Cunha, a nova faca no pescoço de Dilma, por Fernando Brito

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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cunhafesteja

Sugestão de Assis Ribeiro

do Tijolaço

Cunha, a nova faca no pescoço de Dilma

por Fernando Brito

Consumou-se o óbvio.

Eduardo Cunha teve uma vitória avassaladora, eleito em primeiro turno, com praticamente o dobro dos votos de Arlindo Chinaglia.

Não foi, propriamente, uma vitória da Oposição, mas uma vitória de oposição ao Governo.

Foi, sobretudo, uma vitória do “sindicato” dos deputados, o que já, de cara, Cunha deixou claro ao prometer colocar, de imediato, em votação e aprovar o orçamento impositivo, ou a “mordida” obrigatória no dinheiro público para projetos de prefeituras, de estados e para os malsinados “convênios”, dos quais não me permito falar por problemas estomacais.

Cunha vai seguir, claro, fazendo seus lobbies, como fez nos governos de Lula e de Dilma.

Mas, depois de um pequeno período de “pose de estadista”, o que ele fará é o mesmo, em ponto muito maior.

Porque, agora, é quem decide o que entra ou não em pauta para votação.

Cunha mudou de “ordem de grandeza”.

O negócio, agora, não é uma diretoria da Caixa ou de algum outro órgão.

É tudo.

Experimente-se, para ver, resistir à sua gazua.

Porque, no sistema eleitoral que temos, montam-se bases parlamentares com base em que?

Porque é que Marina, com Itaú e tudo, não conseguiu formar partido e Paulinho da Força fez o Solidariedade com um pé nas costas?

E não pense que essas “boas obras” vão para a conta deles, não.

Vão para a conta do governo que eles pressionam e politicamente chantageiam.

O Governo Dilma ganhou a reeleição, mas reluta em assumir o poder.

E o poder exige alinhamento entre os que o partilham.

Se não há um mínimo de alinhamento, não pode haver esta partilha.

Atentem para o que quer dizer o resultado.

Mesmo com parte dos votos tucanos para Julio Delgado, o “cunhismo” teve maioria absoluta da Câmara.

Com o PSDB fechado, tem maioria até para mudanças constitucionais.

Resta ao governo, agora, a triste sina de negociar cada projeto de lei ou Medida Provisória no varejinho da esquina parlamentar.

Ou dialogar com a população, o que até ameaçou fazer – e recuou – ao propor a reforma político-eleitoral em 2013.

Mas dialogar com a população, como?

Cada vez mais o governo vai atando seus movimentos.

Eu sigo os conselhos do velho Brizola e recorro aos poetas, a um dos grandes, Cartola:

Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

4 Comentários

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  1. QUE NOJEIRA !!!!

    O politiqueiro atrás (lado direito) do picareta :

    Do Wikipédia :

    Sergio Zveiter (Niterói, 18 de maio de 1956) é um advogado e político brasileiro. Sergio Zveiter foi eleito deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro (mandato 2011-2015). Sergio Zveiter é casado e pai de um filho, nasceu em Niterói e se formou em Direito aos 24 anos.

    Também já foi Secretário Estadual de Trabalho e Renda, no Governo de Sergio Cabral Filho.

    Carreira

    Sergio Zveiter foi o presidente mais novo da história da seccional fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), aos 33 anos, e o primeiro a ser reeleito (mandato de 1991 a 1995) 1 .

    Em 1992, criou a Escola Superior de Advocacia (ESA) 2 e defendeu bandeiras como a Campanha contra a Fome, da qual participou ao lado do sociólogo Betinho, e o movimento pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello.

    Carreira Política

    No Governo do Rio de Janeiro, Sergio foi secretário de Justiça (1999-2000), secretário de Justiça e Direitos do Cidadão (2003-2004) e secretário de Defesa do Consumidor (2004-2006). De 1988 a 1999, Zveiter foi presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva da CBF.

    Em 2000, concorreu à Prefeitura de Niterói chegando ao segundo turno com 125 mil votos, porém não foi eleito.

    Foi eleito deputado federal em 2011 pelo estado do Rio de Janeiro com 65.853 votos.3 . Foi secretário estadual de Trabalho e Renda.

  2. concordo, em parte,
    mas

    concordo, em parte,

    mas exagerou no final o britto com seu sotaque brizzolista.

    deveria ensinar como dialogar com a população, com acolaboração do

    pdt, por exemplo.

    aí ajudaria mais.

    a saída é mesmo essa participação social.

    como… é que são elas.

  3. Os “Eduardos”

    Hoje, Dilma, é o melhor de todos os dias de seu governo. Todos te atiram pedra, atira bosta na Geni, lembra? Pois é, nada melhor que um dias após o outro! Lembra do outro “Eduardo”, aquele que está saindo para o outro “Eduardo” entrar? Interessante, Dilma, notaste que ninguém fala dele nem dele nem do Lula, por quê? Só de brincadeira pergunta para esta gente, atira bosta na Geni, pergunta por que o “Eduardo” que está saindo parece tão chumbrega?

    Quando o “Eduardo” que está saindo entrou lembra? era uma fera, odiava o governo teu. Ele mudou muito! Até quiseste dar um Ministério para ele. Por que ele não aceitou? nunca fiquei sabendo. Depois alguém me conta. Virou um cachorrinho. Isto que ele não tinha, aparentemente, o rabo tão preso quanto este, e agora, pergunta para esta gente, Dilma, atira bosta na Geni, que estão te acusando de frouxa o que aconteceu para ele virar o cãozinho? Daqui a um ano ou dois, no máximo, vão todos eles, atira bosta na Geni, estar te paparicando. Escuta o que estou te dizendo. Este “Eduardo” é muito pior que aquele que está saindo, pior, quero dizer desonesto, vai acaba um cachorrinho fêmea. Dilma tu é uma guerreira, no bom sentido, ta. Desta tu vai sair bem, já consultei os búzios, mas não exagera, com a sorte não se pode exagerar. Ia esquecendo, o que ta acontecendo com o Lula não aparece, não dá as caras, não fala do Petrolão, será que o Lula não é mais o mesmo?

  4. Problemas Brasileiros II: Guerra dos Sexos e Poder de Estado

    …. a transição do Poder de Estado Brasileiro da esfera político-ideológica para uma resultante etológica animal, provocada pelo inato comportamento sexual-emocional latente desde o Homem Primitivo ou daquele popularmente conhecido por “Homem das Cavernas” na dinâmica relacional com sua consorte cara-metade.

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