Equipe e programa de governo de Aécio testam se Brasil tem saudade de FHC

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A julgar pelas primeiras ideias para o programa de governo e bagagem dos convidados que darão forma à sua empreitada rumo à Presidência da República, o pré-candidato e senador mineiro Aécio Neves (PSDB) deve assistir ao eleitorado de todo o País ir às urnas em outubro para dizer se está ou não com saudade da gestão de mais de duas décadas atrás, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1996-2002).

Aécio, segundo colocado nas últimas pesquisas de intenção de voto – com 17%, contra 43% da presidente Dilma Rousseff (PT) –, monta um time de ex-funcionários de FHC, consultores e acadêmicos que defendem, entre outros pontos, a criação de mais um ministério para políticas sociais, uma agenda econômica liberal e o enrijecimento das estruturas de segurança pública.


O escolhido para coordenar o grupo é o governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia (PSDB), que deve abrir mão do cargo até o próximo mês para assumir o desafio. É em abril também que o partido pretende intensificar as inserções de Aécio em meios de comunicação, com o intuito de dar publicidade ao escopo do programa de governo que, de conclusivo, só tem mesmo a intenção de recuperar os anos FHC.

Na esteira de indicações para a equipe da campanha majoritária estão nomes como Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central endereçado à área econômica, assim como Adriano Pires, Mansueto Almeida, Samuel Pessôa e Edmar Bacha; Barjas Negri e José Carlos Carvalho, ex-ministros da Saúde e Meio Ambiente, respectivamente, e Xico Graziano, ex-chefe de Gabinete de FHC e atual coordenador dos trabalhos nas redes sociais e na internet.

Em reportagem publicada pelo Valor Econômico nesta segunda (17), Adriano Pires defende uma “agenda liberal” que passe por “um governo que se sujeite mais às regras de mercado”. Ele sustenta que a União deve parar de controlar a inflação através do preço da energia e não mais subsidiar a gasolina.

Na mesma matéria, Cláudio Beato Filho diz que o governo federal precisa ter “atuação mais intensa” em relação às corporações policiais, e que o governo federal não deve descartar o debate em torno da redução da maioridade penal, além de alterações no código penal.

Na Educação, Ana Lúcia Gazzola, titular da pasta no Estado de Minas, sugere a remuneração de “famílias de baixa renda cujos integrantes progridam nos estudos e no emprego”. O deputado federal Eduardo Barbosa, por sua vez, aponta a incorporação de secretarias e ministérios em uma pasta de planejamento da área social – papel que hoje pertence, majoritariamente, ao Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome (MDS).

Área social vira bandeira

A grande e talvez única novidade no programa de governo do PSDB é que, dessa vez, o partido se demonstra bem preocupado em alcançar o eleitorado da região Nordeste. Além de Eduardo Barbosa, a ex-deputada Rita Camata se debruça sobre os projetos para a área social. Isso porque a legenda é conhecida por superdimensionar estudos de política econômica, deixando de lado as ações voltadas especificamente à parcela pobre. O ninho tucano sabe que, sem conquistar o segmento mais carente, derrotar o PT será mais difícil.

Baixas em MG lembram Serra

Indicado para assumir a coordenação geral da pré-campanha de Aécio Neves, o governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, tem até o dia 4 de abril para se desincompatibilizar do cargo. Em paralelo, o tucano também concorrerá a uma cadeira no Senado. A segunda baixa no governo mineiro acontecerá com a saída de atual secretária de Educação, a ex-reitora da Universidade Federal de Minas Gerais Ana Lúcia Gazzola.

Resta saber se, no futuro, a renúncia de Anastasia para se dedicar à campanha do correligionário não surtirá em resultados negativos junto ao eleitorado mineiro. Não é necessário muito esforço para lembrar que José Serra, ex-governador de São Paulo, carrega até hoje a pecha de quem abriu mão de conduzir todo um Estado para tentar voos que no final foram desastrosos.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

51 Comentários

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  1. Humor afiado

    Cíntia,

    Nada como um bom programa humorístico diário, este que será oferecido pelo mineirim durante a sua campanha.

    Esta idéia de saudades do governo FHC é muito boa, vai matar muita gente de tanto rir. 

  2. Fui !

    Que sera que os mineiros pensam realmente do governo do Anastasia, hein ? Conversando com uns mineirins do interior, falaram horrores ! E olhe que a imprensa come nas mãos do pessedebe mineiro.

    Ja quanto ao farol de Alexandria, perguntem à Regina, deve ser a unica a ter saudades dos bons tempos da turma da privataria. 

  3. Olha, é até difícil achar uma

    Olha, é até difícil achar uma palavra para caracterizar o governo FHC, mas tenho certeza de que foram extraordinários para quem esteve envolvido com o submundo das privatizações e das maracutaias financeiras. Agora, pra mim, como para o resto do povo foram anos semelhantes a um pós-holocausto nuclear: desespero, desemprego, tragédias pessoais e desesperança, sem falar na humilhação e a sensação de que você foi roubado na cara dura e está sento feito de otário o tempo todo.  Mas eu não quero contar minha experiência, só deixar uma lembrança: ao deixar o poder em 01/01/03 FHC teve que sair pela porta dos fundos do Palácio do Planalto. Quando deixou o poder em 01/01/10 Lula foi direto para os braços do povo. Penso que a recepção diferenciada dos dois ex-presidentes fala por si.

  4. Precisa comentar?

    A entrevista de Adriano Pires ao Valor já diz tudo como seria a economia caso os bicudos venham a assumir o Planalto novamente:

    “Agenda liberal” e “um governo que se sujeite mais às regras de mercado” é tudo que nós NÃO queremos. Será que ele chegou de Marte agora? Ele ainda não perecebeu o que o senhor mercado fez com a economia do States e recentemente fez com a da Europa? Deixar o mercado livre é dar carta branca para a quebradeira generalizada! Se já está dificil com o governo tendo que intervir imagina se liberar geral?

    1. Raso como um pires

      Prezado Braga, durante muitos anos Adriano Pires tem-se candidatado a presidente da Petrobras numa eventual mudança de governo.

      É exclusivo como entrevistado da Globo em temas sobre energia. Sua “agenda liberal” é o primeiro passo para privatizar alguns setores da Petrobras e estatais energéticas. Tudo o que Phillipe Reichstull náo conseguiu.

      Pires tem sido extremamente crítico em tudo o que o atual governo faz nesses setores. Pior, diferente de Ildo Sauer, também crítico, o faz de uma forma cínica que não disfarça o que procura.

      Tomemos cuidado.

       

      1. ” privatizar alguns setores

        ” privatizar alguns setores da Petrobras” 

        Privatizada ela já é a muito tempo, desde 2003 que ela serve não aos interesses do país e sim ao partido.

        Tem que estatizar ou desestatizar o setor, ficar no meio, no cinza é que é prejudicial ao país.

         

  5. Ministerio de politica

    Ministerio de politica sociais?!?!?!

    TUCANO?!?!?!?!?!?!?!?!

    O item nao disse, devia ter dito:  eles estao ficando doidos.

  6. Como o PSDB consegue? Após 1
    Como o PSDB consegue? Após 1 década e meia governando Minas eles não tem nome para governo e senado. No Rio não tem nome. No nordeste não tem nomes. Em São Paulo tem nomes demais.

    1. Mais ou menos como o PT que

      Mais ou menos como o PT que colocou a Dilma.

      Quem consegue aguentar mais 4 anos com Dilma no poder e seus “Pibinhos” e embromações.

  7. Mudança!

    Chega desse nosso governo falsificador, para não dizer estelionatário. É chegada a hora de confiar mais no mercado, com as  Agências ditando regras claras, abandonando essa intervenção exagerada do Estado na economia. E isso nada tem a ver com abandonar políticas sociais de inclusão e amparo aos desassistidos.

    1. Ce tem historico de

      Ce tem historico de comentarios pra mostrar pra gente com link de referencia, ou voce eh comentarista voador nao identificado porem pago mesmo?

      1. Divergências naturais.

        Que bobagem. Só porque temos opiniões divergentes, você acha que sou pago? Já lhe ocorreu que poderiam dizer o mesmo de você? Ninguém pode achar que é o único a querer o bem do país e seu povo. Cada um tem liberdade de defender as ideias que, a seu ver, conduzem a melhores resultados.

    2. E você acha que vive no

      E você acha que vive no século XIX na Inglaterra e nos EUA onde havia algo de concorrência e mercado. Pelo visto não estudou história e por isso não sabe que hoje o mundo é dominado por oligopólios e este tal “mercado”  é uma ficção quesó produz distorções abusivas, como por exemplo a imensa concentração de renda nos Estados Unidos que mais se assemelha à de um país pobre. 

  8. Aécio Never

    As eleições de 2014 servirão para provar que o PSDB já está denegrido entre grande parte da população brasileira, tendo como maior parte de seus eleitores a elite e alguns alienados que se convencem com as boçalidades que a mídia tucana publica. Aécio sera derrotado pelo PT de Dilma e o PSDB terá a prova que a maior parte do Brasil sabe das atrocidades que os tucanos são capazes de fazer.

