Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Redação

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  1. A PUTA PAUTA LIMPA

    Jucá senta ao lado de Renan e gera bate-boca

    MARIANA HAUBERT
    MACHADO DA COSTA
    DE BRASÍLIA

    24/05/2016 22h07 

    Alvo de protestos de aliados da presidente afastada Dilma Rousseff, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) motivou um bate-boca entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) na noite desta terça-feira (24) durante a sessão do Congresso.

    A deputada protestou quando Jucá se sentou ao lado de Renan na Mesa Diretora do plenário da Câmara, onde acontece a sessão e invocou uma questão de ordem, quando os parlamentares questionam o andamento da sessão com base nos regimentos do Congresso.

    “Questão de ordem, presidente. O art. 47 do regimento do Senado diz: A assunção de cargo de ministro de Estado […] implica na renúncia ao cargo que o Senador exerça na mesa. Imagino que isso tenha sido feito. E se o senador Romero Jucá o fez, ele não pode fazer parte da mesa”, diz Feghali.

    A reclamação da deputada é que, se Jucá não foi exonerado do cargo de ministro do Planejamento, ele não pode se sentar à mesa diretora.

    “Estranho sua extrema solidariedade ao senador Romero Jucá”, disse Feghali. “Utilizar-se da presidência para, desigualmente, fazer uma discordância, uma parcialidade, em relação a esse posicionamento, não é correto”, concluiu.

    Renan respondeu. “Essa é a manifestação da minha indignação em relação a um desequilíbrio de Vossa Excelência, ao dizer que o senador Romero Jucá está presidindo a sessão.”

    Feghali e Renan passaram a bater boca. “Não é desequilíbrio. É uma opinião. Eu não disse que ele está presidindo. Pega a nota taquigráfica [registro dos discursos]. Eu não disse isso. Vossa Excelência está parcial demais”, bradou Feghali.

    “Ele não está presidindo. Parcialidade é de Vossa Excelência”, encerrou a discussão Renan.

    Após o entrevero, o deputado Sibá Machado (PT-AC) assumiu o microfone. Ele também provocou Jucá e o presidente interino, Michel Temer.

    “Este é um governo breve. Como assim foi a presença de Jucá no Ministério. Em outra oportunidade ficou 3 meses. Agora, somente 15 dias”, afirmou Machado.

    VETOS

    Em mais de nove horas de sessão, senadores e deputados analisam 24 vetos presidenciais. Eles já aprovaram todos os vetos em uma votação em bloco mas 13 deles foram destacados para serem analisados individualmente. Desses, quatro foram mantidos e três rejeitados e, portanto, o conteúdo deles passa a ter efeito. Os outros destaques ainda serão analisados nesta sessão.

    Assim que a votação dos vetos terminar, os parlamentares iniciarão a discussão da revisão da meta fiscal com deficit primário de R$ 170,5 bilhões. A votação representa o primeiro desafio do presidente interino Michel Temer no Congresso.

    Um dos vetos rejeitados restabelece o repasse de 20% do valor de venda de imóveis da União para os municípios onde o respectivo imóvel está localizado. O trecho era parte da medida provisória editada pela presidente afastada Dilma Rousseff que tratava da administração, alienação e transferência de gestão de imóveis da União para a constituição de fundos para o governo.

    Os congressistas também derrubaram o veto à anistia de policiais e bombeiros militares que participaram de movimentos reivindicatórios em diversos estados. Os militares receberiam penas administrativas, mas com a rejeição ao veto, eles serão anistiados. A proposta havia sido vetada sob a justificativa de que poderia causar desequilíbrios nas corporações.

     

     

     

  2. Da tragédia de um país refém de Rodrigo Janot e Sergio Moro

    Do Facebook de Eduardo Ramos

     

    Eduardo Ramos

    18 h ·  

    ….da tragédia de um país refém de Rodrigo Janot e Sérgio Moro…

    Ontem, comemoramos pela primeira vez um vazamento que flagra um dos golpistas falando em “sossegar a lava jato”, o GOLPE uma das estratégias. Mas não podemos esquecer, independente da gravidade da coisa, de quem seja Romero Jucá, da imensa podridão que tudo isso representa: um país arrastado por armadilhas preparadas pelo Ministério Público Federal e Sérgio Moro, onde nenhum político ou autoridade, talvez até ministros do Supremo ou jornalistas, podem conversar em paz, dizer o que pensam, pelo risco de serem grampeados.

    Quem defende essa rotina insana, nos moldes como vem sendo feito no Brasil, não tem neurônios! Por um motivo apenas: DAR TAMANHO PODER A DOIS HOMENS, RODRIGO JANOT E SÉRGIO MORO, É DAR A ELES A CHAVE DE TODO PODER NO BRASIL!

    Porque se a Lei fosse cumprida, todos os órgãos da Imprensa que vazam as conversas sigilosas, teriam sido exemplarmente punidos, os policiais federais ou juízes ou promotores responsáveis pelos vazamentos, idem!

    É preciso enxergar com clareza, que se numa investigação como a lava jato um preso qualquer cita algumas dezenas de nomes, COM OU SEM PROVA, isso vira uma reação em cadeia, Janot e Moro passam a ter o ÁLIBI jurídico para grampearem a bem dizer quem eles quiserem, já que a decisão PASSA APENAS POR SUAS MÃOS….

    A questão se torna GRAVÍSSIMA, por um motivo: eles têm um auto-falante em suas mãos, um AMPLIFICADOR DE VOZES, chamado Rede Globo de Televisão! E os amplificadores impressos, todos aliados de seus objetivos políticos, Veja, Folha, Estadão…..

    Isso confere à dupla Janot/Moro o PODER LITERAL de destruírem, no momento que quiserem, qualquer autoridade nesse país!

    É soltar o vazamento “certo”, na “hora certa”…..

    Concede-lhes inclusive, um poder de CHANTAGEM a bem dizer infinito, inclusive na hora de confrontar um investigado: “olha só o que o fulano disse de você….. pensa bem, ou você delata mais coisas, ou dança!”

    E se formam as chantagens, como o filho de Cerveró enganando Delcídio, Delcídio “entregando” Dilma e Lula, sem prova alguma mas ciente que era o que dele se esperava, enfim, um ambiente de traições, delações, chantagens, uma sordidez sem fim!

    Nos países sérios, a escuta telefônica segue regras implacáveis, porque toda a sociedade DESMORONA com sua banalização!

    Termos uma conversa com a presidente da República jogada em horário nobre por decisão dessa dupla de bandidos, Janot e Moro, sem consequência alguma para eles ou para a Globo, demonstra a republiqueta que viramos!

    Passou da hora do CNJ e do STF chamarem Janot e Moro às falas, e emitirem um comunicado duro, onde as punições por vazamentos criminosos fiquem claras e comecem a ocorrer,

    Ou a Globo e a dupla marginal farão desse país o que quiserem!

    (eduardo ramos)

    https://www.facebook.com/eduardo.ramos.77770/posts/1201352283250701

  3. Gilmar Mendes é o Supremo. E já absolveu Jucá

    Tijolaço

    Gilmar Mendes é o Supremo. E já absolveu Jucá

     

    gilmarstf

    Gilmar Mendes é a melhor tradução da frase célebre de Millôr Fernandes:

    Mais importante que ser genial é estar cercado de medíocres.

    Como nenhum ministro do STF se disse escandalizado (se é que algum está) por Romero Jucá ter dito que a derrubada da Presidente Dilma Rousseff, Gilmar tomou a frente e já deu seu veredito.

