Dia de incertezas pressiona mercado; bolsa cai 2,70%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa brasileira encerrou as operações em forte queda, afetada pela apreensão dos agentes em torno da deterioração política e fiscal do país, em sessão de liquidez reduzida por conta do feriado nos Estados Unidos.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou as operações em queda de 2,70% (a menor pontuação em quase um mês), aos, 45.872 pontos e com um volume negociado de R$ 5,529 bilhões. Com isso, a Bolsa termina a semana com desvalorização de 4,71%, mas apresenta valorização de 0,01% no mês, e queda de 8,27% ao longo de 2015.

A queda do dia foi influenciada pelo desempenho negativo da Petrobras e da mineradora Vale e dos bancos. As ações ordinárias da Vale (VALE3) tombaram 6,27%, a R$ 13,30, e as preferenciais (VALE5) perderam 5,78%, a R$ 11,08. Já as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) caíram 3,81%, a R$ 9,33, e as preferenciais (PETR4) se desvalorizaram 4,04%, a R$ 7,60.

A unit (conjunto de ações) do BTG Pactual (BBTG11) voltou a fechar em queda: o papel caiu 3,59%, a R$ 22,85. A unit não faz parte do Ibovespa. Desde a prisão do presidente e controlador do banco, André Esteves, ocorrida na última quarta-feira, os papéis da empresa acumulam uma desvalorização de 26,03%

As ações de bancos também caíram: os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) apresentaram uma desvalorização de 3,14%, a R$ 17,29, as do Bradesco (BBDC4) se desvalorizaram 3,67%, a R$ 21,55, e as do Itaú Unibanco (ITUB4) recuaram 2,65%, a R$ 27,57.

No câmbio, a cotação do dólar comercial apresentou instabilidade e o ritmo de alta ganhou força na reta final das operações. A moeda fechou em alta de 2,05%, cotado a R$ 3,823 na venda – o maior valor de fechamento em duas semanas. Com isso, a moeda norte-americana fecha a semana com alta de 3,42%. A moeda acumula desvalorização de 1,02% no mês, mas o ganho no ano chega a 43,81%.

No Brasil, os investidores seguiam preocupados com o quadro de instabilidade econômica e política do país. A presidente Dilma Roussff (PT) cancelou parte de uma viagem internacional para acompanhar a votação no Congresso da nova meta para as contas públicas deste ano, marcada para a noite da próxima terça-feira. Também existe a possibilidade de o governo baixar um decreto que bloqueia aproximadamente R$ 10 bilhões em gastos.

Operadores consultados pela agência de notícias Reuters citaram rumores de que o ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), estaria negociando uma delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. O senador foi preso na quarta-feira sob a acusação de tentar obstruir o andamento da operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras.

Além disso, o Banco Central efetuou o último leilão de rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) com oferta de até 12.120 contratos com vencimento programado para dezembro. Ao todo, o BC rolou 97% do volume total, que corresponde a US$ 10,905 bilhões.

Para segunda-feira, os agentes esperam pela divulgação da sondagem da indústria e de serviços pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), boletim Focus e a nota de política fiscal do Banco Central. No exterior, destaque para o índice de preços ao consumidor na Alemanha, índice dos gerentes de compras de Chicago, nos Estados Unidos, e o índice PMI (índice dos gerentes de compras) composto e da indústria de transformação na China.

 

 

(Com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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