É o tempo…

É o tempo…

Perguntei ao Tempo seu nome
Ele me respondeu: Infância.
Meu coração encheu-se de esperança.
Caminho a fio…
Brinquedos,livros,brilho da manhã.
Mas a roda da vida parou outra vez.
Voltei a perguntar.
Ele me respondeu: Juventude.
Ah! Meu coração pulsou de vicissitude.
E foi então
só sonho,alegria,ilusão.
Amor,livros,brilhar!
Mas,inquieta que sou
Aflita por respostas com datas
Barroca clariceana:
Tempo,qual é mesmo seu nome?
Ele respondeu: Experiência.
E já não me continha…
Meu coração bateu de sobrevivência.
Caminhando fui..me jogando de novo
Velejando sem remo e o tempo gritou bem alto
Agora sem perguntas..
Menina..
Regina..menina…era o tempo a me chamar:
Meu nome é plenitude!
E eu desatei a chorar.

Redação

3 Comentários

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  1. Peço-te o prazer legítimo…

    Peço-te o prazer legítimo
    E o movimento preciso
    Tempo, tempo, tempo, tempo
    Quando o tempo for propício
    Tempo, tempo, tempo, tempo

    De modo que o meu espírito
    Ganhe um brilho definido
    Tempo, tempo, tempo, tempo
    E eu espalhe benefícios
    Tempo, tempo, tempo, tempo…

    Caetano Veloso

  2. ainda ontem

    [video:http://youtu.be/OZ2FPlJp0kU%5D

    Ontem ainda, Eu tinha vinte anos
    Acariciava o tempo e brincava de viver
    Como se brinca de namorar
    E vivia a noite
    Sem considerar meus dias que escorriam no tempo
    Eu fiz tantos projetos que ficaram no ar
    Alimentei tantas esperanças que bateram asas
    Que permaneço perdido sem saber aonde ir
    Os olhos procurando o Céu mas, o coração posto na Terra

    Ontem ainda eu tinha vinte anos
    Desperdiçava o tempo acreditando que o fazia parar
    E para retê-lo, e até ultrapassá-lo
    Eu só fiz correr e me esfalfar
    Ignorando o passado, que conduz ao futuro
    Eu precedia de mim qualquer conversação
    E opinava que eu queria o melhor
    Por criticar o mundo com desenvoltura

    Ontem ainda eu tinha vinte anos
    Mas perdi meu tempo a cometer loucuras
    Que não me deixa, no fundo nada e realmente concreto
    Além de algumas rugas na fronte e o medo do tédio
    Porque meus amores morreram antes de existir
    Meus amigos partiram e não mais retornarão
    Por minha culpa eu criei o vazio em torno a mim
    E gastei minha vida e meus anos de juventude
    Do melhor e do pior descartando o melhor
    Imobilizei meus sorrisos e congelei meus choros

    Onde estão agora, meus vinte anos?

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