    Não foi nada de mais, apenas uma “impropriedade” de Jucá, segundo relata o G1,  “quando disse que conversou com ministros do STF e ao se referir a um “acordo” com a Corte para viabilizar o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e levar à Presidência o interino Michel Temer”.

    “Não vi isso [tentativa de obstruir a Lava Jato]. A não ser, uma certa impropriedade em relação à referência ao Supremo. Sempre vem essa história: já falei com os juízes ou coisa do tipo. Mas é uma conversa entre pessoas que tem alguma convivência e estão fazendo análise sobre o cenário numa posição não muito confortável”.

    Como Romero Jucá, senador, tem foro privilegiado, se vier a ser acusado pela Procuradoria Geral da República, será julgado pelo STF por obstrução da Justiça, já temos aí a absolvição de Gilmar, dada com antecedência.

    Delcídio do Amaral, se já não tivesse livrado a pele com uma delação premiada daquelas lotadas de acusações e vazia de provas, bem que poderia entrar com uma ação pedindo isonomia com Jucá, porque o que ambos fizeram, quando a dizer que estavam “conversando” com os ministros, foi o mesmo. Muito mais grave, aliás, com Jucá, porque se tratava da derrubada de um governo.

    Aliás, Jucá disse que “foi uma cagada geral” o Senado ter deixado Delcídio ir em cana pela furiosa decisão do STF que “não admitia” suspeitas sobre si.

    Gilmar merece aplausos. É um Gulliver em Liliput.

    PS. Leio agora no Nassif que Celso de Mello transfere a Gilmar a presidência da Turma que julgará Lava Jato . Que maravilha! Viva o Brasil!

    http://www.tijolaco.com.br/blog/gilmar-mendes-e-o-supremo-e-ja-absolveu-juca/

  4. A segunda onda da crise, por Tereza Cruvinel

    A segunda onda da crise

    por Tereza Cruvinel

    do Brasil 247

     

    Hoje é que será possível tomar o pulso do Congresso em relação ao desvelamento do que nunca esteve realmente oculto, a verdadeira razão do impeachment: afastar Dilma para que Temer assumisse e promovesse um acordão que estancasse a sangria dos políticos pela Lava Jato. O que se viu ontem, uma segunda-feira preguiçosa, foi o silêncio do PSDB, do Centrão, do Supremo e do Renan (que teve a pachorra de dizer que não leu a transcrição dos diálogos entre Romero Jucá e Sergio Machado).  Quem começou a ser sangrado foi Jucá mas pode estar começando uma nova escalada da crise que derrubará a ordem política carcomida que elegeu Temer como tábua de salvação.

    Se o script da Lava Jato não mudou, vamos ter a homologação da delação de Machado pelo ministro Teori Zavascki e vazamentos de outras gravações, as que teriam sido feitas com Renan e Sarney.  E desta vez,  só haverá o PMDB de Temer na roda.  Como ele poderá resistir se os tripulantes começaram a desembarcar?  Ontem foi o pequeno PV, que sentido cheiro de sangue no ar, anunciou sua independência. E isso tendo indicado Sarney Filho para o Ministério do Meio Ambiente. Assim faziam também com Dilma.

    Marcada para as 11 horas, a sessão que Renan prometeu a Temer para discutir e votar o ajuste da meta fiscal, a anti-meta de R$  170,5 bilhões, vai ser um pandemônio.  Como no tempo de Dilma, a crise política atropelará a agenda econômica. O dia não recomenda o outro evento previsto, a apresentação, por Meirelles, das medidas de ajuste, como corte de despesas e providências para aumentar as receitas.

    Onde este repique da crise política vai dar,  ninguém sabe. Mas existem algumas no caminho. Dilma precisa de três ou quatro votos para livrar-se do impeachment no Senado. Mas como iria governar, não tendo um terço da Câmara baixa (sentido literal, por favor). E continua havendo lá,  no TSE, sob a guarda do ministro Gilmar Mendes, a ação que pede a impugnação da chapa Dilma e Temer. A impugnação completa, ainda este ano, daria em nova eleição presidencial. Após 31 de dezembro, na eleição indireta de um novo presidente por este mesmo Congresso que está aí, e que foi capaz de montar a liturgia do impeachment tentando desmontar a Lava Jato. Esta saída, os brasileiros não merecem mesmo!

     

  5. Relógio de Janot volta a mostrar precisão política

    Relógio de Janot volta a mostrar precisão política

    por Tereza Cruvinel

    do Brasil 247

     

    Há algum tempo o Brasil já sabe que tanto o procurador-geral Rodrigo Janot como o juiz Sergio Moro acertam seus relógios com o tempo político.

    Esta cronometria reaparece agora na divulgação da gravação da conversa entre o senador e ex-ministro Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado. A conversa expõe a trama do impeachment como operação destinada a produzir, com a troca de Dilma por Temer, as condições para um acordão para estancar a “sangria” da classe política pelas investigações da Lava Jato.   A conversa foi gravada no início de março e chegou no mesmo mês às mãos de Janot. Ele não se incomodou com o que ouviu, inclusive com este trecho em que Jucá diz a Machado: “

    “Se é político, como é a política. Tem que resolver esta porra (sic). Tem que mudar o governo para poder estancar esta sangria.”

     Janot sabe ler, ouvir e compreender.  Ninguém duvida de seu QI. Se quisesse,  poderia ter agido para impedir que a trama fosse consumada e Dilma afastada pela acusação, que não convenceu o mundo,  de ter cometido crime de responsabilidade com medidas contábeis: pedaladas e decretos.

    Se alguns senadores – não falemos em deputados pois boa parte deles não desobedeceria a Eduardo Cunha – tivessem tido conhecimento das conversas Jucá-Machado antes do dia 11 de maio, poderiam ter mudado seu voto. E indicador disso é o fato de que Cristovam Buarque (PPS-DF) e José Antonio Reguffe (Rede-DF), que votaram a favor da abertura de processo que levou ao afastamento de Dilma do cargo,  foram signatários, com outros doze senadores (do PT, PDT e PC do B),  da representação ao PGR pedindo abertura de investigação sobre o conteúdo da conversa.

    O relógio de Janot acertou-se com precisão à marcha do impeachment no Congresso. A gravação ficou guardada até passar o dia 17 de abril, quando a Câmara aprovou a autorização da abertura do processo, e até 11 de maio, quando houve a votação do Senado. E foi aparecer agora, dez dias depois da posse de Temer.

    Em muitas ocasiões o relógio do procurador exibiu sua fina sintonia política. Naquela mesma semana que antecedeu a votação na Câmara, sete políticos do PP foram indiciados. E o partido, que poderia ter entrado para o governo e garantido os votos que faltavam a Dilma, desistiu dos ministérios que receberia e acabou optando pela outra operação – a troca de governo como medida para estancar a sangria.

    O relógio de Sergio Moro tem sintonia finíssima e naqueles mesmos dias mostrou sua perfeição ao fazer vazar (com autorização da Janot, que estava na Europa) o áudio da conversa Lula-Dilma que fez a crise politica ferver e levou ao impedimento da posse de Lula como ministro, num momento crucial de montagem da defesa do governo,  por força da liminar do ministro Gilmar Mendes. Afastada Dilma, o STF decidiu que a ação perdeu o objeto, não sendo necessário julgar a liminar. Os advogados de Lula ontem contestaram a ordem de arquivo: querem o reconhecimento de que ele foi ministro de Dilma desde a nomeação até o afastamento dela, não tendo podido apenas exercer o cargo por decisão do STF. Não por capricho mas porque isso tem consequências jurídicas.

