Como FHC enganava os outros e a si próprio

Há um mês estou debruçado, na reta final de uma biografia que estou escrevendo.

Olhando os guardados, encontrei uma entrevista preciosa com o ex-Ministro Antônio Dias Leite.

Primeiro, deu um longo depoimento para meu livro. Depois, permitiu-se discorrer sobre o quadro político e sobre a maneira do PSDB e do DEM criar uma oposição consistente ao PT.

A entrevista foi em janeiro de 2007.

Dias Leite foi um dos mais interessantes homens públicos brasileiros. Assessorou San Tiago Dantas, quando Ministro da Fazenda de Jango. Foi seu colega na Universidade do Brasil, futura Universidade Federal do Rio de Janeiro. Participou da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina) e foi Ministro dos governos militares. Foi também um dos idealizadores do maior projeto industrial brasileiro dos anos 70, a Aracruz Celulose.

Na época escreveu um livro sobre a economia brasileira. Sua receita para o desenvolvimento:

– Tem que mostrar com simplicidade as ideias. As pessoas muito especializadas se aprofundam em um ponto só e perdem a visão geral. Esses economistas dessa geração de 40, 50 anos (basicamente os economistas do Real) todos vêm com certezas absolutas. Ciência não é isso.

Dias Leite trabalhou com Jorge Kafuri, da Ecotec, uma das primeiras consultorias brasileiras, precedendo a Consultec. Kafuri era admirador de Vilfredo Pareto, um dos grandes economistas do século 19, um dos primeiros a estudar o fenômeno da distribuição da riqueza. E gostava de repetir uma máxima de Pareto: “Uma teoria é boa até que se encontre uma outra explicação que explique melhor a realidade”.

– Principalmente, enfatizava Dias Leite, não se pode perder de vista a realidade. Um plano econômico só é bom quando é politicamente viável de fazer.

Na época, em pleno pós-mensalão, Dias Leite analisava o quadro político com uma dúvida e uma certeza. A dúvida é se o governo Lula degringolaria ou não. A certeza é que seria muito difícil o outro lado se organizar.

– PSDB e PFL são bichos diferentes, o PMDB também. Se não fizerem coalizões em torno de programas, nada irá para frente.

Sustentava que Fernando Henrique Cardoso fracassou no segundo governo por causa de compromissos assumidos.

Quando se preparava para o segundo mandato, FHC encontrou-se em um evento com Dias Leite. O ex-Ministro alertou-o sobre a necessidade de um plano mais organizado. Conversaram por uma hora. Aí pediu que fizesse por escrito.

– Faça por escrito e desenvolva mais suas ideias.

Foi feito. Dias Leite mobilizou vários amigos, elaboraram um documento de mais de vinte páginas com conceitos de uma nova estratégia para o Brasil e foi até FHC. Chegando lá, o presidente ligou na sua frente para o Ministro da Fazenda Pedro Malan e pediu que recebesse Dias Leite.

Dias já o conhecia. Tinha presidido a banca do concurso de Malan. Entregou o trabalho.

– Nunca mais ouvi falar desse papel, nem do Pedro, nem do FHC.

A inação administrativa de FHC não tem paralelo na história moderna do país.

Episódio semelhante ocorreu em pleno “apagão”.

Em determinado dia, recebo um telefone do então governador do Mato Grosso Dante de Oliveira.

– Quero te passar em primeira mão. Estive agora com o presidente Fernando Henrique e apresentei uma proposta para ele, para enfrentar a crise, que foi aceita.

Conhecendo o estilo, perguntei se ele tinha certeza de que seria aceita.

– Total. Na minha frente ele ligou para o Armínio Fraga (então presidente do BC) e disse-lhe para estudar atentamente a proposta que ele enviaria mais tarde.

Conhecendo o estilo, ousei dar um conselho para Dante: espere algum tempo até ter certeza de que a proposta foi aceita, para não fazer papel de bobo.

Três meses depois outro telefonema de Dante:

– Você tinha razão, mas agora foi.

– Foi como.

– Na minha frente ele ligou para o Armínio e deu-lhe um esporro por não ter obtido retorno da proposta.

Ponderei mais uma vez:

– Você tem certeza de que o Armínio estava no outro lado da linha?

Era obviamente outro blefe de FHC.

Quando saiu, FHC leu uma biografia de Franklin Delano Roosevelt e vangloriava-se de uma semelhança com ele: o de falar A para os políticos e fazer B.

Foi a única semelhança. Do essencial – o New Deal de Roosevelt – FHC não captou nada. Sempre foi um folgazão sem nenhum apego ao trabalho e, mesmo sendo de família de militares que ajudaram na construção da nacionalidade, nunca almejou nada mais do que o brilho fugaz instantâneo.

Os grandes estadistas até podiam usar o engodo como estratégia para atingir objetivos maiores. Para FHC era apenas o engodo pelo engodo, para reafirmar, para ele próprio, sua esperteza.

Luis Nassif

79 Comentários

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  1. E……………..

    Não sei porque ainda algumas figuras de destaque dão alguma importância ao citado fulado.

    Se for para desconstruir sua imagem, tal qual fazem com o Lula, não vejo onde isto pode funcionar, pois ele, não tem nada para ser desconstruido. Sua estadia no Planalto foi nada mais que entregar nosso patrimônio aos abutres.

    Vide a Vale !!!!!!!!!!!!!!!!!

     

    1. Fariseu

      Wendel

      Lembrando algumas:

      (1) Atualmente as comunicações estratégicas do Brasil, inclusive militares, estão sob controle do mexicano Carlos Slim.

      (2) E por pouco, muito pouco, quase vingou a Petrobrax.

      (3) Finalmente, está encerrando sua existência política como Golpista.

    2. Talvez porque seja o que

      Talvez porque seja o que restou do PSDB, o resto é um ou outro paspalho entrando com pedido de impugnação de alguma coisa, ou fazendo algum comentário lunático para aparecer no PIG.

    3. Foi um reles corretor de
      Foi um reles corretor de imóveis, e daqueles que lesam o cliente ao passar o bem para frente por qualquer valor, sabe-se lá o motivo.

