Como tornar o mercado financeiro sócio da inflação

O chamado modelo neoliberal conseguiu impingir diversos mitos ao país. Por exemplo, a ideia de que bastaria um ajuste fiscal rigoroso e plena liberdade para os capitais para se obter o crescimento eterno. Ou a ideia dos déficits gêmeos – a de que o equilíbrio fiscal asseguraria automaticamente o equilíbrio externo.

Foi essa bobagem, aliás, que fez a Standard & Poor’s cobrir de elogios a Argentina poucos dias antes da sua quebra, com Domingo Cavallo.

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Mas não existe tema onde se casou melhor sofisma econômico e esperteza do que o modelo de metas inflacionárias, trazido para o país por Armínio Fraga, no governo FHC, e preservado com fé cega pelos governos Lula e Dilma.

Trata-se de um modelo simples, como um produto da TelexFree.

Se a inflação aumenta, é porque a demanda está aquecida. Logo, há que se desaquecer a demanda. Para tanto, o  instrumento de que o Banco Central dispõe é o encarecimento do crédito. Com menos crédito haverá menos demanda e os preços cairão.

Em cima disso, montou-se a maior máquina caça-níquel da história: o BC fixa uma meta inflacionária; quando aumentam as expectativas em relação à inflação, ele aumenta a taxa básica de juros.

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A inflação sobe, pressionada pelo aumento dos preços de alimento. Nada a ver com o excesso de demanda. Aí o BC aumenta a taxa Selic. O impacto sobre o custo do dinheiro é mínimo. Mas os ganhos do mercado financeiro são maiúsculos. Cada vez que aumenta a inflação, o mercado financeiro ganha. Ou seja, a mais influente voz da economia – os analistas do mercado financeiro – tornaram-se sócios da inflação. Analise o aumento de quarta-feira passada – 0,25 ponto de aumento na taxa anual. Esse percentual equivale a 0,0208 de aumento na taxa mensal.

Suponha um financiamento de R$ 1.000 por 12 meses a uma taxa (módica) de 2% ao mês. Resultará em uma prestação de R$ 94,35. Supondo que todo o aumento da Selic seja repassado para a prestação, seu valor subirá para R$ 94,45 – 10 centavos a mais. Se fosse uma compra de R$ 10.000, seria R$ 1,00 a mais.

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O BC possui inúmeras outras ferramentas para conter o crédito. Tem o compulsório – pelo qual obriga bancos a recolherem parte dos depósitos ao BC. Pode reduzir prazos de financiamento, exigir entradas maiores, criar taxas sobre as operações, todas medidas com resultados muito mais efetivos.

Ocorre que nenhuma dessas medidas proporciona ganhos ao mercado. Pelo contrário.

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Embora não tenha nenhum impacto sobre o custo do crédito, o aumento da Selic atrai investimentos externos especulativos. Há um aumento da entrada de dólares que provoca uma apreciação do real – tudo o que o país não precisa para enfrentar o formidável aumento do déficit do balanço de pagamentos. A apreciação do real ajuda, durante algum tempo, a segurar os preços, com todas as contra-indicações conhecidas – aumento do rombo externo, invasão de importados, desindustrialização.

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Aí o mercado saúda como se o BC tivesse de acordo com a fronteira do conhecimento econômico. E essa extravagância – de usar a Selic para combater a inflação via apreciação do câmbio – é tão científico quanto, antigamente, o uso de sanguessugas para reduzir a febre do paciente.

Luis Nassif

68 Comentários

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  1. A Banca soberana

    Nassif, 

    Como um TelexFree rsrsrs

    Artigo certeiro,

    DRousseff deu inequívoco sinal de que não se curvaria à cantilena da Selic, e de repente o BC de Tombini passou a fazer a vontade do Senhor, a Banca, e já se cravou os 11% a.a.que podem subir ainda mais, tudo depende da opinião dos “analistas” financeiros que não sabem fazer outra coisa, um bando de cínicos da pior qualidade, muitos deles de incompetência ímpar- .conheci dono de distribuidora de valores que não sabia calcular  o valor futuro de uma operação e ganhava dinheiro à vontade.

    Reduzir o depósito compulsório  e prazos de financiamento, prá quê? Só vai arrumar trabalho e possível aumento da inadimplência, o poderosíssimo lobbu da banca só quer saber de moleza, o motivo pelo qual o brasileiro ficou sem financiamento imobiliário por anos e anos, só a CEF oferecia o $$ prá comprar o imóvel.

    Quem aumenta sem necessidade a taxa Selic merece crime inafiançável, o acréscimo de1% a.m. corresponde, neste momento, a cerca de  R$ 45 bi a.a. bruto jogados literalmente no lixo, ou melhor, no bolso de meia dúzia

    Como garnde aliada desta farra sem data prá terminar, a sociedade brasileira que não sabe e nem quer saber os rudimentos de matemática financeira, a sociedade que só paga a prestação que cabe no bolso – uma geladeira de 800 pratas por 24 x 80,00 tá beleza, cabe no bolso. É prá isto que serve a ignorância, não ter a menor idéia do que seja a taxa Selic. 

      1. Juros proibitivos

        evandro condé lima,

        Tudo em paz?

        Exatamente como você escreve, o problema é que quase niinguém tem memória, a turma toma por base apenas a notícia do dia e mais nada. Infelizmente, o ato de pensar só se aplica prá balada , samba e futebol.

        Um  abraço

      1. Leitura

        Não cadastrado de nickname adequado,

        É nisto que dá, comer merenda na hora da aula de interpretação de texto.

        Faça um esforço e releia, e releia, e releia o que escrevi.

         

  2. Com a fortuna que jogaram no

    Com a fortuna que jogaram no mercado e o não investimento por parte das privadas, nada melhor que juros altos para o mercado especulativo nos países periféricos.

    Outro tópico que seria interessante para análise de Nassif é o tal do dinheiro de fumaça, aquele que circula sem existir.

