Desmontando os cabeças de planilha

Na 5a feira passada, o Project Syndicate – um site norte-americanos de artigos econômicos – divulgou um artigo de Dani Rodrik, professor de economia política internacional na John F. Kennedy School of Government, de Harvard, contendo reavaliações críticas sobre a matematização da economia, ou dos “cabeças de planilha”, como os batizei mais de dez anos atrás.

A partir do início da desregulação financeira, nos anos 70, a ciência econômica desenvolveu novas velhas teorias, tirando o baú temas de cem anos atrás para defender o livre fluxo de capitais. Foram criados novos instrumentos financeiros, novas formas de alavancagem e, com a telemática, um mercado global interligado.

A bonança proporcionada pela ascensão da China, e seu efeito deflacionário sobre a economia mundial, passou a sensação de que o mundo entrara em um novo normal, no qual as crises seriam contidas pela pronta ação dos Bancos Centrais integrados.

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Paralelamente, a microinformática democratizou as formas de processamento de dados e as planilhas passaram a dominar a cabeça dos economistas. É como se a matemática, com o concurso do processamento de grandes volumes de dados, tivesse encontrado a fórmula perfeita do equilíbrio.

De pouco valeram os físicos, desenvolvendo os conceitos de teoria do caos, ou os matemáticos, recorrendo à teoria dos jogos para mostrar a impossibilidade do ponto de equilíbrio geral dos preços.

Os produtos chineses ajudavam a administrar os preços mundiais e as divisas chinesas a financiar os déficits norte-americanos. Para qualquer analista menos dogmático era uma equação que não poderia se sustentar indefinidamente.

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Esse mundo esbarrou na crise de 2008, acabando com o mito de Alan Greenspan e com o mito do equilíbrio perfeito.

Em seu artigo Rodrik faz um pequeno apanhado da visão crítica dos grandes economistas norte-americanos em relação a esses tempos de esbórnia e de promiscuidade entre academia e mercado.

O professor de finanças Luigi Zingales, também da Universidade de Chicago, acusou seus colegas especialistas em finanças de terem levado a sociedade ao mau caminho ao exagerar os benefícios trazidos pelo mercado financeiro.

Paul Romer, um dos criadores da nova teoria do crescimento, acusou alguns nomes de destaque, incluindo o prêmio Nobel Robert Lucas, do que apelidou de “mathiness” ­ o uso da matemática para confundir em vez de esclarecer.

No artigo, um roteiro relevante de racionalidade, nesses tempos em que a economia está dividida entre mercadistas e neokeynesianos radicais.

A questão não se trata de “chegar a um consenso sobre qual modelo é certo”, mas descobrir qual modelo se aplica melhor em determinada situação. Fazer isso sempre continuará a ser uma arte, não uma ciência, em especial quando a escolha precisa ser feita em tempo real.

“O mundo social difere do mundo físico porque é feito pelo homem e, portanto, quase infinitamente maleável. Portanto, diferentemente das ciências naturais, o avanço científico das econômicas não se dá pela substituição de velhos modelos por melhores, mas pela expansão de sua biblioteca de modelos, com cada um esclarecendo uma contingência social diferente.”

Luis Nassif

32 Comentários

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  1. Não se trata de cabeças de
    Não se trata de cabeças de planilha.

    Mas de um jogo cuja dinâmica se assemelha a de uma sanfona.

    Num dado momento o Estado expande, noutro as forças de mercado.

    É assim ao longo da história contada em décadas.

    O grande lance dito por alguns pensadores: ha vários tipos de arranjo capitalista construídos sobrem mecânicas sociais peculiares.

    O pior cabeça de planilha não é o ecomicista neoliberal, mas este que mimetiza um mundo muito diferente do nosso – por exemplo, o europeu.

    Este equívoco faz transpor para nossas inúmeras imperfeições – inclusive de desigualdade social – condições ilusorias.