      Lembro agora, sem nenhum vínculo entre os parágrafos, da recente denúncia de que o “governo FHC” recebeu propina de US$100 milhões – ou R$1 BI de hoje. O engraçado dessa história é imaginar como é que se paga propina a um governo: ou recebem todos os funcionários (quanto os faxineiros terão recebido? Todos os ministros, obviamente sem nomes, receberam direitinho?), ou é uma personificação. Imagino um ser chamado governo descendo dos céus ou das profundezas, um gigante de oito braços e muitos olhos, chegando diante dele o corruptor e diz: “oi governo, tá aqui sua grana”. Depois tem quem fale do Lula e diga que FHC “fez um bom governo” (ooooops!).

  2. Personagem político de
    Personagem político de terceira linha, sem duvida alguma.

    Seu erro, entretanto, foi considerar o Lula exemplo de estadista.

    1. Eita inveja danada

      Deve ser um coice na sua fuça não jumento? Lula acaba de receber seu 27 título de Doutor e você relinchando.

      http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,lula-recebe-27-titulo-de-doutor-honoris-causa,1157569

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      1. Tratar o Lula como um cara

        Tratar o Lula tal e qual um cara que emite ruídos noturnos e solta pum como todos nós, um político sensível à causa, porém limitado, ofende quem o idolatra, não é verdade?

        Companheirinho, me perdoe, mas essa é a MINHA OPINIÃO.

        Para não perder tempo digo ainda que o delicado quadro que nos encontramos se deve primeiro à ELE, não à Dilma.

        E digo que ele deveria acender velas todos os dias para os chineses e sua fúria consumidora de minério, soja e petróleo.

        Caso contrário, entraria para a história como o Lech Walessa II.

        1. Pois é a ‘SUA OPINIÃO’ de um

          Pois é a ‘SUA OPINIÃO’ de um covarde (não assina o nome no que diz). E mal educado. Pois entra aqui numa matéria sobre FHC sómente pata destilar ódio ao Lula e provocar gratuitamente os comentaristas, fazendo o papel ridículo de troll analfabeto.

        2. Quanto à furia consumidora
          Quanto à furia consumidora dos chineses, da pra explicar o que teria sido feito pelo FHC e compania com o dinheiro que acabou entrando? O povo veria algum o seria feito outro Proer?

    2. Encontrarão tipos tão ruins

      Encontrarão tipos tão ruins ou piores que o FHC em todos os cantos do país. O Sarney, por exemplo, que até bem pouco tempo aconselhava o blog em assuntos políticos, um desses. Um crápula horroroso.

      O Collor, outro.

      Seus mandos e desmandos em seus estados fizeram milhares de mulheres prostitutas e homens ladrões. Dito de outro modo, eles FUDERAM com gerações.

      Arregaçaram a vida de MUITA gente. O estrago é de 100 anos, por baixo.

      Portanto, por que estão me peitando aqui? Qual o lance?

      Querem bater em políticos? Vamos fazer direito então.

      Porque o que está aí no texto não é novidade NENHUMA. Pelo contrário, é o comum de acontecer. Ou vocês acham que estão aonde? Na escandinávia?

      Há uma engrenagem, dinâmica e vários processos – sobretudo culturais – que fazem ascender os desse naipe.

      Essa é nossa tragédia, inclusive. Dificílimo deter, suspender o processo e promover sua alteração.

      E catástrofe pior é aqueles que PODEM fazer alguma coisa para IMPEDIR serem OMISSOS. Foi o que aconteceu com o PT no poder, inclusive.

      Assim, e finalmente, bater no FHC é para mim o mesmo que chover no molhado.

      Não adiantará coisa alguma. Serve apenas para desabafo.

        1. O Nassif o considera um
          O Nassif o considera um indivíduo com opinião política atilada, independente do que foi, é ou já fez.

          Já explicou algumas vezes, inclusive. Não foi nem uma nem duas.

          Acho até que possui certa razão, não no conjunto da obra.

          1. O que voce disse foi

            O que voce disse foi isso:

            “Sarney, por exemplo, que até bem pouco tempo aconselhava o blog em assuntos políticos”

            E eu disse que simplesmente nao aconteceu.  Voce nao sabe a diferenca entre sources e insiders e counselors.

  3. Tenho certeza, como bom

    Tenho certeza, como bom jornalista que voce é, que a biografia que esta escrevendo foi autorizada.

    Alguns dizem que essas são “chapa branca”.

    Penso diferente.

    Quem faz uma biografia sem procurar a familia, fonte mais completa de informação, possivelmente procura fazer uma tipo  “chapa marrom”.

  4. Lula estadista

    Mas como não considerar o Lula como estadista, como exemplo maior e positivo do que é estadista?

    Veja a entrevista de ontem aos bloguista, um cidadão comum, quase humilde, sem nenhum cargo, sendo perseguido, ele e sua família, por uma turma de podres poderosos e tontos, etc, dando uma lição de política e clarividência. Domina o assunto como se tomasse um cafezinho.

    Em um ambiente de trevas forçadas pelos adversários, para quem ele nem dá bola, ele acende sua luz.

  5. essa é boa:
     o fhc põe a


    essa é boa:

     o fhc põe a isca

    aí então atrai,

    em seguida, trai e subtrai,

    depois então risca

    o cara do caderno,

    se distrai,

    totalmente abandonado,

    pois não suporta o inferno

    do seu poder fracassado

    (d’aprés,risque, de ary barroso)

     

  6. Um delator disse que Aécio

    Um delator disse que Aécio Neves é chato ao cobrar propinas.

    Dias Leite disse que FHC “Sempre foi um folgazão sem nenhum apego ao trabalho…” 

    FHC cobrava as propinas pessoalmente ou usava Aécio Neves para fazer isto?

  7. Temo que a Dilma esteja se

    Temo que a Dilma esteja se aproximando de FHC, não na mentira, mas em ter seu segundo mandato como destruidor do primeiro – Deus ajude que não. 