  3. Acho que aumentar a taxa

    Acho que aumentar a taxa Selic para conter a alta de inflação pelo BC é coisa simples. Ele sobem 0,25% e sangram os cofres públicos em mais de 40bi. Mas é muito simples. O dinheiro não sai do bolso deles. Faz parte do cofre público que não tem dono e é de todos!!

  4. Golpe

    Que já havia sido denunciado por Yoshiaki Nakano, no “Valor”, e que motivou o professor de Deus mandar Nakano  estudar mais. Aqui Nassif, de forma mais simples identifica como temos sido esbulhados. Só me falta entender o alheamento de. Mantega e Tombini ao golpe.

  5. Rentismo

    Nunca devemos esquecer que o rentismo tem sua face mais visível na banca, mas não é só ela que se beneficia do pressão diuturna exercida via mídia, para o aumento da Selic. Entre os beneficiários, além dos bancos, incluem-se as grandes corporações econômicas, que aplicam o seu caixa no mercado financeiro. Quando a Dilma peitou essa turma e baixou os juros, eles a sabotaram de tal forma, que ela teve que recuar. Atuaram em várias frentes: os (de)formadores de opinião, nossos tão conhecidos especialistas, vociferavam na imprensa sobre o risco da inflação. Os grandes jornais tiraram da gaveta as antigas charges do dragão cuspindo fogo, símbolo-mor da inflação. E as empresas da economia real (comércio, indústria e serviços), elevaram os preços de seus produtos para compensar a margem perdida em suas aplicações financeiras. Com a elevação dos preços dos produtos, subiu um pouco a inflação, mas mesmo assim eles ficaram frustrados, pois não houve a tão alardeada “explosão inflacionária” dos especialistas.

             A propósito, até hoje estou tentando encontrar a tão prometida queda nos preços dos produtos que consumo, em consequência da eliminação da cpmf. Não era esse o argumento da turma que, na verdade, não queria é ser rastreada pela Receita Federal?

  6. Conta pra baixo é lucro

    O detalhe é que as indústrias e o agronegócio, por pior que sejam contemplados com esse tipo de política, defendem tal “lógica”, por puro compromisso de classe, exceções à regra de praxe, ou as contestações meramente retóricas da FIESP que, depois de divulgar nova nota contra o aumento da Selic, vai jantar com a Febrapan.

    Para eles, isso importa: não propiciar desenvolvimento ao país e a ascensão do povo brasileiro, que lhes proporcionará o pior problema de todos: a possibilidade de perda de poder. Daí porque podem sacrificar um pouquinho só de dinheiro. E, afinal, se eles já erão milionários com um mercado de 20 milhões, para que almejar ser biolionários com um mercado de 100 milhões?

  7. O mercado domina a mídia.

    Com suas explicações fica fácil entender Nassif. O problema é a mídia, ela ainda tem muita influência sobre a mente dos brasileiros. A pressão sobre o governo pra subir juros é insuportável. Deveria fazer o correto, deveria.  E do outro lado Aécio e Eduardo, já estão afinados com o mercado. E pior ainda, Aécio diz que fará medidas impopulares(lê-se contra o povo), Dilma apesar de tudo ainda é a melhor, pelo menos esse governo tem compromisso com os mais pobres e faz investimentos em infraestrutura. O que podemos fazer é o que você vem fazendo mostrando o absurdo desse modelo econômico.

    1. O sono tranquilo do rico boi

      Na boa, mas que brasileiro? 99% das pessoas que conheço, e que não são de classe média alta, não dá a mínima para o aumento da Selic e não pensa em suas consequências, bem como não acredita quando lhe falam que o aumento seria para “segurar a inflação”. 99% das pessoas querem saber é porque são tão altos os juros e tarifas bancárias. E a ligação de ambas com a taxa Selic é outra conversa para boi dormir. Boi rico.

      1. Fobia de inflação.

        Marcos o povo não entende de Selic, mas tem fobia de inflação(fobia dos anos de iper inflação). É só falar que está subindo os preços que todo mundo acredita, aí entra o tomate. A Ana Maria fez uma coisa rídicula e colou. Os juros subiram o governo não aguentou a pressão, que vinha de todo o lado. Por isso a desvalorização do real é tão díficil de fazer, no primeiro momento vai ter inflação.

      2. “99% das pessoas querem saber

        “99% das pessoas querem saber é porque são tão altos os juros e tarifas bancárias.”

        Falta de poupança(juros), Falta de concorrência no setor(tarifa), esta é a resposta Marcos.

    2. É isso, Franklin. O governo

      É isso, Franklin. O governo do PT enredou-se na armadilha da dupla rentismo/pig e não consegue sair. O Nassif já falou aqui, mas não deveria deixar de repetir sempre qual a dinâmica da jogada.

      Eles pegam um aumento sazonal, a do tomate por exemplo, e fazem o terrorismo da volta da inflação. Aí passam a acusar o governo de negligente, porque não toma providências (leia-se aumentar juros). Disseminam a paranóia da “Volta” e todos passam a remarcar preços preventivamente.

      Se o governo não enfrenta essa guerra que é na comunicação permanece refém. Mas a Dilma não fez nem o básico que era ir à TV explicar o caso do tomate, logo após sua amiga Ana Maria fazer aquela treatrinho do colar. Assim fica dificil 

  8. Nassif, você citou Armindo

    Nassif, você citou Armindo Fraga, e percebo que esse cidadão se especializou em golpes especulativos.

    Na primeira falência do Brasil, em setembro1997, no governo de  Fernando Henrique Cardoso, ele foi um dos mentores.

    Lembra que Paul Krugman escreveu aquele célebre artigo, advertindo ao governo brasileiro, de que sofreria um Golpe Especulativo, depois de perceber, ele, Armindo Fraga, juntamente com Georges Soros, comprando papeis da dívida brasileira, no mercado financeiro internacional, a preços de banana?

    Lembra que o Golpe Especulativo ocorreu no mês de setembro daquele ano, e eles levaram 70bilhões de dólares?