  2. Assunto que merece reflexão

    O Jogo de Xadrez até 20 anos atrás era domínio dos humanos, com novos e mais poderosos computadores e algorítimos estes há ultrapassaram o Elo rating dos humanos de muito.

    O problema da economia, sobre o ponto de vista dos recursos finitos e mensuráveis terrestres e sua distribuição me parece ser do mesmo quilate, só que com um grau de complexidade e de variáveis infinitamente maiores, nada que mais avanços no poder de computação e de melhores algorítimos não resolvam, porém, hoje, no mundo o toque humano nas questões econômicas é fundamental, mesmo porque, diferentemente do xadrez, a economia têm ocupado as mentes mais brilhantes humanas há muitos milênios, assim o estoque de conhecimentos e estratégias na sua condução são muito superiores aos de um jogo de tabuleiro com 64 casas.

    Entretanto, em ambiêntes menores e mas controlados, como bolsas de valores por exemplo, o robot trading já suplanta em muito a capacidade dos humanos em fazer transações lucrativas e mesmo em outras áreas, o uso da cibernética têm trazido qualidade e melhorias substânciais à economia.

    O Armstrong com o seu algorítimo Sócrates, já consegue prever alguns macro movimentos antes invisíveis na economia, e a computação quântica nos promete um salto paradigmático na capacidade de gerar cenários futuros.

    Vivemos em tempos interessantes.

    Mudando de assunto, para aliviar o caixa do governo sugiro a retomada dos pagamentos eletrônicos para o governo, pois estes geram um imposto sem contrapartida para a populção e esta renda cairia como uma luva nos cofres públicos hoje.

  3. taxas de retorno

    Por mais que se invente, as taxas de retorno continuam a cair. Adiantar a riqueza futura só adia o grande dia: não haverá mais crack para sustentar o vicio e a sindrome vira, inevitavelmente. Questão de tempo meu caro Watson.

  4. Essas linhas confirmam o bruxo Marx

    Com respeito ao conhecimento de Luis Nassif na área da economia, mas essas linhas corroboram a influência gritante do materialismo histórica na condução da política e das distribuições sociais. Os detentores do poderiam econômico condicionam a volição de um Congresso que se reúne de quatro em quatro anos (à exceção dos Senadores, que ultrapassam o limite da razoabilidade e atravessam legislaturas mais legislaturas) apenas para decidir em benefício de seus pares e muito p@rc@mente um projeto de integração nacional. Um exemplo de integração nacional às avessas: o Brasil possui uma extensão territorial de mais de 8 mihões de quilômetros quadrados para uma malha ferroviária de pouco mais de vinte mil quilômetros quadrados. Queremos ser urbanos, e não passamos de uma província movida pelo entupimento de vias e rodovias. Ao fim trata-se de uma luta de classes soft power em que os vermelhos não podem se manifestar a respeito de resistência e os da extrema-direita portam armas. 

     

  5. A crise é antes (e mais)

    A crise é antes (e mais) política do que econômica. Única saída, política de base.

    O sistema financeiro não responde às políticas do governo e trava o desenvolvimento nacional. O única saída que resta à Dilma é voltar-se às base progressista que a elegeram e, mesmo, às que estiveram às margens; voltar-se às micros e pequenas empresas, à agricultura e negócios familiares e de vizinhança; voltar-se às políticas sociais, à educação, saúde e segurança publica; as reformas políticas e tributária; e abandonar o sistema de metas inflacionárias. Não atino outro caminho.

  6. Por falar em Cabeças de Planilha

     

    Olá Nassif, por falar em Cabeças de Planilha, o seu livro esta esgotado no fornecedor, tem alguma previsão de nova reimpressão?

    E assim como o PHA fez, estarei esperando pelo seu livro de 50 anos de jornalismo!

     

    []s

  7. Cabeças de Benefício Público.

    Falam, falam, falam dos americanos, os imperialistas, no entanto usam e abusam de suas tIUrias.

