Desorientado e com incertezas, PSDB estuda desembarcar do governo

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Reprodução
 
Jornal GGN – A expectativa era de que os partidos da base aliada de Michel Temer decidissem ainda neste final de semana o futuro da aliança com o governo. Já com a posição de saída quase decretada pelo PSDB, o partido que é a principal sustentação de Temer deu sinais de possibilidade de diálogo. Mas o encontro marcado para a exibição de apoio ao mandatário teve que ser cancelado pela baixa adesão.
 
Imediatamente após a repercussão negativa com o grampo da conversa entre Michel e o empresário Joesley Batista, e consequentes delações dos executivos da JBS, o PSDB se viu obrigado a marchar contra o mandatário. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi um dos primeiros a defender a renúncia do peemedebista que se não houvesse “alegação convincente”.
 
Mas com o nome da então principal representatividade do partido também manchado, o do senador Aécio Neves (PSDB-MG), tanto quanto o de Michel Temer, o PSDB ficou estagnado em um imbróglio sobre a sua permanência ou saída do governo.
 
Estava marcada para a tarde deste domingo (21) a discussão entre a cúpula tucana se iria manter ou não o apoio a Michel Temer. Dirigentes e líderes parlamentares iriam tomar a decisão, mas o encontro foi adiato. A suspensão ocorreu temporariamente a fim de evitar um suposto mal-estar com o Palácio do Planalto, uma vez que o PSDB não quer um rompimento brusco.
 
Em meio a toda essa confusão, o ex-presidente FHC reaparece com mais um episódio para embaralhar ainda mais a decisão. No sábado (20), Cardoso telefonou para o presidente da República para dar “conselhos” ao mandatário de como enfrentar a crise política. 
 
A informação, divulgada pela Folha de S. Paulo, é que FHC recordou os momentos de dificuldades políticas em seus dois mandatos e a importância do presidente resistir às instabilidades.
 
Enquanto dirigentes defendem a articulação rápida para Temer deixar o poder, outros ainda insistem que a sua manutenção é melhor para dar sequência às reformas na economia propostas, com a ajuda do próprio PSDB.
 
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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

6 Comentários

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  1. Como disse o “Mineirim”: “SÓ

    Como disse o “Mineirim”: “SÓ PRA ENCHER O SACO”. Já recolheram os passaportes do casal Moro?

  2. O que acontece com os ratos depois de abandonarem o navio?

    “Uma fábula edificante.

    Estavam os ratos muito bem alimentados, com inúmeros queijos a sua disposição nos porões do navio. E o navio navegava, triunfante sobre as águas do Oceano. Estavam todos felizes, ratos e não ratos, num convívio segundo a distribuição dos espaços e dos comes e bebes. Em paz e conciliados. Era um navio de conciliação, de paz e de amor. Interesses conflitantes que apareciam vez por outra, era imediatamente apaziguados com o aumento da ração, para os ratos; dos poderes e espaços para os tripulantes superiores; de comes e bebes para os tripulantes inferiores, às vezes à farta, às vezes mais moderadamente. E todos iam à despensa e abasteciam-se e nunca deixaram de se abastecer, até para repor forças para caminhadas longas, carregando alguns algum peso! 

    Mas um dia… sempre há um dia! O mar se revoltou. Não queria mais sustentar o peso do navio. E as ondas, bem orientadas pelo mar, começaram a avançar sobre o navio. E navio soçobrou. Capitão e oficiais davam ordens conflitantes, abagaçados. Cada um a sua maneira queria salvar o navio e sua própria pele. E o navio soçobrava. E as ondas aumentavam, parecia que vinham até do exterior do mar, pelos ventos do norte e elevavam as ondas sem discrição alguma. O vento ajudado pela força das águas locais, isto é, próximas ao navio, forçavam para que o navio adernasse.

    E os tripulantes superiores viram com horror que os ratos abandovam os navios. Seguindo a sabedoria milenar, “os ratos são os primeiros a abandonar o navio”. Os tripulantes mais inferiores, incitados por alguns superiores, tomaram o convés aos gritos e aos reclamos. Os comes e bebes já não faziam mais efeito salutar. Queriam a mudança do capitão para entregar o navio à sabedoria dos ratos mais gordos, mais sábios, aquelas ratazanas mais velhas e mais experimentadas.

    E os ratos mesmo, aqueles bem ratos, por aclamação e sem reclamação, se foram para as águas revoltas do mar.

    E o mar se acalmou. Tomou rumo certo. Os tripulantes inferiores voltaram a seu redil, isto é, aos seus comes e bebes. E os superiores, mais experientes agora, decidiram que não bastava comes e bebes, era preciso repensar o destino e rever os horizontes, distribuindo também poderes e espaços de forma mais adequada.

    Mas a curiosidade ficou: que aconteceu com os ratos no mar ainda revolto? Aqueles que abandonaram o navio terão forças para voltar a ele a nado? Ou teram sucumbido na boca aberta dos tubarões, engolidos e deglutidos? Ou simplesmente morrem afogados os ratos que primeiro abandonam o navio? Ah! Isto o ditado não explica. Só diz que eles são os primeiros a abandonar o navio. O que lhes ocorre nas águas a que se lançam, a gente não sabe. O mais provável é que não sobrevivam, e aqueles que por acaso sobreviverem, tentarão desesperadamente retornar aos bons tempos dos seus queijos. Alguns delcídios abandonam o navio e depois são recebidos de volta, por pura ingenuidade, e estes delcídios voltam a comer bons queijos. Mas são poucos os assim sortudos. E não podemos afirmar com certeza o que acontece com a maioria dos ratos fujões.” – Blog do Wanderly Geraldi

    http://portos.in2web.com.br/passagens-blogdogeraldi/154-curiosidade-o-que-acontece-com-os-ratos-depois-de-abandonarem-o-navio

     

  3. Parece que FHC já desmudou da

    Parece que FHC já desmudou da posicao que tinha mudado. DAqui a pouco, os filhos dele vao pedir a interdição do cara. Tá mais tonto que biruta de aeroporto.

  4. Vergonha, vergonha

    Imagine como estão lá no além os fundadores destes partidos, Ulisses Guimarães, Franco Montoro, Mário Covas, etc., com esse vexame que este povo está dando.

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