Dívida mobiliária perde força em julho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Quando avaliada fora do Banco Central, a dívida mobiliária federal interna avaliada pela posição de carteira totalizou R$ 2,082 trilhões (41,2% do PIB) no mês de julho, o que representa um decréscimo de R$ 29,3 bilhões em relação ao mês anterior.

Segundo a autoridade monetária, o resultado refletiu resgates líquidos de R$ 51,9 bilhões, acréscimo de R$ 300 milhões em razão da depreciação cambial e incorporação de juros de R$ 22,4 bilhões.

Os destaques do período ficaram com os resgates líquidos de R$ 47,9 bilhões em LTN (Letras do Tesouro Nacional), de R$ 12,1 bilhões em NTN-F (Notas do Tesouro Nacional – Série F) e de R$ 2,7 bilhões em NTN-C (Notas do Tesouro Nacional – Série C); e as emissões de R$ 6,3 bilhões em LFT (Letras Financeiras do Tesouro) e de R$ 4,7 bilhões em NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B).

A participação por indexador registrou a seguinte evolução, em relação a junho: a porcentagem dos títulos indexados a câmbio permaneceu em 0,4%; a dos títulos vinculados à taxa Selic elevou-se de 15,1% para 15,2%, por conta das emissões de LFT; a dos títulos prefixados reduziu-se de 32,4% para 30,2%, pelos resgates líquidos de LTN e NTN-F; e a dos títulos indexados aos índices de preços passou de 29,2% para 29,1%. A participação das operações compromissadas aumentou de 22,6% para 24,8%, apresentando vendas líquidas de R$63,6 bilhões.

Em julho, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado mostra que 8,6% do total (R$ 178,2 bilhões) possui vencimento em 2014; 19,5% (ou R$ 405,2 bilhões) vence em 2015; e 72% do total (ou R$ 1.499 trilhão) vence a partir de janeiro de 2016. A exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$ 211,5 bilhões, e o resultado dessas operações (diferença entre a rentabilidade do DI e a variação cambial mais cupom) foi desfavorável ao Banco Central em R$2,6 bilhões.

Já a dívida líquida do setor público alcançou R$ 1,773 trilhão em julho (35,1% do PIB), elevando-se 0,1 ponto percentual (p.p.) do PIB em relação ao mês anterior. No ano, a relação DLSP/PIB elevou-se 1,5 p.p. Os juros nominais apropriados e a valorização cambial de 3,2% no ano contribuíram para elevar a relação, na ordem, em 2,9 p.p. e 0,5 p.p. do PIB. Em sentido contrário, o crescimento do PIB nominal e o superavit primário contribuíram para reduzir a relação em 1,4 p.p. e 0,5 p.p. do PIB, respectivamente.

A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$ 2,983 trilhões em julho, equivalente a 59% do PIB, elevando-se 0,5 ponto do PIB em relação ao mês anterior.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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