    Agora é essa turma que se destaca porque o momento é propício.

    Depois será outra turma ou outro indivíduo.

    Coisas de cabeças de benefício público.

  8. Ou o Brasil acaba com a sauva ou a sauva acaba com o Brasil

     

    A questão não se trata de “chegar a um consenso sobre qual modelo é certo”, mas descobrir qual modelo se aplica melhor em determinada situação. Fazer isso sempre continuará a ser uma arte, não uma ciência, em especial quando a escolha precisa ser feita em tempo real.

    “O mundo social difere do mundo físico porque é feito pelo homem e, portanto, quase infinitamente maleável. Portanto, diferentemente das ciências naturais, o avanço científico das econômicas não se dá pela substituição de velhos modelos por melhores, mas pela expansão de sua biblioteca de modelos, com cada um esclarecendo uma contingência social diferente.”

    Descobrir qual modelo se aplica melhor em determinada situação. Tem se feito isto desde que a especulação financeira mostrou as garras, qdo a engrenagem industrial foi assaltada pelo rentismo iniciou-se um processo que lembra as correntes financeira, tornado crime dentre a sociedade, o lucro provem e se sustenta com a entrada de novos elementos na corrente, mas isto mais cedo ou mais tarde se esgota e tudo desmorona inevitavelmente, mundialmente a China foi o ultimo elemento de sustentação deste sistema, agora esgotado. O que fez a China, voltou-se para seu imenso mercado interno, porocurando restabelecer o equilibrio, acontece que este modelo em termos global, esgotou-se. É necessario olhar para o individuo.

    Aqui no Brasil ou adota-se um modelo que priorize o individuo ou o antigo modelo acaba com o Brasil.

  9. Complicam demais a economia.

     Economia pelo que entendo é matématica simples. 1 pedrinha + 1 pedrinha = 2 pedrinhas. Aquele que pegar mais pedrinhas terá mais pedrinhas. Se você consegue juntar muitas pedrinhas e não gasta mais do que você ganha e ainda faz uma reserva dessas pedrinhas talvez você nunca passe necessidades por falta de pedrinhas. É como no reino animal se um macaco for mais esperto ou mais inteligente que os outros ele vai comer mais bananas, ou seja vai juntar mais pedrinhas. Economia é matematica simples não sei porque complicam tanto. A questão é porque alguns macacos conseguem mais bananas que outros. Acho que deveriamos aprender com os judeus.

    1. Isso não é economia.

      isso é gestão financeira. Não gastar mais do que arrecada.

      A economia na vida real é muito mais complicada. Apesar de simples na visão de cada um de nós, são muitos nós para amarrar e desamarrar. Pega apenas um mercado público como exemplo e o transforma numa sociedade com diferentes níveis de interesse, diferentes vetores de negociação, várias formas de ver o todo, o ser humano em cada banca, o grau de risco de cada produto, a sazonalidade, a quantidade, a carência ou excesso, clima influenciando, demanda, oferta, público interno, público externo, gestão, meio ambiente… e muito mais. Se em um mero entreposto pode ter isso e tantas outras variáveis, imagine em uma nação.Somo seres humanos, cada cabeça uma sentença. Não tem como organizar tudo isso, o que se pode fazer é dar condições mínimas para que o ambiente social possa se densenvolver, produzir, negociar, viver, sobreviver e tentar ser feliz. Sou favorável a uma regulação moderada dos mercados, onde a o bicho homem tem medo ou não quer investir. Dê as condições mínimas, que no resto a gente corre atrás. Com licença que tenho que pegar meu bonde.

  10. Pois é.

    Pois é, muito longe de toda essa  “expertise”, que admiro, fico com a teoria do matuto:

    ” O mundo ( os homens), adoram  uma brincadeira nada inocente de : Vamos brincar de dar certo? , Não, agora é tempo de  ” Vamos brincar de dar errado?.