  9. Mais uma vez, vão deixar FHC

    Mais uma vez, vão deixar FHC fora da campanha, pois essa pesquisa vai repetir, ou até mesmo piorarar, a sua popularidade, quando ele deixou o governo. 

  10. Avança Brasil!

    FFHH, o grande mentor da oposição (ela existe?), “Rest in Peace”! Morreu e não deitou. Um “Walking Dead” da política nacional.

    Saudades da popularidade de FFHH.

  11. PeloamordeDeus……recuperar

    PeloamordeDeus……recuperar os anos FHC??  Que te loko??  Recuperar o quê? 

    45 escândalos que marcaram o governo FHC

    1 – Conivência com a corrupção

    O governo do PSDB tem sido conivente com a corrupção. Um
    dos primeiros gestos de FHC ao assumir a Presidência, em 1995, foi extinguir, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo
    combater a corrupção. Em 2001, para impedir a instalação da CPI da Corrupção, FHC criou a Controladoria-Geral da União, órgão que se especializou em abafar denúncias.

     

    1995. Quebra do monopólio da PETROBRÁS. Pouco se lixando para a crescente importância estratégica do petróleo, Fernando Henrique Cardoso usou seus rolo compressor para forçar o Congresso Nacional a quebrar o monopólio estatal do petróleo, instituído há 42 anos. Na comemoração, Cardoso festejou dizendo que essa era apenas mais uma das “reformas” que o país precisava fazer para se modernizar.

    2 – O escândalo do Sivam

    O contrato para execução do projeto Sivam foi marcado por escândalos. A empresa Esca, associada à norte-americana Raytheon, e responsável pelo gerenciamento do projeto, foi extinta por fraudes contra a Previdência. Denúncias de tráfico de influência derrubaram o embaixador Júlio César dos Santos e o ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Mauro Gandra.

     

    3 – A farra do Proer

    1995. O inesquecível PROER: Em 1995 o ex-presidente Cardoso deu uma amostra pública do seu compromisso com o capital financeiro e, na calada de uma madrugada de um sábado em novembro de 1995, assinou uma medida provisória instituindo o PROER, um programa de salvação dos bancos que injetou 1% do PIB no sistema financeiro – um dinheiro que deixou o sofrido Tesouro Nacional para abastecer cofres privados, começando pelo Banco Nacional, então pertencente a família Magalhães Pinto, da qual um de seus filhos era agregado. Segundo os ex-presidentes do Banco Central, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, a salvação dos bancos engoliu 3% do PIB, um percentual que, segundo economistas da Cepal, chegou a 12,3%.

    O Proer demonstrou, já em 1996, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para FHC, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais.

    4 – Caixa-dois de campanhas

    As campanhas de FHC em 1994 e em 1998 teriam se beneficiado de um esquema de caixa-dois. Em 1994, pelo menos R$ 5 milhões não apareceram na prestação de contas entregue ao TSE. Em 1998, teriam passado pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões.

    1996. Engavetamento da CPI dos Bancos. Disposto a controlar a crise aberta pelas suspeitas sobre o sistema financeiro, o presidente Fernando Henrique Cardoso ameaçou e “convenceu” as lideranças do Senado a engavetar os requerimentos para instalação de uma CPI sobre os bancos. Em compensação, o ministério da Fazenda se comprometeu (e nunca cumpriu) a prestar contas ao Senado sobre o PROER. Decepcionada, a CNBB distribuiu nota dizendo não ser justo “que se roube o pouco dinheiro de aposentados e trabalhadores para injetar no sistema financeiro, salvando quem já está salvo ou já acumulou riquezas através da fraude e do roubo”.

    5 – Propina na privatização

    A privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de FHC e do senador José Serra e ex-diretor da Área Internacional do Banco do Brasil, é acusado de pedir propina de R$ 15 milhões para obter apoio dos fundos de pensão ao consórcio do empresário Benjamin Steinbruch, que levou a Vale, e de ter cobrado R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar.

    1996. Modificação na lei de Patentes. Cedeu em tudo que os EUA queriam e, desdenhando às súplicas da SBPC e universidades, Fernando Henrique Cardoso acionou o rolo compressor no Congresso e alterou a Lei de Patentes, dando-lhe um caráter entreguista e comprometendo o avanço científico e tecnológico do país.

    6 – A emenda da reeleição

    O instituto da reeleição foi obtido por FHC a preços altos. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara.

    1996. Escândalo do SIVAM | : O projeto SIVAM foi associado a um superescândalo que redundou na contratação da empresa norte-americana Raytheon, depois da desqualificação da brasileira Esca (uma empresa que acomodava “amigos dos amigos” e foi extinta por fraudes contra a Previdência). Significativamente, a Raytheon encomendou o gerenciamento do projeto à E-Systems – conhecido braço da CIA. Até chegar a Raytheon, o mondé foi grande. Conversas gravadas apontavam para o Planalto e, preferindo perder os anéis para não perder os dedos, Cardoso demitiu o brigadeiro Mauro Gandra do ministério da aeronáutica e o embaixador Júlio César dos Santos da chefia do seu cerimonial. Depois, como prêmio pela firmeza como guardou o omertá, Júlio César foi nomeado embaixador do país no México.

    7 – Grampos telefônicos

    Conversas gravadas de forma ilegal foram um capítulo à parte no governo FHC. Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

    1997. A emenda da reeleição: O instituto da reeleição foi comprado pelo presidente Cardoso a um preço estratosférico para o tesouro nacional. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara.

    8 – TRT paulista

    A construção da sede do TRT paulista representou um desvio de R$ 169 milhões aos cofres públicos. A CPI do Judiciário contribuiu para levar o juiz Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do Tribunal, para a cadeia e para cassar o mandato do Senador Luiz Estevão (PMDB-DF), dois dos principais envolvidos no caso.

    Subserviência internacional: Um único exemplo: ao visitar a embaixada norte-americana, em Brasília, para apresentar a solidariedade do povo brasileiro aos EUA por ocasião dos atentados de 11 de setembro de 2001, Cardoso e seu ministro do exterior, Celso Lafer, levaram um chá de cadeira de 40 minutos e só foram recebidos após passarem por uma revista que lhes fez até tirar os sapatos.

    9 – Os ralos do DNER

    O DNER foi o principal foco de corrupção no governo de FHC. Seu último avanço em matéria de tecnologia da propina atende pelo nome de precatórios. A manobra consiste em furar a fila para o pagamento desses títulos. Estima-se que os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor dos precatórios para a quadrilha que comandava o esquema. O órgão acabou sendo extinto pelo governo.

    1998. O escândalo da privatização (1): A privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada pela suspeição. O ex-caixa de campanha de Fernando Henrique Cardoso e de José Serra, um tal Ricardo Sérgio de Oliveira, que depois foi agraciado com a diretoria da Área Internacional do Banco do Brasil, não conseguiu se defender das acusações de pedir propinas para beneficiar grupos interessados no programa de privatização. O mala-preta de Cardoso teria pedido R$ 15 milhões a Benjamin Steinbruch para conseguir o apoio financeiro de fundos de pensão para a formação de um consórcio para arrematar a cia. Vale do Rio Doce e R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar.

    10 – O “caladão”

    O Brasil calou no início de julho de 1999 quando o governo
    FHC implementou o novo sistema de Discagem Direta a Distância (DDD).Uma panegeral deixou os telefones mudos. As empresas que provocaram o caos no sistemahaviam sido recém-privatizadas. O “caladão” provocou prejuízo aos consumidores,às empresas e ao próprio governo. Ficou tudo por isso mesmo.

    1998. O escândalo da privatização (2): Grampos instalados no BNDES pescaram conversas entre Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende, nos leilões que se seguiram ao esquartejamento da TELEBRÁS. O grampo detectou a voz do ex-presidente Cardoso autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.  

    11 -Desvalorização do real

    FHC se reelegeu em 1998 com um discurso que pregava “ou eu ou o caos”. Segurou a quase paridade entre o real e o dólar até passar o pleito. Vencida a eleição, teve de desvalorizar a moeda. Há indícios de vazamento de informações do Banco Central. O deputado Aloizio Mercadante, do PT, divulgou lista com o nome dos 24 bancos que lucraram muito com a mudança cambial
    e outros quatro que registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas.

    1999. O caso Marka/FonteCindam: Durante a desvalorização do real, em janeiro de 1999, os bancos Marka e FonteCindam foram graciosamente socorridos pelo Banco Central com R$ 1,6 bilhão, sob o pretexto de que sua quebra criaria um “risco sistêmico” para a economia. Enquanto isso, faltava dinheiro para saúde, educação, desenvolvimento científico e tecnológico

    12 – O caso Marka/FonteCindam

    Durante a desvalorização do real, os bancos Marka e FonteCindam foram socorridos pelo Banco Central com R$ 1,6 bilhão. O pretexto é que a quebra desses bancos criaria risco sistêmico para a economia. Chico Lopes, ex-presidente do BC, e Salvatore Cacciola, ex-dono do Banco Marka, estiveram presos, ainda que por um pequeno lapso de tempo. Cacciola retornou à sua Itália natal, onde vive tranqüilo.

