De olho na carreira de advogado, procurador de Curitiba dá palestra a megaempresas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Seguindo os passos de Deltan Dallagnol, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que também atua na Lava Jato de Curitiba, é uma das estrelas de um seminário sobre combate à corrupção em megaempresas, organizado pela Câmara Americana de Comércio. O evento ocorrerá em São Paulo, na próxima segunda (14), com participação da Siemens, da Queiroz Galvão (alvo da Lava Jato) e Vexia. 
 
Lima Santos, que já revelou à imprensa que pretende se aposentar da função de procurador e trabalhar como advogado em um escritório especializado em compliance, vai proferir uma palestra sobre a Lava Jato. Ele é apresentado pelos organizadores do evento como especialista em delações premiadas.
 
O Ministério Público Federal já tem um caso problemático de procurador ligado aos desdobramentos da Lava Jato que decidiu se aposentar e virar advogado. Marcelo Miller virou alvo de ataques após ter atuado como braço direito da Procuradoria e, depois, ter virado sócio do escritório que negociou o acordo de leniência da JBS.
 
Abaixo, o informe enviado à imprensa pela Câmara Americana de Comércio sobre o seminário.
 
A continuidade da construção da cultura de integridade e anticorrupção no setor público e privado brasileiro será pauta de seminário promovido pela Amcham – Câmara Americana de Comércio na próxima segunda-feira (14/8), das 8h às 13h. O Fórum de Compliance da Amcham, na sede da entidade, em São Paulo, reunirá grandes empresas, advogados e especialistas da Columbia University analisando os impactos das operações em curso, avanços internacionais em gestão de risco e a mensuração da efetividade dos programas corporativos.
 
No painel “As investigações anticorrupção do Ministério Público Federal (MPF)”, o procurador da Lava Jato Carlos Fernando dos Santos Lima abordará os avanços previstos, além de apresentar um balanço das operações desdobramento nas corporações. Lima é especialista em compliance, crimes do colarinho branco e colaboração premiada. Na Lava Jato, é um dos principais negociadores de acordos de delação.
 
Além do procurador da Lava Jato, o Fórum da Amcham reunirá empresas que foram alvo de investigações e como elas reformularam políticas e ações de compliance. O painel será formado por Ana Cristina Freire, diretora de compliance da Construtora Queiroz Galvão, João Carlos Orzzi, vice-presidente de governança, risco e compliance da Vexia, e Reynaldo Goto, diretor de compliance da Siemens.
 
No painel internacional, especialistas da Escola de Direito da Universidade de Columbia – uma das mais conceituadas dos EUA – debatem tendências internacionais para compliance e gestão de riscos. Os palestrantes são Thomas Trebat, diretor do Columbia Global Centers, e os professores Merritt Fox, do programa de Direito e Economia dos Mercados de Capitais da universidade, e Paul Lagunes, da Escola de Relações Públicas e Internacionais de Columbia. As palestras de Fox e Lagunes serão transmitidas de Nova York.
 
O terceiro e último painel é formado por três empresas reconhecidas pela experiência na aplicação de programas de compliance: General Motors (GM), Movida, Grupo Ultra e Koury Lopes Advogados (KLA). Os painelistas são Ricardo Cabral, diretor de compliance da GM para o Mercosul, Odair Oregoshi, diretor de gerenciamento de riscos, controles e compliance da Movida, Denis Cuenca, diretor de riscos, compliance e auditoria do Ultra, e Isabel Franco, sócia do KLA. A moderação será de Antonio Gesteira, sócio de tecnologia forense da KPMG.
 
O Fórum de Compliance da Amcham é aberto a participação de advogados, executivos e empresários de companhias de variados portes e segmentos. O evento acontece das 8h às 13h, na sede da Câmara Americana, na Rua da Paz, 1.431, Chácara Santo Antônio. Informações ou inscrições pelo site ou pelo e-mail [email protected].
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

11 Comentários

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  1. Fossemos um país sério, e não

    Fossemos um país sério, e não entregue aos donos da lojinha,

     

    haveria uma quarentena gigantesca para essa turma não usufruir dos benefícios dos cargos públicos que ocuparam , pois os mesmo são inerentes aos cargos e não às pessoas…….

  2. Qual é o problema? Ele nunca

    Qual é o problema? Ele nunca foi procurador mesmo. O que ele procurava era uma maneira de estar nos palcos, brilhar e ganhar dinheiro. Só isso. Só reprovo porque fez isso com o dinheiro público, não com sua capacidade pessoal para chegar onde chegou. Com sua capacidade pessoal, não passaria de um advogado, um ser qualquer.

