Em dia de agenda movimentada, bolsa cai 0,42%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa brasileira encerrou o dia com realização de lucros, em um dia de agenda econômica movimentada e com os agentes aguardando outras informações sobre a cena política e o ambiente internacional.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou as operações em queda de 0,42%, aos 56.877 pontos e com um volume negociado de R$ 5,248 bilhões.

Segundo informações do BB Investimentos, o índice oficial abriu em alta, após um pregão volátil em função da agenda carregada de eventos, mas fechou em queda do final. As maiores quedas do Ibovespa foram Cielo ON (-4,74%), Souza Cruz ON (-4,13%) e Gerdau PN (-2,55%). No topo do índice ficaram Marfrig ON (4,71%), Vivo PN (2,48%) e Santander Unit (2,22%).

No exterior, as bolsas americanas andaram praticamente de lado em dia de divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do trimestre e após decisão de manutenção da taxa dos FED Funds e retirada de mais US$ 10 bilhões de estímulos monetários.

A economia americana cresceu a 4% no segundo trimestre anualizado, recuperando-se da queda inesperada no primeiro trimestre, que foi revisada de -2,9% para -2,1%. O relatório de geração de empregos do instituto de pesquisas ADP mostrou que as empresas adicionaram 218 mil trabalhadores à folha de pagamento em julho. “Ainda que o número seja menor que o de junho, ele veio acima da média observada no ano”, dizem os analistas. Adicionalmente, o FED sinalizou que manterá a taxa de juros em 0,25% ainda por longo período, sendo que o consenso de mercado aponta para uma maior probabilidade de aumento do 3º trimestre de 2015.

Quanto ao dólar, a cotação comercial fechou em alta de 0,52%, chegando a R$ 2,243 na venda. Segundo dados da BM&F, os negócios do dia movimentaram cerca de US$ 2 bilhões. O noticiário relacionado à moeda foi afetado pelo avanço acima do esperado da economia norte-americana, com os agentes considerando que o ciclo de alta dos juros no país deve começar em breve – o que pode provocar uma retirada de capital de mercados emergentes, como o Brasil.

No Brasil, as atuações diárias do BC no mercado de câmbio também influenciaram o resultado das negociações com a moeda. A autoridade monetária realizou um novo leilão de rolagem dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 1º de agosto. Ao todo, foram vendidos 7 mil swaps com vencimento em 1º de julho de 2015, em operação que movimentou o equivalente a US$ 345,5 milhões. O BC também ofertou contratos para 4 de maio de 2015, mas não vendeu nenhum. Já o programa de intervenções diárias registrou a negociação de 4 mil contratos de swap cambial com vencimento em 2 de fevereiro de 2015, em um total de US$ 198,8 milhões.

Para quinta-feira, os analistas aguardam os dados de política fiscal do Banco Central, a balança orçamentária primária e os números de confiança do consumidor da Confederação Nacional da Indústria (CNI). No exterior, destaque para os novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, a taxa de desemprego e o índice de preços ao consumidor na zona do euro, o PMI (índice dos gerentes de compra) do setor de manufatura da China, taxa de desemprego e vendas no varejo da Alemanha, e o PMI de manufatura do Japão.

Já a agenda de balanços contará com resultados de empresas importantes para a formação do índice da bolsa, como Bradesco e Vale, além de Ambev, BRF, Embraer, Magazine Luiza, SulAmérica e Tim.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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