    2000. O fiasco dos 500 anos: O Brasil completou seu 500º aniversário sem uma festa decente. Em nome da contenção de gastos determinado pelo FMI, Cardoso proibiu as comemorações, que ficaram reduzidas às armações do então ministro do Esporte e Turismo, Rafael Greca. O fiasco foi total. Índios e sem-terra foram agredidos pela polícia porque tentaram festejar a data em Porto Seguro. De concreto mesmo, ficou uma caravela que passou mais tempo viajando do Rio de Janeiro até a Bahia do que a nau que trouxe Pedro Álvares Cabral de Portugal até o Brasil em 1500 e um stand superfaturado na Feira de Hannover. A caravela deve estar encostada em algum lugar por aí e Paulo Henrique Cardoso, filho do presidente, está respondendo inquérito pelo superfaturamento da construção do stand da Feira de Hannover.  

    13 – Base de Alcântara

    O governo FHC enfrenta resistências para aprovar o acordo de cooperação internacional que permite aos Estados Unidos usarem a Base de Lançamentos Espaciais de Alcântara (MA). Os termos do acordo são lesivos aos interesses nacionais. Exemplos: áreas de depósitos de material americano serão interditadas a autoridades brasileiras. O acesso brasileiro a novas tecnologias fica bloqueado e o acordo determina ainda com que países o Brasil pode se relacionar nessa área. Diante disso, o PT apresentou emendas ao tratado – todas acatadas na Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

    2001. Racionamento de energia: A imprevidência do governo Cardoso, completamente submisso às exigências do FMI, suspendeu os investimentos na produção de energia e o resultado foi o apagão no setor elétrico. O povo atendeu a campanha de economizar energia e, como “prêmio”, teve as tarifas aumentadas para compensar as perdas de faturamento das multinacionais que compraram as distribuidoras de energia nos leilões de desnacionalização do setor. Uma medida provisória do governo Cardoso transferiu o prejuízo das distribuidoras para os consumidores, que lhes repassaram R$ 22,5 bilhões.

    14 – Biopirataria oficial

    Antigamente, os exploradores levavam nosso ouro e pedras preciosas. Hoje, levam nosso patrimônio genético. O governo FHC teve de rever o contrato escandaloso assinado entre a Bioamazônia e a Novartis, que possibilitaria a coleta e transferência de 10 mil microorganismos diferentes e o envio de cepas para o exterior, por 4 milhões de dólares. Sem direito ao recebimento de royalties. Como um único fungo pode render bilhões de dólares aos laboratórios farmacêuticos, o contrato não fazia sentido. Apenas oficializava a biopirataria.

     

    2001. Acordo de Alcântara: Em abril de 2001, à revelia do Congresso Nacional, o governo Cardoso assinou um “acordo de cooperação internacional” que, na prática, transfere o Centro de Lançamento de Alcântara para os EUA. O acordo ainda não foi homologado pelo Congresso graças à resistência da sociedade civil organizada.
    Acordos com FMI: Em seus oito anos de mandato, Fernando Henrique Cardoso enterrou a economia do país. Para honrar os compromissos financeiros, precisou fazer três acordos com o FMI, hipotecando o futuro aos banqueiros. Por trás de cada um desses acordos, compromissos que, na prática, transferiram parte da administração pública federal para o FMI. Como resultado, o desemprego, o arrocho salarial, a contenção dos investimentos públicos, o sucateamento da educação e saúde, a crise social, a explosão da criminalidade.

    15 – O fiasco dos 500 anos

    As festividades dos 500 anos de descobrimento do Brasil, sob coordenação do ex-ministro do Esporte e Turismo, Rafael Greca (PFL-PR), se transformaram num fiasco monumental. Índios e sem-terra apanharam da polícia quando tentaram entrar em Porto Seguro (BA), palco das comemorações. O filho do presidente, Paulo Henrique Cardoso, é um dos denunciados pelo Ministério Público de participação no epísódio de superfaturamento da construção do estande brasileiro na Feira de Hannover, em 2000.

    Planalto, TRT de São Paulo e cercanias: O famoso Eduardo Jorge Caldas, ex-secretário-geral da Presidência, um dos mais eficazes “gerentes financeiros” da campanha de reeleição de Fernando Henrique Cardoso, se empenhou vivamente no esquema de liberação de verbas para o TRT paulista. As maus línguas ainda falam em superfaturamento no Serpro, lobby para empresas de informática, ajuda irregular à Encol e manipulação de recursos dos fundos de pensão na festa das privatizações.

    16 – Eduardo Jorge, um personagem suspeito

    Eduardo Jorge Caldas, ex-secretário-geral da Presidência, é um
    dos personagens mais sombrios que freqüentou o Palácio do Planalto na era FHC. Suspeita-se que ele tenha se envolvido no esquema de liberação de verbas para o TRT paulista e em superfaturamento no Serpro, de montar o caixa-dois para a reeleição de FHC, de ter feito lobby para empresas de informática, e de manipular recursos dos fundos de pensão nas privatizações. Também teria tentado impedir a falência da Encol.

    Autoritarismo: Passando por cima do Congresso Nacional, Fernando Henrique Cardoso burlou o espírito da constituição e administrou o país com base em medidas provisórias, editadas e reeditadas sucessivamente. Enquanto os presidentes José Sarney e Fernando Collor, juntos, editaram e reeditaram 298 MP’s, Cardoso exerceu o poder de forma autoritária, editando mais de 6.000 medidas provisórias.

    17 – Drible na reforma tributária

    O PT participou de um acordo, do qual faziam parte todas as bancadas com representação no Congresso Nacional, em torno de uma reforma tributária destinada a tornar o sistema mais justo, progressivo e simples. A bancada petista apoiou o substitutivo do relator do projeto na Comissão Especial de Reforma Tributária, deputado Mussa Demes (PFL-PI). Mas o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o Palácio do Planalto impediram a tramitação.

    O escândalo dos computadores: A idéia de equipar as escolas públicas com 290 mil computadores se transformou numa grande negociata com a completa ignorância da Lei de Licitações. Não satisfeito, o governo Cardoso fez mega-contrato com a Microsoft para adoção do sistema Windows, uma manobra que daria a Bill Gates o monopólio do sistema operacional das máquinas. A Justiça e o Tribunal de Contas da União suspenderam o edital de compra e a negociata está suspensa.

    18 – Rombo transamazônico na Sudam

    O rombo causado pelo festival de fraudes transamazônicas na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam, no período de 1994 a 1999, ultrapassa R$ 2 bilhões. As denúncias de desvios de recursos na Sudam levaram o ex-presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA) a renunciar ao mandato. Ao invés de acabar com a corrupção que imperava na Sudam e colocar os culpados na cadeia, o presidente Fernando Henrique Cardoso resolveu extinguir o órgão. O PT ajuizou ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra a providência do governo.

    Mudanças na CLT: Fernando Henrique Cardoso usou seu rolo compressor na antiga Câmara dos Deputados para aprovar um projeto que “flexibiliza” a CLT, ameaçando direitos consagrados como férias, décimo terceiro salário e licença maternidade. Graças à pressão da sociedade civil o projeto estancou no senado.

    19 – Os desvios na Sudene

    Foram apurados desvios de R$ 1,4 bilhão em 653 projetos da
    Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, a Sudene. A fraude consistia na emissão de notas fiscais frias para a comprovação de que os recursos recebidos do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) foram aplicados. Como no caso da Sudam, FHC decidiu extinguir o órgão. O PT também questionou a decisão no Supremo Tribunal Federal.

    Explosão da dívida pública: Quando Cardoso assumiu a presidência da República, em janeiro de 1995, a dívida pública interna e externa era de R$ 153,4 bilhões. Outro dia, em abril de 2002, essa dívida já era de R$ 684,6 bilhões. Hoje, a dívida alcança 61% do PIB.

    20 – Calote no Fundef

    O governo FHC desrespeita a lei que criou o Fundef. Em 2002, o valor mínimo deveria ser de R$ 655,08 por aluno/ano de 1ª a 4ª séries e de R$ 688,67 por aluno/ano da 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e da educação especial. Mas os valoresestabelecidos ficaram abaixo: R$ 418,00 e R$ 438,90, respectivamente. O calote aos estados mais pobres soma R$ 11,1 bilhões desde 1998.

    Violação aos direitos humanos: Exemplo: em 1996, o Brasil ganhou as manchetes mundiais pelo chamado “Massacre Eldorado do Carajás”, no qual 19 sem-terra foram assassinados no sul do Pará.

    21 – Abuso de MPs

    Enquanto senador, FHC combatia com veemência o abuso nas edições e reedições de Medidas Provisórias por parte José Sarney e Fernando Collor. Os dois juntos editaram e reeditaram 298 MPs. Como presidente, FHC cedeu à tentação autoritária. Editou e reeditou, em seus dois mandatos, 5.491medidas.

