Encenação da Paixão de Cristo por crianças gera polêmica na rede

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Sugerido por Antonio Francisco

Do Yahoo Notícias

Imagem de encenação infantil da Paixão de Cristo causa polêmica no Facebook

A imagem de uma encenação da crucificação de Jesus encenada por crianças em uma escola no Brasil causou polêmica na Internet. A imagem mostra um menino preso em uma cruz e farpas de madeira simulando espinhos na cabeça do garoto. A cena fica completa quando vemos tinta vermelha para fazer o papel do sangue causado pelas feridas e machucados sofridos por Jesus durante sua prisão e tortura pelos soldados romanos.

Outros dois meninos ao lado da cruz representam os soldados romanos. Eles vestem os trajes, os capacetes e as sandálias comuns aos romanos da época. Eles seguram frascos, possivelmente oferecendo vinagre ao homem crucificado e esperando para ter garantia de que Jesus estará morto após o término da encenação. A foto virou notícia até no jornal inglês Daily Mail.

Também estão presentes na foto duas garotinhas. Elas fazem o papel de Maria, mãe de Jesus, e de Madalena, seguidora de Jesus. A foto, postada por uma cantora católica teve mais de 370 mil curtidas e foi compartilhada por mais de 120 mil usuários do Facebook. Alguns comentários acham a imagem chocante, já outros, dizem que essa é a mensagem da Páscoa. Você acha exagerado?
 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

20 Comentários

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  1. A foto não tem nada de imoral ou chocante

    A foto não tem nada de mais.

    Chocante e violento é ver crianças pedindo esmolas em cruzamentos das grandes cidades. No entanto, isso já não choca mais – é só fechar o vidro do carro e aumentar o volume do rádio…..

  2. Não vejo nada de mais, o pior

    Não vejo nada de mais, o pior são os jogos violentos, que estão em vários  lugares na internet. 

  3. Terrivel

    Terrivel é ver crianças em postura sensualmente apelativas e os adultos de nossa midia televisiva achando o maximo

    Imitações toscas infantis de mulheres que flertam com a prostituição poluem nossos programas de auditório e comerciais

    Papo de falso moralista? Pode até ser, mas é a mais pura verdade

  4. “Você acha exagerado?”:
    Nao,

    “Você acha exagerado?”:

    Nao, exagechato.

    Minha filha vai fazer 13 anos e NUNCA ouviu conversa de jisuis em casa nem tem permissao de ouvir na casa dos outros -na escola ja eh prohibido ha decadas, claro.

    Acredite me:  isso eh so exageradamente chato.

    1. Sim, mas…

      Correto.

      Mas, se for pública, aí a coisa pega. A aparência é de que são crianças que frequentam a educação infantil (menos do que 6 anos). O ensino religioso é matéria de matrícula FACULTATIVA apenas no ensino fundamental.

  5. Interessante.
    agora o

    Interessante.

    agora o jornaleco daily news é referência? E dai que saiu lá? Eu quero ver é a indignação aqui e lá com a exposição das,nossas crianças à erotizicao banal e barata . A pior mensagem que a encenação da morte de Cristo pode transmitir seria a de,sacrifício pelo próximo. Mesmo para pessoas q não crêem em Cristo como o Ivan, não custa lembrar que lançamos mão de metáforas que transmitem ensinamentos positivos as crianças. Então esqueça a parte religiosa e ensine a mensagem que esta “lenda” deixou: a de amar o próximo como a ti mesmo.

  6. Não considero exatamente

    Não considero exatamente chocante, nada disso. Considero apenas uma discutível prévia orientação religiosa.

    A propósito, cada vez mais esse blog apresenta um perfil conservador nas opiniões dos comentaristas. Isso para mim já ficou claro há muito tempo. O perfil do blog é sim conservador em termos de costumes.

    É interessante perceber o tom conservador cristão nos que defendem a encenação infantil da crucificação de Jesus.

    A doutrinação religiosa de crianças é evidente.

    Se não é chocante, em termos de exposição das crianças à violência (e a crucificação perpetrada pelos romanos é um dos atos mais violentos da história), com a condescendência que surge do sentido religioso que existe na cena que somente adultos podem entender em sua inteireza, nunca crianças, o fato é que é sim anti-democrático colocar crianças para encenar a crucificação de Jesus na escola. É uma notória imposição religiosa.

    Eu sou contra a encenação e não considero válidos argumentos que contrapõem à cena a outras que expõem criancas ao erotismo etc.

    A propósito, a crucificação de Jesus nada tem a ver com a Páscoa em termos religiosos. Os judeus já comemoravam a Páscoa muito antes. Até Jesus comemorou a Páscoa.

    A única relação é que Jesus foi crucificado na sexta-feira antes do Domingo de Páscoa. Nada além disso.

  7. hagiopornografia infantil

    Está criada a hagiopornografia infantil!

    A crucificação de Cristo até que é tranquilo.

    Imagina se os adultos que produziram a pantomima , dia desses quiserem encenar o martírio de Pedro!

    O pobre petiz ia ter de ficar na cruz mas de cabeça pra baixo.

    Recomendo aos produtores devotos a leitura de “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, do Saramago. Lá, eles poderiam buscar inspiração para uma infinidade de outros quadros hagiopornográficos.

    Segue um trecho.

