

    Defender interesses de grupos econômicos antinacionalistas e de países centrais do Capitalismo em detrimento do Brasil e de sua soberania e desenvolvimento econômico/industrial independente é papel de empresa de mídia brasileira (ou ao menos de empresa de mídia que está situada em território brasileiro)?

    É só pensar na Petrobrás e ver o descuido do noticiário, sempre negativo, para com esta empresa para saber do que estou falando. Empresa estratégica para o País.

    Quanto este comportamento de perseguição ao ideologicamente diferente não é nocivo para a sociedade brasileira, não é verdade?

    Encontrar uma única visão de mundo, uma única opinião, uma única direção da informação que podemos ter sobre qualquer assunto de interesse social e nacional é saudável? Resultado do oligopólio da comunicação em mãos da velha mídia.

    Imaginemos estes grupos de mídia combinando em uníssono perseguir alguém, só porque a pessoa defende outras ideias, busca outro modelo econômico e social para o Brasil?

    Onde o perseguido irá se defender?

    Alguém já viu a velha mídia abrir espaço/tempo no seu noticiário para o perseguido se defender das acusações (muitas das vezes frágeis, algumas vezes verdadeiras, outras vezes infundadas e até acusações inventadas) que ela coloca no papel, na tela ou no vídeo?  

    É justo alguém ser acusado de cometer ilícitos de maneira implacável sem existir contra ele condenação Judicial, sem se apresentar provas materiais e cabais de que os ilícitos são reais, e não apenas frágeis ilações, e não ter o acusado direito de se defender no mesmo canal (jornal, revista, portal, rádio, televisão) e com o mesmo espaço da acusação sem provas?

    Imaginemos estes grupos de mídia oligopólicos querendo impor a sua Ideologia e o modelo econômico-social a ser implementado no Brasil, mesmo que nós, a população, em sua grande maioria queira outro caminho para o País?

    Por que a perseguição ao diferente (pessoa/ Ideologia) é aceita por todos nós? E sem reflexão? Aqui respondo.

    Porque não temos a chance de ouvir, assistir, ler uma opinião diferente, uma notícia favorável ao outro (pessoa) e a outro modelo econômico-social (Ideologia) para além do da velha mídia.

    O contraditório (o outro lado/os outros lados da notícia) não se faz presente na velha mídia. Em não se fazendo presente a verdade se torna única.

    Quase que somente quem defende a sua Ideologia e é aliado da velha mídia anda sendo entrevistado e opinando em seus microfones.

    Com o contraditório, por exemplo, gente de diferentes ideologias/partidos exporiam suas ideias, dariam suas versões sobre fatos narrados pela velha mídia em igualdade de condições nos meios de comunicação. E, não acontece assim, porque há um oligopólio dos meios de comunicação.

    Podemos dizer de maneira simples: existe uma predominância brutal de uma única Ideologia nos meios de comunicação brasileiros.

    E com este Poder de penetração social (o oligopólio da comunicação em poucas mãos e com mesma ideologia e propósito) facilitamos de existir a perseguição ao diferente, a imposição de um modelo socioeconômico, porque a sociedade se torna refém do oligopólio.

    Facilitamos como?

    Imaginemos contrariar os interesses destes grupos de mídia e saberemos.

    Um Juiz que ouse dar uma sentença em prol de não aliado ideológico da velha mídia pode ter sua reputação assassinada.

    É só pensar uma ação em cadeia deste oligopólio midiático ameaçando a reputação do Juiz se seu parecer contrariar estes poucos grupos de mídia e se saberá o quanto é nocivo para a sociedade a voz única e ameaçadora da velha mídia.

    O Juiz, em suas obrigações com a Justiça e a Verdade, poderá ter medo de exercê-la porque a velha mídia com seu Poder oligopólico é capaz de formar uma opinião pública favorável à execração pública dele (o Juiz), e leva-lo à condenação de alguém inocente.  

    E não estamos nos tornando uma opinião pública que quer condenar determinados grupos políticos e pessoas baseados apenas no noticiário diário da velha mídia? Atualmente, com a ajuda de vazamentos seletivos e ilegais de depoimentos de “delatores” da Lava-Jato?

    E sempre no desejo de condenar os participantes de uma agremiação política e esquecendo-se de ao menos nos indignar por qualquer erro que os participantes de outras agremiações políticas comentam, quando estas são aliadas da velha mídia.

    E, que, por esta aliança (político-ideológica), os participantes de agremiações políticas aliadas da velha mídia são pela mesma velha mídia poupadas de qualquer perseguição e/ ou execração pessoal, partidária diante do público em geral.