    A reação de FHC foi trazê-lo para o Banco Central, onde ele recriou um sistema que não precisava mais deixar o saldo da balança engordar para aplicar o golpe, porque, com a introdução da meta inflacionária e o  consequente aumento dos juros, o ataque agora é diário, como quem toma insulina para diabetes.

    Rico, dono de banco, está aí, dando corda nos candidatos de oposição, talvez com medo de que a Dilma, que também é economista, acabe com a farra deles, no próximo mandato.

    Como diria o culto, o poliglota e príncipe Fernando Henrique Cardoso, o Armindo Fraga, é brilhante!

    1. É verdade, para o Armínio o

      É verdade, para o Armínio o número 45 é cabalístico. Aí está ele de novo, lépido e fagueiro, ao lado do Aécio e o Dória jr, que segundo o AA é um granfino fake. Toda vez que esse rapaz aparece o pessoal do rentismo vê cifrões por toda parte. 

  9. Receita testada e desaprovada.

    Nassif, o seu diagnóstico procede, porem os “remédios” prognosticados, não fariam a cura dos nossos males, pois esta “receita” ortodoxa, já foi testada exaustivamente, em governos anteriores, e durante um curto período dos governos do PT, e não tiveram a eficácia esperada, e trouxeram mais desarranjos que melhoras, no nosso “estado de saúde” financeiro.

    “Compulsórios altos, diminuição do crédito ao consumidor, taxas de juros mais altas, menores prazos, maiores exigências, mais garantias” e outras medidas de choque, para conter o consumo, não freiam o mercado, ao contrário, estas medidas afetam o comércio e a indústria, que com estoques altos e com as vendas em queda, começam a demitir, e aumentam a inadimplência.

    Se o que o B.C e a equipe economica está indiretamente ajudando aos bancos e aos especuladores, este é o preço que estamos pagando, para não entrarmos em recessão, nem deixarmos de crescer, embora estejamos pagando um preço macro-economicamente alto, que pode ser corrigido sem medidas tão traumáticas, como as aconselhadas.

    Só lembrando: As medidas recomendadas, já foram testadas e não deram certo. 

  10. O problema é que os tubarões

    O problema é que os tubarões são socios dessa patacoada e se fingem do imbecis por que ganham muito; é a mais facil apropriação indebita de recursos publicos que se tem noticia e chancelada por meia duzia de sdo bc, que nós, a maioria dos cidadão e contribuintes, desconhecemos, por que o governo continua com essa pantomima? Colares de tomates talvez expliquem.

  11. Sua irritação com a SELIC não

    Sua irritação com a SELIC não é diferente da minha Nassif. Sua visão é embasada em conecimentos economicos a minha em utopias.

    Esta ratoeira só serve para endividar mais o país, mas, vá entender! Talvez estejam preocupados com o deficit que é o maior dos últimos tempos e estejam querendo atrair dolares para a economia para tentar equilibrar o superarvit. Para mim é uma besteria. É o jogo que querem que o país faça para envolve-lo numa crise financeira.

    Já falei para vc Nassif o ataque virá em várias frente contra o Governo e alegaram dinheiro não é problema, tem muito dinheiro para queimar o Governo.

  12.  
    A Dilma também acreditava

     

    A Dilma também acreditava no que você escreve, tendo baixado a Selic a níveis nunca antes visto nesse país. Deve ter desistido dela, vendo a inflação saindo do controle, vai saber!!!

  13. Cirandinha

    Bom ler isto assim tão claro. A submissão do PT – e do governo, claro – a esta cirandinha escandalosa é tão completa que a gente começa a pensar que é assim mesmo, o mais “racional”. Claro que os “brincantes” dessa cirandinha (mídia comercial, BC, mercado financeiro, maioria conservadora do governo) compõem um jogo de forças que deve ser considerado. Mas, quem discorda deve pelo menos manifestar incômodo, tentar se comunicar, dizer algo “faço isso pq sou obrigado”. O PT e a presidência não fazem o mínimo. Que frouxura. É tanta concessão…

     

  14. O BC do Brasil é o consolo das viúvas do Carry Trade

    Enquanto a mamata não for restaurada, restituindo a certeza dos ganhos do chá das cinco deles não vamos ter paz por aqui.

    Parece até que perdemos a guerra!

    1.  “The World Bank:

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=9wo80S9tvlw&feature=em-uploademail%5D

       “The World Bank: Centralization and Corruption”.

      This episode is being released on Friday, April 4, 2014, and was recorded April 1, 2014.

      Karen Hudes has devoted three decades to exposing corruption in the world’s financial system. She worked in the World Bank’s Legal Department for 21 years, and was appointed to a Board taskforce on reform of the World Bank. She reported a cover-up of corruption up the corporate ladder to the World Bank’s Audit Committee, to the US Treasury Department, to the US Congress, and then to 188 member countries of the Bretton Woods institutions. Occupy Wall Street says “Hudes’ story is easily the most interesting, compared to major financial scandals, surveillance, etc. The American public, indeed the whole world, would unify with an understanding of a rigged world for a few.” The World Bank and the International Monetary Fund are called the Bretton Woods institutions because that was the name of the ski resort in New Hampshire where 44 founding nations met in 1944 to establish these international organizations.

  15. Não tem sentido falar em

    Não tem sentido falar em inflação de demanda no 7º maior PIB  do mundo  e ao mesmo tempo com 80% de  uma massa de consumidores que ganham menos de  3 vezes um dos mais baixos salários mínimos do mundo  e ao mesmo tempo com o setor industrial operando históricamente com uma média de 20% a 30%  de capacidade ociosa. Por outro lado juros elevados aumenta os custos financeiros das empresas que tomam financiamento no mercado , que repassam estes custos para os preços , realimentando a inflação. Mesmo as empresas que não tem financiamento,repassam estes custos financeiros para os preços , considerando o que denominamos de custo de oportunidade , repassando o que deixam de ganhar em uma aplicação financeira em títulos públicos , consideradas sem risco  , considerando que toda atividade empresarial produtiva tem risco. Por outro lado  a elevação da taxa SELIC eleva o custo de rolagem da Dívida Pública Interna  e ao mesmo tempo reduz o nível de atividades da Economia.  Ora , neste caso passamos a conviver com um círculo vicioso perverso, uma  vez que  o governo paga os juros da dívida interna com o dinheiro dos impostos arrecadados , sendo que por uma lado a receita tributária diminui com a redução do nível de atividades , lembrando que nossa matriz  tributária está vinculada ao nível de atividades da economia e por outro lado aumenta a necessidade de caixa do governo para pagar os elevados juros dos títulos públicos que lastreiam a dívida interna. 