  6. Tem cara e cheiro de golpe e, agora, há até prova de que o golpe

    Brasil 247

     

    Eduardo Guimarães

     

    Tem cara e cheiro de golpe e, agora, há até prova de que o golpe é golpe

     

     

    24 de Maio de 2016

     

    Compartilhe no Google +Compartilhe no TwitterCompartilhe no Facebook: pBrasília(DF), 12/05/2016 - Posse dos ministros do governo Michel Temer - Presidente Michel Temer e o Ministro do Planejamento Romero Jucá Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles/p

     

    Todo santo dia um pistoleiro da mídia golpista escreve ou recita que o golpe não é golpe. O mais curioso é que esses pistoleiros chegam a reconhecer que o “motivo” alegado para o impeachment é fraco porque presidentes anteriores a Dilma também “pedalaram” e nada aconteceu simplesmente porque pedalada não é motivo para derrubar presidentes.

    Vale ressaltar que aquilo que os pistoleiros da mídia chamam de “pedalada” é uma operação contábil feita para impedir que programas sociais e outras obrigações sociais inadiáveis do Estado deixem de ser cumpridas por problemas conjunturais de caixa. Trocando em miúdos: o governo fez empréstimos bancários por alguns dias para pagar beneficios sociais em dia.

    Sim, é por isso que estão tentando cassar os 54 milhões de votos de Dilma Rousseff.

    Mas o foco desta reflexão é outro. É a negativa pavloviana dos pistoleiros da mídia de que o golpe contra Dilma seja golpe quando até o líder da direita venezuelana – golpista como a nossa – teve que admitir que houve um golpe no Brasil.

    O ex-candidato a presidente da Venezuela Henrique Capriles não condena o golpe contra Dilma por bondade, convenhamos, mas porque a direita venezuelana tem forte preocupação com sua imagem e, hoje, negar o golpe no Brasil pega muito mal no cenário internacional.

    O golpe brasileiro está sendo visto em todo o mundo como golpe porque ele parece golpe, tem cara de golpe, porte de golpe, cheiro de golpe. Os golpistas usam terminologias golpistas e suas primeiras medidas e declarações foram golpistas.

    O desmantelamento rápido e sem discussão de políticas que duraram mais de uma década é absolutamente concernente ao que fazem golpistas quando tomam de assalto o poder. Querem reinventar a realidade do país golpeado o mais rapidamente possível, tentando acelerar o caráter de irreversibilidade da aventura.

    Mudanças drásticas como as promovidas pelo usurpador Michel Temer na política externa, na Cultura ou nos programas sociais são características dos golpes. Medidas como essas, que mexem com políticas consolidadas ao longo de mais de uma década, deveriam ser muito mais discutidas.

    Para políticas tão importantes serem alteradas tão profundamente ou até anuladas, requerem legitimidade de quem promova tais atos, ou seja, exige um governo respaldado pelo voto popular.

    O que, convenhamos, não é o caso de Temer. Apesar de ter sido eleito na chapa de Dilma, essa chapa foi eleita com um programa que Temer está jogando fora de cima a baixo. Sem apoio do voto popular.

    Apesar de tudo que diz que o golpe é golpe, porém, as negativas continuam. Viraram um mantra. Quando as provas de que o golpe é golpe são expostas, é fácil visualizar mentalmente uma metáfora do comportamento da mídia golpista: um garotinho com os dedos enfiados nos ouvidos repetindo uma e outra vez: “lá-lá-lá, não é golpe, lá-lá-lá”

    Agora, porém, surge até prova MATERIAL de que o golpe é golpe, ou seja, de que Temer e seu grupo político tentam tirar Dilma Rousseff do cargo para encerrar as investigações da Lava Jato.

    A esta altura, todos já devem ter lido as muitas matérias sobre grampo de conversas do ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB-RR). Contudo, vale ver trecho de reportagem da Globo sobre essa bomba, sobre essa prova cabal de que o impeachment de Dilma Rousseff parece golpe, tem cara de Golpe, cheiro de golpe e, tem agora, prova de que é golpe.

     

    Chega a ser cômico o cargo que o ministro do Planejamento, Romero Jucá, ocupa. As gravações de conversas tão pouco republicanas como as que se ouviu ele tendo mostram que o “planejamento” de que ele se ocupa é o de como parar investigações policiais contra si e seus comparsas. Agora existem até provas documentais de que o golpe é golpe.

    http://www.brasil247.com/pt/colunistas/eduardoguimaraes/234057/Tem-cara-e-cheiro-de-golpe-e-agora-h%C3%A1-at%C3%A9-prova-de-que-o-golpe-%C3%A9-golpe.htm

  7. Bom dia!

    Praticamente não estou conseguindo entrar no Blog. Quando consigo, os comentarios se perdem. Isso acontece principalmente à partir de um certo horario. O Blog esta com muitos acessos ou esta sendo atacado por hackers?

    Agredeço a atenção.

    1. Bom dia

      Basicamente, o problema tem a ver com acessos. Porém, como está com picos muito estranhos, o pessoal de TI está analisando a possibilidade de ataques. Informaremos assim que eles tiverem a certeza do que pode estar acontecendo.

      abs

  8. Análise – A extinta CGU, o CNJ e o futuro da transparência
    http://m.estadao.com.br/noticias/geral,analise—a-extinta-cgu–o-cnj-e-o-futuro-da-transparencia,10000053029

    Análise – A extinta CGU, o CNJ e o futuro da transparência
    IZABELA CORRÊA E JANAÍNA PENALVA* – O ESTADO DE S.PAULO

    23/05/2016 | 20p1 0

    ‘Dizem que a luz do sol é o melhor dos desinfetantes’. A famosa frase do juiz Louis Brandeis foi publicada em um artigo da Revista americana ‘Harper’s Weekly’ em 1913. A preocupação do juiz ao escrever o artigo era “com a perversidade das pessoas protegendo malfeitores e fazendo-os passar (ou deixando-os passar) por honestos.”
    A frase é recorrentemente utilizada para defender os benefícios da transparência e acesso à informação pública como ferramentas de prevenção e combate à corrupção. De fato, o acesso à informação pública é responsável pelo revelação de uma série casos de corrupção e malversação de recursos públicos ao redor do globo.

    Na Inglaterra, por exemplo, com a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação em 2005, três jornalistas solicitaram à House of Commons acesso detalhado dos gastos públicos com transporte e morada funcional dos parlamentares. Os dados foram disponibilizados apenas em 2009, após uma longa disputa administrativa e judicial. O acesso aos dados levou ao caso conhecido como Expenses Scandal, o Escândalo dos Gastos. Trata-se de um dos maiores escândalos de apropriação indevida de recursos públicos da história da Inglaterra. O escândalo levou à renúncia do presidente da House of Commons (Câmara dos Representantes), de parlamentares do Partido dos Trabalhadores e do Partido Conservador, à desistência de futuras candidaturas à reeleição, e à criação de um órgão dedicado exclusivamente à controlar os gastos dos parlamentares.

    No Brasil, a Lei de Acesso à Informação (LAI) entrou em vigor há quatro anos. Em maio de 2012, o acesso à informação pública passou a ser a regra, e o sigilo a exceção.

    Aprovada em novembro de 2011, o período entre a aprovação e a entrada em vigor da LAI no Brasil foi curto. Apenas seis meses. Na Inglaterra, por exemplo, foram cinco anos.

    Para garantir que a administração federal estaria pronta para assegurar aos cidadãos seu direito de acesso quando a lei entrasse em vigor, um trabalho grande foi realizado. O grau de sigilo das informações públicas precisou ser adequado aos termos da LAI, órgãos e entidades precisaram preparar dados e documentos para serem divulgados de maneira proativa, servidores públicos foram conscientizados e treinados para abandonar a cultura do sigilo e mergulhar na cultura do acesso, ferramentas foram desenvolvidas, cursos preparados, tudo para que a LAI não apenas entrasse em vigor formalmente, mas para que valesse de forma efetiva.