    Explosão da violência:Fernando Henrique Cardoso transformou o Brasil num país super violento. Na última década, o número de assassinatos subiu quase 50%. Pesquisa feita pela Unesco em 60 nações colocou o Brasil no 3º lugar no ranking dos países mais violentos. Ao final do mandato do presidente Cardoso, cerca de 45 mil pessoas são assassinadas anualmente no Brasil.

    22 – Acidentes na Petrobras

    Por problemas de gestão e falta de investimentos, a Petrobras
    protagonizou uma série de acidentes ambientais no governo FHC que viraram notícia no Brasil e no mundo. A estatal foi responsável pelos maiores desastres ambientais ocorridos no País nos últimos anos. Provocou, entre outros, um grande vazamento de óleo na Baía de Guanabara, no Rio, outro no Rio Iguaçu, no Paraná. Uma das maiores plataformas da empresa, a P-36, afundou na Bacia de Campos, causando a morte de 11 trabalhadores. A Petrobras também ganhou manchetes com os acidentes de trabalho em suas plataformas e refinarias que ceifaram a vida de centenas de empregados.

    Renda em queda e desemprego em alta: A Era FHC foi marcada pelos altos índices de desemprego e baixos salários.

    23 – Apoio a Fujimori

    O presidente FHC apoiou o terceiro mandato consecutivo do corrupto ditador peruano Alberto Fujimori, um sujeito que nunca deu valor à democracia e que fugiu do País para não viver os restos de seus dias na cadeia. Não bastasse isso, concedeu a Fujimori a medalha da Ordem do Cruzeiro do Sul, o principal título honorário brasileiro. O Senado, numa atitude correta, acatou sugestão apresentada pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR) e cassou a homenagem.

    Desenvolvimento Humano. Segundo o Human Development Report 2001 (ONU), o Brasil ficou na 69ª posição, atrás de países como Eslovênia (29º posição), Argentina (34º posição), Uruguai (37º posição), Kuwait (43º posição), Estônia (44º posição), Venezuela (61º posição) e Colômbia (62º posição).

    24 -Desmatamento na Amazônia

    Por meio de decretos e medidas provisórias, o governo FHC desmontou a legislação ambiental existente no País. As mudanças na legislação ambiental debilitaram a proteção às florestas e ao cerrado e fizeram crescer o desmatamento e a exploração descontrolada de madeiras na Amazônia. Houve aumento dos focos de queimadas. A Lei de Crimes Ambientais foi modificada para pior.

    25 – Os computadores do FUST

    A idéia de equipar todas as escolas públicas de ensino médio com 290 mil computadores se transformou numa grande negociata. Os recursos para a compra viriam do Fundo de Universalização das Telecomunicações, o Fust. Mas o governo ignorou a Lei de Licitações, a8.666. Além disso, fez megacontrato com a Microsoft, que teria, com o Windows, o monopólio do sistema operacional das máquinas, quando há softwares que poderiam ser usados gratuitamente. A Justiça e o Tribunal de Contas da União suspenderam o edital de compra e a negociata está suspensa.

    26 – Arapongagem

    O governo FHC montou uma verdadeira rede de espionagem para vasculhar a vida de seus adversários e monitorar os passos dos movimentos sociais. Essa máquina de destruir reputações é constituída por ex-agentes do antigo SNI ou por empresas de fachada. Os arapongas tucanos sabiam da invasão dos sem-terra à propriedade do presidente em Buritis, em março deste ano, e o governo nada fez para evitar a operação. Eles foram responsáveis também pela espionagem contra Roseana Sarney.

    27 – O esquema do FAT

    A Fundação Teotônio Vilela, presidida pelo ex-presidente do PSDB, senador alagoano Teotônio Vilela, e que tinha como conselheiro o presidente FHC, foi acusada de envolvimento em desvios de R$ 4,5 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Descobriu-se que boa parte do dinheiro, que deveria ser usado para treinamento de 54 mil trabalhadores do Distrito Federal, sumiu. As fraudes no financiamento de programas de formação profissional ocorreram em 17 unidades da federação e estão sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público.

    28 – Mudanças na CLT

    A maioria governista na Câmara dos Deputados aprovou, contra o voto da bancada do PT, projeto que flexibiliza a CLT, ameaçando direitos consagrados dos trabalhadores, como férias, décimo terceiro e licença maternidade. O projeto esvazia o poder de negociação dos sindicatos. No Senado, o governo FHC não teve forças para levar adiante essa medida anti-social.

    29 – Obras irregulares

    Um levantamento do Tribunal de Contas da União, feito em 2001, indicou a existência de 121 obras federais com indícios de irregularidades graves. A maioria dessas obras pertence a órgãos como o extinto DNER, os ministérios da Integração Nacional e dos Transportes e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Uma dessas obras, a hidrelétrica de Serra da Mesa, interior de Goiás, deveria ter custado 1,3 bilhão de dólares. Consumiu o dobro.

    30 – Explosão da dívida pública

    Quando FHC assumiu a Presidência da República, em janeiro de 1995, a dívida pública interna e externa somava R$ 153,4 bilhões. Entretanto, a política de juros altos de seu governo, que pratica as maiores taxas do planeta, elevou essa dívida para R$ 684,6 bilhões em abril de 2002, um aumento de 346%. A dívida já equivalia em 2001, preocupantes 54,5% do PIB.

    31 – Avanço da dengue

    A omissão do Ministério da Saúde é apontada como principal causa da epidemia de dengue no Rio de Janeiro. O ex-ministro José Serra demitiu seis mil mata-mosquitos contratados para eliminar focos do mosquito Aedes Aegypti. Em 2001, o Ministério da Saúde gastou R$ 81,3 milhões em propaganda e apenas R$ 3 milhões em campanhas educativas de combate à dengue. Resultado: de janeiro a maio de 2002, só o estado do Rio registrou 207.521 casos de dengue, levando 63 pessoas à morte.

    32 – Verbas do BNDES

    Além de vender o patrimônio público a preço de banana, o governo FHC, por meio do BNDES, destinou cerca de R$ 10 bilhões para socorrer empresas que assumiram o controle de ex-estatais privatizadas. Quem mais levou dinheiro do banco público que deveria financiar o desenvolvimento econômico e social do Brasil foram as teles e as empresas de distribuição, geração e transmissão de energia. Em uma das diversas operações, o BNDES injetou R$ 686,8 milhões na Telemar, assumindo 25% do controle acionário da empresa.

    33 – Crescimento pífio do PIB

    Na “Era FHC”, a média anual de crescimento da economia brasileira estacionou em pífios 2%, incapaz de gerar os empregos que o País necessita e de impulsionar o setor produtivo. Um dos fatores responsáveis por essa quase estagnação é o elevado déficit em conta-corrente, de 23 bilhões de dólares no acumulado dos últimos 12 meses. Ou seja: devido ao baixo nível da poupança interna, para investir em seu desenvolvimento, o Brasil se tornou extremamente dependente de recursos externos, pelos quais paga cada vez mais caro.

    34 – Renúncias no Senado

    A disputa política entre o Senador Antônio Carlos Magalhães
    (PFL-BA) e o Senador Jader Barbalho (PMDB-PA), em torno da presidência do Senado expôs publicamente as divergências da base de sustentação do governo. ACM renunciou ao mandato, sob a acusação de violar o painel eletrônico do Senado na votação que cassou o mandato do senador Luiz Estevão (PMDB-DF). Levou consigo seu cúmplice, o líder do governo, senador José Roberto Arruda (PSDB-DF). Jader Barbalho se elegeu presidente do Senado, com apoio ostensivo de José Serra e do PSDB, mas também acabou por renunciar ao mandato, para evitar a cassação. Pesavam contra ele denúncias de desvio de verbas da Sudam.

    35 – Racionamento de energia

    A imprevidência do governo FHC e das empresas do setor elétrico gerou o apagão. O povo se mobilizou para abreviar o racionamento de energia. Mesmo assim foi punido. Para compensar supostos prejuízos das empresas, o governo baixou Medida Provisória transferindo a conta do racionamento aos consumidores, que são obrigados a pagar duas novas tarifas em
    sua conta de luz. O pacote de ajuda às empresas soma R$ 22,5 bilhões.

    36- Assalto ao bolso do consumidor

    FHC quer que o seu governo seja lembrado como aquele que deu proteção social ao povo brasileiro. Mas seu governo permitiu a elevação das tarifas públicas bem acima da inflação. Desde o início do plano real até agora, o preço das tarifas telefônicas foi reajustado acima de 580%. Os planos de saúde subiram 460%, o gás de cozinha 390%, os combustíveis 165%, a conta de luz 170% e a tarifa de água 135%. Neste período, a inflação acumulada ficou em 80%.

