Endividamento de famílias cai 1,3% em 2015

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O número médio de famílias com dívidas no ano de 2015 caiu 1,3% em relação ao apurado em 2014, segundo a pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Apesar da tendência de redução, 61,1% das famílias brasileiras, em média, passaram o ano de 2015 com o orçamento comprometido, e houve aumento nos indicadores de inadimplência, principalmente no último trimestre do ano.

O número médio de famílias com contas ou dívidas em atraso alcançou 20,9% do total – o que representa uma alta de 8,4% em relação ao registrado em 2014. Já o total de famílias que relataram não ter perspectiva de pagar suas contas em atraso alcançou 7,7% do total – um aumento de 23,2% em comparação com o ano anterior. Ao final de 2015, a taxa chegou a 8,7% das famílias – a maior para um mês de dezembro desde o início da série histórica, em janeiro de 2010.

Assim como aconteceu nos anos anteriores, o cartão de crédito foi o principal responsável pelo endividamento. Em 2015, a modalidade de pagamento foi a responsável pela maior parte da dívida para 76,1% das famílias. Em segundo lugar ficou o carnê, apontado por 16,9% dos entrevistados. A maior alteração na composição das dívidas das famílias brasileiras em relação a 2014 foi o crescimento da participação do financiamento de casa entre os tipos de dívidas mais mencionados pelos entrevistados. O item foi citado por 8,3% das famílias, ante 7,8% registrado em 2014. Segundo a CNC, o financiamento da casa explica, ainda, a alta no tempo médio de pagamento da dívida, que passou de 6,9 meses, em 2014, para 7,1 meses em 2015.

“Mesmo tendo alcançado o menor patamar da série histórica em fevereiro de 2015, o número de famílias com contas em atraso aumentou ao longo do ano, acompanhando a piora nos indicadores de emprego e renda, assim como o aumento da inflação e o encarecimento do crédito”, explica a economista da CNC Marianne Hanson, em comunicado.

A parcela média da renda mensal comprometida com o pagamento de contas também subiu, passando de 30,4% para 30,6%. Houve piora, ainda, na percepção das famílias em relação ao seu nível de endividamento. O índice daquelas que se definiram como muito endividadas aumentou de 11,6%, em 2014, para 12,4%, em 2015.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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