    No processo de preparação do Executivo federal para entrada em vigor da LAI, a Controladoria Geral da União (hoje extinta e com as funções transferidas ao Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle) teve um papel absolutamente central. Não simplesmente por ter se preparado para responder os pedidos de acesso dos cidadãos, mas porque preparou tecnicamente toda a administração pública federal para tanto.

    O e-SIC, Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão, criado pela ex-CGU para receber os pedidos de acesso à informação dos cidadãos, foi disponibilizado para todo Executivo federal. Mais de 192 mil pessoas fizeram solicitações de acesso ao Executivo federal utilizando o sistema.

    A ex-CGU tornou-se também instância recursal dos pedidos de acesso à informação no âmbito do Executivo federal. Mediante a negativa de acesso à informação pela autoridade máxima de um órgão ou entidade, a instância recursal é a extinta CGU. De maio de 2012 a abril de 2016, dos recursos de acesso à informação interpostos e conhecidos pela extinta CGU (2.627), em 57% dos casos o órgão decidiu em prol do acesso à informação por parte dos cidadãos.

    Mesmo antes da entrada em vigor da LAI, a ex-CGU incorporava o princípio da transparência e divulgava dados públicos aos cidadãos. Em 2004, o órgão criou o Portal da Transparência, que disponibiliza dados da execução orçamentária do governo federal de maneira facilitada para o cidadão. O portal evoluiu ao longo dos anos e antes de a LAI entrar em vigor, as remunerações individuais de cada servidor público do Executivo federal passaram a ser divulgadas.

    O compromisso da extinta CGU com a promoção da transparência é inegável, especialmente se o compararmos a instituições de outros poderes da República. Uma comparação possível seria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O Conselho Nacional de Justiça pode ser considerado o equivalente funcional no Judiciário da extinta CGU. Apesar de não ser de todo precisa, a comparação é válida quando pensamos no papel do CNJ para promover o acesso à informação e à transparência no âmbito do Poder Judiciário.

    Em que pese haja tribunais mais transparentes que outros, o que observamos no CNJ, nas últimas gestões, foi uma disputa interna entre grupos pró e contra a efetiva abertura do Judiciário ao controle público. Por esse motivo, foram necessários três anos para aprovação de norma regulamentadora da LAI, e o resultado é um texto aquém do esperado.

    A comparação entre o trabalho de transparência promovido pela ex-CGU e pelo CNJ é no momento pertinente por um motivo adicional. O atual ministro da Transparência, Fiscalização e Controle (ou, ex-CGU) foi o ouvidor do CNJ quando a LAI foi regulamentada no Conselho e participou das sessões de votação da regulamentação da LAI para o Judiciário.

    Na ocasião, os conselheiros do CNJ debateram extensivamente se os dados remuneratórios dos juízes e servidores do Judiciário deveriam ser disponibilizados na internet, da forma como o fazem o Executivo e o Legislativo federais. O CNJ entendeu que não, que os cidadãos deveriam se identificar para ter acesso a tais dados. Seguiu o entendimento o atual ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, explicando que no caso valia uma “bilateralidade [para o acesso] que é sadia, é saudável, é cidadã.”

    Trata-se, a nosso ver, de uma ideia invertida que impõe ao cidadão o dever de ser transparente para ter acesso à informações de caráter estritamente público. A transparência é um ônus do Estado e não um dever do cidadão. É princípio constitucional a ideia de que a informação pública deve estar acessível a todos cidadãos, independentemente de quem a requisite. É esse princípio que propicia, por exemplo, que as execuções orçamentárias, as licitações, as empresas declaradas inidôneas, e as remunerações dos servidores do Executivo e Legislativo, por exemplo, estejam disponíveis na internet. É esse princípio que libera o cidadão de justificar pedidos de informação ou de comunicar como utilizará a informação. A transparência é um ônus do Estado. Essa é uma questão de princípio.

    O acesso como regra precisa ser preservado. É preciso continuar abrindo a administração pública, o Estado brasileiro. Precisamos saber mais sobre as agendas das altas autoridades do Executivo, sobre os processos seletivos para os cargos comissionados, sobre os estudos de viabilidade das políticas públicas (se existem e quão robustos são), sobre os custos das viagens presidenciais, e sobre as renúncias fiscais, apenas para dar alguns exemplos.

    O caminho para o acesso à informação pública está aberto. Transparência é e continuará sendo uma conquista por mais democracia. E conquistas democráticas robustas vêm de baixo para cima. Caberá a nós, cidadãos, lutarmos para que o exercício do poder público seja realizado cada vez mais em público. Também caberá a nós resistir a qualquer retrocesso contra nosso direito de acesso. Em qualquer governo, inclusive interino.

    * Izabela Corrêa, doutoranda na London School of Economics (LSE) e ex-coordenadora de Transparência, Ética e Integridade na ex-Controladoria Geral da União

    ** Janaína Penalva é professora de Direito Universidade de Brasília/UnB, ex- diretora-executiva do Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ e do Centro de Estudos Judiciários do CJF

  9. Novo áudio da Lava Jato

    Novo áudio da Lava Jato atinge Renan Calheiros. Mas… cuidado!

    25 de maio de 2016 Miguel do Rosário13263701_1110556285634170_3940784536126432573_nWhatsAppTwitterFacebook1,940   

    A divulgação de outra conversa de Sergio Machado, dessa vez com Renan Calheiros, levanta ainda mais suspeitas, para este blogueiro, de que se trata de mais uma estratégia do golpe.

    Seus aspectos contraditórios, a saber, enfraquecer o novo governo e desvelar os bastidores do próprio golpe, são um risco calculado, mas necessário para consolidar a hegemonia dos meganhas da Procuradoria Geral da República e da mídia, que são os verdadeiros chefes de toda essa onda de violência que atingiu nossa democracia.

    A análise da nova conversa entre Machado e Renan prova que o foco de instabilidade vinha mesmo da Lava Jato. A maneira como a operação foi conduzida empurrou – num movimento cirurgicamente calculado – a classe política para o golpe.

    O título da matéria na Folha denuncia o motivo pelo qual a PGR liberou esses áudios somente agora: é para evitar que, dentre outras coisas, o novo governo mude a lei de delação premiada, a qual, como funciona hoje, confere aos meganhas da lei um poder descomunal para manipular processos judiciais, chantagear testemunhas e réus, e, por fim, consolidar narrativas de acusação pré-determinadas.

    Renan tem razão quando fala que a lei de delação premiada precisa ser mudada: não se pode usar a prisão como instrumento de tortura; apenas se deveria aceitar delação premiada (uma instituição que, aliás, é inconstitucional, mas isso é outra discussão) de quem já estivesse em liberdade.

    Tanto o áudio liberado hoje como o anterior, na conversa com Jucá, revelam ainda que a imprensa tinha papel fundamental na criação da atmosfera opressiva que levou ao golpe. Os políticos perceberam o jogo: estavam sendo coagidos a derrubar o governo como única maneira de se salvarem, como aliás já está acontecendo.

    No pós-golpe, Aécio Neves tem sido sistematicamente blindado pelo STF. Antes do golpe, Aécio seria um dos primeiros a serem “comidos”.

    E o STF agora entregou a Lava Jato nas hábeis mãos de Gilmar Mendes, o que naturalmente faz parte do “grande acordo nacional” para salvar os políticos: e Mendes já declarou que não viu nada demais nos áudios de Machado.

