Comprovantes contradizem o próprio depoimento prestado ao TSE pelo ex-presidente da Andrade de que o repasse de R$ 1 milhão foi para as contas do Diretório Nacional do PT
Jornal GGN – Menos por uma defesa contra a cassação da chapa presidencial de 2014 e mais como sustentação contra a separação dos processos entre Dilma Rousseff e Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – estratégia do presidente para isolar Dilma na responsabilização da campanha -, a defesa da ex-presidente comprovou que R$ 1 milhão doado pela Andrade Gutierrez à sua campanha entrou pelas contas de Temer.
O repasse é comprovado em documentos anexos ao processo que tramita no Tribunal contra Dilma e Temer. Apesar de ambos defenderem que as contas foram limpas, pagas com recursos lícitos de doações eleitorais, o racha entre Dilma e Temer motivou os advogados a se defenderem de outra tratativa do peemedebista, ainda que dentro do mesmo processo.
Isso porque, desde que o impeachment contra Dilma foi concretizado pelo Senado, no dia 31 de agosto deste ano, além de uma desaceleração no processo de cassação solicitado pelo PSDB – hoje um dos principais aliados do governo no Congresso -, sob a liderança de Gilmar Mendes em articulações junto a ministros do TSE, como revelou o GGN em outubro, outra frente iniciada por Temer é a de tentativa de isolar Dilma como a única responsável pelos ilícitos de arrecadação na campanha eleitoral.
Assim, além das sustentações de ambos advogados contra o que supostamente seria irregular dos recursos que alimentaram o pleito, a defesa de Michel Temer avançou para a tese de que, se houve ilegalidade, ocorreu apenas no caixa petista. Mas, nesse sentido, os advogados de Dilma mostraram que não.
Isso porque um dos depoimentos no processo encurrala que a origem dos repasses tenha sido de caixa dois, como propinas referentes a obras do governo federal. Foi Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade e delator da Lava Jato que disse: a empreiteira forneceu R$ 1 milhão à chapa, como pagamento de contratos assinados com o governo, entre eles a construção da Usina de Belo Monte, no Pará.
O depoimento prestado em São Paulo foi ouvido pelo próprio relator do processo, o ministro Herman Benjamin do TSE. Contudo, o relato contradiz, em parte, os documentos agora apresentados por Dilma.
Isso porque Azevedo narrou que estava sendo pressionado pelo tesoureira da campanha de Dilma Rousseff, Edinho Silva, a doar R$ 100 milhões à chapa em 2014, e que, na mesma época, a empreiteira já havia feito um repasse de R$ 1 milhão ao PT.
“Na verdade, nessa data, já tinha havido uma transferência de R$ 1 milhão feita no dia 14 de julho, parece, ou 10 de julho, do Diretório Nacional [do PT] para a campanha de Dilma. E na prestação de contas, está lá: o doador, o partido e a Andrade Gutierrez como originária”, afirmou.
Entretanto, soube-se agora, que o repasse não foi para o Diretório do PT. Sem claridade sobre se proposital ou sem intenções, o ex-presidente da Andrade errou, uma vez que a conta era do então candidato a vice-presidente, hoje presidente, Michel Temer (PMDB).
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Nada obstante a prova, o TSE terá convicção?
Provas não são necessárias, pois convicções são suficientes.
Ele não errou. Foi pego na mentira que, por coação, pregou.
Prezados,
Esta reportagem e outras sobre o assunto não tocaram no aspecto principal, que é a estratégia tanto da Fraude a Jato como do TSE comandado por gilmar mendes, que é a clara tentativa de incriminar apenas a Esquerda, o PT e os petistas. As ORCRIMs intitucionais estão disseminadas em toda a burocracia estatal (PF, MP e PJ). Esta demonstração cabal de que Otávio Azevedo mentiu em depoimento que prestou em juízo e sob juramento é um tapa estalado na cara larga de gilmar mendes, um bofetada em todos aqueles integrantes do TSE que, juntamente com GM, estavam armando o plano “B”, para salvar o traidor-golpista-usurpador-corrupto profissional michel temer e condenar apenas a presidenta legítima, dilma Rousseff, eo partido pelo qual ele se elegeu, o PT.
Fica nítido que Otávio Azevedo foi coagido a incriminar Dilma Rosseff, como tem sido a praxe não só nesse processo no TSE como em todos os derivados da ORCRIM da Fraude a Jato. Mais uma máscara caiu.
Tem que apurar se o Temer praticou algum ato de ofício
Bem. Se o Temer não tiver praticado nenhum ato de ofício em razão do recebimento da propina, não há corrupção, mas apenas Caixa 2.
Esquece. Segundo um amigo
Esquece. Segundo um amigo meu, Michel Temer resolveu o problema do cheque: ele dividiu o valor por 11 e distribuiu no STF.