  11. Nassif,como era a Petrobrás

    Nassif,como era a Petrobrás no final do governo FHC comparada a Cia. hoje?. Preços do barril de petróleo, tecnologia, volume produzido , gestão, valor da empresa no mercado, como funcionava aparceria de exploração etc. etc. Dá para se fazer um paralelo já levando-se em conta o escândalo atual? Qual o impacto da tentativa de venda da empresa por FHC caso o negócio tivesse sido concretizado? Você poderia fazer esse paralelo?

    1. Devemos parar com comparações incomparáveis.

      Não consigo entender para que você quer essa comparação da época da petrobras de 13 anos atrás com a Petrobras de hoje, não sei aonde quer chegar, mas acho que de uma vez por todas, essas comparações devem sessar, temos que olhar o presente e o futuro e não mais comparar momentos diferentes. Épocas, não podem ser comparadas, pois existem muitas particularidades que poderiam ter nas ocasiões. Srs. Temos uma crise política e financeira, o Brasil não suporta gastar mais do que arrecada, os investidores não querem financiar o déficit, a presidente precisa governar e achar as saídas, esqueçam FHC, não levará a nada, não ajudará a resolver a sistemática. Ficou claro que a sociedade não quer mais aumento de impostos, querem a diminuição do governo, corte de custos em todas as esferas dos poderes. Esta crise política e financeira, vai prejudicar os mais pobres. Em vez de vocês ficarem comparando o incomparável, apelem para a DILMA governar, o momento é sério, beira a encruzilhada que não tem saída, mas ainda só depende dela é só Governar, fazer o que ela foi eleita para fazer.

      sugiro como primeira medida trocar o Min. mercadante.

  12. Ninguém sustenta modelos

    Ninguém sustenta modelos gravitacionais com a interação entre grãos de areia.
    “O pensamento econômico” anda na mesma toada e na insensata busca de problematização do óbvio. Agrega ao discurso algo de estética científica, porém, visando apenas a garantia de legitimidade para os objetivos sórdidos e especulativos dos grandes fluxos de capitais – personifica tais entidades se for o caso –  deixando para a política a venda das variáveis residuais humanas de parcipação no sistema.

    Estamos nesse eterno pós-passado dos ganhos provindos do mercado de derivativos. Numa escalada de transferências do obsoleto, contabilizando isso como avanços distribuidos nas diversas dimensões do desenvolvimento – É preciso alguma biblioteca infinita de modelos macro e micro econômicos para intuir os resultados dessas operações?

  13. Ideologia quando vira religião puxa a gente pra trás!

    Muito bom!

    Buda propôs que sempre busquemos o caminho da ponderação, o caminho do meio.

    Ainda que essa idéia já tenha sido mal utilizada levianamente, é um grande conselho.

    Há estupidez e sabedoria entre keynesianos, schumpeterianos, liberais e marxistas. Reconhecer isso é fundamental para que avancemos!

    Ideologia quando vira religião puxa a gente pra trás!

  14. Mario Sergio Cortella

    “Economistas não vivem num mundo real”! Mario Sergio Cortella

    Economistas sem noção de sociologia( como FHC), contemplarão friamente a acensão de mercados e o declinio de boa parte da sociedade. Eles ainda sonham com fraudão na linha de montagem.

  15. Abrindo as “Torneiras” das Tetas Publicas…

    Nassif, da uma olhada em “OGLOBO” nesse minuto:

    Caixa processa governo por prejuízo com ‘pedaladas’

    por Vinicius Sassine Banco ainda cobra taxas não pagas para execução e programas como o PAC; montante devido chega a R$ 274 milhões”

    Um banco ESTATAL “processando” o governo por “prejuizos” ficticios.  So que isso vai com o que todos nos ja notamos antes:  CONCESSOES SEM CONTRAPARTIDAS.

    O Brasil tem os bancos mais lucrativos do mundo.  Se ta “livre” assim, porque eles nao processam entao?