    Sob controle de Gilmar Mendes, a Lava Jato não será abafada ou interrompida, como denuncia, com inacreditável ingenuidade, políticos governistas, mas sim devidamente instrumentalizada para atingir somente o PT, cortando a cabeça de Lula e eliminando os riscos da esquerda voltar ao poder em 2018.

    Gilmar, chefe do golpe, emerge hoje como a figura mais poderosa do país: assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde já vem manobrando há tempos para criminalizar a campanha de Dilma Rousseff, e só a dela (não fala na campanha do PSDB); e agora tem o controle sobre a Lava Jato. Além do apoio irrestrito da Globo, claro.

    O golpe é essencialmente midiático e judicial, e produziu um clima calculado de terror para forçar os políticos – sobretudo os corruptos, que são os mais apavorados, por razões óbvias – a assumirem uma ação desesperada, uma ação que viola a democracia, mas que era necessária para impor uma agenda neoliberal que, concluíram as elites predadoras, não seria possível estabelecer pelo voto.

    Foi a mídia – representante maior dessas elites – que deu as cartas e operou tudo, em conluio com a PGR, porque o impeachment jamais foi pintado como ele verdadeiramente era, uma ação desesperada de políticos com medo da prisão, e sim como uma consequência natural, necessária, da vontade “popular”, expressa em grandes manifestações contra a corrupção.

    O impeachment foi realmente um golpe, porque nunca teve nada a ver com o crime de responsabilidade da presidenta.

    Dilma emerge desse lamaçal mais pura do que nunca. Ela é, de fato, quase uma vestal em meio a punhado de raposas velhas da política.

    Mas não podemos embarcar na filosofia coxinha que a mídia maquiavélica quer nos empurrar, criminalizando a política e empoderando um judiciário ainda mais corrupto e danoso que o legislativo, porque essencialmente antidemocrático, vitalício, além de igualmente corrupto: o golpe veio da manipulação da Lava Jato, ou seja, uma operação orquestrada entre PGR, judiciário e Globo, e até hoje continua assim.

    Todos esses vazamentos, prisões, delações, operações espetaculares, seguiram uma agenda política cuidadosamente planejada para produzir o efeito político desejado.

    Na conversa entre Renan e Machado, fala-se ainda numa conversa de Dilma com João Roberto Marinho. Mais uma vez, revela-se a desastrosa ingenuidade de Dilma Rousseff, que jamais percebeu a extensão e profundidade do mal que emana da Globo.

    Numa entrevista com blogueiros, concedida pela presidenta dois dias depois do golpe do dia 17 de abril, eu perguntei a ela sobre a ameaça da mídia à democracia: ela começou respondendo bem, que a concentração era um mal, mas logo desviou-se do assunto, com evasivas sobre a impossibilidade de se votar uma lei de mídia com essa Câmara e dizendo que não podíamos “demonizar”.

    Ora, não se trata de demonizar ninguém. No mundo real não existem santos nem demônios, e sim interesses, leis e luta política. Não podendo fazer uma lei democrática, que protegesse os cidadãos da violência midiática, agora expressa em sua forma mais brutal, um golpe de Estado, que ao menos usasse democraticamente a sua posição como presidenta para esclarecer aos cidadãos, para fazer política, para usar o verbo, para denunciar as articulações golpistas da mídia!

    É preciso acreditar no poder da palavra, Dilma! A palavra transforma!

    Dilma nunca denunciou o papel golpista da mídia brasileira, e enquanto não o fizer, não conseguirá jamais fazer os cidadãos entenderem o que se passa em seu próprio país. A presidenta tinha que ter feito isso da tribuna da ONU, para denunciar ao mundo o golpe midiático-judicial que estamos sofrendo.

    Setores crescentes da população entenderam isso, quase intuitivamente, tanto é que, em todas as manifestações, as faixas contra o golpe explicitam a participação da Globo nessa trama macabra.

    Para vencer o golpe, Dilma precisa denunciar os bastidores da trama, mas sem esconder seus atores principais: a PGR, Gilmar Dantas e a Globo.

    A Folha de São Paulo, um braço subgolpista da Globo, tem desenvoltura para assumir, de vez em quando, posições ambíguas, mas sua função, por isso mesmo, é essencial para o golpe, porque o golpe não pode parecer golpe, e para isso é preciso manter uma aparência de democracia na cobertura política dos eventos.

    Há algumas contradições entre os agentes do golpe, criadas pela onda crescente de protestos e manifestações. A Globo, mais autoritária, consegue evitar fissuras em sua estrutura. A Folha, nem sempre.

    Folha e Globo, de qualquer forma, articulam duplamente: de um lado, com meganhas do judiciário, de um lado (através de vazamentos que mostram ao governo Temer quem manda); de outro, com o próprio Temer, para que este reprima os blogs, de forma a manter a hegemonia e o monopólio da informação em mãos da mesma oligarquia que deu o golpe e produziu toda a crise que vivemos hoje.

    http://www.ocafezinho.com/2016/05/25/novo-audio-da-lava-jato-atinge-renan-calheiros-mas-cuidado/

     

  10. Quem gravou Renan e quem divulgou para a imprensa ?
    http://brasileiros.com.br/2016/05/os-misteriosos-grampos-que-estao-abalando-o-governo-temer/

    Os misteriosos grampos que estão abalando o governo Temer

    Quem gravou? Como? Onde? Por que?

    Alex Solnik 25/05/2016 16:52
    
    4

    O que essas gravações também mostram é que contar segredos a Renan é um perigo – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Fotos Públicas (17/15/2015)

    Tenho muitas dúvidas acerca das fitas com diálogos entre Sergio Machado e Romero Jucá (ontem), Sergio Machado e Renan Calheiros (hoje) e Sergio Machado e José Sarney (amanhã) publicadas na “Folha de S. Paulo” pelo jornalista Rubens Valente. Mas tenho uma certeza: elas podem provocar uma reviravolta política sem precedentes. E até confirmar uma hipótese que levantei apenas por intuição: a de que o STF poderia anular o impeachment, porque revelam claramente o conluio que esteve por trás do processo, pois a frase-síntese das conversas é: “O Michel é o elemento número um dessa solução”.

    Me pergunto, primeiro: se foi o próprio Machado quem gravou, como se comenta, com o objetivo de livrar a sua cara e comprometer os “amigos” e as entregou ao PGR por que não tomou ao menos o cuidado de não criar problemas para ele? Pois ele chama Rodrigo Janot e também o STF pelos nomes mais escabrosos:

    “O Janot é um filho da puta! O Janot tem certeza que eu sou o caixa de vocês. Ele acha que o Moro vai me mandar prender, aí quebra a resistência e fudeu. Porque se me jogar lá embaixo eu estou fodido. Ele está insinuando que eu devo fazer delação premiada. E isso não dá, isso quebra isso tudo que está sendo feito. Renan, esse cara é mau, mau, mau. Porque se esse vagabundo me joga lá embaixo aí é uma merda”.

    E sobre o STF:

    “Eu nunca vi um Supremo tão merda e o novo Supremo, com essa mulher, vai ser pior ainda”.

    Agora, o que fica claro na gravação publicada hoje é que Renan é atualmente o rei da cocada preta, exatamente como Machado o define:

    “Não tem um cara na República mais importante que você hoje. Porque você tem trânsito com todo mundo”.

    Renan não só conversa com os principais protagonistas da política brasileira, como distribui conselhos à presidente afastada e ao presidente provisório, sabe o que Lula pensa, conhece bastidores da Lava Jato e do STF, é procurado para dirimir dúvidas e não tem dificuldade em revelar suas opiniões contundentes em conversas que seus interlocutores tiveram com ele na certeza de que ficaria apenas entre os dois.