    1. Inflação de demanda ou inflação inercial ?

      Nossa formação economica, herdada de uma educação obsoleta e conservadora, nunca aceitou riscos, e sempre esteve dependente dos incentivos e das renúncias fiscais, para investir, e descobriu nos governos neo-liberais, a fórmula mágica, de sempre ganhar, ou produzindo pouco e ganhando muito, desprezando a produção e o ganho em escala, ou aplicando no mercado financeiro, já sabendo de antemão, o quanto irá ganhar, sem riscos, é que fez nascer no Brasil, esta infeliz inflação inercial, que mais parece, um cão que procura deseperadamente alcançar a própria cauda.  

    1. Posso traduzir, Mário ?

      Dívida interna, é a mais perfeita tradução de meio circulante ativo. A nossa dívida externa, esta sim preocupante, está relativamente sob contrôle, dadas as nossas reservas em moedas internacionais, e se estamos aumentando a dívida interna, é porque estamos fazendo este meio circulante “circular” com o perdão pela redundancia, e assim, mantendo os empregos e a produção em alta, e o poder de compra com ganhos reais.

      A economia, não é tão difícil assim, de ser entendida, é ? 

  16. Nassif, não sabia dessa. Que

    Nassif, não sabia dessa. Que a Standards&Poor tinha dado nota 10! para a Argentina pouco antes dela quebrar, assim com fez com o Lehman brothers. Que bom que o Brasil tirou nota 0 no exame deles.

    Quem corrige a prova é o “professor” Armínio? 

    1. Além disso , deram nota

      Além disso , deram nota elevada aos títulos subprime das hipotecas americanas.

      Como algumas instituições financeiras não podem investir em títulos que não estejam acima de determinado grau de avaliação pelas agências de risco , o aval dessas agências aos títulos subprime foi o sinal verde para que fizessem a festa e conduzissem à catástrofe de 2008 .

  17. Mitos econômicos no Brasil.

    Mito: Inflação é aumento generalizado dos preços.

    Verdade: Inflação é a expanção da quantidade de moeda na economia.

    Mito: demanda provoca inflação.

    Verdade: Demanda não aumenta  a quantidade de moeda desta forma não gera inflação.

    Mito: Juros = Lucro

    Verdade: Juros representam a preferencia temporal do consumo, lucro representa um resultado positivo na contabilidade final de uma transação comercial.

    Mito:Aumento salarial provoca inflação.

    Verdade: Salários são determinados pela produtividade margianl do trabalho. Aumento de produtividade não gera moeda, não gerando inflação.

    Mito: PIB é total de bens e serviços que o país possui(patrimônio).

    Verdade: PIB e o resultado matemático de uma equação que representa o valor monetário de todos os bens e serviços finais que foram comprados e vendidos dentro das fronteiras do Brasil. PIB  não representa o valor do patrimônio do país, não representa o total de bens e serviços que o país possui.

      1. Esses fazem parte do seu Novo

        Esses fazem parte do seu Novo ou Velho Testamento? 

        E inventei um sistema onde eu retiro a força 40% da poupança da população e no retorno que sempre e pequeno, eu digo que serviço é gratuito. Eu confisco 40% e devolvo 5% e digo que foi para rolar a divida oublica.

        Neste sistema eu e  meus amigos temos o monopólio da força e da lei, ou seja nós nos julgamos.

        Ainda assim todo este dinheiro não é suficiente para eu e meus amigos nos locupletar, inventei outro meio de ganhar dos trouxa.

        Eu imprimo moeda e quando acontecer a subida geral dos preços eu digo qe foi os rentistas. 

         

    1. Mito X Verdade.

      Mito  é este terror, que 9 entre 10 economistas(aí incluídos o Schwartsman e o Nakano, que enxergam o apocalípse na economia brasileira, para a próxima semana, cada um com suas teorias que se opoem e são muito catedráticas, para serem colocadas em prática.

      Verdade é que dia após dia, mes após mes, ano após ano, e já se passaram quase 12 anos, que esta política economica considerada por eles como errada, e o Brasil não somente não entrou em “parafuso” como contrariando a lógica e as previsões apocalípticas destes “urubús” conseguiu crescer com sustentabilidade e sem sobresaltos, e tirou da extrema pobreza, a mais de 1/3 da nossa população, e elevar as classes D para C; de C para B; de B para A, e se de vez em quando, tem as suas contas desorganizadas, sabe muito bem como reorganiza-las, no devido tempo, e sem colocar em ação as teorias “milagrosas” de quem só está pensando no horizonte macro, e esquecendo o mercado interno e as características do nosso povo, este “sujeito absoluto” a quem devemos nossa chegada ao Poder.

      PIB, Demanda, Competitividade, Transações comerciais,Valor patrimonial, Balança comercial,  Contas correntes externas, Superávit fiscal e outras siglas esta pantomina que domina o economês, são apenas isto, siglas. O povo, este “sujeito”  simples mortal, viu sua qualidade de vida e sua perspectiva de futuro subir às alturas, e tá pouco ligando para siglas.

      1. Puxa Rai, propaganda oficial

        Puxa Rai, propaganda oficial que mais militonta governista.

        O país não vai para um apocalipse mais perde cada dia mais chances de usar todo o saeu potencial econômico que tem.

        Você acha que este país tem apenas este limitado desenvolvimento de hoje, que este é o máximo que podemos fazer? 

        Sim, o Brasil pode ser uma potência economica desenvolvida não no futuro que não chega, mas muito mais cedo, e só destravar as amarras, soltar o freio de mão.