    37 – Explosão da violência

    O Brasil é um país cada vez mais violento. E as vítimas, na maioria dos casos, são os jovens. Na última década, o número de assassinatos de jovens de 15 a 24 anos subiu 48%. A Unesco coloca o País em terceiro lugar no ranking dos mais violentos, entre 60 nações pesquisadas. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes, na população geral, cresceu 29%. Cerca de 45 mil pessoas são assassinadas anualmente. FHC pouco ou nada fez para dar mais segurança aos brasileiros.

    38 – A falácia da Reforma agrária

    O governo FHC apresentou ao Brasil e ao mundo números mentirosos sobre a reforma agrária. Na propaganda oficial, espalhou ter assentado 600 mil famílias durante oito anos de reinado. Os números estavam inflados. O governo considerou assentadas famílias que haviam apenas sido inscritas no programa. Alguns assentamentos só existiam no papel. Em vez de reparar a fraude, baixou decreto para oficializar o engodo.

    39 – Subserviência internacional

    A timidez marcou a política de comércio exterior do governo FHC. Num gesto unilateral, os Estados Unidos sobretaxaram o aço brasileiro. O governo do PSDB foi acanhado nos protestos e hesitou em recorrer à OMC. Por iniciativa do PT, a Câmara aprovou moção de repúdio às barreiras protecionistas. A subserviência é tanta que em visita aos EUA, no início deste ano, o ministro Celso Lafer foi obrigado a tirar os sapatos três vezes e se submeter a revistas feitas por seguranças de aeroportos.

    40 – Renda em queda e desemprego em alta

    Para o emprego e a renda do trabalhador, a Era FHC pode ser considerada perdida. O governo tucano fez o desemprego bater recordes no País. Na região metropolitana de São Paulo, o índice de desemprego chegou a 20,4% em abril, o que significa que 1,9 milhão de pessoas estão sem trabalhar. O governo FHC promoveu a precarização das condições de trabalho. O rendimento médio dos trabalhadores encolheu nos últimos três anos.

    41 – Relações perigosas

    Diga-me com quem andas e te direi quem és. Esse ditado revela um pouco as relações suspeitas do presidenciável tucano José Serra com três figuras que estiveram na berlinda nos últimos dias. O economista Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de Serra e de FHC, é acusado de exercer tráfico de influência quando era diretor do Banco do Brasil e de ter cobrado propina no processo de privatização. Ricardo Sérgio teria ajudado o empresário espanhol Gregório Marin Preciado a obter perdão de uma dívida de R$ 73 milhões junto ao Banco do Brasil. Preciado, casado com uma prima de Serra, foi doador de recursos para a campanha do senador paulista. Outra ligação perigosa é com Vladimir Antonio Rioli, ex-vice-presidente de operações do Banespa e ex-sócio de Serra em empresa de consultoria. Ele teria facilitado uma operação irregular realizada por Ricardo Sérgio para repatriar US$ 3 milhões depositados em bancos nas Ilhas Cayman – paraíso fiscal do Caribe.

    42 –Violação aos direitos humanos

    Massacres como o de Eldorado do Carajás, no sul do Pará, onde 19 sem-terra foram assassinados pela polícia militar do governo do PSDB em 1996, figuram nos relatórios da Anistia Internacional, que recentemente denunciou o governo FHC de violação aos direitos humanos. A Anistia critica a impunidade e denuncia que polícias e esquadrões da morte vinculados a forças de segurança cometeram numerosos homicídios de civis, inclusive crianças, durante o ano de 2001. A entidade afirma ainda que as práticas generalizadas e sistemáticas de tortura e maus-tratos prevalecem nas prisões.

    43 –Correção da tabela do IR

    Com fome de leão, o governo congelou por seis anos a tabela do Imposto de Renda. O congelamento aumentou a base de arrecadação do imposto, pois com a inflação acumulada, mesmo os que estavam isentos e não tiveram ganhos salariais, passaram a ser taxados. FHC só corrigiu a tabela em 17,5% depois de muita pressão da opinião pública e após aprovação de projeto pelo Congresso Nacional. Mesmo assim, após vetar o projeto e editar uma Medida Provisória que incorporava parte do que fora aprovado pelo Congresso, aproveitou a oportunidade e aumentou alíquotas de outros tributos.

    44 – Intervençãona Previ

    FHC aproveitou o dia de estréia do Brasil na Copa do Mundo de
    2002 para decretar intervenção na Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, com patrimônio de R$ 38 bilhões e participação em dezenas de empresas. Com este gesto, afastou seis diretores, inclusive os três eleitos democraticamente pelos funcionários do BB. O ato truculento ocorreu a pedido do banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunitty. Dias antes da intervenção, FHC recebeu Dantas no Palácio Alvorada. O banqueiro, que ameaçou divulgar dossiês comprometedores sobre o processo de privatização, trava queda-de-braço com a Previ para continuar dando as cartas na Brasil Telecom e outras empresas nas quais são sócios.

    45 – Barbeiragens do Banco Central

    O Banco Central – e não o crescimento de Lula nas pesquisas – foi naquele ano  o principal causador de turbulências no mercado financeiro. Ao antecipar de setembro para junho o ajuste nas regras dos fundos de investimento, que perderam R$ 2 bilhões, o BC deixou o mercado em polvorosa. Outro fator de instabilidade foi a decisão de rolar parte da dívida pública estimulando a venda de títulos LFTs de curto prazo e a compra desses mesmos papéis de longo prazo. Isto fez subir de R$ 17,2 bilhões para R$ 30,4 bilhões a concentração de vencimentos da dívida nos primeiros meses de 2003. O dólar e o risco Brasil dispararam. Combinado com os especuladores e o comando da campanha de José Serra, Armínio Fraga não vacilou em jogar a culpa no PT e nas eleições.

     

      1. Dê, dizer o que cara??? você

        Dê, dizer o que cara??? você matou a pau!!!, parabéns . So fico me perguntando se 1/10 dessa sujeira chegou em Brasília e, ainda ter que suportar um ministro-presidente do STF agindo feito um quadrilheiro para prejudicar as pessoas e dar satisfações aos seus patrões da mídia….

  12. FHC e o Rumo, o Norte e a Estrela

    Não me surpreenderia em ver o FHC ser elevado a guro do Brasil e da campanha do Aécio se montar um palanque para o candidato com propostas que deem rumo, norte e estrela para o Brasil.

    Fora isto, na minha humilde opinião, é carta fora do baralho.

    1. Food for thought

      Para ler e pensar, como o mundo dos humanos é complexo e cheio de nuances.

      Contents:
      Simplicity amid ComplexityThe Parable of Google Flu: Traps in Big Data AnalysisInfo-computational Constructivism and CognitionTurning point: Johan BollenRethinking predators: Legend of the wolfStorm brewing over WHO sugar proposalSums of variables at the onset of chaosThe Bursty Dynamics of the Twitter Information NetworkGeo-located Twitter as proxy for global mobility patternsScientometrics: Untangling the topicsShock waves on complex networkswe’re hiring | ESSENCE – Marie Curie Initial Training NetworkModel versions and fast algorithms for network epidemiologyNetconomics: Novel Forecasting Techniques from the Combination of Big Data, Network Science and EconomicsPredicting Scientific Success Based on Coauthorship NetworksCTL update of Kripke models through protectionsCorrelation of automorphism group size and topological properties with program-size complexity evaluations of graphs and complex networks

      Simplicity amid Complexity

      We live in interesting times as we watch diverse effects of human activities on Earth’s climate emerge from natural variability. In predicting the outcome of this evolving inadvertent experiment, climate science faces many challenges, some of which have been outlined in this series of Science Perspectives (1–6): reducing the uncertainty in climate sensitivity; explaining the recent slowdown in the rate of warming and its implications for understanding internal variability; uncovering the factors that control how and where the land will become drier as it warms; quantifying the cooling due to anthropogenic aerosols; explaining the curious evolution of atmospheric methane; and predicting changes in extreme weather. In addition to these challenges, the turbulent and chaotic atmospheric and oceanic flows seemingly limit predictability on various time scales. Is the climate system just too complex for useful prediction?

       

      Simplicity amid Complexity
      Isaac Held

      Science 14 March 2014: 
      Vol. 343 no. 6176 pp. 1206-1207 
      http://dx.doi.org/10.1126/science.1248447

      See it on Scoop.it, via Papers 

      The Parable of Google Flu: Traps in Big Data Analysis

      In February 2013, Google Flu Trends (GFT) made headlines but not for a reason that Google executives or the creators of the flu tracking system would have hoped. Nature reported that GFT was predicting more than double the proportion of doctor visits for influenza-like illness (ILI) than the Centers for Disease Control and Prevention (CDC), which bases its estimates on surveillance reports from laboratories across the United States (1, 2). This happened despite the fact that GFT was built to predict CDC reports. Given that GFT is often held up as an exemplary use of big data (3, 4), what lessons can we draw from this error?

