Dilma recebe de Frei Betto e Boff demanda por políticas mais sociais

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Dilma recebe Leonardo Boff e Frei Betto e diz que prefere ouvir críticas

Da Agência Brasil

O frade dominicano e escritor Frei Betto, o teólogo e intelectual Leonardo Boff e quatro integrantes do grupo Emaús se reuniram nesta quarta-feira (26) com a presidenta Dilma Rousseff e entregaram a ela uma carta com 16 demandas a serem analisadas em seu segundo mandato. Na avaliação deles, após a vitória de Dilma nas eleições, nas quais havia um “risco” de que o “projeto popular do PT” não continuasse à frente do país, é necessário maior diálogo com a sociedade.

Após o encontro, Leonardo Boff afirmou que a própria presidente reconheceu a falta de contato com as bases. “[Dilma] se ocupava muito com a administração dos grandes projetos. Ela disse que a partir de agora será um ponto alto do seu governo um diálogo permanente, orgânico, contínuo, com os movimentos sociais, e com a sociedade em geral”, afirmou.

O documento, intitulado O Brasil que Queremos, contém reivindicações que passam por temas políticos, econômicos, sociais e ambientais. Segundo o intelectual, Dilma tomou nota das sugestões levantadas na conversa e disse que quer discutir com mais detalhes questões como a centralidade da ecologia. De acordo com Leonardo Boff, a presidenta disse: “Eu prefiro escutar críticas, do que apenas escutar as coisas boas que eu faço. Porque aí eu aprendo”.

Segundo Boff, a presidenta quer se encontrar mais sistematicamente com o grupo, e pretende também receber lideranças de movimentos sociais na próxima semana. Ela se comprometeu a “estudar o documento”, já que nem todos os pontos foram discutidos detalhadamente durante a reunião, que contou com a presença do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

A carta, assinada por 34 pessoas do Emaús, pede um modelo econômico mais social e popular, a auditoria da dívida pública, proteção do meio ambiente, utilização cada vez maior de energias renováveis, defesa do direito dos povos indígenas e quilombolas. Solicita também a restrição de transgênicos e agrotóxicos, democratização dos meios de comunicação, universalização dos direitos humanos, instituição de nova política de segurança pública, valorização dos trabalhadores, o controle social da gestão pública e a ética na política, além das reformas política, urbana, agrária e tributária.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. diálogo permanente.
    esta é a

    diálogo permanente.

    esta é a saída para resolver muitas questões.

    os movimentos sociais rtem de apresentar mesmosuas reivindicações.

    é um modo de contraponto à enxurrada de proposições direitistas

    que avasssala o país nestes últimos tempos,

    todas ancoradas na grande mídia do coronelismo eletronico e impresso.

  2. A vóz do Papa, vai ser ouvida ?

    Estes dois dos mais importantes representantes do clero católico brasileiro, levaram à Presidenta reeleita, a exortação do Santo Padre, e os anseios da classe pobre brasileira, que está sendo cujas necessidades, voltam a ser focadas, pela igreja, e estes dois sacerdotes, como defensores da Teologia da Libertação, querem que a nossa Presidenta, mostre ao mundo desenvolvido, que é perfeitamente possível, aceitar os imigrantes, e como exortou o Papa, evitar  que”Nossos mares, virem cemitérios de seres humanos, em busca deliberdade” e no que concerne ao Brasil, as organizações sociais, tenham assento nas decisões que lhes dizem respeito.

  3. … bons tempos medievais

    … bons tempos medievais eram aqueles das ordens dos pregadores mendicantes – dominicanos e franciscanos na linha de frente da ciência teológica – em que faziam a cabeça barba e bigode de reis e do povo e que faziam o “espelho dos príncipes” da cristandade e que pintavam e bordavam o sete pra cima e pra baixo do absoluto poder religioso e político do mundo cristão, onde o diabo eram os outros… muçulmanos, bárbaros, tártaros gengis khan, cátaros…

    bons tempos! que não voltam mais…

  4. Tb quero o céu e as estrelas

    E para já, nao pra semana que vem… Presidenta, quede sua varinha de condao? Esqueceu dela? 

    Mais diálogo é mesmo importante. Agora, essas demandas todas… Tá certo, pedir nao paga imposto. Mas meu pai responderia: “Quer? Vá querendo. Passa a mao no chao e sai correndo”. Calma com o andor, gente, que o santo nao é de barro mas pode cair com tanto solavanco e puxa prum lado e puxa pro outro. 

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