Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Redação

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  1. O triplex de Paraty foi feito no “peitaço”. Que lei, que nada…

    O triplex de Paraty foi feito no “peitaço”. Que lei, que nada, somos os Marinho!

    Desde 2007, muito antes de ser erguido o primeiro alicerce da mansão dos Marinho em Paraty, a obra afrontou problemas legais, simplesmente ignorados pela família global e sem resultados práticos que os impedissem de gozar, até hoje, de uma construção irregular, totalmente avessa à legislação ambiental e  em nome de uma empresa-laranja.

    Não deixaram de gastar milhões – através de uma empresa laranja, a Agropecária Veine – numa obra suntuosa porque esperavam que as autoridades públicas, como sempre, iriam se vergar ao poder da Globo.

    Corre desde 2007 o processo E-07/201.616/07 , da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, cujo exame final vem sendo sucessivamente retardado por pedidos de retirada de pauta (aqui e aqui).

    Em 2009, a “Agropecuária” registrou um heliporto privado na praia. Está aqui o registro.

    Neste ano, a empresa já havia sido multada em R$ 12 mil, por violar o art. 63 da Lei Estadual N º 3467, que proíbe “produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou em seus regulamentos”.

    E multada também, em R$ 24 mil, por violar o artigo 64 da mesma lei, que proíbe “iniciar obras ou atividade, construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentos pertinentes”.

    De quebra, mais uma multa de R$ 2,400, 00, por violação do art. 80, que é procurar impedir a ação da fiscalização ambiental.

    O cinismo é tanto que a “agropecuária” Marinho requereu e obteve do Inea autorização para instalar criatórios de vieiras e mariscos, com o único objetivo de estender redes que impedissem o acesso de embarcações à praia pública onde edificou seu palácio privado.

    Estelionato puro.

    Tanto que, no processo que se arrasta desde 2010, onde se pede a demolição da obra irregular, o juiz federal Adriano de Oliveira frança, manda  que se “retire a estrutura de cerco, aparentemente dedicada à maricultura, existente no entorno da Praia de Santa Rita; que retire todos o equipamentos privados (brinquedos) instalados sobre a areia da mesma praia; que se abstenha de criar qualquer tipo de embaraço ao acesso e permanência do público na praia de Santa Rita, sob pena de multa diária no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) no caso de descumprimento da ordem judicial.”

    Tiraram? Coisa nenhuma e basta ver as fotos publicadas pelo Diário do Centro do Mundo ontem para ver que a “marisqueira fake” segue no lugar, assim como os guardas armados.

    Se a Justiça funcionasse no Brasil, só desta  multa, a “Agropecuária Marinho” estaria devendo R$ 4 milhões.

    Mil canoas da D. Mariza pescar lambari.

    O cinismo nacional tem proporções oceânicas.

     

  2. A Camargo Correia e a construção de um aeroporto para FHC

    Um escândalo para Moro nenhum botar defeito

    http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2009/03/camargo-correa-fez-aeroporto-de.html

    domingo, 29 de março de 2009

    Camargo Correa fez aeroporto “de presente” para fazenda de FHC

     Trabalhadores da fazenda vistoriam a pista de 1.300 metros da Camargo Correa, ao lado da fazenda da família de FHC.
    A Camargo Correa, e a filha de FHC “fantasma” no Senado, tem algo em comum no passado.

    Uma inusitada boa vizinhança entre duas fazendas, onde o conflito de interesses público e privado não tinha porteiras.

    Em 1989, FHC comprou com Sérgio Motta a fazenda “Córrego da Ponte” em Buritis (MG).

    Em 1995, quando FHC já era presidente, e a proprietária da fazenda Pontezinha, ao lado das terras de FHC, era a Agropecuária Jauense, da Camargo Corrêa.

    De acordo com esta antiga reportagem da Revista ISTOÉ, em julho de 1995, a empreiteira iniciou a construção de um aeródromo particular na fazenda, obra concluída em menos de 3 meses.

    Conta com uma pista de 1.300 metros (mesmo tamanho que a do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro), e estacionamento para 20 pequenas aeronaves.

    O registro oficial da pista no Departamento de Aviação Civil (DAC), antecessor da ANAC, foi feito em outubro de 1995, autorizando receber aviões do tipo Bandeirantes e Lear-Jets.

    O engenheiro responsável pela obra, Marcelo Ávidos, elogia a qualidade da pista, discorda das restrições de pouso impostas pela Infraero e garante que o aeródromo está preparado para grandes aeronaves. “Até um Boeing 737 pode aterrissar ali”, atesta Ávidos.