    Ah, eh porque o primeiro a processar tem que ser um banco estatal, claro.

    Depois as torneiras se abrem.

  16. assim que acabei de ler…

    voltou a vontade de estudar economia da mesma forma que observo a natureza

    vejam que coisa linda que o Nassif colocou:

    (…)

    A questão não se trata de “chegar a um consenso sobre qual modelo é certo”, mas descobrir qual modelo se aplica melhor em determinada situação. Fazer isso sempre continuará a ser uma arte, não uma ciência, em especial quando a escolha precisa ser feita em tempo real.

    (…)

    lembrou-me borboletas ao vento

    umas voando rápido, outras pausadamente, mas todas voando do seu melhor jeito

    como não há na natureza, no caso para borboletas, acho que os que realmente complicam a economia são os que tentam atuar como domadores

    1. e pensar que as asinhas delas são tão delicadas…

      tão frágeis para ventos tão fortes

      e mesmo assim elas pousam onde decidiram pousar voando rápido, direta ou pausadamente

  17. Crianças mimadas.

    “…quase infinitamente maleável…”

    A questão epistemológica, Nassif, você entendeu. Os “economistas” no fundo hipostasiam o que “é” o ser humano; e daí desenrolam as “tiorias” econômicas deles sobre como as ações dos indivíduos vão consecutar os preços de X ou Y…. Isso vem desde Marshall. Ou seja: preços. Mais uma vez: o objeto da economia e o pre-ço!

    … E não acertam uma…

    Mas vivem pra dar lição de moral (nos indivíduos e nos governos) mesmo assim.

    … E melhor maneira que arrumaram foi “convencer” as “redações”.

  18. Project Syndicate é George Soros

    George Soros é uma das carteiras que financiaram os nazifascistas de Maidan. George Soros é um dos pais das revoluções coloridas por todo o mundo. No momento temos no mínimo duas em gestação: Líbano e Armênia. Dois governos não alinhados com o imperialismo americano. 

    George Soros é o provedor da Open Society. No Brasil Open Society é: Fernando Henrique Cardoso e os tucanos.

    Project Syndicate no Brasil é Veja.

    Agora vamos para a marionete:

    “Dani Rodrik Named Ford Foundation Professor of International Political Economy at Harvard Kennedy School”

     

     

     

    1. George Soros na sua versão de

      George Soros na sua versão de ativista politico, como financista está aposentado, é ANTI-CONSERVADOR, ANTI-DIREITA, ANTI-NEOCON, seria no Brasil a “esquerda caviar”. A OPEN SOCIETY é uma entidade resvalando na esquerda, Soros é ligadissimo à ala esquerda do Partido Democrata.

      Como ativista politico Soros está na linha OPOSTA ao mainstream do mundo de negocios dos EUA. Doou até hoje OITO BILHÕES DE DOLARES para causa politicas, um terço de sua fortuna pessoal.

      A FORD FOUNDATION é a fundação mais esquerdista dos EUA, é a unica, vou repetir, UNICA grande organização americana ABSOLUTAMENTE PRO-PALESTINA, foi duas vezes objeto de investigação por CPI do Senado americano por ser considerada uma entidade filo-comunista

       

      1. Meus sais…

        …o Soros é um dos líderes do globalismo. Esta elite é cultural e moralmente revolucionária, economicamente utiliza o Estado para aumentar e proteger o seu capital (poder), politicamente é inimiga de qualquer país que não seja seu aliado, como a Rússia e a China, causando distúrbios internos nos seus aliados atuais ou possíveis futuros.

        Dos EUA e da Europa, através do financiamento dos candidatos e do controle dos aparelhos partidários, utiliza os governos, principalmente as suas forças armadas, como elemento de força. Atualmente é difícil dizer onde termina o aparato estatal e começa o controlado pelos metacapitalistas. A distinção ordinária entre esquerda e direita não existe para eles, estão acima dela. Isto há pelo menos um século. Em alguns casos, como no dos nefastos Rothschilds, desde o período napoleônico.