    “Deus suspirou e, no tom monocórdico de quem preferiu adormecer a piedade e a misericórdia, começou a ladainha, por ordem alfabética para evitar melindres de precedências, Adalberto de Praga, morto com um espontão de sete pontas, Adriano, morto à martelada sobre uma bigorna, Afra de Ausburgo, morta na fogueira, Agapito de Prenestre, morto da fogueira, pendurado pelos pés, Agrícola de Bolonha, morto crucificado e espetado com cravos, Águeda de Sicília, morta com os seios cortados, Alfégio de Cantuária, morto a golpes de osso de boi, Anastácio de Salona, morto na forca e decapitado, Anatásia de Sírmio, morta na fogueira e com os seios cortados, Ansano de Sena, morto por arrancamento das vísceras, Antonino de Pamiers, morto por esquartejamento, António de Rivoli, morto à pedrada e queimado, Apolinário de Ravena, morto a golpes de maça, Apolónia de Alexandria, morta na fogueira depois de lhe arrancarem os dentes, Augusta de Treviso, morta morta por decapitação e queimada, Aura de Óstia, morta por afogamento com uma mó no pescoço, Áurea de Síria, morta por dessangramento, sentada numa cadeira forrada de cravos, Auta, morta à frechada(…)”

    Fiquemos na A…

    Mas, por favor, se pantomimizarem a morte de Sebastião, nada de jovem seminu , amarrado e flechado – representação clássica que deixava o escritor japonês Yukio Mishima cheio de tesão masoquista.

    Pra quem não sabe, a hagiografia reza que o dito cujo Sebastião morreu à paulada.

    O perigo é se um desses petizes que atuaram de soldados, por inspiração divina, se tornar, no futuro, um Jack Estripador tupiniquim.

    No julgamento do criminoso psicopata sempre se poderá alegar a traumática experiência infantil como atenuante.

    (Bons tempos aqueles em que, nestas épocas, as crianças só queriam saber da doçura de um ovo de Páscoa.)

  8. Conversa sobre Evangelho quando teu filho for maior

    “Sabe, filho, antes mesmo de nascer ele já era refugiado. Seus pais tiveram que fugir pois um poderoso governo iria matá-lo. Nasceu numa cocheira. O próprio povo parece ter esquecido do governo que fez isso e preferiu soltar um bandido a ele, que nada fez…”

    “Mas pai, não tinha aquele papa que usava aquela marca famosa que não me lembro agora? É esquisito!”

    “Pois é, e agora você já sabe de tudo…”

  9. Não é proibido ser cristão nem proibido ser ateu

    Ser laico não é ser ateu.Os pais ateus tem o direito de não ensinarem as crenças a seus filhos, porém os religiosos também têm o dieito de educa-los na sua crença.Escola proíbir orações,  teatros e afins é uma forma de censura.Ela não deve ensinar,porém não deve proíbir. a escola deve ensinar  as crianças a serem tolerantes com todas as formas de opnião.

    1. Comentário brilhante.

      Josefino, você foi profundo no seu comentário. Por isso mesmo sugiro que nas escolas publicas, privadas, leigas, religiosas, etc, se dramatize o princípio, o meio e o fim da vida animal, seja lá humana ou não. Com todas as letras. Um menino e uma menina, deitados numa relva, de preferência nus, em seguida uma menina em convulsões das dores do parto e depois um menino ou menina nas vascas da agonia. Tudo muito ao natural, sem censura alguma. Assim as crianças ficarão  sabendo que a cegonha é conto da Carochinha.

  10. Parece que na escola só acontecem coisas irrelevantes

    Sinceramente, acho que há atividades mais interessantes para as crianças na escola. Mas, como mostrou o episódio ocorrido lá em Brasília alguns dias atrás, o que é relevante, inteligente e interessante numa escola (especialmente a pública) não é pauta da mídia. Sobra, portanto, aquilo que é insignificante e o que, pelo bem ou pelo mau, repercute (como a foto replicada aos milhares no facebook) para virar notícia.

  11. Cristo é o símbolo de um
    Cristo é o símbolo de um homem condenado sem a verdadeira Justiça. E um símbolo de doação de amor ao próximo. Respeitado por todas as religiões, sejam budistas ou muçulmanos. Certamente a figura que mudou a história da humanidade. Nada demais na encenação. Fosse sobre Tiradentes enforcado continuaria válida, mas não despertaria a ira da patrulha ideológica e teológica dos novos bárbaros sociologicamente envernizados.

    1. mudou o quê ?

      Até hoje eu não entendi essa história de “ele modificou o mundo inteiro”, a verdade é que o “mundo cristão” nunca teve nada de CRISTÃO realmente

  12. “A religião é expressão

    “A religião é expressão cultural e como tal deve ser respeitado pelo estado.

    A igreja é uma instituição da sociedade civil organizada e portanto ente politico atuante, que tem o direito de defender seus principios e interesses.”

    A população tem o direito de se manifestar culturalmente, a revelia de qualquer permissão estatal. 

     

  13. Crucificação
    Lamento muito por esse povo que fala besteira, que cristãos são fanáticos, etc, todos tem suas crenças e não cabe a ninguém julgar, defenda de forma saudável e respeitosa suas opiniões, e no mais e melhor essas crianças estarem encenando o verdadeiro sentido da Páscoa do que está dançando músicas indecentes como vemos nos programas de TV.

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