         

  18. Talvez não tivessem tanto

    Talvez não tivessem tanto poder de pressão , os analistas financeiros , se não contassem com o apoio maciço da grande mídia.

    Quando a GLOBO vai discutir política ecônomica em seus noticiários e programas de debate , lá estará com toda certeza a presença de MAILSON DA NÓBREGA , bradando por juros altos e controle do déficit fiscal .

    Mas não adianta eleger vilões. O chefe da nação foi eleito de forma democrática , e uma de suas missões principais seria encontrar formas de viabilização política para enfrentamente desses interesses de pequenas minorias que são lesivos ao país como um todo .

    Se não enfrenta , é porque é politicamente fraco ou porque também se beneficia politicamente com isso , ao receber apoio dessa minoria nos bastidores .

  19. Agiotagem

    Não tem nada de “mercado financeiro”. É pura agiotagem, com o apoio e$plicito da grande imprensa.

    Na próxima reunião do Copom, a taxa selic subirá mais 0,25%, sabem por que?

    É que Le Kequanh – primeiro ministro chinês – vai comer ovo com batata doce um dia antes. E sabemos que essa mistura é explosiva e fede demais.

    Não perco mais meu tempo levando a sério os motivos que o “mercado” inventa para puxar roubar o Estado brasileiro.

    http://blogdobriguilino.blogspot.com.br/

     

  20. Realimentação da inflação

    Nassif, parabéns pela lucidez. Por favor me corrija se eu estiver errado:

    Acho que tem algo errado no cálculo da inflação (ou existe uma realimentação embutida). Produtos agrícolas (incluindo a cana-de-açúcar para o etanol) estão sujeitos a entressafras, safras ruins, menor disponibilidade e pressão nos preços. Se isso não entrar no cálculo da inflação, quando a disponibilidade melhorar, a pressão no preço diminuirá e, os preços voltarão aos níveis anteriores. No entanto, se inserimos esses aumentos no cálculo da inflação, os preços de contratos/tarifas/planos de saúde etc. etc. serão reajustados em função disso. Assim criamos indexação e realimentação da inflação. Quando a oferta dos produtos agrícolas voltar ao normal, dificilmente os preços dos produtos agrícolas (incluindo o etanol) voltarão ao nível anterior, porque os preços de insumos terão aumentado também devido à indexação. Ou seja: o cachorro correndo atrás do rabo. Por isso entendo que itens sazonais/dependentes de safra não deveriam entrar no cálculo da inflação. No máximo deveriam ser usados como uma média anualizada para evitar que pontos fora da curva realimentem a inflação.

  21. E a parte fiscal ???

    Nassif, não temos política fiscal, não havia na época da inflação, não houve desde o FHC até agora. Aí tem que mexer com a Selic, não há dúvida que funciona, funcionou com o Lula em 2003, e detonou a Dilma nesses últimos tempos. O problema é que  se você precisa controlar diversas variáveis mexendo apenas em uma (moeda e juros), tá na cara que não vai funcionar, pois o controle da inflação somente se dá à custa de endividamenbte e menos crescimento econômico.

    Desde 2011 não achei que a atitude da Dilma e do BACEN de baixar a Selic foi equivocada. O problema é que ela combinou isso com expansão absurda de todas as formas de crédito, além de renúncias fiscais sem qualquer planejamento. Ou seja, você desincentiva a poupança de um lado, e estimula o consumo de forma inteiramente descabida do outro. Não podia mesmo dar certo. Considero a Selic e o regime de metas a pior forma possível de controle, mas p/vc jogá-los fora tm que usar outras formas, não controle de preços, câmbio e represamento de tarifas…

    1. Tudo errado como dois e dois são quatro?

      Sua intervenção de alguns equívocos, permita-me:

      – A poupança interna não caiu, ao contrário, vem registrando captação recorde mês a mês;

      – É falsa a ideia de renúncia fiscal sem planejamento. Você pode discordar dos efeitos e das escolhas, mas dizer que não forma planejadas é tolice. O novo regime do setor automotivo, que prevê redução de IPI subordinada a montagem dos veículos com a maioria das pelas produzidas aqui é um exemplo. Há outros, como os incentivos para a instalação de mega-investimentos em infraestrutura e indústria de base, máquinas agrícolas e as intervenções diretas para barateamento do custo de energia. 

      – Não houve expansão absurda do crédito (em todas as suas formas). O Brasil tem níveis de concessão de crédito e endividamento das famílias que nem chegaram perto dos países do G20. Pode ter parecido absurda porque era totalmente reprimida em uma economia que rastejou até 2002.

      A questão aqui é desconhecer, ou esquecer, que há limitações graves na gestão de um sistema capitalista periférico, que vive atrelado ao monopólio cambial estadunidense, e aos humores de fluxo e refluxo de capitais dos setores centrais da economia mundial.

      Cada vez que o Brasil tenta alterar e aumentar sua participação (peso relativo) no jogo, como faz com a Petrobras, ou através do BNDES, a banca (e seus acólitos) começam a vomitar uma série de “dogmas”, como vem fazendo agora, faltando pouco para propor um golpe de Estado.

      Dilma reduziu juros desde 2010 até ano passado, e situação fiscal do país, desde 2010, junto com os níveis de inflação e outros indicadores permaneceram estáveis, mas tem gente (como você) dizendo que não deu certo…mas afinal, o que não deu certo?

      Será que não são capazes de enxergar que se não fossem as medidas adotadas (juros em descida, renúncias fiscais, e menor rigor fiscal) o país estaria em recessão, dado o quadro mundial?

      1. Dilma, Pasadena e gasolina que temos de importar

        Na verdade se não houvesse existido a traição dos diretores da Petrobras que venderam o Pais, talves até de forma inocente e não estariamos agora com este problema do Deficit crescente e nossas reservas seriam mais do que suficientes para nos manter nas arquibancadas, assistindo de camarote a encrenca lá fora.

        Têm de pegar os responsáveis.

  22. Prefiro ser esta metamorfose ambulante?

    Tem algo errado, ou eu não entendi direito?

