Depois do Panamá, Peru também veda participação de Odebrecht em licitações

 
Jornal GGN – Nesta quarta-feira (28), Fernando Zavala, o chefe do Gabinete Ministerial do Peru, disse que a Lei de Contratação com o Estado será alterado para vedar a participação da Odebrecht e outras empresas condenadas por corrupção em novas licitações. 
 
A decisão do governo peruano ocorre um dia após o anúncio do Panamá de que a empreiteira não poderia participar de futuras licitações. O governo panamenho também cancelou o contrato de US$ 1 bilhão para uma hidrelétrica.

 
 
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos concluiu que a Odebrecht pagou subornos em nove países latino-americanos. Após a assinatura do acordo de leniência da empreiteira com as autoridades americanas, México, Colômbia, Peru, Argentina e Equador disseram que irão investigar o caso. 
 
O órgão norte-americano também informou que a empresa reconheceu pagamentos de subornos para agentes públicos no Peru no valor de US$ 29 milhões no período entre 2005 e 2014. A Odebrecht atuou em cerca de 40 projetos no país neste período, com investimentos que ultrapassam US$ 12 bilhões. 
 
“Sobre as obras em execução, nós vamos dar condições para que as investigações prossigam e ao mesmo tempo garantir as condições para continuar com os serviços que tem a ver com a cidadania”, afirmou o ministro Zavala. 
 
Ele também pediu para que o Ministério Público e o Poder Judiciário façam todas as investigações sobre esse caso “no prazo mais breve possível”. 
 
As autoridades peruanas acompanham o andamento da Lava Jato desde 2015 e também investiga ao menos três projetos da empreiteira no país, entre eles o gasoduto do Sul, que chegou ao valor de US$ 7,3 bilhões. A suspeita é que a Odebrecht financiou a campanha do presidente Ollanta Humala em 2011. 

 

Redação

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  1.  
    http://port.pravda.ru/busin

     

    http://port.pravda.ru/busines/29-12-2016/42398-lava_jato-0/
     

    A Lava Jato é uma traição nacional

    A operação Lava Jato se desnuda. Não é a corrupção seu objetivo, fosse-o e estariam atrás das grades os FHCs e filhos, seus apartamentos e fazendas, os Aécios e sócios, com helicópteros do tráfico, aeroportos e desvios de dinheiro de estatais, as cúpulas dos partidos no governo, ávidas das gorjetas e farelos que lhes deixam os donos do mundo. A Lava Jato é um caso de traição, o antro dos Joaquins Silvérios dos Reis do século XXI.

    Pedro Augusto Pinho*

    Com um mínimo de reflexão, talvez passássemos a entender a ação dos impérios, as farsa das propagandas nos veículos de comunicação de massa e a atuação deletéria de vários homens públicos, reduzindo nosso Brasil a uma eterna colônia de escravos. Não é em seu bolso que metem a mão, é em seu cérebro, pobre brasileiro que ainda acredita no perigo comunista e no surgimento de um salvador.

    Em 1973, os comandos militares acolhiam, pelo que se dizia na época,  a indicação do General Emilio Médici e escolhiam o General Ernesto Geisel para Presidente do Brasil, de 1974 a 1979. Os grandes problemas que enfrentaria Geisel seriam decorrentes do rompimento unilateral dos Estados Unidos da América (EUA) com o “Acordo de Bretton Woods”, encerrando o padrão dólar-ouro, em 1971, e as consequências cambiais e nas taxas de juro daquela decisão, e a dependência brasileira pelo petróleo.

    Tratarei, inicialmente da questão do petróleo. A Petrobrás formou ao longo de sua existência, e Geisel presidente da empresa muito contribuiu para isso, equipe técnica de excelência, reconhecida pelas congêneres estrangeiras e nos simpósios, congressos e seminários internacionais que seus empregados  participavam. A realidade geológica já havia sido percebida pelo ex-geólogo-chefe da Standard Oil, que veio estruturar a exploração de petróleo no Brasil: Walter Link. As bacias terrestres não tinham petróleo suficiente. A ida para a plataforma continental exigiu esforço tecnológico, participação da engenharia brasileira e muita pesquisa. Mas começou, ainda com Geisel, a mostrar resultados animadores. No entanto a questão fora muito anterior, quando, na vassalagem colonial, o Brasil optou pelo transporte terrestre e nele investiu, quando o transporte marítimo e fluvial e o transporte ferroviário eram muito mais adequados aos recursos e à geografia brasileira. Esta errônea opção deixava o País refém do produto que não tinha nem dominava, política ou militarmente, as fontes. Em suplemento sobre a economia nas Américas, The New York Times (28/01/1973), sob o título “Brasil, o Novo Japão”, elogiava a ditadura militar, a indústria automobilística e, ironicamente, o aumento da dívida “pública e particular”.