  3. Mas não eram todos contra
    Mas não eram todos contra corrupção, como usam cargos públicos para interesses pessoais?Qual o nome disso?Negócios, negócios, negócios? Com a nossa grana?

  4. Estamos é lascados. PqP! …É

    Estamos é lascados. PqP! …É isso que ainda estamos produzindo? Então de pouca valia foram os sacrifícios de nossos antepassados. Se ao cabo de inegáveis avanços científicos, tecnológicos e sociais, apresentamos como resultado de todo esse esforço, homens e mulheres mediocres como estas estrelas concurseiras reveladas pela atual alta-burocracia-estatal brasileira. Malogramos.

    Realmente é desanimador. O Brasil já carrega uma sina desgraçada. Ou seja, a fama de possuir uma das piores elites do mundo. Se essa merda de elite, ainda assim, se reproduz gerando algo muito pior. imagine-se, o que será de Miami, daqui há algumas décadas.

    Orlando

  5. É outro Antonio Fernando de

    É outro Antonio Fernando de Souza, Carlos ayres Brito etc. Ganhou para entregar o serviço encomendado e agora vai ficar milionário fazendo uns bicos.

  6. Amcham?

    Quer dizer que a palestra é quente? Que não é um certo Estado, que USA de um órgão de comércio (de informações) que lhe é próprio, dando aparência de remuneração honesta a serviços de lesa-pátria prestados por um meliante?

     

    Ou, noutra vertente: se o palestrante fosse Lula e o evento fosse da Câmara Russa de Comércio, já teriam soado as trombetas do apocalipse?

     

  7. O banditismo dos CONCUR$$$ADOS:

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    Quando o juiz é o bandido: o sequestro dos cofres públicos pelo Sistema de Justiça

    Por “Dom Cesar” & Romulus

    “Jabuticaba”: doce para uns (poucos) e amarga para outros (tantos). Os números evidenciam com clareza, numa análise comparativa com outros países ocidentais, que os custos do Judiciário e do Ministério Público brasileiros são anômalos.

    Consumindo ambos, juntos, 1,62% do PIB (!) …

    (atenção: nessa conta ainda não entram nem a Polícia Federal, nem as defensorias públicas!)

    – … a “escolha” institucional-orçamentária em favor do Judiciário/ MP foi longe demais.

    – Num contexto de desequilíbrio fiscal relevante, com queda de receitas e compressão dos investimentos públicos, tão necessários num quadro de depressão econômica, isso está perdido em algum lugar entre o escândalo e o…

    – … escárnio!

    Inexiste incentivo para o Poder Judiciário/ MP controlarem as suas próprias despesas. Como resultado, há um claro descasamento entre as despesas com o Sistema de Justiça, hipertrofiado, e as demais variáveis do gasto público.

    Diante desse quadro, cabe à sociedade realizar esse trade-off.

    No Estado democrático de direito, ela o faz por meio de mandato (“procuração”) conferido aos Poderes políticos do Estado para tanto.

    (como todos sabemos, é após a iniciativa do Executivo que o Legislativo elabora e, finalmente, aprova o orçamento geral do Estado)

    Ocorre que, no presente, os Poderes políticos foram virtualmente sequestrados pelos atores do Sistema de Justiça. Seja no nível de atores individuais, seja em nível corporativo. Não só na cúpula (STF/ PGR) como também na base (e.g., Moro/ Dallagnol/ ANPR/ AJUFE).

    Arrancam seus (crescentes!) privilégios por vezes com “doçura”, por vezes com…

    – … “chibata”!

    Fãs (em demasia…) da cultura pop americana, não hesitam em adotar a tática do “good cop, bad cop” no “diálogo” (??) institucional.

    A “cenoura e o porrete”:

    – De um lado os velhos laços do compadrio oligárquico;

    e, do outro…

    – As chantagens (mais ou menos explícitas) contra a classe política…

    – … “corrupta” (!)

     

    LEIA MAIS »

    http://bit.ly/JuizBandido

     

  8. deduragem

    O moçoilo é especialista em delações premiadas.

    O que vem a ser isso?

    Os torturadores são melhores que esse um.

    Hipócrita bom é hipócrita morto.

  9. Quem vai ser doido de pagar

    Quem vai ser doido de pagar para ir a um seminário ouviresse gordo falar merda?

    Só quem tem espírito nmafioso irá contratar os serviços do escritório do gordo, porque irá pagar por proteção

    E o gordo descende de um grande corrupto paranaense (Cel. Macedo) do século XIX (é uma casta que floresce no pântano), que foi expulso da Administração Pública, tamanha a roubalheira que seu insígne antepassado praticou

     

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