Equador não vai aceitar delações sem provas da Odebrecht

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O Equador anunciou na segunda (26) que não vai aceitar as delações sem provas da Odebrecht. A manifestação ocorreu após o Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelar que agentes equatorianos teriam recebido 33 milhões de dólares em propina por obras executadas pela Odebrecht no Equador. Em nota à imprensa, o governo do País apontou que os delatores são criminosos interessados em reduzir a própria pena e, por isso, tudo que é dito precisa de material probatório.

Equador exige provas de corrupção da Odebrecht no país

Da Agência Brasil

O governo do Equador declarou hoje (26) que não aceitará “sem provas” as versões de funcionários da Odebrecht sobre subornos do grupo brasileiro no país totalizando US$ 33,5 milhões.

“Não aceitaremos, sem provas, as versões de diretores de uma empresa que se declarou culpada de atos de corrupção, e que para atenuá-los, literalmente, negocia sua responsabilidade com a Justiça americana pagando multas bilionárias”, declarou o governo em um comunicado da Secretaria de Comunicação.

O caso que envolve o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a corrupção alega que funcionários públicos receberam subornos nos anos de 2007 e 2008, precisamente quando a Odebrecht foi expulsa do país.

O presidente Rafael Correa, no poder desde 2007, expulsou a Odebrecht em 2008 por irregularidades na construção da hidroelétrica San Francisco. A medida provocou a reação de Brasília, que chamou seu embaixador para consultas entre novembro de 2008 e janeiro de 2009.

Após um acordo, a Odebrecht retornou ao Equador em 2010, onde o único contrato vigente é a construção da segunda fase do metrô de Quito, por 1,538 bilhão de dólares, segundo informou a Rádio França Internacional.

Propinas desde 2007

O departamento americano de Justiça revelou na quarta-feira passada (21) que a Odebrecht pagou entre 2007 e 2016 cerca de 33,5 milhões de dólares em subornos a funcionários equatorianos, envolvendo a aprovação de projetos em 2007 e 2008.

Após a revelação, a procuradoria equatoriana realizou uma operação de busca e apreensão nos escritórios da Odebrecht na cidade de Guayaquil. O procurador-geral do Equador, Galo Chiriboga, ainda pediu informações aos Estados Unidos, Suíça e Brasil para aprofundar as investigações.

“Podemos afirmar que jamais permitimos qualquer prejuízo ao nosso país. Se houve comportamentos pessoais impróprios, somos os primeiros a querer identificar os responsáveis”, declarou o governo equatoriano.

A Odebrecht e sua filial Braskem aceitaram pagar 3,5 bilhões de dólares a Estados Unidos, Suíça e Brasil (o equivalente a R$ 8,5 bilhões) pelo esquema de subornos envolvendo países latino-americanos.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. Correto!

    Correto!

    Por aqui vão acher estranho, princilmente esse direita vendida!

    Provas: Provas. que provas? So precisa de convicção!!!!

     

  2. Comigo não, camaleão!

    Já ouvi isto de outros governos, de outos políticos. Sugere algo surrealista. O que estes criminosos cometeram para serem apontados como tal? 

    “Em nota à imprensa, o governo do País apontou que os delatores são criminosos interessados em reduzir a própria pena e, por isso, tudo que é dito precisa de material probatório.”

     

  3.  
    Ah!! Mas assim não vele!

     

    Ah!! Mas assim não vele! Que porra é essa? O Equador é um País que tem governo independente….o governo do Equador foi eleito pela população daquele País. Muito diferente da Bananolândia, país destruido por entreguistas canalhas. Aqui, quem dá as ordens e diretivas, tem residência fixa em Washington.

    Aqui, os merdas que a executam as ordens vindas do Norte da America, são membros de um bando de playboys que fazem parte de algumas facções de fanáticos moralistas e, ferrenhos americanistas. Merdas que não vacilariam,  entre a mãe e os USA, escolheriam a sigla USA.

    Orlando

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