    Na época da reportagem (1999), o fazendeiro Celito Kock, vizinho de ambos e atento observador do trânsito aéreo na região narrava:

    “Nunca vi avião nenhum da Camargo Corrêa pousando ali. Mas da família de Fernando Henrique não pára de descer gente”.

    Dois habitués na pista da Pontezinha eram Luciana Cardoso (atual funcionária “fantasma” do Senador Heráclito Fortes), filha do presidente, e seu marido, Getúlio Vaz, que iam à fazenda de Fernando Henrique sempre que podiam.

    A assessoria de imprensa da Presidência da República informou à reportagem que FHC usou apenas uma vez a pista da Camargo Corrêa, num dia em que estava difícil voar de helicóptero. Mas confirmou a utilização da pista pelos familiares do presidente.

    Nesta época, Jovelino Carvalho Mineiro Filho (amigo de FHC) já havia comprado a parte que pertencia a Sérgio Motta, e FHC havia passado sua parte aos filhos Luciana Cardoso, Beatriz Cardoso, e Paulo Henrique Cardoso.

    A sociedade era gerida e administrada por Jovelino Mineiro e Luciana Cardoso.

    MESES ANTES, A CAMARGO CORRÊA GANHOU A OBRA DE AMPLIAÇÃO DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE BRASÍLIA

    Apesar de ter os equipamentos necessários para a obra, a Camargo Corrêa encomendou o serviço à Tercon – Terraplanagem e Construções, numa autêntica troca de gentilezas.

    Meses antes, a Tercon havia conseguido um bom negócio ao ser contratada pela Camargo Corrêa para fazer a ampliação do Aeroporto Internacional de Brasília – empreitada que só terminou anos depois. Com isso, não se furtaria a retribuir o favor.

    FILHA DE FHC USOU AVIÃO DA FAB PARA IR À FAZENDA EM 2002

    Em 2002, o procurador da República Luiz Francisco Souza, exigiu explicações à Luciana Cardoso, filha do ex-presidente, por ter viajado a Buritis (MG) num avião oficial da Força Aérea Brasileira.

    Luciana foi a Buritis conferir os danos causados pela invasão dos sem-terra à sede da Fazenda Córrego da Ponte, de propriedade de sua família.

    A assessoria do Palácio do Planalto informou que Luciana era funcionária da Presidência (era secretária do próprio FHC) e viajou com outros servidores do Planalto. 

     

  3. Clube de Engenharia: querem destruir a engenharia brasileira.

    Tijolaço

    Clube de Engenharia: querem destruir a engenharia brasileira.

     

    rionegro

    Quando o Brasil se levava a sério como projeto de país, todos tinham o Clube de Engenharia como uma de suas instituições mais importantes. Poucos podem somar , ao longo de 130 anos, o orgulho de ter participado das lutas abolicionistas, da nacionalização do petróleo e da redemocratização do Brasil.

    Não é pouco, portanto,  que seu presidente, Pedro Celestino, assuma uma posição aberta e corajosa contra os que tratam os acordos de leniência com as empreiteiras envolvidas na Lava Jato como se fosse uma espécie de “anistia” a quem praticou atos de corrupção.

    Não é, porque em nada influencia nas acusações criminais contra proprietários ou executivos que compraram favores, mas é essencial para que não se paralise praticamente toda a construção pesada no Brasil, um dos poucos setores onde nosso país concorre em pé de igualdade com a indústria mundial.

    Por isso, redimo meu pecado de não ter visto, há três dias, seu artigo na edição eletrônica da Folha e o republico aqui.

    Engenharia nacional ameaçada

     Pedro Celestino, pres. do Clube de Engenharia

    A crise que assola o mundo e o Brasil exige que se busque um consenso em torno de soluções, tendo por base o interesse nacional. Afinal, o que está em jogo não é o curto prazo, mas o Brasil das próximas décadas.

    Não existe nação forte sem empresas nacionais fortes. Essa compreensão esteve presente nos planos brasileiros de desenvolvimento desde os anos 30 do século passado. Em torno dela o país se industrializou e modernizou a sua agropecuária, combinando sempre o planejamento governamental e o vigor da iniciativa privada.

    Nesse contexto a nossa engenharia se desenvolveu, através de projetistas, construtoras e montadoras, que responderam à demanda de dotar o país da infraestrutura que o levou, nos últimos 70 anos, ao grupo das 10 maiores economias do mundo.