    Vejam o que Renan diz sobre o presidente provisório:

    “Michel, eu disse pra ele, tem que sumir, rapaz. Nós estamos apoiando ele porque não é interessante brigar. Mas ele errou muito. Negócio de Eduardo Cunha. O Jader me reclamou aqui, ele foi lá na casa dele e estava lá o Eduardo Cunha. Aí o Jader disse ‘porra, também é demais, né’”.

    E repete mais adiante:

    “Eu disse a ele: Michel, você tem que ficar calado, não fala, não fala”.

    Quando Machado pergunta “quem vai botar o guizo nela (Dilma)”? Renan responde de bate pronto:

    “Quem conversa com ela sou eu, rapaz”.

    Machado pondera que os ministros do STF não negociam com Dilma, Renan sabe o motivo:

    “Não negociam porque estão todos putos com ela. Ela disse: ‘Renan, eu recebi aqui o Lewandowski querendo conversar um pouco sobre a saída para o Brasil. O Lewandowski só veio falar de aumento’”.

    Quando Machado diz que “ela é uma doença terminal”, Renan cala e, como se diz por aí, quem cala, consente. E revela o que a presidente lhe contou num encontro sigiloso com o presidente da Rede Globo:

    “Ela me disse que a conversa dela com João Roberto foi desastrosa. Ele disse que não tinha como influir. E que está acontecendo um efeito manada contra ela”.

    Mais adiante Renan diz a Machado que “Odebrecht vai mostrar as contas” e relata uma conversa com Dilma a respeito da renúncia: “Eu disse, ‘não fale, não, pelo que conheço, a senhora prefere morrer”.

    Renan também fala com muito conhecimento de causa acerca de Lula:

    “O Lula está consciente, acha que a qualquer momento pode ser preso”.

    Machado pergunta: “Delcídio vai dizer alguma coisa de você”?

    E Renan:

    “Deus me livre, Delcídio é o mais perigoso do mundo. O acordo era para ele gravar a gente, eu acho, fazer aquele negócio que o J. Hawilla fez”.

    Machado retruca:

    “Que filho da puta, rapaz”!

    Renan confirma:

    “É um rebotalho de gente”!

    Sobre Aécio:

    “Aécio está com medo. ‘Renan, queria que você visse esse negócio do Delcídio, se tem alguma coisa’. O Aécio disse que eu sou a única esperança que eles têm de alguém fazer o…. (inaudível)’”

    Se esses diálogos mostram que dificilmente o próprio Machado seria o autor das gravações, pois ele fica mal com Janot e com o STF e deixa perceber que procura Renan, como havia procurado Jucá e vai procurar Sarney em busca de ajuda, e quem quer ajuda é porque está encrencado a primeira dúvida é: quem é o autor? A segunda: quem repassou as fitas ao jornalista da Folha foi alguém da PGR? Da Lava Jato? Da Polícia Federal? Ou alguém que não tem nada a ver com essas instituições e nem está no Brasil? A terceira: onde está Sergio Machado?

    Ah, o que essas gravações também mostram é que contar segredos a Renan é um perigo.

    Link curto: http://brasileiros.com.br/ycYP5

  11. Mais um capítulo da novela vazamentos contra o PMDB
    http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/234479/A-%C3%ADntegra-das-conversas-entre-Machado-e-Sarney.htm

    A ÍNTEGRA DAS CONVERSAS ENTRE MACHADO E SARNEY

    Diálogos tratam do momento político atual, com críticas ao governo da presidente Dilma, ao juiz Sérgio Moro e à atuação do Supremo; as conversas foram gravadas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que na terça (24) fechou um acordo de delação premiada no Supremo Tribunal Federal; Machado procurou o ex-presidente da República José Sarney e outros políticos do PMDB, como Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR) pois temia que seu caso fosse transferido para a vara do juiz Sergio Moro, em Curitiba (PR)
    25 DE MAIO DE 2016 ÀS 20:21


    247 – As conversas foram gravadas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que na terça-feira (24) fechou um acordo de delação premiada no Supremo Tribunal Federal.

    Machado procurou o ex-presidente da República José Sarney e outros políticos do PMDB, como Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR) pois temia que seu caso fosse transferido para a vara do juiz Sergio Moro, em Curitiba (PR).

    Leia a transcrição das conversas reveladas pela Folha:

    *

    Primeira conversa

    Sarney – Olha, o homem está no exterior. Então a família dele ficou de me dizer quando é que ele voltava. E não falei ontem porque não me falou de novo. Não voltou. Tá com dona Magda. E eu falei com o secretário.

    Machado – Eu vou tentar falar, que o meu irmão é muito amigo da Magda, para saber se ele sabe quando é que ela volta. Se ele me dá uma saída.

    Machado – Presidente, então tem três saídas para a presidente Dilma, a mais inteligente…

    Sarney – Não tem nenhuma saída para ela.

    Machado -…ela pedir licença.

    Sarney – Nenhuma saída para ela. Eles não aceitam nem parlamentarismo com ela.

    Machado – Tem que ser muito rápido.

    Sarney – E vai, está marchando para ser muito rápido.

    Machado – Que as delações são as que vem, vem às pencas, não é?

    Sarney – Odebrecht vem com uma metralhadora de ponto 100.

    Machado – Olha, acabei de sair da casa do nosso amigo. Expliquei tudo a ele [Renan Calheiros], em todos os detalhes, ele acha que é urgente, tem que marcar uma conversa entre o senhor, o Romero e ele. E pode ser aqui… Só não pode ser na casa dele, porque entra muita gente. Onde o se nhor acha melhor?

    Sarney – Aqui.

    Machado – É. O senhor diz a hora, que qualquer hora ele está disponível, quando puder avisar o Romero, eu venho também. Ele [Renan] ficou muito preocupado. O sr. viu o que o [blog do] Camarotti botou ontem?

    Sarney – Não.

    Machado – Alguém que vazou, provavelmente grande aliado dele, diz que na reunião com o PSDB ele teria dito que está com medo de ser preso, podia ser preso a qualquer momento.

    Sarney – Ele?

    Machado – Ele, Renan. E o Camarotti botou. Na semana passada, não sei se o senhor viu, numa quinta ou sexta, um jornalista aí, que tem certa repercussão na área política, colocou que o Renan tinha saído às pressas daqui com medo dessa condição, delações, e que estavam sendo montadas quatro operações da Polícia Federal, duas no Nordeste e duas aqui. E que o Teori estava de plantão… Desculpe, presidente, não foi quinta não. Foi sábado ou domingo. E que o Teori estava de plantão com toda sua equipe lá no Ministério e que isso significaria uma operação… Isso foi uma… operação que iria acontecer em dois Estados do Nordeste e dois no sul. Presidente, ou bota um basta nisso… O Moro falando besteira, o outro falando isso. [inaudível] ‘Renan, tu tem trinta dias que a bola está perto de você, está quase no seu colo’. Vamos fazer uma estratégia de aproveitar porque acabou. A gente pode tentar, como o Brasil sempre conseguiu, uma solução não sangrenta. Mas se passar do tempo ela vai ser sangrenta. Porque o Lula, por mais fraco que esteja, ele ainda tem… E um longo processo de impeachment é uma loucura. E ela perdeu toda… […] Como é que a presidente, numa crise desse tamanho, a presidente está sem um ministro da Justiça? E não tem um plano B, uma alternativa. Esse governo acabou, acabou, acabou. Agora, se a gente não agir… Outra coisa que é importante para a gente, e eu tenho a informação, é que para o PSDB a água bateu aqui também. Eles sabem que são a próxima bola da vez.