    Ontem, no post sobre o “jeitinho” dos governos (ditadura, FHC, Lula e Dilma) na economia para angariar simpatia política, o autor defendeu o rigor fiscal (superávit) como instrumento de controle inflacionário.

    Leiam:

    “(…)Em 2012, em vez de assumir a dificuldade em manter as metas de superávit fiscal, por conta da perda de dinamismo da economia, a Secretaria de Tesouro adotou uma série de práticas não convencionais para amenizar a redução, embora sem as conseqüências calamitosas do período militar.(…)”

    Ué, hoje ele insere o rigor fiscal na categoria de embuste?

    Não entendi.

    Lá naquele post eu disse que superávit fiscal é chantagem para aumentar a margem de dinheiro disponível para pagar juros, ou seja, mais um sofisma ou armadilha econômica.

    Disse ainda que não faz nenhum sentido responder a perda de dinamismo com mais arrocho fiscal, justamente porque ele não se destina a nada, a não ser pagar mais e mais juros (verdadeira fonte de depressão da economia).

    Bem, ainda bem que o autor mudou de ideia, pena que não nos avisou…

     

  23. Alexandre Schwartsman e Alexandre Weber-Santos-SP têm razão

     

    Luis Nassif,

    Há um comentário meu para você enviado terça-feira, 18/03/2014 às 14:30, junto ao post “Nakano: juro alto não derruba inflação” de terça-feira, 18/03/2014 às 08:16, aqui no seu blog, e originado da transcrição do artigo “Juro alto não derruba inflação” de autoria de Yoshiaki Nakano e que fora publicado no jornal Valor Econômico, na terça-feira, 18/03/2014. O endereço do post “Nakano: juro alto não derruba inflação” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/nakano-juro-alto-nao-derruba-inflacao

    O artigo de Yoshiaki Nakano sofreu forte crítica esta semana no artigo “Derruba, sim…” de Alexandre Schwartsman, quarta-feira, 02/03/2014, no jornal Folha de S. Paulo. Uma repercussão desta critica é a matéria “Schwartsman sugere que Nakano estude mais antes de “palpitar” sobre inflação” de autoria de Lara Rizério e saída na quarta-feira, 02/04/2014 às 17h05 no site InfoMoney, podendo ser vista no seguinte endereço:

    http://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/3269765/schwartsman-sugere-que-nakano-estude-mais-antes-palpitar-sobre-inflacao

    Indiquei o meu comentário lá no post “Nakano: juro alto não derruba inflação” porque nele eu deixo bons links que remetem ao principal motivo do regime de metas. O regime de metas de inflação é uma forma de garantir ao rentista em um sistema capitalista financeiro um ganho maior do que a inflação.

    Não tenho muito a que falar a não ser trazer alguns links onde eu ainda que como leigo apresentei o meu entendimento do regime de metas de inflação.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 04/04/2013

    1. A dificuldade de um evento de superfície

      A inflação é um evento de superfície.

      O Peirce têm uma teoria que explica isto, são a Firstness (Primeridade), Secondness (secundidade), thirdness (terceridade). Onde podemos, numa analogia brusca e bruta  equacionarmos a firtness da inflação como os antecedentes desta, a terceridade da inflação com o aumento nela e a secondness com a realidade presente, o aqui e agora, ou seja um evento de superfície, que emergiu, que está na membrana que separa um do outro.

      Dai a dificuldade com a inflação e as tentativas de reduzir o escopo semântico do termo para se ganhar precisão, uma guerra linguística, que vale a supremacia de poder de uns sobre outros.

      Mas vale não esquecer que quando um perde, e aqui na questão da inflação é sempre o povo e o Brasil, outro ganha.

    2. Schwartsman X Nakano e nós simples comentaristas.

      Não gosto nada, de nenhum dos dois analistas, ditos sabichões e papas da economia, e nesta seara, eles já tiveram oportunidade de fazer o que pregam, cada um numa circunstancia diferente, e fizeram tudo diferente do que alardeiam ser a coordenada certa, e eu costumo analisar os fatos reais e o as teorias, quase sempre impossíveis de serem concretizadas, quando colocadas em prática, num país que precisa crescer, e não quer mais conviver com a inflação, que tanto nos acompanhou, quando estes dois analistas estavam em condições de fazer e não fizeram Ficar criticando, o que de uma certa forma, hoje está dando certo, é fácil, difícil é administrar na prática. 

  24. O Think Thank do governo

    O Think Thank do governo Dilma e do Banco Central é o inacreditável boletim focus. Faltam Estadistas no Brasil. O senador Roberto Requião é um dos poucos políticos que criticam severamente esta política absurda de transferência de renda dos mais pobres para os rentistas; o bolsa banqueiro é o MAIOR DESVIO  de dinheiro públicos das últimas décadas. O governo Dilma está PROSTRADO diante dos rentistas.

  25. O artigo começa com uma

    O artigo começa com uma definição imprecisa e ligeira do que seja o modelo “neoliberal” (obter crescimento eterno foi dose). 

    Acho que é mais fácil demonstrar qual seria o outro modelo, com subvenções, protecionismo e intervencionismo. Basta ver se o modelo atual está funcionando….

    Quanto ao regime de metas, bem, este governo fez o que Nassif queria, derrubando os juros, e a receita desandou….

  26. Alguém sabe como controlar a inflaçao?

    Leio e leio e percebo que ninguém sabe coisa nenhuma, pelo menos não com muita certeza.  Parece que todos concordam que inflação é ruim e temos mantê-la nas rédeas.  Alguns chegam a dizer que um pouquinho de inflação é até necessário num país em crescimento como o nosso. Só que um pouquinho rapidamente vira um poucão devido à corrida por aumento de preços. É uma briga distributiva e ninguém quer perder e prefere sair na frente aumentando o seu precinho.  Final da história: estouro da boiada. Sabe-se que na economia de mercado muita intromissão gera pânico,  Controle de preços?  nem pensar.  Lembram-se do plano cruzado e dos fiscais do Sarney? 