    Foram essas empresas que fizeram as rodovias, ferrovias, metrôs, hidrelétricas, portos, aeroportos, refinarias, indústrias de todo tipo, redes de água e de esgoto, habitações, etc. Em resumo, construíram e constroem o Brasil.

    É claro que ainda falta muito a ser feito para que todos os brasileiros tenham uma vida mais digna. O Brasil ainda está em construção. Mas com certeza a destruição, que ora se pretende, das maiores construtoras nacionais não contribuirá para o país alcançar um patamar mais alto.

    Ao longo de suas histórias, as empresas de engenharia nacionais produziram conhecimento e se tornaram detentoras de respeitabilidade técnica reconhecida no mundo inteiro. Tanto que várias delas trilharam o caminho da internacionalização e participam hoje de empreendimentos em mais de 40 países, entre os quais Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Portugal.

    O mercado da exportação de serviços, com apoio de organismos financiadores, e em particular, do BNDES, é por elas disputado com êxito crescente. Entretanto, o que devia ser motivo de orgulho é colocado sob suspeição. Se o Presidente da República promove o Brasil no exterior, faz tráfico de influência. Se o BNDES concede financiamento à exportação de serviços, é criticado.

    É hora, pois, de se desnudar os interesses que, sob a capa do necessário combate à corrupção endêmica (patrocinada por empresas que há décadas agem em conluio com políticos dos principais partidos), o que conta com o decidido apoio da sociedade, têm por objetivo destruir a engenharia nacional.

    É o que já se viu quando a Mitsui japonesa, embora envolvida na Lava Jato, pôde adquirir participação na Gaspetro na Bacia das Almas, e agora ficou mais evidente a partir da oposição que fazem à Medida Provisória 703. Não se trata aqui de antagonizar empresas estrangeiras, tão somente de mostrar a diferença de critérios no trato da questão.

    A MP 703 foi editada pelo Governo Federal para regulamentar acordos de leniência, nos quais as empresas serão punidas, arcarão com multas pesadas e terão de se comprometer com ajustes de conduta, mas continuarão habilitadas a participar de licitações, pois há a compreensão de que são estratégicas para o país.

    Os acordos, no âmbito administrativo, não extinguem os processos criminais. Ou seja, quem cometeu crimes deve pagar por eles, mas sem que se fechem empresas, pois isso seria punir seus milhares de trabalhadores e jogar fora parte fundamental da nossa engenharia. Assim se procede na Europa e nos Estados Unidos, como atestam os casos recentes da Volkswagen e do Goldman Sachs, penalizados, mas preservados.

    Com base na longa tradição, de 135 anos, de pensar o Brasil e de defender a engenharia nacional e as nossas empresas, que são artífices e depositárias da memória desse conhecimento, o Clube de Engenharia denuncia à sociedade o risco de destruição do que há de melhor na nossa engenharia.

    http://tijolaco.com.br/blog/34240-2/

     

  4. Moro, tu já não tá com essa bola toda, nego

    A Lava Jato se afogou na megalomania!

    O Moro está com o IBOPE do Bonner: já era    publicado 12/02/2016 no Conversa Afiada. http://www.conversaafiada.com.br/brasil/a-lava-jato-se-afogou-na-megalomaniabessinha lava jato afoga

    A Carta Capital dessa semana publica imperdível reportagem de Marcelo Auler “As Marcas da Lava Jato”.

    Marcelo é um excelente repórter, frequentemente reproduzido pelo Fernando Brito e por este ansioso blog.

    Auler é a prova de que existe jornalismo no Brasil, fora do PiG – como se viu no trabalho do Renan Antunes de Oliveira, que fez uma visitinha ao triplex… dos Marinho.

    Porque o PiG, como se sabe, é uma reprodução redundante dos seletivos e pré-criminosos vazamentos dos vazos, onde se sobressai aquele a quem o Conversa Afiada conferiu o troféu “Conexões Tigre”.

    Quando não disputa press-releases de bancos e empresas, tarefa em que se esmera o PiG cheiroso.

    Auler comprova que a Lava Jato se afogou fragorosamente na megalomania do Sistema Moro: do Moro, ele próprio, que pretendia ser o “Corregedor Geral da República”; dos Procuradores aecistas e dos delegados da Polícia Federal que grampeiam mictório de preso!

    Afogaram-se na própria gula.

    Vamos aos pontos centrais do trabalho do Auler:

    – A operação completa dois anos, sofre críticas crescentes e mira no ex-presidente Lula para manter acesa a “indignação popular”.

