Jornal GGN – O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) avançou 4,3 pontos em maio de 2016, para um total de 70,9 pontos, o maior nível desde junho de 2015, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador de médias móveis trimestrais avançou 0,7 ponto, depois de recuar em abril.
Ao longo do período, houve evolução favorável do ICOM em 12 dos 13 segmentos pesquisados no âmbito do Varejo Ampliado. No Varejo Restrito, houve alta em todos os nove subsetores. Entre os demais segmentos, a única queda foi registrada no segmento de revendedores de Veículos.
A alta do ICOM ocorreu nos dois horizontes de tempo da pesquisa. O Índice da Situação Atual (ISA-COM), que representa a percepção dos empresários em relação ao momento atual, subiu 2,7 pontos, alcançando 62,5 pontos. Diante da evolução desfavorável deste indicador nos meses anteriores, contudo, o resultado foi insuficiente para alterar a tendência de queda do indicador de médias trimestrais, que recuou 0,3 ponto no mês. Entre os componentes do ISA-COM, a alta mais acentuada em maio ocorreu no quesito que mede o grau de satisfação com o volume atual da demanda, que avançou 4,2 pontos em relação ao mês anterior, alcançando 64,2 pontos.
O Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 5,5 pontos em maio, chegando a 80,3 pontos, o maior valor desde maio do ano passado. O avanço apurado pelo IE-COM foi puxado pelo índice que mede o grau de otimismo com a evolução das vendas nos três meses seguintes, que cresceu 5,8 pontos, atingindo 79,9 pontos. Agregando-se as altas de abril e maio, o maior avanço entre os dois componentes do IE-COM ocorreu no indicador de expectativas com a tendência dos negócios nos seis meses seguintes, com alta acumulada de 8,0 pontos contra uma alta de 5,9 pontos do indicador de vendas previstas.
Embora os dois subíndices do ICOM tenham crescido em maio, o avanço mais expressivo do IE-COM acentuou a distância em relação ao ISA-COM, para o recorde de 17,8 pontos. O resultado mostra que, a partir do segundo semestre do ano passado, o setor vem apresentando expectativas relativamente mais favoráveis que o efetivo desempenho do setor aferido posteriormente.
“A alta mais expressiva do Índice de Confiança do Comércio em maio capta a redução do pessimismo no setor, mas ainda deve ser interpretada com alguma cautela. Primeiro, porque o nível da confiança ainda está muito baixo. Segundo, porque a alta do índice em 2016 tem ocorrido em função de uma leitura gradualmente mais favorável em relação às chances de melhora do ambiente econômico nos meses seguintes do que devido a uma efetiva melhora das vendas ou da lucratividade no presente”, afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, em comunicado.
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