    É justo vivermos numa sociedade onde a sua bandeira ideológica determina se você pode ou não ser perseguido, ter sua reputação assassinada pela velha mídia em noticiários diários sem direito a se defender com o mesmo tempo e no espaço de quem lhe acusa, e até ser condenado sem provas porque os grupos de comunicação oligopólicos têm força para formar uma opinião pública com sanha condenatória e influenciar decisões de Juízes em tribunais? 

    Pensemos na realidade minha que descrevo abaixo.

    Eu aprendi que para ser uma pessoa melhor, mais leve, menos preconceituosa e mais consciente das coisas que interessam ao meu País torna-se preciso a atitude radical de desligar as rádios e as TVS abertas do Brasil, excetuando os canais educativos, a TVT (TV dos trabalhadores) e alguns canais ligados à Igreja Católica, e não ler jornais e revistas da velha mídia para evitar me alimentar de ódio, de me tornar um perseguidor de pessoas, de me transformar num sujeito rude e violento e com instinto condenatório.

    Quanta violência no linguajar desta chamada velha mídia, quanta vontade de não aceitar as diferenças de opiniões, de querer destruir os governos e os governantes que não seguem a sua cartilha Ideológica existe.

    Para que todo este Estado de Coisas?

    É justo vivenciarmos a quase privação de assistir, ouvir ou ler notícias de milhões de brasileiros indignados com a forma de praticar “Jornalismo” da velha mídia oligopólica?

    Somos alguns milhões a reclamar diariamente do comportamento da velha mídia, que mais parece um partido político de oposição.

    Muito do Brasil intolerante e até da crise econômica de hoje é fruto deste processo violento e fratricida que comandam Rede Globo, Band, Rede TV, RBS, Folha, Estadão, Veja e algumas mídias mais e suas editorias que só mostram violência, só falam mal do Brasil, só querem medidas recessivas e desfavoráveis à maioria da população e não mostram uma página de notícias boas sobre o País; lugar, onde, por exemplo, existia no início dos anos 2000, 50 milhões de famintos e 12 anos depois, erradicada é a extrema-pobreza, fato que retirou o Brasil do Mapa da Fome da ONU (Organização das Nações Unidas).

    Por que só termos a Editoria do Brasil do caos, da violência e da corrupção, onde tudo dizem dá errado, apesar do Brasil ter um PIB, hoje, 5 vezes maior do que o de 12 anos atrás e termos um Judiciário que passou a investigar à corrupção do colarinho branco e não termos mais o famoso “Engavetador Geral da República”?

    Este mês houve, por decisão da Presidenta da República, aumento para professores e pros aposentados acima da inflação do Período e não virou manchete e notícia a ser valorizada. É correto?

    E, o mais chato, parece que só se tem uma manchete e notícias e sobre uma única pessoa a ser veiculada depois que o “Impitman” subiu no telhado. Pessoa a ser perseguida às 24 horas do dia só por não defender/ compartilhar do modelo socioeconômico que a velha mídia defende para o Brasil e forte candidata para vencer as eleições presidenciais de 2018.

    Eu não sei qual é o limite de saturação e paciência do povo brasileiro diante destas mídias.

    A minha, felizmente, terminou em 2008. Estou livre deste vírus do ódio e do mal e da perseguição.

    Tomara que possamos adentrar numa nova era em breve. Torna-se preciso modificar este modelo de Jornalismo que se crê acima do bem e do mal e acima de qualquer Lei.

    Liberdade de comunicação e expressão sem comprometimento com a Ética e com a busca pela verdade não é Liberdade jornalística, penso eu.

    Todos têm seus direitos e obrigações e devem seguir a Leis vigentes no Brasil e ter comprometimento Ético e com a verdade, que, creio eu, se aprende desde o berço. Até empresas de Jornalismo e seus profissionais.

    Quem não possui comprometimento com a Ética e a verdade não merece ter canais de comunicação para informar os brasileiros sobre o cotidiano do Brasil e do Mundo.

    Não dá mais para vivermos este processo de perseguição contra pessoas e grupos políticos com outra Ideologia, praticado pela velha mídia, infelizmente, e 24 horas do dia. E se valendo hoje, de aliança com segmentos do Judiciário (MP, PF, tribunais) e da Política. 