    Como diz o Conversa Afiada se não prender o Lula, o Moro vai virar twitteiro acidental.

    – Segue o Auler: Janot é a esperança do Brasil, desde que não prenda tucanos;

    – A Força (sic) Tarefa não consegue mais esconder: o negocio é só e apenas prender o Lula;

    – O grampo na cela do Youssef continua sem esclarecimentos, mesmo depois de o Werlang ter confessado que botou os grampos lá;

    – Para os delegados da Polícia Federal, o zé da Justiça é um gaiato, não passa de um Rolando o Lero;

    – e ponto central: o interesse da população pela Lava Jato caiu de 67% para 26%, segundo a Vox Populi.

    Quer dizer: o IBOPE do Moro se aproxima do jornal nacional.

    Da irrelevância.

    Se soubesse se expressar em Português corrente, Moro podia até acabar no “Entre Caspas” da Globo News.

    Quem diria, acabou no Irajá!

    Em tempo: se não prender o Lula, o Moro vai condenar o já preso, preso de novo e condenado José Dirceu, para demonstrar que tentou cumprir o que a Casa Grande dele exigia.

    Será o seu passaporte para o sarau da Casa Grande: é, mas eu condenei o Dirceu à prisão perpétua!

    Em tempo2: Dr Moro, como é que o banqueiro Esteves conseguiu a delação do Cerveró? Quem é o “Japa Bonzinho”, Dr Moro? O senhor não descobre isso e quer saber quanto custou o pedalinho, Dr Moro?

    Paulo Henrique Amorim

      registrado em:                       

     

  5. Empresa pública? – Que nada, tudo vai virar S.A. em breve

    O Brasil não terá empresa pública, se aprovado o projeto de lei do Estatuto das Estatais.

    Este projeto é um Estatuto da Desestatização.  Ele (PLS 555) determina que as empresas públicas serão constituídas sob a forma de Sociedade Anônima, como já ocorreu em 2013 com a S.A. do pré-sal,  permitindo a participação do capital privado.

    Tal projeto teve origem em  proposta anterior de Tasso Jereissati (PSDB), e  do senador Aécio Neves (PSDB).

     

    http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/02/12/lei-de-responsabilidade-das-estatais-estara-na-pauta-da-proxima-semana

  6. 150 petrolíferas dos EUA à beira da falência

    Este artigo saiu no Estadão no mesmo dia, traduzindo o NY Times. Importante porque relata que, devido ao preço internacional do petróleo, existem cerca de 150 empresas ligadas ao petróleo do Texas que estão à beira da falência.

    Penso ser um forte argumento em defesa da Petrobrás frente aos investidores americanos que a processam nos EUA, uma vez que a corrupção é um fator relativamente menos responsável pelas perdas, comparada ao preço consistentemente muito baixo do petróleo, determinado por Arábia Saudita e outros paises forte produtores.

    A corrupção na Petrobrás foi e está sendo investigada à exaustão e certamente desgasta a imagem da empresa, mas como explicar a dificuldade tão intensa e extensa em outras petrolíferas de outros paises (se não me engano a em presa francesa também tem dificuldades)? Serão todas corruptas ou o fator preço/mercado é relmente o mais importante? O próprio artigo relaciona este fator de mercado como determinate.

    O tratamento dado à corrupção nas empresas americanas é diferente do nosso, preservando-as ao máximo, como já foi relatado neste site anteriormente, matéria de post por ocasião do início das investigações da Lava Jato, porém isto já é leite derramado. Agora a Petrobrás tem que se defender.

    http://www.nytimes.com/2016/02/10/business/dealbook/as-oil-prices-plummet-mounting-debt-catches-up-with-us-producers.html?smid=fb-share

     

  7. PCDF divulga resultado de
    PCDF divulga resultado de perícia sobre caso de estupro no ano novo

    http://blogs.correiobraziliense.com.br/cbpoder/acusado-de-estupro-no-reveillon-nao-sera-indiciado/

    Acusado de estupro no réveillon não será indiciado
    Publicado em 12/02/2016 – 14:23 Ana Maria CamposSem categoria
    Após quase 45 dias de investigação, a Polícia Civil decidiu que não há elementos para indiciar o vigilante Wellington Monteiro Cardoso, acusado de estuprar uma jovem na noite de réveillon, durante uma festa na Asa Norte. A estudante de 24 anos fez uma denúncia nas redes sociais, em que descreveu o suposto estupro. A Delegacia de Atendimento à Mulher, que investigou o caso, concluiu que não há provas para pedir o indiciamento de Wellington.