       

      The Parable of Google Flu: Traps in Big Data Analysis
      David Lazer, Ryan Kennedy, Gary King, Alessandro Vespignani

      Science 14 March 2014: 
      Vol. 343 no. 6176 pp. 1203-1205 
      http://dx.doi.org/10.1126/science.1248506

       

      Info-computational Constructivism and Cognition

      Context: At present, we lack a common understanding of both the process of cognition in living organisms and the construction of knowledge in embodied, embedded cognizing agents in general, including future artifactual cognitive agents under development, such as cognitive robots and softbots. Purpose: This paper aims to show how the info-computational approach (IC) can reinforce constructivist ideas about the nature of cognition and knowledge and, conversely, how constructivist insights (such as that the process of cognition is the process of life) can inspire new models of computing. Method: The info-computational constructive framework is presented for the modeling of cognitive processes in cognizing agents. Parallels are drawn with other constructivist approaches to cognition and knowledge generation. We describe how cognition as a process of life itself functions based on info-computation and how the process of knowledge generation proceeds through interactions with the environment and among agents. Results: Cognition and knowledge generation in a cognizing agent is understood as interaction with the world (potential information), which by processes of natural computation becomes actual information. That actual information after integration becomes knowledge for the agent. Heinz von Foerster is identified as a precursor of natural computing, in particular bio computing. Implications: IC provides a framework for unified study of cognition in living organisms (from the simplest ones, such as bacteria, to the most complex ones) as well as in artifactual cognitive systems. Constructivist content: It supports the constructivist view that knowledge is actively constructed by cognizing agents and shared in a process of social cognition. IC argues that this process can be modeled as info-computation.

       

      Info-computational Constructivism and Cognition
      Gordana Dodig-Crnkovic

      Constructivist Foundations Volume 9 · Number 2 · Pages 223–231

      http://www.univie.ac.at/constructivism/journal/9/2/223.dodig

       

      Turning point: Johan Bollen

      Johan Bollen caused a stir in January when he and his colleagues proposed an alternative science-funding model (J. Bollen et al. EMBO Rep. http://doi.org/f2pz34; 2014). Bollen, an informatician at Indiana University Bloomington, explains how the proposal developed, and how the idea of resource allocation became part of his research agenda.

      http://www.nature.com/naturejobs/science/articles/10.1038/nj7491-265a

       

      Rethinking predators: Legend of the wolf

      On television and in scientific journals, the story of how carnivores influence ecosystems has seized imaginations. From wolves in North America to lions in Africa and dingoes in Australia, top predators are thought to exert tight control over the populations and behaviours of other animals, shaping the entire food web down to the vegetation through a ‘trophic cascade’. This story is popular in part because it supports calls to conserve large carnivores as ‘keystone species’ for whole ecosystems. It also offers the promise of a robust rule within ecology, a field in which researchers have yearned for more predictive power.

      But several studies in recent years have raised questions about the top-predator rule in the high-profile cases of the wolf and the dingo. That has led some scientists to suggest that the field’s fascination with top predators stems not from their relative importance, but rather from society’s interest in the big, the dangerous and the vulnerable. “Predators can be important,” says Oswald Schmitz, an ecologist at Yale University in New Haven, Connecticut, “but they aren’t a panacea.”

       

      http://www.nature.com/news/rethinking-predators-legend-of-the-wolf-1.14841

       

      Storm brewing over WHO sugar proposal

      Scientists are gearing up for a battle with the food industry after the World Health Organization (WHO) moved to halve its recommendation on sugar intake.

      Nutrition researchers fear a backlash similar to that seen in 2003, when the WHO released its current guidelines stating that no more than 10% of an adult’s daily calories should come from ‘free’ sugars. That covers those added to food, as well as natural sugars in honey, syrups and fruit juice. In 2003, the US Sugar Association, a powerful food-industry lobby group based in Washington DC, pressed the US government to withdraw funding for the WHO if the organization did not modify its recommendations. The WHO did not back down, and has now mooted cutting the level to 5%.

      http://www.nature.com/news/storm-brewing-over-who-sugar-proposal-1.14854

       

      Sums of variables at the onset of chaos

      We explain how specific dynamical properties give rise to the limit distribution of sums of deterministic variables at the transition to chaos via the period-doubling route. We study the sums of successive positions generated by an ensemble of initial conditions uniformly distributed in the entire phase space of a unimodal map as represented by the logistic map. We find that these sums acquire their salient, multiscale, features from the repellor preimage structure that dominates the dynamics toward the attractors along the period-doubling cascade. And we explain how these properties transmit from the sums to their distribution. Specifically, we show how the stationary distribution of sums of positions at the Feigebaum point is built up from those associated with the supercycle attractors forming a hierarchical structure with multifractal and discrete scale invariance properties.

       

      Miguel Angel Fuentes, Alberto Robledo 
      “Sums of variables at the onset of chaos”
      The European Physical Journal B, 87:32 (2014)    
      http://dx.doi.org/10.1140/epjb/e2014-40882-1

       

      The Bursty Dynamics of the Twitter Information Network

      In online social media systems users are not only posting, consuming, and resharing content, but also creating new and destroying existing connections in the underlying social network. While each of these two types of dynamics has individually been studied in the past, much less is known about the connection between the two. How does user information posting and seeking behavior interact with the evolution of the underlying social network structure? 
      Here, we study ways in which network structure reacts to users posting and sharing content. We examine the complete dynamics of the Twitter information network, where users post and reshare information while they also create and destroy connections. We find that the dynamics of network structure can be characterized by steady rates of change, interrupted by sudden bursts. Information diffusion in the form of cascades of post re-sharing often creates such sudden bursts of new connections, which significantly change users’ local network structure. These bursts transform users’ networks of followers to become structurally more cohesive as well as more homogenous in terms of follower interests. We also explore the effect of the information content on the dynamics of the network and find evidence that the appearance of new topics and real-world events can lead to significant changes in edge creations and deletions. Lastly, we develop a model that quantifies the dynamics of the network and the occurrence of these bursts as a function of the information spreading through the network. The model can successfully predict which information diffusion events will lead to bursts in network dynamics.

       

      The Bursty Dynamics of the Twitter Information Network
      Seth A. Myers, Jure Leskovec

      http://arxiv.org/abs/1403.2732

        

      Geo-located Twitter as proxy for global mobility patterns

      Pervasive presence of location-sharing services made it possible for researchers to gain an unprecedented access to the direct records of human activity in space and time. This article analyses geo-located Twitter messages in order to uncover global patterns of human mobility. Based on a dataset of almost a billion tweets recorded in 2012, we estimate the volume of international travelers by country of residence. Mobility profiles of different nations were examined based on such characteristics as mobility rate, radius of gyration, diversity of destinations, and inflow–outflow balance. Temporal patterns disclose the universally valid seasons of increased international mobility and the particular character of international travels of different nations. Our analysis of the community structure of the Twitter mobility network reveals spatially cohesive regions that follow the regional division of the world. We validate our result using global tourism statistics and mobility models provided by other authors and argue that Twitter is exceptionally useful for understanding and quantifying global mobility patterns.

       

      Geo-located Twitter as proxy for global mobility patterns

      Bartosz Hawelka*, Izabela Sitko, Euro Beinat, Stanislav Sobolevsky, Pavlos Kazakopoulos & Carlo Ratti

      Cartography and Geographic Information Science

      http://dx.doi.org/10.1080/15230406.2014.890072
;

       

      Scientometrics: Untangling the topics

      After a traumatic brain injury, it sometimes happens that the brain can repair itself, building new brain cells to replace damaged ones. But the repair doesn’t happen quickly enough to allow recovery from degenerative conditions like motor neuron disease (also known as Lou Gehrig’s disease or ALS). Siddharthan Chandran walks through some new techniques using special stem cells that could allow the damaged brain to rebuild faster.

       

      Scientometrics: Untangling the topics
      Adam Szanto-Varnagy, Peter Pollner, Tamas Vicsek, Illes J. Farkas

      http://arxiv.org/abs/1403.2140

       

      Shock waves on complex networks

      Power grids, road maps, and river streams are examples of infrastructural networks which are highly vulnerable to external perturbations. An abrupt local change of load (voltage, traffic density, or water level) might propagate in a cascading way and affect a significant fraction of the network. Almost discontinuous perturbations can be modeled by shock waves which can eventually interfere constructively and endanger the normal functionality of the infrastructure. We study their dynamics by solving the Burgers equation under random perturbations on several real and artificial directed graphs. Even for graphs with a narrow distribution of node properties (e.g., degree or betweenness), a steady state is reached exhibiting a heterogeneous load distribution, having a difference of one order of magnitude between the highest and average loads. Unexpectedly we find for the European power grid and for finite Watts-Strogatz networks a broad pronounced bimodal distribution for the loads. To identify the most vulnerable nodes, we introduce the concept of node-basin size, a purely topological property which we show to be strongly correlated to the average load of a node.

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      we’re hiring | ESSENCE – Marie Curie Initial Training Network

      Six pre-doctoral fellowships (Edinburgh/Trento/Barcelona/Madrid)

       

      The ESSENCE (Evolution of Shared SEmaNtics in Computational Environments,http://www.essence-network.eu) Marie Curie Initial Training Network is offering six Early-Stage Researcher (pre-doctoral) positions, to start in September 2014. The application deadline for these posts is 24th April 2014.

