CNI aponta nova redução da atividade industrial em agosto

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A atividade industrial voltou a perder força em agosto. As horas trabalhadas na produção retraíram 0,8% em naquele mês frente a julho, na série livre de influências sazonais. A utilização da capacidade instalada reduziu 0,5 ponto percentual no período e a indústria operou, em média, com 80,5% da capacidade instalada, segundo dados dessazonalizados e divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com a pesquisa, em resposta à fraca atividade, as indústrias continuam demitindo. O indicador de emprego teve a sexta queda consecutiva em agosto. A redução foi de 0,8% frente a julho, na série livre de influências sazonais. Na comparação com agosto do ano passado, o resultado é ainda mais negativo, com retração de 1,7%. No acumulado do ano, contudo, ainda nota-se modesto crescimento do emprego, de 0,3%

Embora o emprego na indústria esteja em queda, a massa salarial dos trabalhadores do setor subiu 0,3% em agosto ante a julho, na série livre de efeitos sazonais. Essa alta no indicador salarial interrompe a trajetória de cinco meses seguidos de queda. No acumulado do ano, observa-se crescimento de 3% — média de janeiro a agosto de 2014 comparada com a média de 2013. O rendimento médio real do trabalhador subiu 0,4% em agosto frente a julho — feito o ajuste sazonal. Comparado com o rendimento médio registrado há 12 meses, verifica-se que o dado atual é 2,2% maior.

O faturamento da indústria cresceu 1,1% em agosto na comparação com julho, segundo dados dessazonalizados. No entanto, esse indicador está 8,8% menor que o registrado em agosto de 2013. “As altas de agosto e julho não foram suficientes para recolocar o indicador no patamar em que se encontrava há um ano”, destaca a pesquisa.

Segundo a pesquisa, os indicadores de agosto reforçam a trajetória de queda na atividade industrial que teve um crescimento atípico em julho, após quatro meses consecutivos de queda. Essa alta ocorreu por causa do número menor de dias úteis afetados pela Copa do Mundo em relação a junho. “Em agosto, mesmo com mais dias úteis que julho, houve queda na atividade industrial”, acrescentou o economista da CNI Fábio Guerra, em nota.

Para o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a trajetória de forte queda das horas trabalhadas e da utilização da capacidade instalada, que são mais relacionados à atividade industrial, mostram comportamentos muito semelhantes desde o começo do ano. “Isso comprova o fraco desempenho da indústria, principalmente, devido à dificuldade dos produtos brasileiros competirem com os estrangeiros, menor consumo das famílias e a queda nos investimentos”, explicou. Ele também falou sobre a expectativa do setor para os próximos meses.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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