    “Testemunhas ouvidas indicaram que houve um prévio envolvimento das partes ainda dentro da festa e que eles deixaram o local de mãos dadas, fato que se contrapõe à versão apresentada pela vítima”, diz o documento de conclusão do inquérito.

    O caso ganhou visibilidade após a jovem de 24 anos narrar momentos de terror sofridos na madrugada de 1º de janeiro. Segundo o relato, ela estava no evento The Box – Reveião, que ocorreu no Setor de Clubes Norte, quando teria sido coagida por um segurança, que a levou para um estacionamento e a estuprou. “Era mais de meia-noite, eu estava dançando com um amigo perto da entrada, quando fui abordada por um dos seguranças, que me coagiu a sair da festa. Eu realmente não entendi o motivo e, mesmo alcoolizada, só atendi por ser uma figura de autoridade do local. Havia uma área de terra onde alguns carros estavam estacionados entre o cerrado. Eu estava completamente vulnerável, com muito medo. Um dos carros estava estacionado de ré para o cerrado, então atrás do carro só havia vegetação. Ele me virou de costas e, sem a menor cerimônia, me estuprou”, contou a estudante.

    O segurança alegou inocência. Wellington confirmou ter mantido relações sexuais com a jovem, mas disse que o ato foi consentido e que a jovem não estava embriagada. Em entrevista ao Correio, ele deu sua versão para o caso. “Ela estava com dois rapazes se insinuando, se esfregando, curtindo a festa e eu fiquei olhando. Ela ficou olhando pra mim. Com aquela troca de olhares, ela veio até mim e se esfregou em mim, passei a mão nela. Eu já tinha beijado o pescoço dela, conversado com ela. Aí perguntei para ela se ela queria ir comigo até o lado de fora da festa. Depois tivemos relação sexual”, garantiu o vigilante.

  8. Meganhas da Lava Jato tentam

    Meganhas da Lava Jato tentam emplacar narrativa golpista

    13/02/2016 Miguel do Rosárioalx_brasil-mpf-curitiba-20150514-006_original

    Carlos Fernando, um dos porta-vozes da Lava Jato, é o símbolo do golpismo messiânico que tomou conta da operação. Foi ele que falou em “refundar a república”.

    Ele quer transformar a Lava Jato numa operação que fará uma devassa em tudo, paralisando todas as atividades econômicas do país, criminalizando seletivamente alguns partidos.

    Nessa entrevista, ele externa a sua visão de mundo autoritária, que expressa a narrativa que os meganhas de Curitiba e mídia querem impor à força à opinião pública, desde já intimidando juízes:

    “Creio que hoje ninguém mais põe em questionamento a existência de um grande esquema de compra de apoio político partidário através do loteamento de cargos públicos importantes para que os partidos da base pudessem ‘fazer’ dinheiro para suas campanhas”, diz ele.

    A tese é esperta, a mesma do mensalão, porque criminaliza a política. É um ataque maquiavélico ao presidencialismo de coalizão. Afinal, o apoio político é, de fato, obtido pela distribuição de poder aos partidos aliados. É assim no mundo inteiro. Se os partidos usam esses cargos para obtenção de recursos para campanha, isso tem de ser combatido caso a caso, e não através do estabelecimento de uma narrativa satânica, cuidadosamente armada para que atinja apenas um lado da luta política.

    Os meganhas da Lava Jato, ao criminalizarem até mesmo o Caixa 1 das campanhas e só das campanhas da base aliada, tentam dar um cheque-mate puramente golpista, pois se todos os partidos precisavam de dinheiro de campanha e esse dinheiro tem de ser obtido junto às grandes empresas, qual o sentido em criminalizar apenas um espectro partidário?

    Teríamos que fechar todos os partidos! Em caso contrário, a operação estaria confessando ser uma operação partidária proto-fascista, que visa eliminar apenas um lado do espectro político.

    Isso é banditismo! E particularmente atroz porque usando o aparelho do Estado para isso. Ou seja, um banditismo pago com dinheiro público!

    O PP, por acaso, um dos partidos mais envolvidos na Lava Jato, teria algum interesse na manutenção eterna do PT no poder?

    Não, evidentemente!

    Até porque o PP tem mais alianças com o PSDB e com a oposição em geral, nas eleições estaduais e municipais, do que com o PT.