       

      This is a rare opportunity to be involved in a highly prestigious European training network for outstanding applicants in an emergent and important research area, led by internationally leading groups in their fields!

       

      ESSENCE conducts research and provides research training in various aspects of translating human capabilities for negotiating meaning to open computational environments such as the web, multi-robot systems, and sensor networks. The network will support 15 pre- and post-doctoral fellows who will work toward a set of different research projects within this overall theme, ranging from symbol grounding and ontological reasoning to game-theoretic models of communication and crowdsourcing.

       

      ESSENCE involves a top-quality consortium of internationally leading research institutions which will act as hosts for the following projects in the current recruitment round:

       

      Early-Stage Researchers (36 months):

      – Dynamic, focussed data matching (School of Informatics, The University of Edinburgh, UK)

      -A collaborative platform for domain knowledge construction (Information Engineering and Computer Science, Università degli Studi di Trento, Italy)

      -An entity-centric crowdsourcing pipeline for large-scale up-to-date high quality knowledge (Information Engineering and Computer Science, Università degli Studi di Trento, Italy)

      -Concept Convergence: Argumentation and Agreement on Meaning (IIIA-CSIC, Barcelona, Spain)

      -Advanced interaction-situated semantic alignment (IIIA-CSIC, Barcelona, Spain)

      -Robust communication and alignment of concept extensions (playence, Madrid, Spain)

       

      Early-Stage Researchers must, at the time of recruitment by the host organisation be in the first 4 years (full-time equivalent research experience) of their research careers, and not yet have a doctoral degree. Research experience is measured from the date when they obtained the degree which formally entitled them to embark on a doctorate.

       

      All positions are very competitively remunerated (significantly above the respective average national salaries/studentships) and aimed at outstanding candidates. Please consult the individual descriptions of projects at 

      http://www.essence-network.eu/hiring for detailed salary information.

       

      Researchers can be of any nationality, though at the time of recruitment by the host organisation, researchers must not have resided or carried out their main activity (work, studies, etc) in the country of their host organisation for more than 12 months in the 3 years immediately prior to the reference date. (Short stays such as holidays and/or compulsory national service are not taken into account.)

       

      The ESSENCE network aims to attract 40% females among the recruited researchers. Female applicants are explicitly encouraged to apply and treated preferentially whenever they are equally qualified as other male candidates. The ESSENCE network will encourage flexible working hours at each host institution and/or the opportunity to work part-time from home if necessary. ESSENCE will provide specific support for female researchers in terms of targeted training events and dedicated mentoring.

       

      All applicants are asked to pre-apply at http://www.essence-network.eu/hiring. Please contact Dr Michael Rovatsos ([email protected]) for informal enquiries.

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      Model versions and fast algorithms for network epidemiology

      Network epidemiology has become a core framework for investigating the role of human contact patterns in the spreading of infectious diseases. In network epidemiology represents the contact structure as a network of nodes (individuals) connected by links (sometimes as a temporal network where the links are not continuously active) and the disease as a compartmental model (where individuals are assigned states with respect to the disease and follow certain transition rules between the states). In this paper, we discuss fast algorithms for such simulations and also compare two commonly used versions – one where there is a constant recovery rate (the number of individuals that stop being infectious per time is proportional to the number of such people), the other where the duration of the disease is constant. We find that, for most practical purposes, these versions are qualitatively the same.

       

      Model versions and fast algorithms for network epidemiology
      Petter Holme

      http://arxiv.org/abs/1403.1011

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      Netconomics: Novel Forecasting Techniques from the Combination of Big Data, Network Science and Economics

      The combination of the network theoretic approach with recently available abundant economic data leads to the development of novel analytic and computational tools for modelling and forecasting key economic indicators. The main idea is to introduce a topological component into the analysis, taking into account consistently all higher-order interactions. We present three basic methodologies to demonstrate different approaches to harness the resulting network gain. First, a multiple linear regression optimisation algorithm is used to generate a relational network between individual components of national balance of payment accounts. This model describes annual statistics with a high accuracy and delivers good forecasts for the majority of indicators. Second, an early-warning mechanism for global financial crises is presented, which combines network measures with standard economic indicators. From the analysis of the cross-border portfolio investment network of long-term debt securities, the proliferation of a wide range of over-the-counter-traded financial derivative products, such as credit default swaps, can be described in terms of gross-market values and notional outstanding amounts, which are associated with increased levels of market interdependence and systemic risk. Third, considering the flow-network of goods traded between G-20 economies, network statistics provide better proxies for key economic measures than conventional indicators. For example, it is shown that a country’s gate-keeping potential, as a measure for local power, projects its annual change of GDP generally far better than the volume of its imports or exports.

       

      Netconomics: Novel Forecasting Techniques from the Combination of Big Data, Network Science and Economics
      Andreas Joseph, Irena Vodenska, Eugene Stanley, Guanrong Chen

      http://arxiv.org/abs/1403.0848

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      Predicting Scientific Success Based on Coauthorship Networks

      We address the question to what extent the success of scientific articles is due to social influence. Analyzing a data set of over 100000 publications from the field of Computer Science, we study how centrality in the coauthorship network differs between authors who have highly cited papers and those who do not. We further show that a machine learning classifier, based only on coauthorship network centrality measures at time of publication, is able to predict with high precision whether an article will be highly cited five years after publication. By this we provide quantitative insight into the social dimension of scientific publishing – challenging the perception of citations as an objective, socially unbiased measure of scientific success.

       

      Predicting Scientific Success Based on Coauthorship Networks
      Emre Sarigöl, Rene Pfitzner, Ingo Scholtes, Antonios Garas, Frank Schweitzer

      http://arxiv.org/abs/1402.7268

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      CTL update of Kripke models through protections

      We present a nondeterministic, recursive algorithm for updating a Kripke model so as to satisfy a given formula of computation-tree logic (CTL). Recursive algorithms for model update face two dual difficulties: (1) Removing transitions from a Kripke model to satisfy a universal subformula may dissatisfy some existential subformulas. Conversely, (2) adding transitions to satisfy an existential subformula may dissatisfy some universal subformulas. To overcome these difficulties, we employ protections of the form 〈E,A,L〉, recording information about the satisfaction of subformulas previously treated by the algorithm. Intuitively, (1) E is the set of transitions that we cannot remove without compromising the satisfaction of previously treated subformulas. Conversely, (2) A is the set of transitions that we can add. Hence, update proceeds without diminishing E and without augmenting A. Finally, (3) L is a set of literals protecting the model labels. We illustrate our algorithm through several examples: Emerson and Clarke’s mutual-exclusion problem, Clarke’s microwave-oven example, synchronous counters, and randomly generated models and formulas. In addition, we compare our method with other update approaches for either CTL or fragments of CTL. Lastly, we provide proofs of soundness and completeness and a complexity analysis.

       

      CTL update of Kripke models through protections ☆
      Miguel Carrillo, David A. Rosenblueth

      Artificial Intelligence, In Press

      http://dx.doi.org/10.1016/j.artint.2014.02.005

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      Correlation of automorphism group size and topological properties with program-size complexity evaluations of graphs and complex networks

      We show that numerical approximations of Kolmogorov complexity (K) of graphs and networks capture some group-theoretic and topological
      properties of empirical networks, ranging from metabolic to social
      networks, and of small synthetic networks that we have produced. That
      K and the size of the group of automorphisms of a graph are correlated
      opens up interesting connections to problems in computational
      geometry, and thus connects several measures and concepts from
      complexity science. We derive these results via two different
      Kolmogorov complexity approximation methods applied to the adjacency
      matrices of the graphs and networks. The methods used are the
      traditional lossless compression approach to Kolmogorov complexity,
      and a normalized version of a Block Decomposition Method (BDM) based
      on algorithmic probability theory.

       

      Correlation of automorphism group size and topological properties with
      program-size complexity evaluations of graphs and complex networks
      H. Zenil et al.
      Physica A: Statistical Mechanics and its Applications, 2014
      http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378437114001691

      Preprint available: http://arxiv.org/abs/1306.0322

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      More to read:

      A Genomic Road Map for Complex Human Disease
      Origin of Peer Influence in Social Networks
      Questioning Life and Cognition: Some Foundational Issues in the Paradigm of Enaction
      Spatially Distributed Social Complex Networks
      Connecting Paradigms
      China: At a crossroads
      Flow Machines Workshop 2014: Creativity and Universality in Language and Music
      Inclusive fitness maximization: An axiomatic approach
      The strength of ‘weak signals’
      The Relative Ineffectiveness of Criminal Network Disruption

       

  13. Misericórdia!
     Saudades? 

    Misericórdia!

     Saudades?  Saudades do que afinal? Recuperar o que?

    1990, a década perdida, em números:

     

    A década de menor crescimento do PIB de toda história Nacional?

    O aumento da divida interna de 60 bilhões para 600 bilhões?

    A duplicação da dívida externa?