  8. Temo que a Dilma esteja se

    Temo que a Dilma esteja se aproximando de FHC, não na mentira, mas em ter seu segundo mandato como destruidor do primeiro – Deus ajude que não. 

  9. A elite e o deleite

    Talvez a elite que vive por aqui nao seja tao diferente das outrora conhecidas como república de bananeiras. Se for nao supera a das bananeiras. Coroas arrogantes, mauricinhos bestializados. mAs cm certeza soubera como ocupar o judicário e se tornarem inimputáveis. 

  10. Dizer A e fazer B.

    Prezado Nassif,

     

    Desde a década de 1980, quando você apesentava o programa “dinheiro vivo”, na TV Capital, aqui em Brasília eu o tenho como uma referência.

    Fico realmente assustado com o que está escrito na matéria acima.

    A matéria somente fez ampliar o meu sentimento muito negativo sobre essa triste figura, FHC.

    Valeu,

    Sergio Govea.

    ========================

     

     

     

  11. Dante Martins de Oliveira

    Conheci razoavelmente bem o governo de Dante de Oliveira e um pouco de sua vida privada por conta de amizades na familia.

    Dante, engenheiro de formação, era dado a grandes ideias, era animado e cheios de projetos, ainda que alternace com momenhtos de duvidas. Fez um governo, que à época eu criticava muito, mas com a distância vejo que foi o melhor governo que MT teve. Pelo menos se levar em consideração os anos 70 até aqui.

    Mas sei que ja ao ultimo ano de seu governo, ele andava mais que desanimado, estava deprimido com as traições (de alguns secretarios), com os proprios erros e, sobretudo, internamente passou a criticar bastante o PSDB e o proprio FHC. Ele esperava muito do governo de FHC. Adimirava o presidente e sociologo. Achava que os investimentos, que vivia pedindo para grandes obras de infra-estrutura viriam e nunca vieram. Sobretudo para a ferrovia até MT, da qual as obras foram inauguradas com muita comunicação e nunca chegou ao seu destino final, que era Rondonopolis em MT.

    Sua ultima tentativa eleitoral foi para o senado e se sacrificou em nome da esposa, perdendo o senado.

    Em suma: Dante de Oliveira morreu em 2006 triste e desiludido com a politica e, de certa forma, com os sonhos de grandes projetos para seu Estado e para o Brasil.

  12. Estou chegando a conclusão…

    … de que a grande contribuição positiva de FHC para história dessa nossa aldeia Tupinambá vai ser a expressão: “Assim não pode… Assim não dá!… “….

        1. Pelo contrário!!!
          Pelo contrário! A Dilma trabalha muito! Construiu gdes obras e realiza ambiciosos projetos! Sua falha principal é não se comunicar, que seria usar o seu poder para responder a cada calúnia ou distorção veiculada pelos oligopólios midiáticos. Outra questão é a manutenção do inepto e covarde Ministro da Justiça, que inumeráveis prejuízos tem ocasionado ao governo e ao País com sua inércia e irresponsabilidade! Agora diga? O que o FHC fez de bom pelo Brasil enquanto governo???

          1. A Dilma trabalha

            A Dilma trabalha muito

             

            Claro que sim!! Dá muito “trabalho” levar o país de volta a um período de estagflação, o qual estamos vivenciando agora……thanks, Dilma….

  13. E a “apropriação” do plano Real?

    Itamar vivia trocando de ministros da fazenda, tentando achar uma solução para a inflação inercial, até que uma turma de especialistas o ajudou nessa tarefa. 

    Depois de um certo momento pôs esse cidadão aí no ministério, que saiu ainda antes do plano ser posto de pé. 

    E este cidadão acha que a obra é dele. 

    Itamar ainda o ajudou a elegê-lo presidente; depois dessa, essa cria traiu o Itamar, quando governador de Minas. 

    Ou, como se dizia num comercial de tubos, com marca da pata de um animal: “Agora tudo se encaixa!”

  14. fehcê  cinco letras que

    fehcê  cinco letras que dizem

    adeus.

    (D`áprés francisco alves, cinco letras que choram.

    mais conhecida como “adeus”)

  15. Um dos maiores erros da

    Um dos maiores erros da oposição, incluindo o partido da mídia, foi e é achar que FHC pode sinalizar para algum rumo. Passaram 15 anos na oposição sem formular uma proposta sequer pra assunto algum. Gastaram tempo e dinheiro atrás do “anti-lula”. O tempo todo só pensando em derrubar. Dizer que DEM e PSDB são diferentes… sobretudo hoje em dia… sei não.

    Já mencionei aqui tantas e tantas vezes: o que ele quer é cuidar da própria biografia e se envaidecer com o poder.

    Já lembrei outras tantas vezes que o também imortal José Murilo de Carvalho se referia a FH assim: “quando ele era Sociólogo…”

    O resto é pura blindagem da imprensa (e ele até mencionou isso tranquilamente; está em algum trecho de uma recennte publicação com lembranças dos momentos dele no poder).

  16. Esse promotor de engodos deu

    Esse promotor de engodos deu no primeiro governo

    um agá sem tamanho no povo deste país….

    no segundo  governo , o agá foi tão espetacular e mortal,

    que o homem dos chapéus homenageou-o com a duplicação das letrinhas que usam

    pra classificar esse jenio  da eficácia falaciosa:  FFHHCC.

    para quem é da geração hippie, é fácil saber  o que significa agá.

    o cara deu o maior agá, isto é, enganou, mentiu, não pagou a conta que devia no boteco

    depois de gastar um dinheirão em uísque etc e tal e o escambau e o diabo a quatro…

     e ainda  fazia os companheiros de trouxas, que tinham de pagar a conta por ele..

    prinvatizou  tb o nome e criou a tal privataria tucana. 

    sucessivos engodos dele impressionaram tanto seus companheiros  de tangos

    e tramóias e tragédias,  que começaram a imitar tb o menén, surgindo  

    (in)esperados sucedaneos da esbórnia como serra, aócio, e centenas de múmias menos votadas…

     

  17. Enganou tanto que acabou

    Enganou tanto que acabou engado por aquela uma “jornalista” da rede bobo. essa sim é mestra na arte de enganar! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!