    A mesma coisa vale para o PMDB.

    As empreiteiras teriam algum interesse em manter o PT eternamente no poder?

    Então por que doaram ainda mais dinheiro ao PSDB?

    Por todos os lados que se analisa, a tese de Carlos Fernando é delirante e oportunista. Serve apenas como ponta-de-lança do golpe, para subsidiar a narrativa de uma mídia desesperada por uma mudança de poder que lhe permita ter uma sobrevida.

    Na entrevista, Carlos Fernando volta a atacar os esforços do governo para preservar empresas que empregam dezenas de milhares de pessoas, mais centenas de milhares de empregos indiretos.

    É incrível a obsessão dos meganhas da Lava Jato por aprofundar ainda mais uma crise, da qual eles são responsáveis em boa parte. Com a desculpa de fazer uma “devassa moral” no país, pratica-se uma verdadeira sabotagem. Afinal, é evidente que todas as empresas, privadas ou públicas, tem algum tipo de problema, mas tudo isso deve ser combatido com moderação, inteligência, visando o bem social, e não a destruição econômica.

    Procuradores recebem salários de marajá para protegerem a sociedade, e não puni-la com seus delírios de grandeza. Sim, porque eles continuarão recebendo seus salários, mas e o resto do país, como fará para patrocinar suas empreitadas apocalípticas?

    Não serão os ricos, que tem contas no exterior, e sim a classe trabalhadora, como sempre, as principais vítimas desse messianismo oportunista e deliquente.

    Abaixo, para registro histórico, a entrevista de Carlos Fernando.

    ***

    No Brasil 247.

    PROCURADOR: ‘LAVA JATO ATINGIU SUA MATURIDADE’

    Um dos principais integrantes da força-tarefa da Lava Jato, o procurador Carlos Fernando Lima avalia que, com quase dois anos de vida, a operação atingiu sua maturidade; no entanto, ele antecipa que novas fases virão pela frente; “Há muito que fazer ainda na área investigativa. Novas estatais virão. Novos bancos virão. Fundos de pensão virão”, afirma; Lima também desconsiderou as críticas de advogados, que apontam supressão de direitos na Lava Jato; “Quantos às críticas, penso que ataques genéricos, sem a coragem de nominar pessoas ou apontar fatos concretos, somente desqualifica o manifesto. Mas, é claro, o choro é livre em nosso país”

    13 DE FEVEREIRO DE 2016 ÀS 08:28

    Paraná 247 – Em entrevista aos jornalistas Ricardo Brandt e Fausto Macedo, o procurador Carlos Fernando Lima avalia que a Lava Jato atingiu seu ponto de maturidade, mas também antecipa futuras fases da operação.

    “Vamos dizer que a Lava Jato alcançou sua maturidade. Significa que há muito a se fazer. Creio que hoje ninguém mais põe em questionamento a existência de um grande esquema de compra de apoio político partidário através do loteamento de cargos públicos importantes para que os partidos da base pudessem ‘fazer’ dinheiro para suas campanhas”, diz ele.

    Sobre o futuro, ele aponta como focos estatais, bancos e fundos de pensão. “Há muito que fazer ainda na área investigativa. Novas estatais virão. Novos bancos virão. Fundos de pensão virão. É claro que enfrentaremos dificuldades, especialmente aquelas criadas pelo próprio Governo, como no caso da lei de repatriamento e na MP 703, que alterou a Lei Anticorrupção, tornando-a uma lei criminogena, uma lei que incentiva a prática corrupta, pois permite que aqueles que sejam pegos possam escapar pelo simples pagamento de multas.”

    Lima também respondeu a um manifesto de advogados, que apontou abusos e supressão de direitos na condução da operação. “Vivemos num país de excesso de recursos, infindáveis habeas corpus, embargos de embargos de embargos, etc… Nosso país tem a fama da impunidade, e é ela merecida. Mesmo assim, ainda há possibilidade de se fazer um bom trabalho. As críticas soam familiares, pois são repetições do que aconteceu durante o mensalão. Os números absolutos de habeas corpus e recursos na Lava Jato mostram que há, em verdade, um abuso do uso desses recursos em nosso país, e o Ministério Público tem proposto, dentre outras medidas contra a corrupção, uma racionalização desse sistema”, afirma. “Quantos às críticas, penso que ataques genéricos, sem a coragem de nominar pessoas ou apontar fatos concretos, somente desqualifica o manifesto. Mas, é claro, o choro é livre em nosso país.”

     

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