        O raciocínio binário capital x trabalho, capitalismo x socialismo, conservadores x progressistas, etc. não se enquadra no projeto do governo global. Ficar restrito a ele impede a análise do que está acontecendo. As alianças são táticas, como o financiamento da Fundação Ford ao MST, Geledés e outros grupos divisionistas de esquerda, no caso do Brasil.

        Na Ucrânia temos a turna do Soros e os neocons do Departamento de Estado, como a Nulland, trabalhando juntos. O mesmo ocorre na Síria. Retornando a Kiev: quem a dupla colocou no poder? Aliás, a dama das rosquinhas, declarou ontem que os EUA devolverão à Crimeia para a Ucrânia… Ontem novas agitações em Yerevan, o mesmo modus operandi.

         

  19.  
    … Outra análise

     

    … Outra análise brilhante!

    #################################################
     

    APÓS ULTIMATO, DILMA DARÁ UMA GUINADA À ESQUERDA?

    Quem faz o apelo é o jornalista Igor Fuser, doutor em Ciência Política pela USP e integrante do conselho editorial do Le Monde Diplomatique; “Leiam o editorial da Folha de S. Paulo de hoje, domingo 13 de setembro. Leiam a nota conjunta da Fiesp e da Firjan, ou as declarações do presidente da Confederação Nacional da Indústria. A burguesia está dando um ultimato à Dilma. Ou ela se rende completamente, assumindo o programa de arrocho mais brutal de nossa história, ou a ofensiva política para a sua derrubada terá início imediato”, diz ele; “Nesse contexto só há uma coisa a fazer. A Dilma tem que repudiar a opção neoliberal implementada pelo Levy e conclamar o povo brasileiro a apoiar um programa de ajuste diferente do atual, baixando os juros e jogando o peso da dívida nas costas dos mais ricos, mesmo que esse projeto seja rejeitado pelo Congresso e massacrado pela mídia”, afirma; Dilma seguirá esse caminho?

    13 DE SETEMBRO DE 2015 ÀS 19:59

    (…)

    FONTE: http://www.brasil247.com/pt/247/poder/196706/Ap%C3%B3s-ultimato-Dilma-dar%C3%A1-uma-guinada-%C3%A0-esquerda.htm

  20. Meu Economista Mina Vida

    Economia é uma ciência social, cheia de “russos” para combinar perante qualquer quadro que queira ser antecipado ou domesticado. Alvarez Cabral devia ter trazido um economista no seu navio para lhe ajudar a criar esta nação, quem sabe seriamos mais evoluídos que os EUA. Quero ver esses economistas fora do estúdio da Globo, levantando o tal do tripé no Haiti, por exemplo. Ao invés de todos esses soldados, o Brasil poderia enviar lá um grupo de economistas bacanas, com Note Book, e resolveria todos os problemas.

    A economia levada a números, para uma nação, é a resultante de forças políticas, sociais e de classes ou categorias com interesses diversos, somando a isso a interface entre uma nação independente e o mundo global, que suga as nossas riquezas, cuja conta também deve fechar. Não existe paraíso fora. Queremos o paraíso aqui mesmo, na nossa casa, na nossa vizinhança. O Brasil tem como meta ser uma grande nação, autônoma, com economia planejada e, ainda, com visão estratégica focada em nossos vizinhos, detentores de riquezas naturais e de gente como a gente, embora não de capital financeiro relevante. O governante requer determinação para levar tudo isso adiante.

    Um Presidente determinado é melhor que centenas de economistas. Cada grande grupo empresarial tem o seu estoque de economistas. Eles trabalham impulsionando o consumo de determinadas bobagens. Outros trabalham aumentando a riqueza individual do seu patrão. Todos eles fariam o Brasil ganhar, trabalhando nos seus empregos, desde que essa riqueza tenha como destino aqui mesmo, no território nacional. 

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