    1. Kkkkkkkkk….. Mas, será que

      Kkkkkkkkk….. Mas, será que ela enganou sozinha?

      Renan, também senador importante, quase dançou, com mais uma “jornalista” da Globo. Poderia ter sido da Band, da Record…. Mas, foi da Globo. Ô coicidência da pexxxxxxxte.

  18. EU NÃO GOSTO NEM DE VER A

    EU NÃO GOSTO NEM DE VER A CARA DO FHC NA TV ,JORNAIS , REVISTAS E INTERNET , QUE JÁ ME VEM A LEMBRANÇA DOS TEMPOS DE CARTEIRA NAS MÃOS , BICICLETA E ÔNIBUS PRA IR ATRAS DE SERVIÇO , A DESGRAÇA DE HOMEM RUIM ,E ATÉ PRA MORRER ESSE ÉGUA É DIFÍCIL , DEVERIA SER PROIBIDO FALAR NESSA FIGURA , A SUJEITINHO A TOA .

  19. O tempo é o senhor da
    O tempo é o senhor da verdade.

    A História registrará definitivamente quem foi FHC.

    Ela não se enganará sobre a única coisa que propalam de bom sobre essa triste figura, o Plano Real.

    Fhc são iniciais de farsante, hipócrita e cínico.

  20. chantageado toda semana pela globo < Toma(s) Lá, Dá Cá>

    pobre fumacegaga. o custo do <exilio em barcelona da concumbina, miriam> foi toda semana, para martirizar e relembra lo( a fumacegaga) o lancamento dum programa,dito, humoristico  com nominho homonimo do seu ( + tarde desmentido pelo DNA) pretenso filho, Tomas. o invejoso fumaca vai lancar,se reeleito em 2018, o Bolsa Bastardo.(o primeiro contemplado,adivinhem quem eh?)

    1. e a cannabis que cativa nao da larica

      a quem fumacegaga procura proteger descriminalizando a cannabis que cativa?

      e se for verdadeira a afirmacao que a maconha eh a porta de entrada de outras drogas, seria o alvo da protecao < aquele> que no seu epitafio sera lapidado < tus es po e a o po aspiraras>?

       os tucanos necessitam se reciclar, se atualizar, mudar para reconquistar novos eleitores. sugestao. mudar o numero da legenda para 450. < 45 X 10, a recordar os 450 kgs do aerococa>

  21. FHC não é o único preguiçoso.

    FHC não é o único preguiçoso. Ainda temos Serra, Aécio, Alckimin, etc, etc. Esqueci de alguém? Na boa, o que muitas pessoas enxerga nesse senhor, professor universitário que veio a ser Presidente do Brasil em dois mandatos? À mim, nunca enganou desde sempre. Parece que o tio, general, também não se enganou sobre ele. A Histório irá mostrar o seu verdadeiro lugar.

  22. FHC foi uma fábrica de

    FHC foi uma fábrica de tucanos, produzindo o modelo para os tucanos de hoje em dia. Todos, portanto, deitaram-se na fôrma FHC de modelagem. Apoiador de seu modelito Aécio Neves, FHC tem sido assíduo na tentativa de desestabilização de um governo democraticamente eleito. Um golpe contra a democracia de um país que a conquistou arduamente.

    Mudando de assunto, está vindo à tona que o tucano Beto Richa já vinha, há tempos, descendo o sarrafo nos professores. Conforme artigo de CartaCapital, transcrito no post abaixo:

    ” …

    A apuração mostra uma operação engenhosa criada para que recursos que deveriam ser destinados à construção de escolas acabassem financiando a campanha de Beto Richa à sua reeleição, e de políticos ligados ao seu governo. Esse enredo começou faz quase 20 anos e mostra uma rede de relações incestuosas envolvendo políticos, empresários e laranjas. E corrupção, muita corrupção.

    Os detalhes da investigação constam na denúncia do MP e no inquérito de posse da Procuradoria-Geral da República e vídeos de depoimentos, aos quais CartaCapital teve acesso com exclusividade, e foram divulgados em primeira mão esta semana.

    …”

    https://jornalggn.com.br/noticia/beto-richa-entra-na-mira-de-janot-por-henrique-beirange

  23. FHC vai cada vez mais sendo

    FHC vai cada vez mais sendo desnudado, caminhando para a merecida irrelevância.

     

    Nossos netos terão FHC como temos hoje um Café Filho ou um Ranieri Mazilli.

  24. “Nunca almejou nada mais do
    “Nunca almejou nada mais do que o brilho fugaz instantâneo”. Temo que este seja o problema não só do FHC, mas de nós todos os políticos brasileiros, para não falar na maioria de nós….

  25. Pensei que a única semelhança
    Pensei que a única semelhança entre Roosevelt e FHC fosse o branco dos olhos (rs). FHC , pra mim, cometeu dois erros imperdoáveis: 1] Não aproveitar o imenso poder político dado pelo plano real para fazer ou pelo menos começar reformas estruturais, como a tributária e a judicial; 2] Fazer uma reforma política para proveito próprio que foi a reeleição que o beneficiava, mudando a regra do jogo na metade do jogo. E é nesse ponto que se vê a parcialidade da maioria dos analistas politicos =os que são fhc futebol clube nem tocam no assunto e se forem provocados diriam que foi um ato de realpolitik – enquanto o mesmo ato, se fosse feito por Lula ( o terceiro mandato, por exemplo) seria na hora criticado como politicalha.

    1. A grande diferença.

      Ele fez também a LEI ELEITORAL PLUTOCRÁTICA que contaminou a política do país por mais de duas décadas. Mas há uma diferença que o distingue do Roosevelt e de tantos outros. O ex-presidente Roosevelt talvez nunca tenha sequer imaginado, nem em sonho, ter um sistema de comunicação oligopolizado, organizado em forma de CARTEL em todo o país, empenhado em promover e valorizar os feitos do seu governo e, ao mesmo tempo, abafar seus erros. 

