Eduardo Coutinho no filme Câncer, de Glauber Rocha

Sugerido por Jair Fonseca

Dados interessantes e pouco conhecidos de Eduardo Coutinho: nos final dos anos 50 participou de um programa de perguntas-e-respostas na TV sobre Charlie Chaplin. Respondeu a tudo e com o dinheiro que ganhou foi pra Paris, onde estudou cinema. Na volta ao Brasil em 1960 juntou-se ao CPC da UNE e aos jovens fundadores do Cinema Novo. Abaixo, Coutinho improvisa no papel de um intelectual subversivo em Câncer, filme marginal de Glauber Rocha, de 1968.

 

 

Redação

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  1. Raridade: longa-metragem de ficção de Coutinho

    O grande mestre do documentário estreou com um longa de ficção: O homem que comprou o mundo, de 1968, mesmo ano quente em que faz o hilário papel do “teórico com o caderninho” interrogado pela polícia em Câncer, de Glauber. Quem quiser ver-ouvir logo o ótimo plano-sequência do “ator” Coutinho pode ir acima para 0.42 min. Abaixo, o primeiro filme de Coutinho.

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=HgfxC266H98%5D

    1. Sinopse e surpreendente ficha do filme

      “Sátira do regime militar no Brasil e da guerra fria. Um jovem funcionário público ganha uma fortuna de uma hora para outra e torna-se uma celebridade. O rapaz é obrigado a ficar sob a guarda do governo militar, já que agora ele é a grande promessa do país.” // Direção: Eduardo Coutinho // Elenco: Flávio Migliaccio (José Guerra), Marília Pêra (Rosinha), Milton Gonçalves (soldado do “País Reserva 17”), Cláudio Marzo (agente da “Potência Anterior”), Hugo Carvana (cabo do exército do “País Reserva 17”), Abel Pera (professor Bagdá Pompéia, intelectual do “País Reserva 17”), Raul Cortez (alto funcionário do “País Reserva 17”), Jardel Filho (general da “Potência Anterior”), Ambrosio Fregolente (general do “País Reserva 17”), Hélio Ary (psiquiatra oficial do “País Reserva 17”), Paulo César Peréio (locutor televisivo da “Potência Posterior”), Carlos Kroeber, Nathália Timberg, Emiliano Queiroz, Maria Bethânia, Rogéria, Rubens de Falco, Kazuo Kon, Maria Bethânia.”

  2. Outra raridade: Coutinho dirigiu para a TV

    Theodorico, Imperador do S​ertão foi um episódio do Globo Repórter, de meados dos anos 70, no curto e excelente período em que o programa ficou a cargo de ótimos cineastas, como Eduardo Coutinho, o qual já exercia seu dom de descobrir e dirigir personagens da vida real, como esse inacreditável “coroné” (aliás “majó”) sertanejo. Como em todos os seus documentários recentes, ele nunca julga a figura, nesse caso encarnação do delírio patriarcal, tão marcante em nossa formação cultural, mas a revela, ou desvela.

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=e9O0jn84Asw%5D

    1. Pois é, Maria Luisa, fim

      Pois é, Maria Luisa, fim trágico, no sentido forte do termo. E tão imerecido para quem criou uma filmografia baseada no diálogo, na compreensão e na escuta do outro…

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