Eleições devem ganhar força no cenário prospectivo da bolsa

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Embora o cenário doméstico não tenha apresentado grandes mudanças ao longo de junho, o quadro pós-Copa pode mudar por conta das oficializações de candidaturas à disputa do mandato presidencial e de governadores, fazendo com que as pesquisas eleitorais passem a ganhar um pouco mais de influência – inclusive sobre a bolsa de valores.
 
O Ibovespa terminou junho em 53.168 pontos, com ganho de 3,76%, passando a acumular uma valorização de 3,23% no ano e de 12,03% em 12 meses. O giro médio diário em junho, mesmo com os vencimentos de índice futuro e de opções sobre o índice no dia 18, foi de R$ 6,31 bilhões, ficando estável em relação ao de maio, de R$ 6,34 bilhões (caso fosse excluído o dia dos referidos vencimentos, o volume médio diário teria caído cerca de 9%).

 
Segundo os analistas da Socopa Corretora, o cenário econômico doméstico não apresentou grandes alterações no mês de junho, com a persistente combinação de crescimento em baixa e inflação pressionada. Conforme último boletim Focus (Bacen), a expectativa para o IPCA deste ano está em 6,46%, enquanto a previsão para o PIB foi reduzida para 1,10%. Diante do fraco desempenho do PIB, o Copom decidiu interromper o processo de alta da Selic, que deve se manter no patamar de 11,0% até pelo menos o resultado final das eleições.” Por falar em eleição, as pesquisas eleitorais são hoje o principal vetor de crescimento para a bolsa, em especial os papéis com alguma influência do governo. Acreditamos que o processo eleitoral ainda está em estágio bastante inicial, porém, entendemos que as chances de haver o segundo turno são reais”, dizem os analistas. “Esperamos que a volatilidade persista, principalmente às vésperas das divulgações de pesquisas de intenção de votos, cujo avanço da oposição tem sido encarado pelo mercado como ponto positivo”.
 
Outro ponto que deve influenciar o desempenho do mercado: o início a temporada de balanços do segundo trimestre – ao mesmo tempo, os agentes do BB Investimentos ressaltam que a liquidez deve se estreitar a partir de meados do mês, “visto que agosto é a época preferida para férias pelo mercado no hemisfério norte”. 
Para a equipe da corretora Concórdia, as expectativas para o mês de julho estarão concentradas nos efeitos que os feriados e o mundial tiveram sobre as companhias, além do próprio cenário macro, composto por fraca atividade, inflação elevada e juros mais altos. “Este momento será importante para confirmar aquelas empresas que vem buscando se adequar a esse contexto inflacionário e de baixo crescimento”, pontua a empresa.
 
Veja as recomendações dos analistas
 
Além das expectativas em torno das eleições presidenciais, o quadro econômico não mostra muito otimismo, e a sinalização dos agentes aponta um nível de atividade mais fraco, que pode gerar uma redução do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre. Além disso,a  inflação segue mostrando uma “elevada” persistência, e a sinalização de que novos ajustes dos juros podem acontecer após as eleições não foram descartadas.
 
As corretoras efetuaram poucos ajustes em suas carteiras recomendadas. Antes de efetuar seu investimento, entre em contato com seu banco ou corretora de valores para estruturar um plano de acordo com o seu perfil.
 
Socopa: BRF (BRFS3), Grendene (GRND3), Vale (VALE5), Hering (HGTX3) e Suzano (SUZB5).
 
BB Investimentos: Anhanguera Educ ON (AEDU3), Bradesco PN (BBDC4). Cielo ON (CIEL3), Cyrela ON (CYRE3), Hypermarcas ON (HYPE3), Lojas Americanas PN (LAME4), Magazine Luiza ON (MGLU3), Marfrig ON (MRFG3), Oi PN (OIBR4), Petrobras PN (PETR4), Ser Educacional ON (SEER3), Smiles ON (SMLE3), Suzano PNA (SUZB5) e Vale PNA (VALE5).
 
Coinvalores: Ambev ON (ABEV3), Bematech ON (BEMA3), Cetip ON (CTIP3), Embraer ON (EMBR3), Itauunibanco PN (ITUB4), Kroton ON (KROT3), Magazine Luiza ON (MGLU3), Mills ON (MILS3), Petrobras PN (PETR4), Ser Educacional (SEER3), Suzano PNA (SUZB5), Tupy ON (TUPY3), Ultrapar ON (UGPA3) e Vale PNA (VALE5).
 
Concórdia: Odontoprev (ODPV3), Banco do Brasil (BBAS3), Gerdau Metalúrgica (GOAU4), CPFL Energia (CPFE3), Taesa (TAEE11), Bradesco (BBDC4), Pão de Acucar (PCAR4), Alpargatas (ALPA4), Minerva (BEEF3), Oi (OIBR4), Ambev (ABEV3), BRF (BRFS3), ItauUnibanco (ITUB4), Ultrapar (UGPA3) e Vale (VALE3).
 
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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