  26. Luzes da obscuridade

    FHC:  as luzes da obscuridade aguardam ansiosamente pelo guru de Higienóplis. Falta alguém escrever um livro e, didaticamente, detalhar em números a “quebradeira” deixada por este senhor, após oito anos na presidência. Isso porque há um monte de” espertinhos” que têm a desfaçatez de atribuir o sucesso do governo Lula ” à casa arrumada” deixada pelo Corvo da Sorbonne. 

  27. Sou uma sobrevivente da era FHC

    Um farsante que agora se revelou um golpista  … Esse senhor só existe por causa da proteção de uma midia mais canalha do que ele.

  28. Apagão

    O comportamento do Governo FHC e da população brasileira diante da crise do apagão foi muito bom.

     

      “A crise do apagão foi uma crise nacional ocorrida no Brasil, que afetou o fornecimento e distribuição de energia elétrica. Ocorreu em 1 de julho de 2001 e 27 de setembro de 2002, sendo causado por falta de chuvas, e investimentos no setor hidrelétrico, que deixaram várias represas vazias, impossibilitando a geração de energia, e por falta de planejamento e investimentos em geração de energia. “Apagão” é um termo que designa interrupções ou falta de energia elétrica freqüentes, como Blecautes (do inglês blackout) de maior duração.” [Wikipédia] 

     

      Quando alguém cita aquela crise energética tentando desmerecer seu governo eu já considero o debate ganho tal a profusão de argumentos a favor de Fernando Henrique.

      Em que FHC foi incompetente na crise do apagão?

      Ele não fez chover!?

      Seus detratores dizem que faltou investimento.

      Oras, o Brasil tinha e tem tantos problemas que o que acreditamos que dá para esperar…esperamos.

      É o mesmo que você faz na sua casa.

      Imagine que seu filho esta com febre e resfriado então você o deixa em repouso, faz sopa, dá antitérmico, fica torcendo para que ele melhore.

      Se os sintomas não diminuem o jeito é correr para o hospital.

      Quero dizer que se em 2000 o Brasil tivesse o volume esperado de chuvas os investimentos em produção de energia poderiam esperar.

      Ocorreu a seca o quadro complicou e FHC fez o que tinha que fazer.

      Houve grande campanha para redução do consumo de energia, todos colaboraram, lâmpadas incandescentes praticamente deixaram de ser compradas, já havia pressão para a indústria produzir eletrodomésticos que consumissem menos e isso foi intensificado.

     

      O Governo FHC chegou à conclusão que a melhor maneira de suprir rapidamente a demanda de energia seria construir termoelétricas e assim foi feito.

     

      Não sei que região você mora, talvez você tenha sofrido mais com o apagão, mas aqui em SP não chegamos a ficar muito sem luz.

      Aqui em Campinas houve poucos cortes de energia que nem demoraram muito.

      Nos preparamos para algo bem pior, mas graças à boa gestão de FHC o pior não chegou a acontecer.

      A empresa que eu trabalhava chegou a alugar um gerador, mas ele não chegou a ser utilizado, não foi preciso.

     

    http://terapiadalogica.blogspot.com.br/2014/04/crise-do-apagao.html

    ___________________

    1. A crise de 2002 constava no
      A crise de 2002 constava no relatório do ONS de 1992.
      A crise, esta prevista para acontecer Uma década antes.

      Como fica sua boa gestão agora?

    2. Missão impossivel
      Defender o governo FHC no episódio do apagão de quase um ano , quebrando empresas e derrubando o Pib , realmente precisa contar com a total desinformação alheia. O ministerio das minas e energia era da cota do ACM , cuja última preocupação era a geração de energia elétrica.

    3. Missão impossivel
      Defender o governo FHC no episódio do apagão de quase um ano , quebrando empresas e derrubando o Pib , realmente precisa contar com a total desinformação alheia. O ministerio das minas e energia era da cota do ACM , cuja última preocupação era a geração de energia elétrica.

  29. Não te adoro, Teodoro (perdão, Manuel Bandeira)

    Taí, o senhor Teodoro defendendo o Apagão. Se ele morasse no Rio, como eu, não o teria defendido. Para não pagar as pesadas multas que a Light, distribuidora de energia privatizada cobraria, minha esposa juntava nossos dois filhos no nosso quarto, para economizar ar-condicionado. Como não havia aparelhos com controle remoto, para ligar ou desligar, você tinha de se levantar e ir até o aparelho e mexer nos botões. Quando todos dormiam, ela se levantava e desligava o ar-condicionado. Não se podia abrir a porta da varanta porque os pernilongos da dengue estavam prontos para atacar. Eu, paulista, começava a suar. Acordava tonto, molhado, tentava ouvir o aparelho (era bem silencioso). Quanto tinha certeza de que estava desligado, levantava, ligava e voltava a dormir. Ela acordava e voltava a desligar. Eram noites no inferno, porque, no Rio, até no inverno a gente precisa de ar-condicionado.

  30. a maior enganação que fez 

    a maior enganação que fez  FHC fez foi derrubar a inflação dizendo que era para ajudar os pobres quando o ricos já tinham ganho fábulas e os pobres estavam começando ganhar com ela

  31. mundo simbólico

    Fernando Henrique governava um mundo simbólico, desconsiderava o mundo real. Para ele a realidade é vã, importa apenas o que se pensa e se diz sobre ela. Seu governo se pautou em escamotear índices.

  32. Coisas do FHC, que não querem comentar…

    Nassif,

    No Jornal dos Economistas, de maio de 1999, -(121) – Corecon-RJ-, o professor Carlos Eduardo Carvalho, na época, professor do Programa de Pós-Graduação em Economia da PUC/SP, concede uma entrevista ao JE versando sobre a assistênncia do Banco Central aos bancos: Bamerindus, Econômico e Naconal. O Proer. E o caso Marka. 

    Releia, e se possivel, republique. Não querem comentar ou querem esconder do grande público? Há ainda a  suspeita da participação dos bancos públicos nessa assistência. Lembrando ainda, as ligações políticas de senadores, ex-governadores de estado com esses bancos.

    É esclarecedota!

    Abraços.