    No fim fica a pergunta: qual método tem funcionado até agora?  Parece-me que é o aumento dos juros.  Não sei porque, mas  é uma verdade empírica, ou não? Bem ou mal, estamos nos dirigindo, do ponto de vista da economia, a novos e melhores patamares.  Selic a 11% é uma beleza para quem já a teve nos 40% ou recebeu o goveno com a Selic a 20 e tantos % (Lula). 

    Os juros dos crediários é algo absurdo, muito absurdo mesmo, mas o fato é: tem ou não tem gente pagando feliz as prestações?  Se eu pudesse emprestar dinheiro a 20% ao ano, com retorno garantido, seria  o cara mais feliz do mundo.  Os Bancos (incluindo a CEF e BB) emprestam a 80% e querem mais.

    No passado quando se aumentava um pouco a massa salarial, no dia seguinte acabavam os ovos e o leite do mercado.  Hoje, pelo menos esta parte da demanda já está resolvida. 

    Estamos em outro patamar: hoje preocupam os serviços, como o de cabelereiro e manicure, entre outros,  mas com o negócio é tão lucrativo, deve ter um monte de professores pensando: vou é abrir um salão e virar barbeiro!    Parece-me que milagre econômico só acontece com regime que tem o mercado nas rédeas curtas, como a China. Nós temos que nos contentar em crescer com calma e com jeito. 

    Parece que estamos no caminho certo, vocês não acham?  Tem uns idiotas que dizem que se pode fazer melhor e  mais  rápido.  Tenhamos medo deles, pois ou estão mentindo ou são capazes de jogar no lixo tudo o que foi feito até agora.

    1. Estultice é julgar os outros pela própria burrice

      É claro que existem os que sabem controlar a inflação, só não contaram para você hehehehe…..

    2. “Leio e leio e percebo que

      “Leio e leio e percebo que ninguém sabe coisa nenhuma, pelo menos não com muita certeza.” 

      Esta lendo no lugar errado então. Economista nenhum vai te dizer o que é inflação realmente.

      Inflação é um conceito simples de se entender, e a expansão monetária, ou seja o aumento da quantidade de moeda na economia. Veja que quem detém o monopólio da moeda e o governo, ele que “cria” e “destroi” moeda, quando o COPOM diz que vai aumentar os juros ele esta destruindo moeda, quando diz que os juros foram reduzidos significa que o governo esta “criando” moeda.

      Os economistas tem muitos nomes para o mesmo diabo, eles falam em aumento da liquidez, Quantitative easing (QE), redução do compulsório, ou seja tudo é aumento da quantidade de moeda.

      E o que o governo e os bancos ganham com isso?

      A moeda não é neutra, as ondas de expansão monetária não “atingem” toda a economia de forma uniforme, os ultimos a receber transferem renda para os primeiros, ou seja primeiro a ganhar e o governo, segundo os bancos, depois os mais ricos e quem paga por tudo isso, os mais pobres que são os ultimos a receber reajustes saláriais.

      Todos os gastos do governo que nâo tem origem nos impostos, geram inflação. O imposto inflacionário é invisivel aos olhos da população por isso o obscurantismo sobre o assunto.

      A inflação também é usada para tirar a economia de uma suposta  “armadilha de liquidez”, mas isso é outra roubada que não é o caso de complicar o texto.

       

       

       

      1. Seus conceitos pararam nos

        Seus conceitos pararam nos anos 70. A inflação como fenômeno monetário exclusivamente pertence a visão monetarista da economia, de Milton Friedman (Inflation is always and everywhere a monetary phenomenon in the sense that it is and can be produced only by a more rapid increase in the quantity of money than in output.)

        Existem outros fatores que podem impactar nos índices de preços ao consumidor, diferentes da expansão monetária, como choques de demanda, de custos ou a inflação inercial. E nesses casos, não adianta tentar convencer o setor bancário e população da establidade da oferta monetària, se os fatores são outros, para conter os aumentos de preços.

        Outro erro é atribuír ao governo a capacidade de criar dinheiro. Quem cria dinheiro são os bancos, outorgando crédito. O BC responde a criação do dinheiro bancário imprimindo eletrônicamente dinheiro e emprestando ao banco para que este cubra o compulsório, cobrando uma taxa, no caso brasileiro, a taxa SELIC. O banco cria dinheiro e quem destrói dinheiro é quem cancela dívidas, sejam empressas ou pessoas.

        A economia é menos linear do que a teoria monetária supõe. E o estancamento do pensamento econômico pouco favor faz à solução dos problemas que a atividade econômica apresenta.

        1. O fato de tender

          “Outro erro é atribuír ao governo a capacidade de criar dinheiro. Quem cria dinheiro são os bancos, outorgando crédito.”

          Por sua vez, criar o conteúdo do que se faz não deve ser o devir do Estado? Como o governo não pode criar dinheiro com as finalidades públicas da sociedade, ele não pode fazer hospitais, estradas, escolas, oferecer segurança; visto que o sentido da condição real deriva de dividas para os bancos.

          Então, se isso seria um erro, podes continuar com altos impostos para o pagamento de títulos públicos, tendo inflação, crise, corrupçâo, fome, miséria, etc. Uma vez que este é o devir (do dinheiro) que precede o Estado.

        2. “Seus conceitos pararam nos

          “Seus conceitos pararam nos anos 70”

          O conceito de inflação é o mesmo desde o tempo de Roma e passando por varias civilizações, é o mesmo conceito, inflação é a expansão monetária, não importa o meio, se contaminando a moeda com impurezas ou imprimindo cédulas ou diminuindo o compulsório, quem detêm o monopólio da moeda e o governo.

          Veja não quero dizer que vc esteja errado, mas seu texto serve mais como desinformação. 

          “podem impactar nos índices de preços ao consumidor”

          Sim, concordo mas não estou falando de preços e sim de inflação, que não é o aumento generalizado de preços, coisa que não seria possivel sem aumento da quantidade de moeda. Em uma economia com uma quantidade de moeda estável não existe a possibilidade de haver aumentos generalizados de preços. 