    Sarney – Eles sabem que eles não vão se safar.

    Machado – E não tinham essa consciência. Eles achavam que iam botar tudo mundo de bandeja… Então é o momento dela para se tentar conseguir uma solução a la Brasil, como a gente sempre conseguiu, das crises. E o senhor é um mestre pra isso. Desses aí o senhor é o que tem a melhor cabeça. Tem que construir uma solução. Michel tem que ir para um governo grande, de salvação nacional, de integração e etc etc etc.

    Sarney – Nem Michel eles queriam, eles querem, a oposição. Aceitam o parlamentarismo. Nem Michel eles queriam. Depois de uma conversa do Renan muito longa com eles, eles admitiram, diante de certas condições.

    Machado – Não tem outa alternativa. Eles vão ser os próximos. Presidente: não há quem resista a Odebrecht.

    Sarney – Mas para ver como é que o pessoal..

    Machado – Tá todo mundo se cagando, presidente. Todo mundo se cagando. Então ou a gente age rápido. O erro da presidente foi deixar essa coisa andar. Essa coisa andou muito. Aí vai toda a classe política para o saco. Não pode ter eleição agora.

    Sarney – Mas não se movimente nada, de fazer, nada, para não se lembrarem…

    Machado – É, eu preciso ter uma garantia

    Sarney – Não pensar com aquela coisa apress… O tempo é a seu favor. Aquele negócio que você disse ontem é muito procedente. Não deixar você voltar para lá [Curitiba]

    Machado – Só isso que eu quero, não quero outra coisa.

    Sarney – Agora, não fala isso.

    Machado – Vou dizer pro senhor uma coisa. Esse cara, esse Janot que é mau caráter, ele disse, está tentando seduzir meus advogados, de eu falar. Ou se não falar, vai botar para baixo. Essa é a ameaça, presidente. Então tem que encontrar uma… Esse cara é muito mau caráter. E a crise, o tempo é a nosso favor.

    Sarney – O tempo é a nosso favor.

    Machado – Por causa da crise, se a gente souber administrar. Nosso amigo, soube ontem, teve reunião com 50 pessoas, não é assim que vai resolver crise política. Hoje, presidente, se estivéssemos só nos três com ele, dizia as coisas a ele. Porque não é se reunindo 50 pessoas, chamar ministros.. Porque a saída que tem, presidente, é essa que o senhor falou é isso, só tem essa, parlamentarismo. Assegurando a ela e o Lula que não vão ser… Ninguém vai fazer caça a nada. Fazer um grande acordo com o Supremo, etc, e fazer, a bala de Caxias, para o país não explodir. E todo mundo fazer acordo porque está todo mundo se fodendo, não sobra ninguém. Agora, isso tem que ser feito rápido. Porque senão esse pessoal toma o poder… Essa cagada do Ministério Público de São Paulo nos ajudou muito.

    Sarney – Muito.

    Machado – Muito, muito, muito. Porque bota mais gente, que começa a entender… O [colunista da Folha] Janio de Freitas já está na oposição, radicalmente, já está falando até em Operação Bandeirante. A coisa começou… O Moro começou a levar umas porradas, não sei o quê. A gente tem que aproveitar ess… Aquele negócio do crime do político [de inação]: nós temos 30 dias, presidente, para nós administrarmos. Depois de 30 dias, alguém vai administrar, mas não será mais nós. O nosso amigo tem 30 dias. Ele tem sorte. Com o medo do PSDB, acabou com el,e no colo dele, uma chance de poder ser ator desse processo. E o senhor, presidente, o senhor tem que entrar com a inteligência que não tem. E experiência que não tem. Como é que você faz reunião com o Lula com 50 pessoas, como é que vai querer resolver crise, que vaza tudo…

    Sarney – Eu ontem disse a um deles que veio aqui: ‘Eu disse, Olhe, esqueçam qualquer solução convencional. Esqueçam!’.

    Machado – Não existe, presidente.

    Sarney – ‘Esqueçam, esqueçam!’

    Machado – Eu soube que o senhor teve uma conversa com o Michel.

    Sarney – Eu tive. Ele está consciente disso. Pelo menos não é ele que…

    Machado – Temos que fazer um governo, presidente, de união nacional.

    Sarney – Sim, tudo isso está na cabeça dele, tudo isso ele já sabe, tudo isso ele já sabe. Agora, nós temos é que fazer o nosso negócio e ver como é que está o teu advogado, até onde eles falando com ele em delação premiada.

    Machado – Não estão falando.

    Sarney – Até falando isso para saber até onde ele vai, onde é mentira e onde é valorização dele.

    Machado – Não é valoriz… Essa história é verdadeira, e não é o advogado querendo, e não é diretamente. É [a PGR] dizendo como uma oportunidade, porque ‘como não encontrou nada…’ É nessa.

    Sarney – Sim, mas nós temos é que conseguir isso. Sem meter advogado no meio.

    Machado – Não, advogado não pode participar disso, eu nem quero conversa com advogado. Eu não quero advogado nesse momento, não quero advogado nessa conversa.

    Sarney – Sem meter advogado, sem meter advogado, sem meter advogado.

    Machado – De jeito nenhum. Advogado é perigoso.

    Sarney – É, ele quer ganhar…

    Machado – Ele quer ganhar e é perigoso. Presidente, não são confiáveis, presidente, você tá doido? Eu acho que o senhor podia convidar, marcar a hora que o senhor quer, e o senhor convidava o Renan e Romero e me diz a hora que eu venho. Qual a hora que o senhor acha melhor para o senhor?

    Sarney – Eu vou falar, já liguei para o Renan, ele estava deitado.

    Machado – Não, ele estava acordado, acabei de sair de lá agora.

    Sarney – Ele ligou para mim de lá, depois que tinha acordado, e disse que ele vinha aqui. Disse que vinha aqui.

    Machado – Ele disse para o senhor marcar a hora que quiser. Então como faz, o senhor combina e me avisa?

    Sarney – Eu combino e aviso.

    […]

    Machado – O Moreira [Franco] está achando o quê?

    Sarney – O Moreira também tá achando que está tudo perdido, agora, não tem gente com densidade para… [inaudível]

    Machado – Presidente, só tem o senhor, presidente. Que já viveu muito. Que tem inteligência. Não pode ser mais oba-oba, não pode ser mais conversa de bar. Tem que ser conversa de Estado-Maior. Estado-Maior analisando. E não pode ser um […] que não resolve. Você tem que criar o núcleo duro, resolver no núcleo duro e depois ir espalhando e ter a soluç… Agora, foi nos dada a chave, que é o medo da oposição.

    Sarney – É, nós estamos… Duas coisas estão correndo paralelo. Uma é essa que nos interessa. E outra é essa outra que nós não temos a chave de dirigir. Essa outra é muito maior. Então eu quero ver se eu… Se essa chave… A gente tendo…

    Machado – Eu vou tentar saber, falar com meu irmão se ele sabe quando é que ela volta.

    Sarney – E veja com o advogado a situação. A situação onde é que eles estão mexendo para baixar o processo.

    Machado – Baixar o processo, são duas coisas [suspeitas]: como essas duas coisas, Ricardo, que não tem nada a ver com Renan, e os 500, que não tem nada a ver com o Renan, eles querem me apartar do Renan…

    Sarney – Eles quem?

    Machado – O Janot e a sua turma. E aí me botar pro Moro, que tem pouco sentido ficar aqui. Com outro objetivo.