  33. Contaram-lhe muito pouco sobre a crise do apagão

     

    William Robson Teodoro (sexta-feira, 22/01/2016 às 21:20),

    Assim como as pessoas erram tentando entender o que acontece com a economia brasileira no atual momento sem considerar o que ocorreu com o país lá atrás, o entendimento da crise do apagão em 2001 fica incompleto se apenas se dedicar a analisar a reação do governo diante da crise de energia.

    É razoável dizer que o governo agiu com correção quando a crise apareceu para o governo, mas não se pode esquecer que a correção de rumo realizada exigiu que o país cortasse o processo de recuperação da economia que no ano anterior levara a um crescimento de 4% e que fora cortado a primeira vez com o Plano Cruzado em 1986 e da segunda vez com o advento do Plano Real.

    Então o governo agiu certo, mas foi um agir certo que teve um efeito danoso para a economia. No entanto não é só isso que cabe analisar. O mais importante seria verificar quais foram os antecedentes da crise e a participação do governo nesses antecedentes e o grau de culpabilidade do governo nesses antecedentes.

    Um antecedente importante foi acabar com a inflação de uma vez. Quando se acaba com a inflação ao longo do tempo como fez Paul Volcker com a inflação americana no início da década de 80 do século passado, os preços vão se ajustando à realidade da oferta e demanda. Acabar com a inflação de uma vez é viável praticamente apenas em país minúsculo como Singapura, Hong Kong, ou até um pouco grande, mas ainda assim pequeno como foi o caso real de se acabar com a inflação em Israel.

    Em países grandes como o Brasil, você cria muitas distorções e convive com a questão da rigidez dos preços para baixo (Há pouca demanda, mas pela rigidez para baixo dos preços das mercadorias o preço não cai, ou há muita oferta e também por rigidez o preço não cai). Para enfrentar esse problema há que se apelar para o câmbio e os juros. O uso do câmbio cria problemas no Balanço de Pagamentos, e o uso dos juros leva a dívida pública às alturas.

    Então não se devem fazer planos econômicos para acabar com a inflação de uma vez. Também não se devem fazer planos econômicos para acabar com a inflação de uma vez em época de eleições. Em época de eleições, mesmo que o vencedor não cumpra as promessas, há importantes discursões que devem ser feitas. Assim acaba se tornando pernicioso se deixar levar pelas discussões inerentes à avaliações dos planos econômicos que acabam com a inflação de uma vez. Eu costumo dizer que agir assim representa um roubo da cidadania. É preciso ter desprezo pelo cidadão para realizar planos econômicos em época de eleição.

    Também não se devem fazer planos econômicos para acabar com a inflação de uma vez em época de eleições para inflar uma candidatura. Muitas medidas necessárias não são tomadas, pois há o temor de o eleitor ficar descontente e votar em outra candidatura.

    E ainda há o problema de se fazer planos econômicos para acabar com a inflação de uma vez em época de eleições para inflar uma candidatura de um candidato que não fora sequer presidente de um Grêmio Recreativo na juventude (Na verdade, Fernando Henrique Cardoso fundou um grêmio recreativo em homenagem ao imperador Pedro II e que contava com a participação dele e da irmã dele). A assunção de cargos de liderança desde a juventude é em meu entendimento uma importante fonte de aprendizado no processo de tomada de decisão.

    E agora um segundo aspecto antecedente com efeito relevante na crise elétrica de 2001. O plano real foi conduzido por G. Henrique de Barroso F. Isso não foi reconhecido de imediato, mas ao fim e ao cabo houve quem dissesse a verdade referindo-se a ele como o pai, mãe e cão de guarda do real. Pois bem, G. Henrique de Barroso F. havia defendido uma tese que mostrava que as quatro grandes hiperinflações que ocorreram na Europa Central entre a primeira e segunda guerra mundial só foram debeladas quando se conseguiu aumentar a receita e não quando se conseguia reduzir os gastos.

    Pois bem, como pai, mãe e cão de guarda do Plano Real, G. Henrique de Barroso F. tudo fez auferir mais receitas. Assim o que foi possível fazer para aumentar os impostos ele fez. Antes do Plano Real a carga tributária estava em torno de 27% do PIB, isso depois de ela ter alcançado 22% do PIB no final do governo de José Sarney, subido para 25% com Fernando Collor de Mello e voltado a subir para 27% com Itamar Franco. Como as receitas de impostos não eram suficiente ainda mais com o aumento dos gastos em decorrência do aumento do juro, o governo foi atrás de mais receitas e daí o grande processo de privatização que ocorreu no período.

    Infelizmente as privatizações foram feitas em um mau momento. A partir de 1994, o Banco Central americano, o Fed, começou a aumentar os juros e os preços das commodities ruíram por terra e com isso as receitas de privatizações nos países de periferia foram reduzidas. Iniciava um período que seria de vacas magras paras os países de periferia o que bem demonstra a desvalorização do peso Mexicano em dezembro de 1994. A privatização então era uma das soluções e quando se tratava de empresas produtoras de commodities o preço era de banana. No setor de serviço, quando era possível, o governo aumentava o preço dos serviços e depois fazia a privatização. Fez isso com a telefonia. A intenção também era elevar as tarifas da energia elétrica.

    Ocorre que a energia elétrica tinha componentes econômicos e políticos que dificilmente permitiriam aumento das tarifas. O componente econômico bifurca-se em dois. A energia elétrica é importante elemento de custo das empresas que já sofriam o estrangulamento do juro e a energia elétrica tem peso elevado no índice de inflação. E o componente político residia no fato de que grandes empresas de energia elétrica eram de propriedade dos estados membros e um elemento importante da concepção do Plano Real era enfraquecer a força dos governadores. Então o governo não via com bons olhos elevar o preço da energia elétrica.

    Havia, entretanto, uma solução. As hidroelétricas, a maioria de propriedade da União, foram concebidas para armazenar água durante cinco anos, formando assim grandes reservatórios que ajudariam a enfrentar uma seca mais prolongada. Apenas depois de completamente cheios os reservatórios passariam a produzir a plena carga. Só que a plena carga significava aquela produção de energia que mantivesse o nível dos reservatórios dentro da margem de segurança. Assim uma represa que possuísse 10 turbinas, trabalhava a plena carga, mas apenas com seis turbinas.