  27. A economia não responde

    A economia não responde nenhuma das questões que se referem ao homem, mas existem comparações com o seu objeto:o valor do dinheiro.

    Mas porque o dinheiro nos impede de pensar em valor?

    1) A formula do dinheiro se inicia em termos de títulos públicos, logo não somos seres pensantes.

    2) Não somos seres determinados pela ciência, enquanto haverá o valor que não se pode filosofar.

    3) Qualquer questão para nós é insolúvel, caso não se levantar questões como a humanidade e a universalidade da diversidade: unidade de valor.

    4) Na economia não há totalidade, a estrutura da sociedade não autoriza senão a morte; em uma transição para o dinheiro, no qual se inicia pelo primeiro item que distingue o custo da indiferênça no nada, pelo terceiro – dos excluídos.

    Como é possível perceber a justa equidistância do homem nesta confessada ignorância da vida, em que o objeto escapa-se entre dois extremos? Nos a encontramos na passagem do valor principal do dinheiro para os juros, apreendidos em um outro sistema de tempo.

    A morte, portanto, não é um problema dos economistas, mas seu ponto de fuga em outro espaço, pois nada há na morte para pensar.

    Sabemos, todavia, que há um sistema fatal por detrás dessa metafísica que reparte-se em dois campos: o dinheiro físico e o valor destituido de respostas – mas que afirmam-se da continuação mesmo de toda nossa vida misteriosa no objeto; visto que nada caracterizado, de valor para nós próprios, nada é.

    É preciso pensar por antecipação na morte que existe no objeto de valor do dinheio ou então que ele não seja nada.

    1. Além de não concordar com a

      Além de não concordar com a filosofia empregada na economia, uma vez que uma é um assunto estritamente técnico baseado em conseitos consolidados e a outra é baseada apenas no pensamento e no ponto de vista de cada um. E não entendo onde desejou chegar em relação a matéria, que por sua vez trás informações ficticias sem nenhuma visão técnica do assunto. Meramente especulativa e tendenciosa.

  28. ESTADO X SISTEMA DE ALIENAÇÃO

    O BACEN TRANSFORMOU A INFLAÇÃO NUMA REALIDADE ANACRÔNICA: O VALOR DO MERCADO SE ALIMENTA DO VAZIO DO OBJETO NUM ESPAÇO DE TEMPO.

    MAS O VAZIO DO OBJETO SE DEVE EM FALTA DE SUA PROJEÇÃO PURA E SIMPLES NA NATUREZA REAL, E DE NÃO O MEDIR PARA O “VALOR” SER O LUGAR DO OBJETO CONCRETO, ANTES DO TEMPO NA ECONOMIA. 

    NÃO É CASUAL OBSERVAÇÃO: PARA COMPREENDER O ESTADO EDIFICANDO O VALOR DA ECONOMIA, NÃO TROQUE A GESTÃO DE TEMPO ALINHADO À SOCIEDADE EM VALOR, POR JUROS DE TEMPO, PARA PATRIMÔNIO ALIENADO AO SISTEMA. 

  29. O que não entendi até agora,

    O que não entendi até agora, é pq ninguem mencionou que estamos em ano eleitoral. Será que não tem nenhuma influência, pergunto eu ?

    1. Por isso o governo fez e faz

      Por isso o governo fez e faz um que o mercado criminal chama de contabilidade criativa, os numeros da economia do Brasil não são confiáveis. O mercado por sua vez não investe nele e as agencias rebaixam o país. Nunca tivemos uma economia tão ruim quanto temos hoje. 

  30. A OUTRA FACE DOS JUROS ALTOS…

    … pagos aos títulos da dívida pública, hoje 11% a.a, reflete a retração do mercado tomador de financiamentos. Hoje, os bancos estão abarrptados de dinheiro disponível nas prateleiras do crédito e está acontecendo uma fuga de demanda, principalmente na pessoa física. Não “vendendo dinheiro” e remunerando os rentistas, os bancos forçam a barra para que o Banco Central cubra a sua não realização de lucros, incentivando a alta da Selic. A alta dos juros não é devido ao excesso de demanda por produtos e, sim, por sobra de dinheiro no caixa dos banqueiros. Não é inflação de demanda!  

  31. Cadê a DEMOCRACIA

    Postei 3 comentários, o que faço uma critica tecnica diretamente ao texto sem fundamentação tecnica vocês não publicam? Então para que vivem falandoo em democracia e liberdade se vocês precisam de uma ferramenta de censura na pagina de vocês para que as pessoas sejam proibidas de se manifestarem livremente? ou seja, vocês jamais publicariam as respostas que desmascaram as mentiras que postam… É tipico de comunista, vivem falando bravatas mas não passam de covardes, vivem bradando liberdade mas não sobrevivem sem a censura.. Fiquem tranquilos não volto mais nessa pagina, não frequento ambiente que não prevê liberdade. 

    POR ESSAS E OUTRAS QUE EU DEFENDO A PROIBIÇÃO ASSIM COMO O NAZISMO DO COMUNISMO E SUAS VARIANTES E SIMBOLOS NO BRASIL

  32. Cadê a DEMOCRACIA ?

    Postei 3 comentários, o que faço uma critica tecnica diretamente ao texto sem fundamentação tecnica vocês não publicam? Então para que vivem falandoo em democracia e liberdade se vocês precisam de uma ferramenta de censura na pagina de vocês para que as pessoas sejam proibidas de se manifestarem livremente? ou seja, vocês jamais publicariam as respostas que desmascaram as mentiras que postam… É tipico de comunista, vivem falando bravatas mas não passam de covardes, vivem bradando liberdade mas não sobrevivem sem a censura.. Fiquem tranquilos não volto mais nessa pagina, não frequento ambiente que não prevê liberdade. 

    POR ESSAS E OUTRAS QUE EU DEFENDO A PROIBIÇÃO ASSIM COMO O NAZISMO DO COMUNISMO E SUAS VARIANTES E SIMBOLOS NO BRASIL

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