     

  8. Os “empresários” da mafia

    Do Uol

    http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/02/07/spa-sedia-cooperativas-laranjas-em-bebedouro.htm

    Spa sedia cooperativas ‘laranjas’ em Bebedouro

    Estadão Conteúdo

    07/02/201608p4

    Bebedouro – Duas das cooperativas usadas pela chamada “máfia da merenda” – alvo da Operação Alba Branca, que investiga suspeitas de que um esquema superfaturava preços dos produtos e pagava propina para vender alimentos às escolas no Estado de São Paulo – têm sede num spa em Bebedouro, interior paulista. A Associação Agrícola Orgânica de Bebedouro (AAOB) e a Horta Mundo Natural foram usadas para simular disputas com a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), que firmava contratos das prefeituras para fornecer a merenda escolar.

    A entidade é o alvo central da investigação do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil. Quem procura as cooperativas de produção de alimentos, encontra hóspedes jogando tênis ou fazendo exercícios aquáticos num conjunto de piscinas. O endereço da AAOB e da Horta Mundo é o mesmo do Natural Spa, um hotel de emagrecimento com diárias de até R$ 310. O empreendimento pertence à família de Cassio Izique Chebabi. Ex-presidente da Coaf, ele é apontado pelos investigadores como coordenador das fraudes. Chebabi teria colocado “laranjas” na direção das duas cooperativas de fachada que, em muitos contratos com prefeituras, são as únicas que “concorrem” com a Coaf.

    O gerente do spa, Deceir Aparecido Valseirio, disse que uma parte da área do empreendimento, que ocupa terreno de 106 mil metros quadrados, foi usada por Cássio Chebabi para a produção de legumes e verduras. Ele contou também que a horta parou de produzir há muito tempo. A reportagem teve acesso ao terreno e encontrou mato quase encobrindo o “esqueleto” do que haviam sido quatro estufas, além de algumas máquinas, equipamentos e mangueiras para irrigação transformados em sucata.

    As três cooperativas já existiam quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou a Lei 11.947/2009, determinando que 30% dos recursos do Fundo Nacional da Alimentação Escolar fossem destinados à compra de produtos da agricultura familiar para a merenda. A lei dispensa a licitação, mas exige uma série de documentos que obriga o agricultor a se organizar em associações ou cooperativas. Chebabi usou a Horta Mundo Natural para se cadastrar como produtor familiar.

    A Coaf começou adquirindo a produção de 60 pequenos produtores familiares, como manda a lei, mas a prática durou pouco, conforme contou ao Estado o presidente interino Carlos Alberto Santana da Silva. “Não tinha logística para levar a produção de cada pequeno agricultor, então era comprado onde havia o produto, inclusive no Ceasa.”

    Para simular a compra da agricultura familiar, a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) – registro que comprova que o produtor é de fato familiar – emitida por órgãos do Ministério e da Secretaria de Agricultura era adulterada. “Na essência, todos os contratos (da Coaf com prefeituras) eram irregulares pelo uso indevido do DAP”, admite Silva.

     

    Política

    Em depoimento ao Ministério Público, o presidente interino da cooperativa afirmou ter ouvido de Chebabi, que foi filiado até o ano passado ao PMDB, e de vendedores da cooperativa, “que em relação às vendas para as prefeituras de Campinas e Ribeirão Preto, valores eram repassados ao deputado Baleia Rossi”.

    Presidente do PMDB paulista e filho do ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, que era presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), quando a lei 11.947 entrou em vigor, Baleia afirma que não tem envolvimento com o caso.

    Ele disse, ainda, que foi citado devido a uma disputa política local. “O Chebabi se afastou do PMDB. Um grupo político que me odeia quer resgatar o apoio dele a mim”, diz o parlamentar. Baleia Rossi também afirma que não conhece Carlos Alberto Santana da Silva. “Querem municipalizar o problema.”

    O grande salto da Coaf aconteceu com a introdução do suco de laranja na merenda, como relata Silva. “Bebedouro é a capital nacional da laranja, então era tudo o que a cooperativa queria”, contou, atribuindo a estratégia do suco ao bom relacionamento do então presidente da entidade com prefeituras e pessoas ligadas aos governos estadual e federal.

    Como presidente da cooperativa, Chebabi frequentava eventos públicos, principalmente nas cidades da região de Ribeirão Preto, aproximava-se de políticos e de autoridades e distribuía generosamente caixinhas de suco de laranja. Numa dessas festas políticas, no dia 28 de abril de 2014, em Bebedouro, ele “colou” no governador Geraldo Alckmin e no prefeito do município, Fernando Galvão (DEM). Alguém da própria equipe de Chebabi fotografou o momento de confraternização – o tucano aparece sorridente entre o prefeito e Chebabi, estes dois exibindo caixinhas do suco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

     

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