    O governo então percebeu que se aumentasse o nº de turbinas que podiam ser utilizadas ele podia aumentar o valor da empresa a ser privatizada, sem isso representar aumento de inflação, aumento de custos com energia elétrica para as empresas nem fortalecendo muito a força dos governadores, pois as represas na maioria eram de propriedade da União. Isso foi feito, mas aumentou o risco do apagão.

    Um terceiro aspecto que pesou na crise de energia elétrica foi a questão do planejamento. O Luis Nassif culpa o Raimundo Mendes de Brito, ministro de Minas e Energia do primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso e Rodolpho Tourinho Neto, ministro do mesmo cargo no segundo governo, todos os dois do grupo de Antônio Carlos Magalhães. A culpa, entretanto, cabe ao ministro do Planejamento, como caberia por exemplo ao ministro João Paulo dos Reis Veloso se faltasse energia elétrica para atender os ambicioosos planos quinquenais de investimentos que ele operou na época.

    Intitulei esse comentário de “Contaram-lhe muito pouco sobre a crise do apagão”. Tenho certeza que você nunca leu o que foi contado acima. O jornalismo em qualquer canto do mundo é muito assim: fica só na superfície. Ninguém está interessado em vasculhar as entranhas do poder para relatar o que realmente ocorre. Mesmos bons jornalistas tangenciam a história real que a eles parece mais interessante.

    Essa omissão ocorreu mesmo em jornalistas como Luis Nassif. Na verdade, embora mineiro, Luis Nassif deve muito ao que ele é a São Paulo e assim sai eximindo de culpa os políticos paulistas independentemente dos erros que eles cometem. O certo é que o ministro do planejamento do primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso era José Serra que não passa de um guarda livros como dizia dele Orestes Quércia talvez um pouco antes de Luis Nassif ter considerado o José Serra o mais preparado político brasileiro para ser presidente da República.

    Agora apesar de toda a responsabilidade do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso na crise do apagão elétrico, não se pode negar que apesar de tudo ter sido feito em proveito próprio para ficar na presidência da República por 8 anos, se não fosse Fernando Henrique Cardoso ter manchado sua biografia com a emenda da reeleição (Outro fator que piorou a necessidade de manter o dólar desvalorizado e o juro elevado), sem ela Lula no máximo conseguiria vencer uma eleição e com o mandato já reduzido para 4 anos, logo, logo ele seria defenestrado (Mesmo que cumprisse os 4 anos de governo), e os Malufs da vida viveriam na crista da onda.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 24/01/2016

  34. FHC tem valor: percebeu que a presidência é ócio com dignidade

    Luis Nassif,

    Por coincidência, na quinta-feira, 21/01/2016, antes de enviar um comentário para você junto ao seu post “Um desastre chamado Banco Central” de quinta-feira, 21/01/2016 às 19:42, eu havia passado em uma livraria e folheado uma passagem de maio de 1995 e outra que dizia respeito ao episódio do Banco Econômico com empresa em um paraíso fiscal e na qual Antônio Carlos Magalhães tinha participação.

    A passagem de maio de 1995 me ficou mais na lembrança porque tratava da demissão de Pérsio Arida da presidência do Banco Central. Ocorre que foi ainda com Pérsio Arida na presidência do Banco Central do Brasil que o juro ultrapassou 45% ao ano e não como você diz no post “Um desastre chamado Banco Central”. Transcrevo a respeito o parágrafo inicial do seu post. Diz lá você:

    “O dia em que se fizer o inventário da atuação do BC na gestão Alexandre Tombini, provavelmente se terá o retrato de uma das mais desastradas gestões da história pós-estabilização, só superada pela de Gustavo Loyolla e seus 45% de taxa básica ao ano”.

    Se bem que se deve ficar claro que desde 1994 quando o Plano Real foi introduzido até janeiro de 1999, quando foi demitido da presidência do Banco Central, quem comandou o Plano Real no que diz respeito a câmbio e juro foi G. Henrique de Barroso F.

    O endereço do post “Um desastre chamado Banco Central” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/um-desastre-chamado-banco-central

    O que os dois trechos do livro de memórias de Fernando Henrique Cardoso serviram-me foi mostrar como Fernando Henrique Cardoso havia percebido o quão irrelevante é um presidente da República na condução de um país continental como o Brasil. A máquina burocrática anda por si só e o presidente da República é apenas uma figura decorativa. Sabendo disso, tudo que Fernando Henrique Cardoso fazia era empurrar com a barriga. Ele não tinha aptidão nem apetência para exercer a presidência da República, ele só queria ficar na história.

    O episódio com Pérsio Arida é exemplar. Pérsio Arida não aceitara a submissão que ele se sujeitara no Banco Central, se submetendo às decisões do condutor do Plano Real, G. Henrique de Barroso F., e pediu demissão. O que Fernando Henrique Cardoso queria era saber se haviam conseguido que Pérsio Arida adiasse por uma semana a demissão para que não coincidisse com um evento importante que acontecia naquela semana e que podia causar algum transtorno na política monetária.

    No episódio envolvendo a quebra do Banco Econômico e a off-shore em paraíso fiscal do qual Antônio Carlos Magalhães era sócio, a única coisa que Fernando Henrique Cardoso estava interessado era como a notícia saía nos jornais e se a rede de jornalistas que davam a devida cobertura a ele tinha recebido toda a informação que incriminava Antônio Carlos Magalhães e o deixava em bons termos. E a fúria de Antônio Carlos Magalhães havia crescido em razão de um discurso de Fernando Henrique Cardoso discorrendo sobre o comportamento de estadista.

    Só li e assim mesmo sem muita atenção os dois trechos, mas eles bem comprovam a avaliação que eu sempre tive de Fernando Henrique Cardoso como uma pessoa muito culta, mas ao mesmo tempo muito vazia. No episódio do Banco Econômico e da empresa em paraíso fiscal na qual Antônio Carlos Magalhães tinha participação, quem fora acionado na mídia fora o Elio Gaspari. Fernando Henrique Cardoso estava interessado era com as páginas dos jornais como se fosse ali e nos discursos que se forjam os estadistas. A inação era a tônica do comportamento dele como presidente da República.