    12 milhões de desempregados?

    Apagão elétrico?

    Doatização de empresas estatais por um preço meramente simbólico de um décimo do valor real?

    Aumento da carga tributária de 25% para 35%?

    8 anos sem fazer uma única obra de cimento e tijolo (até onde eu saiba)?

    Doação dos satélites de comunicação brasileiros para os EUA (depois reclamam que o Obama nos espiona)?

     

    Podia escrever vários Livros volumosos sobre o assunto.

    Se aquele cara concorrer sozinho eu voto contra.

     

    Que água este pessoal anda bebendo?

     

    Acho que só quem está completamente alienado e não sabe o que aconteceu no país nos últimos 20 anos tem alguma saudades daquela época.

    E é claro, os banqueiros, principalmente os do FMI têm muitas saudades.

  14. Equivoco

    “… a criação de mais um ministério para políticas sociais…”

    Na realidade dois ministérios, se eleito, serão criados.

    Tambem será criado o “Ministério do Trafico de Drogas”

    Que usará de toda a expertise do candidato no asssunto.

     

  15. Realmente não desejam ganhar

    Realmente não desejam ganhar eleição nenhuma e estão facilitando enormemente o trabalho da campanha do PT.

  16. “Realmente não desejam ganhar

    “Realmente não desejam ganhar eleição nenhuma e estão facilitando enormemente o trabalho da campanha do PT.” 2

    Osvaldo acho que é esta a função do PSDB perder a eleição para que todos nós pensarmos que estamos em uma democacia.

    “Mexicanização” de um lado, “Venezuelização” de outro e o país replicando os pior da politica latino americana.

    1. As vezes eu tenho a sensação

      As vezes eu tenho a sensação de que você realmente não tem a menor idéia do que está escrevendo, mas para uma coisa teus post servem: revelam o tamanho da tua ignorância.

  17. Comportamentos revelador
    Talvez 35 comentários francamente hostis ao candidato do psdb. Em nenhum dos que eu li alguém apoiando a Dilma, mas sim criticando o periodo FHC.
    Reduzir maioridade penal, aceitável? Sim. Menor intervenção estatal. Aceitável? Sim. Vincular programas sociais com alguma forma de rendimento escolar. Aceitavel? Sim. O contraste com a eleição de 2006 é marcante. O Lula sendo bombardeado pela mídia e os ânimos absolutamente serenos.
    O apoio do PT junto a classe média cai a cada momento.
    Tenho dito desde o início, se tiver 2○ turno, ela perde de qq um. Esperemos outubro.

    PS: digo a classe média de verdade, não esse papo furado q o governo inventou p iludir trouxa.

  18. BANZO

    Ai Jesus! Hoje acordei com uma nostalgia… uma saudade daqueles tempos do Fiagacê, daquele arrocho financeiro. Saudade de sair às ruas e ver no comércio portas e mais portas fechando. Todo mundo falindo, uma delícia. Saudade daquelas noites enluaradas sem luz para atrapalhar, romântico… Cadê a Ana Maria Jul do FMI, que a toda hora descia aqui no aeroporto, vinha nos fiscalizar e dizer o que podíamos ou melhor, o que não podíamos comprar, saudade dela. Saudade daqueles leilões que a gente ficava na janela dando adeusinho para o nosso patrimônio, tão bom! Era tão bom ver o FHC pegar o sucatão e viajar pelo mundo e de lá ele nos obsequiava com palavras tão bonitas: Caipiras, Vagabundos… Foi um governo muito animado, a toda hora pipocava escândalos, não era essas merrequinhas de agora, Pasta Rosa, Fonte-Cindan, Cindacta, compra de votos para reeleição, Banco Marca já nem me lembro mais de todos, mas tem aí na internet anotado, parece que pelo menos uns 45, uma diversão. Aquela sensação de uma país sem rumo era tão boa… Ai que banzo…

    1. fhc nunca mais.

      Permita-me juntar-me a sua Sessão Nostalgia. Também tenhos os mesmos exatos motivos para estar com uma imensa saudade do FHC. Volta, FHC, volta à campanha. 

  19. Infelizmente quem não

    Infelizmente quem não conheceu os anos FHC porque eram crianças, e pegou toda a mídia metendo o pau no PT, acredita no ociólogo como um grande presidente. Muitos que passaram maus bocados sob seu governo, agora acham que vale a pena “melhorar” o país com a volta dos tucanos. Para isto tem Alckmin como exemplo de bom administrador.

    Já ouvi cada uma.

  20. Mais um para os anais da

    Mais um para os anais da nossa história…a gente merece

    1. Se a gente não souber direitinho porque o desastre ocorreu, a gente não sabe enfrentar. Então, eu quero dizer para vocês que, do ponto de visto do governo federal e das informações que nós temos, que integram todo o combate, enfrentamento e monitoramento de desastres naturais no Brasil, integra o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE. O INPE monitora o clima no Brasil, o INPE, nos melhores padrões internacionais, com contatos com todos os órgãos internacionais. A avaliação nossa é que houve, de dezembro a fevereiro, um fenômeno em cima da Bolívia, entre a parte sul, se eu não me engano, centro e a parte norte ou sul – a centro eu tenho certeza, a sul eu esqueci, se é sul ou se é norte. Bom, mas o que ocorreu ali? Ocorreu uma imensa concentração de chuvas. Nós temos dados de 30 anos, de 30 anos. Nesses 30 anos, não houve nenhum momento, nenhuma situação tão grave quanto essa, em termos de precipitação pluviométrica num só lugar. Portanto, é um absurdo atribuir às duas hidrelétricas do Madeira a quantidade de água que veio pelo rio.

    2. E aí eu até disse aqui uma fábula, que vocês conhecem a fábula do lobo e do cordeiro. O lobo, na parte de cima do rio, olhou para o cordeiro e disse: “Você está sujando a minha água”. O cordeiro respondeu: “Não estou, não, eu estou abaixo de você, no rio”. A mesma coisa é a Bolívia em relação ao Brasil. A Bolívia está acima do Brasil, em relação à água. Nós não temos essa quantidade de água devido a nós, mas devido ao fato que os rios que formam o Madeira se formam nos Andes, ou em regiões altas, se eu não me engano, o Madre de Dios e o Beni, em regiões… em região eu acho que de altiplano um pouco mais baixo, o Mamoré. Então, não é possível que seja devido à Usina de Santo Antônio e a de Jirau a quantidade de água que tem no rio. A não ser que nós nos tomemos por cordeiro e nós não somos cordeiros. Ou seja, ninguém pode dizer para nós, que estamos embaixo, que a culpa da quantidade de água que está embaixo não é de quem está em cima, onde a água passa primeiro. É isso que eu estou dizendo.

    3. Este país é um imenso país, não é? Vocês vejam só, eu fiquei olhando o rio Madeira, fiquei olhando… estive lá no Nordeste, o Nordeste está também na pior seca, tem gente que diz que é dos últimos 50, e tem lugares que dizem que é dos últimos 100 anos. Nós temos tido fenômenos naturais bem sérios no Brasil. O fenômeno natural, a gente tem sempre de lembrar, é possível conviver com ele, não é combater ele, nós não queremos combater chuva, nós queremos conviver com a chuva. Então, vamos discutir, sim, porque além disso aqui, nos reservatórios aqui, do Madeira, é tudo a fio d’água. O que significa a fio d’água? Significa que a água passa, a água passa, ela não armazena. Todos os reservatórios do Brasil que não são a fio d’água, que eram os grandes reservatórios do Brasil, onde está a chamada “caixa d’água” do Brasil, são grandes reservatórios de água, grandes, imensos, como é o reservatório de Itaipu, o de Furnas, o de Sobradinho, o de Três Marias, enfim, nesses reservatórios, você regulariza duas coisas. É a tecnologia que nós adotamos para a hidrelétrica, é a seguinte: a gente reserva a água, quando você reserva a água, você está reservando energia.

    4. Como aqui é rio de planície, aqui, nessa região, é rio de planície, o rio de planície tem pouco desnível, e você só gera muita energia em reservatório quando tem desnível. Nada impede que em algum lugar ou outro, em rio de planície, você faça um reservatório. Mas você só consegue fazer gerar energia em rio que tem desnível. Estava me dizendo o Ministro da Integração, para a gente ter uma ideia: rio São Francisco, de Sobradinho até o mar, vocês sabem quantos metros tem? Tem 300 metros de desnível. Do rio Madeira – eles fizeram um cálculo, foi um cálculo… é aproximado, viu, gente? Depois ninguém vai me perguntar assim: “Presidente, é trezentos e tanto?” Por favor, é aproximado, em torno de 300 metros. E do Madeira, daqui de Porto Velho, até o mar, o mar, é 60 metros. É essa a diferença. Então, eu quero explicar o seguinte: não é possível olhar para essas duas usinas e acharem que elas são responsáveis pela quantidade de água que entra no Madeira, a não ser a que a gente acredite na fábula, na história do lobo e na fábula do lobo e do cordeiro.

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