Em Goiás, professor que participava de protesto diz que sua prisão foi ilegal

Da Adufg

“Fui preso pelo quê?”

Em conversa com a assessoria jurídica da Adufg Sindicato na manhã desta terça-feira, o professor da Faculdade de História (FH-UFG) Rafael Saddi afirmou que sua prisão ocorreu de forma ilegal e que as autoridades ainda não o haviam informado sobre os motivos da prisão.

Rafael foi preso na noite de ontem (segunda-feira, 15) na sede da Seduce junto a outros 30 manifestantes, que ocupavam o prédio da secretaria em protesto contra as Organizações Sociais (OS) na rede estadual de ensino. Foram presos 18 adultos (três mulheres e 15 homens) e 12 menores apreendidos.

Todos os presos adultos foram levados em um ônibus do transporte coletivo de Goiânia para a porta da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco), em Campinas. Todos permaneceram por 13 horas presos no ônibus em frente à delegacia. Advogados do sindicato tiveram de providenciar água e comida aos detidos na manhã de hoje, quando os adultos homens foram transferidos para a Deic e as mulheres adultas foram para o 14º Ciops.

Na Deic, o professor contou aos advogados da Adufg Sindicato que estava do lado de fora do prédio da Seduce tentando negociar a saída dos estudantes com a Polícia Militar, que havia feito um cordão de isolamento em frente ao prédio e teria impedido a entrada da imprensa e de advogados. 

Rafael contou que foi convidado por um policial a entrar no prédio para acompanhar a saída dos manifestantes. Aceitou e, assim que entrou no local, recebeu voz de prisão. “Uma prisão completamente ilegal. Depois disso eu não soube de mais nada. Estou sendo criminalizado pelo quê?”, indagou aos advogados da Adufg. 

No auto de prisão em flagrante da Polícia Civil, Rafael é acusado corrupção de menores e danos ao patrimônio público. Até o início desta tarde, ele aguardava audiência de custódia, que ainda não havia sido marcada.

Entrevistado na última edição do Jornal do Professor, Saddi é apoiador do movimento de estudantes secundaristas contra as OS em Goiás. No dia 25 de janeiro, ele foi detido pela Polícia Civil quando ajudava alunos adolescentes expulsos da ocupação do Colégio Ismael Silva de Jesus.
 

Redação

2 Comentários

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  1. Quem mesmo precisa de cura

    Quem mesmo precisa de cura retificação
    Nunca uma imagem me incomodou tanto

    “A recomendação do Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) revela que as Organizações Sociais (OS) que se candidataram para gerir as escolas goianas, começando por Anápolis, não têm sequer experiência na área de educação.

    No documento, em várias dessas OSs, os responsáveis respondem a processos judiciais, o que atenta contra a exigência de idoneidade moral, contida na Lei Ministério Público do Estado de Goiás FORM MP.066 Estadual 15.503/2005.

    Em relação a outras OSs, não há demonstração de notória capacidade profissional para exercer a atividade pretendida, como também prevê a lei. Há, inclusive, o caso de uma OSs que tem como responsável um médico veterinário, que não apresenta histórico de atuação na educação.

    (Com informações do MP/GO)”

     

  2. Governo do PSDB, até o Marconi?

    Vergonha, esses são o governo do PSDB em todo o Brasil. Aécio e Anastasia destruiram MG na saude, Os outros três a educação. 

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