    Depois de pronto meu comentário, fui ver se já aparecera um comentário anterior que eu havia enviado para junto (Me ocorrera que talvez eu tenha equivocadamente enviado o comentário diretamente para o post) do comentário de Wiiliam Robson Teodoro, enviado sexta-feira, 22/01/2016 às 21:20, e encontrei um comentário bem sucinto de Gustavo Gollo enviado domingo, 24/01/2016 às 09:54, que diz com outras e poucas palavras, precisa e concisamente, o que eu levei um bom tempo para escrever.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 24/01/2016

  35. Sou o primeiro a comprar

    Nassif,

    não perco este livro por nada. Vou comprar dois e enviar de presente para o FHC. 

    Aliás, vamos fazer uma campanha. Todo mundo compra dois e doa um para ele. FHC gosta de ter livros na estante.

     

    1. Você excedeu bem na propaganda do livro e na crítica a FHC

       

      Jandui Tupinambás (segunda-feira, 25/01/2016 às 07:34),

      Sua frase final: “FHC gosta de ter livros na estante” e a idéia criada para vir a dar satisfação a Fernando Henrique Cardoso deveria vir a compor um quadro que seria as frases do mês ou do ano que apareceriam por um bom período na página de leitura do blog.

      Há um post aqui no blog de Luis Nassif relativamente recente intitulado “O populismo judicial de Mário Sérgio Conti” de terça-feira, 19/01/2016 às 18:34, em que eu faço a seguinte crítica a Mário Sergio Conti:

      “[E]u sempre fiz pouco caso do jornalismo praticado por Mário Sergio Conti que, semelhantemente ao de Elio Gaspari, desenvolve-se muito mediante histórias contadas a partir da veia criativa. São uma espécie de jornalistas do realismo fantástico que não deram certo, ao contrário de jornalistas como Mario Vargas Llosa e Gabriel Garcia Márquez que podem até não ter dado certo como jornalistas, mas foram, e ainda é, no caso de Mario Vargas Llosa, excelentes ficcionistas.”

      A intenção minha era fazer uma crítica aos dois, Mário Sergio Conti e Elio Gaspari, mas avaliei que iria prolongar em um comentário que não era tanto importante assim. Além disso, havia um comentário de Rui Daher em que ele dizia:

      “O único mérito de Conti foi ter trocado cartas com o genial Ivan Lessa e ter feito disso um livro. Nada mais.”

      E eu pensei em contradizer o Rui Daher mencionando o livro “Notícias do Planalto”, pelo fato de nele Mário Sergio Conti ter contado a história da frase famosa que seria de Joãozinho Trinta: “Quem gosta de miséria é intelectual, pobre gosta de luxo”, mas que na verdade seria de Elio Gaspari. Pelo menos nessa informação havia bom jornalismo ainda que o trecho revelasse também que eles não são jornalistas.

      O endereço do post “O populismo judicial de Mário Sérgio Conti” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/o-populismo-judicial-de-mario-sergio-conti

      Pois bem, tudo isso para lembrar que em meu comentário enviado para Luis Nassif domingo, 24/01/2016 às 23:45, aqui neste post “Como FHC enganava os outros e a si próprio” de quinta-feira, 21/01/2016 às 19:43, eu faço referência a Elio Gaspari como encarregado de colocar na mídia notícia favorável a Fernando Henrique Cardoso no caso específico do escândalo da empresa em paraíso fiscal na qual Antonio Carlos Magalhães tinha sociedade com Ângelo Calmon de Sá, dono do Banco Econômico. De certo modo Elio Gaspari atuava quase como um menino de recado para Fernando Henrique Cardoso.

      Bem e aqui eu concluo. Dentre as muitas mensagens que Elio Gaspari repassou para a imprensa a pedido de Fernando Henrique Cardoso está a história que Fernando Henrique Cardoso era quem possuía a biblioteca particular que possuía a maior quantidade de livros dos cem que alguma revista americana considerou como os mais importantes da cultura ocidental. E Elio Gaspari acrescentava que a biblioteca de Antonio Delfim Netto era a segunda com o maior número de livros. Eu costumava fazer chiste daquela história dizendo que muito provavelmente Antonio Delfim Netto pelo menos, muito provavelmente, tinha lido os livros que ele tinha na estante e ai ficava difícil concorrer com Fernando Henrique Cardoso que só os queria ter.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 26/01/2016

  36. FHC viu o cavalo passar encilhado
    E o montou de costas pra cabeça. O que causa raiva e frustração é insistir, até hoje, que rabeira é frente. E que a frente é ré. Pior, e no ducado de Vilaboim, é haver quem. sempre lhe mostre os dentes … de contente.
    Em tempo: há homens e homúnculos. Veja-se e anote-se o que Juscelino fez com idéias oferecidas por um jovem economista , Celso Furtado, dentro de uma. Recepção ou Banquete. Na hora e sem telefone desligado. Nem chamando o interlocutor de idiota. Conferir em A Fantasia Organizada, de Furtado.
    Em tempo dois, epoca da revisitação histórica dos babados de fhc ou THC. Nunca mais o PSDB de Covas foi o mesmo. Rabeira de partido querendo nome de liderança do país…foi a maldição do telefone desligado. Não é sem razão que Serra e A ético são seus sucessores

  37. Como FHC enganava os outros e a si próprio

    Uma fraude, seu governo e ele próprio, aquela criatura inominável. No começo quis nos enganar vendendo as estatais por um preço aquém do real, aumentando antes as tarifas para que se tornassem ainda mais atrativas a seus compradores, dizendo-nos que o dinheiro arrecadado seria para a Educação e a Saúde; no fim, ele nos fez pagar ainda mais caro por um serviço que fomos obrigados a racionar e ainda nos cobrou a conta para que essas mesmas empresas privatizadas não tivessem prejuízo.

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