    Mera coincidência, junta o Governo Geisel à luta dos capitais industriais com os financeiros, com a vitória dos últimos, onde as “crises” do petróleo desempenham papel preponderante. O Brasil sofreria muito e ocorreria o terceiro golpe dentro do golpe de 1964, levando João Figueiredo à Presidência. O Projeto Geisel era do Brasil Potência, um país soberano, não justo, mas com o controle das principais tecnologias do século: nuclear, informática e aeroespacial. Do mesmo modo que o sucesso da tecnologia petroleira incomoda até hoje as mentes entreguistas e os capitais estrangeiros, a nuclear também é combatida desde o momento que se transformou em objetivo nacional. A prisão do Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva nada tem com a corrupção, nem deveria estar sob a Lava Jato, mas ali domina um representante do império para eliminar a engenharia e a tecnologia brasileiras.

    A espionagem dos EUA na Petrobrás começa nos anos 1980, já afastado o General Geisel e necessitando a área de geofísica da empresa um computador mais potente, para os processamentos sísmicos, cada vez mais importantes nos trabalhos de exploração de petróleo. Para que a Petrobras pudesse contratar este computador, assinou uma série de salvaguardas, inclusive do controle estrangeiro à sala onde seria instalado o equipamento. Seria humilhante, não estivesse o País já sob o controle da banca (sistema financeiro internacional), exaltando o neoliberalismo e combatendo o “estatismo”.

    Depois vieram os mordomos, os capitães do mato, e a Petrobrás franqueou seus sistemas, eliminou seus controles, destruiu a hierarquia estrutural que a colocara no píncaro da indústria petroleira. Daí a gravação das conversas destes gestores, onde não faltam a vaidade, o machismo, a inexistente intimidade com os poderes e os poderosos que os transformariam vítimas do sistema, planejado e com os elementos treinados nos EUA, para a destruição da maior empresa genuinamente brasileira, detentora única de tecnologia de exploração e produção em águas ultraprofundas, e das empresas de engenharia também brasileiras que deslocavam, pela capacidade técnica e empresarial, as congêneres do Hemisfério Norte. Como pode a colônia superar o Império?

    A operação Lava Jato se desnuda. Não é a corrupção seu objetivo, fosse-o e estariam atrás das grades os FHCs e filhos, seus apartamentos e fazendas, os Aécios e sócios, com helicópteros do tráfico, aeroportos e desvios de dinheiro de estatais, as cúpulas dos partidos no governo, ávidas das gorjetas e farelos que lhes deixam os donos do mundo. A Lava Jato é um caso de traição, o antro dos Joaquins Silvérios dos Reis do século XXI.

    O jornalista Paulo Henrique Amorim pergunta onde está o Marechal Lott para garantir a constituição, hoje; nem vou tão longe em nossa história, pergunto se ainda há um General Geisel, para defender o interesse nacional em nossas Forças Armadas?

    *Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado, foi do Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra

     

     

  2. O lado positivo dessa

    O lado positivo dessa tragédia que se abateu sobre nós é que, lenta e consistentemente, a verdade vai surgindo e a farsa que esles construiram vai se derretendo e mostrando suas entranhas imundas e perniciosas. Sabemos hoje, melhor do nunca, quem são os nosso congressistas e os interesses que os movem. Sabemos também como funciona o corporativismo no judiciário  que contempla os seus membros com ganhos e benefícios estratosféricos, indecentes, tornando-os membros de uma casta de marajás, capazes de tudo para manter seus privilégios. Aos poucos, os brasileiros vão entendendo quem são os verdadeiros delinquentes e como eles agem para atingir e manter o poder que hoje detêm, incompatível com a democracia.

  3. Só nóis ?

       E os “sócios”, a Fiscalia del Perú não irá investigar, como a peruana Graña y Montero, a espanhola Enagás, a italiana Ansaldo ou até mesmo a impoluta empresa francesa, que nunca, jamais em tempo algum, subornou alguem : A Alstom, que forneceu todas turbinas e subestaçoes do Complexo de Chaglla.

        Esta eu queria ver, os comedores de ceviche, irem as Procuradorias em Paris, Roma e Madrid, desejando investigar estas empresas, quase estatais, simbolos pelo menos da França ( Alstom ) e da Italia ( Ansaldo ), já aqui com o Deltan et caterva, nem precisa procurar, eles fornecem antes da solicitação formal, aliás enviam sem que ninguem peça ( só precisa ter o aval de Washington ).

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