    Sarney – Aí é mais difícil, porque se eles não encontraram nada, nem no Renan nem no negócio, não há motivo para lhe mandar para o Paraná.

    Machado – Ele acha que essas duas coisas são motivo para me investigar no Paraná. Esse é io argumento. Na verdade o que eles querem é outra coisa, o pretexto é esse. Você pede ao [inaudível] para me ligar então?

    Sarney – Peço. Na hora que o Renan marcar, eu peço… Vai ser de noite.

    Machado – Tá. E o Romero também está aguardando, se o senhor achar conveniente.

    Sarney – [sussurrando] Não acho conveniente.

    Machado – Não? O senhor que dá o tom.

    Sarney – Não acho conveniente. A gente não põe muita gente.

    Machado – O senhor é o meu guia.

    Sarney – O Amaral Peixoto dizia isso: ‘duas pessoas já é reunião. Três é comício’.

    Machado – De jeito nenhum. Advogado é perigoso.

    Sarney – É, ele quer ganhar…

    Machado – Ele quer ganhar e é perigoso. Presidente, não são confiáveis, presidente, você tá doido? Eu acho que o senhor podia convidar, marcar a hora que o senhor quer, e o senhor convidava o Renan e Romero e me diz a hora que eu venho. Qual a hora que o senhor acha melhor para o senhor?

    Sarney – Eu vou falar, já liguei para o Renan, ele estava deitado.

    Machado – Não, ele estava acordado, acabei de sair de lá agora.

    Sarney – Ele ligou para mim de lá, depois que tinha acordado, e disse que ele vinha aqui. Disse que vinha aqui.

    Machado – Ele disse para o senhor marcar a hora que quiser. Então como faz, o senhor combina e me avisa?

    Sarney – Eu combino e aviso.

    […]

    Machado – O Moreira [Franco] está achando o quê?

    Sarney – O Moreira também tá achando que está tudo perdido, agora, não tem gente com densidade para… [inaudível]

    Machado – Presidente, só tem o senhor, presidente. Que já viveu muito. Que tem inteligência. Não pode ser mais oba-oba, não pode ser mais conversa de bar. Tem que ser conversa de Estado-Maior. Estado-Maior analisando. E não pode ser um […] que não resolve. Você tem que criar o núcleo duro, resolver no núcleo duro e depois ir espalhando e ter a soluç… Agora, foi nos dada a chave, que é o medo da oposição.

    Sarney – É, nós estamos… Duas coisas estão correndo paralelo. Uma é essa que nos interessa. E outra é essa outra que nós não temos a chave de dirigir. Essa outra é muito maior. Então eu quero ver se eu… Se essa chave… A gente tendo…

    Machado – Eu vou tentar saber, falar com meu irmão se ele sabe quando é que ela volta.

    Sarney – E veja com o advogado a situação. A situação onde é que eles estão mexendo para baixar o processo.

    Machado – Baixar o processo, são duas coisas [suspeitas]: como essas duas coisas, Ricardo, que não tem nada a ver com Renan, e os 500, que não tem nada a ver com o Renan, eles querem me apartar do Renan…

    Sarney – Eles quem?

    Machado – O Janot e a sua turma. E aí me botar pro Moro, que tem pouco sentido ficar aqui. Com outro objetivo.

    Sarney – Aí é mais difícil, porque se eles não encontraram nada, nem no Renan nem no negócio, não há motivo para lhe mandar para o Paraná.

    Machado – Ele acha que essas duas coisas são motivo para me investigar no Paraná. Esse é io argumento. Na verdade o que eles querem é outra coisa, o pretexto é esse. Você pede ao [inaudível] para me ligar então?

    Sarney – Peço. Na hora que o Renan marcar, eu peço… Vai ser de noite.

    Machado – Tá. E o Romero também está aguardando, se o senhor achar conveniente.

    Sarney – [sussurrando] Não acho conveniente.

    Machado – Não? O senhor que dá o tom.

    Sarney – Não acho conveniente. A gente não põe muita gente.

    Machado – O senhor é o meu guia.

    Sarney – O Amaral Peixoto dizia isso: ‘duas pessoas já é reunião. Três é comício’.

    Machado – [rindo]

    Sarney – Então três pessoas já é comício.

    […]

    *

    Segunda conversa

    Sarney – Agora é coisa séria, acho que o negócio é sério.

    Machado – Presidente, o cara [Sérgio Moro] agora seguiu aquela estratégia, de ‘deslegitimizar’ as coisas, agora não tem ninguém mais legítimo para falar mais nada. Pegou Renan, pegou o Eduardo, desmoralizou o Lula. Agora a Dilma. E o Supremo fez essa suprema… rasgou a Constituição.

    Sarney – Foi. Fez aquele negócio com o Delcídio. E pior foi o Senado se acovardar de uma maneira… [autorizou prisão do então senador].

    Machado – O Senado não podia ter aceito aquilo, não.

    Sarney – Não podia, a partir dali ele acabou. Aquilo é uma página negra do Senado.

    Machado – Porque não foi flagrante delito. Você tem que obedecer a lei.

    Sarney – Não tinha nem inquérito!

    Machado – Não tem nada. Ali foi um fígado dos ministros. Lascaram com o André Esteves.. Agora pergunta, quem é que vai reagir?

    […]

    Machado – O Senado deixar o Delcídio preso por um artista.

    Sarney – Uma cilada.

    Machado – Cilada.

    Sarney – Que botaram eles. Uma coisa que o Senado se desmoralizou. E agora o Teori acabou de desmoralizar o Senado porque mostrou que tem mais coragem que o Senado, manda soltar.

    Machado – Presidente, ficou muito mal. A classe política está acabada. É um salve-se quem puder. Nessa coisa de navio que todo mundo quer fugir, morre todo mundo.

    […]

    Sarney – Eu soube que o Lula disse, outro dia, ele tem chorado muito. […] Ele está com os olhos inchados.

    […]

    Sarney – Nesse caso, ao que eu sei, o único em que ela está envolvida diretamente é que ela falou com o pessoal da Odebrecht para dar para campanha do… E responsabilizar aquele [inaudível]

    Machado – Isso é muito estranho [problemas de governo]. Presidente, você pegar um marqueteiro, dos três do Brasil. […] Deixa aquele ministério da Justiça que é banana, só diz besteira. Nunca vi um governo tão fraco, tão frágil e tão omisso. Tem que alguém dizer assim ‘A presidente é bunda mole’. Não tem um fato positivo.

    […]

    Sarney – E o Renan cometeu uma ingenuidade. No dia que ele chegou, quem deu isso pela primeira vez foi a Délis Ortiz. Eu cheguei lá era umas 4 horas, era um sábado, ele disse ‘já entreguei todos os documentos para a Delis Ortiz, provando que eu… que foi dinheiro meu’. Eu disse: ‘Renan, para jornalista você não dá documento nunca. Você fazer um negócio desse. O que isso vai te trazer de dor de cabeça’. Não deu outra.

    Machado – Renan erra muito no varejo. Ele é bom. […] Presidente, não pode ser assim, varejista desse jeito.

    […]

    Sarney – Tudo isso é o governo, meu Deus. Esse negócio da Petrobras só os empresários que vão pagar, os políticos? E o governo que fez isso tudo, hein?

    Machado – Acabou o Lula, presidente.

    Sarney – O Lula acabou, o Lula coitado deve estar numa depressão.

    Machado – Não houve nenhuma solidariedade da parte dela.

    Sarney – Nenhuma, nenhuma. E com esse Moro perseguindo por besteira.

    Machado – Tomou conta do Brasil. O Supremo fez a pedido dele.

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