Especulações eleitorais voltam a derrubar bolsa de valores

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As negociações da bolsa fecharam em forte queda nesta quinta-feira, apresentando seu menor desempenho em seis meses, muito por conta das especulações envolvendo a divulgação de novas pesquisas sobre a disputa presidencial.

O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou a quinta-feira em baixa de 3,24%, no quarto dia seguido de perdas O indicador registrou 50.713 pontos, com um volume movimentado de R$ 11,468 bilhões. Com o desempenho de hoje, o índice passa a acumular queda de 1,5% em 2014.

As operações foram diretamente afetadas pelas especulações de que pesquisas previstas para o dia mostrariam maior vantagem da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre Aécio Neves (PSDB) na corrida presidencial – o que acabou se confirmando: após o fechamento, as pesquisas Datafolha e Ibope revelaram que Dilma assumiu a dianteira na disputa, para além da margem de erro.

Segundo o Ibope, Dilma teria 54% das intenções de voto contra 46% de Aécio, considerando apenas os votos válidos. Para o Datafolha, Dilma tem 53% das intenções de votos, enquanto Aécio tem 47%, também considerando apenas os votos válidos. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

O mercado doméstico acabou por ignorar o desempenho favorável visto no exterior – nos Estados Unidos, as bolsas avançaram com a repercussão de números preliminares de atividade na Europa melhores que o esperado e pela boa safra de balanços corporativos.

Quanto ao dólar, a cotação comercial subiu 1,35% e fechou o dia vendido a R$ 2,514. A alta fez a cotação atingir o maior nível desde maio de 2005. Na semana, a cotação subiu 3,3%. O dólar acumula valorização de 2,7% no mês e de 6,7% no ano.

A cotação subiu mesmo com a ação do Banco Central, que faz leilões diários dos contratos de venda de dólares no mercado futuro para conter a alta. Nesta quinta-feira, a autoridade monetária leiloou 12 mil contratos de swap cambial – 4 mil contratos novos e 8 mil renovados. No caso dos contratos novos, foram negociados 300 contratos com vencimento em 1º de junho de 2015 e outros 3,7 mil com vencimento em 1º de setembro do ano que vem, em operação que movimentou o equivalente a US$ 196,5 milhões. Quanto à renovação dos contratos, foram vendidos 2 mil contratos para 3 de agosto de 2015 e 6 mil para 1º de outubro de 2015, com volume correspondente a US$ 392,6 milhões.

Segundo informações da Agência Brasil, fatores internos, como a corrida eleitoral, e externos tem pressionado o câmbio nas últimas semanas. Em setembro, o Banco Central dos Estados Unidos reduziu mais um pouco os estímulos à economia do país. A decisão valorizou a moeda norte-americana e fez com que o dólar iniciasse uma escalada. De acordo com analistas, o pessimismo no mercado financeiro internacional aumentou depois que o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão de crescimento para a economia global para este ano. Para o Brasil, o órgão revisou, de 1,3% para 0,3%, a estimativa para o Produto Interno Bruto em 2014.

Para sexta-feira, os agentes aguardam a publicação dos dados de confiança do consumidor pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), além do saldo em conta corrente, investimentos estrangeiros e coleta de impostos no Brasil. Também existe alguma expectativa em torno do último debate entre os candidatos à presidência. No exterior, destaque para as vendas de casas novas nos Estados Unidos, confiança do consumidor na Alemanha, desemprego na França e o PIB (Produto Interno Bruto) da Grã-Bretanha. Entre os balanços a serem divulgados, estão os resultados de Hypermarcas e Tractebel.

 

(com Reuters e Valor Econômico)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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  1. Azenha: como funciona a venda casada entre a revista Veja e o JN

    Fonte: http://www.viomundo.com.br/denuncias/como-funciona-venda-casada-entre-revista-veja-e-o-jornal-nacional.html

    Testemunha ocular: Como funciona a “venda casada” entre a revista Veja e o Jornal Nacional

    publicado em 24 de outubro de 2014 às 0:44

    Captura de Tela 2014-10-23 às 23.40.10

    Eleições presidenciais de 2002: Primeiro turno em 06/10 e segundo turno em 27/10; Lula vs. Serra

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    Eleições presidenciais de 2006: Primeiro turno em 01/10 e segundo turno em 29/10; Lula vs. Geraldo Alckmin*

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    Eleições presidenciais de 2010: Primeiro turno em 03/10 e segundo turno em 31/10; Dilma vs. Serra

    por Luiz Carlos Azenha*

    Em 2006 eu era repórter da TV Globo de São Paulo. Foi a primeira cobertura de eleição presidencial de minha carreira. Minha tarefa nas semanas finais da campanha foi a de acompanhar o candidato tucano Geraldo Alckmin. De volta à redação paulista da emissora, ouvia reclamações de colegas sobre a cobertura desigual. As reclamações partiam de uma dúzia de colegas, alguns dos quais continuam na Globo.

    Explico: a Globo havia destinado todos os recursos e os melhores repórteres e produtores investigativos para levantar tudo que se relacionasse ao mensalão petista ao longo de 2005.

    Numa ocasião, num plantão de fim de semana, fui deslocado para São Bernardo do Campo para fazer a repercussão de uma denúncia de Veja:

    Captura de Tela 2014-10-24 às 00.02.12

    Não consegui encontrar Vavá, o irmão de Lula, na casa dele.

    Quando voltei à redação, disse ao chefe do plantão que achava estranho repercutir acriticamente uma reportagem de outra empresa sem que nós, da Globo, fizessemos uma checagem independente do conteúdo. E se as denúncias se provassem falsas?

    A resposta: era pedido do Rio e deveríamos simplesmente reproduzir trechos do texto da revista no Jornal Nacional.

    Percebi pessoalmente, então, como funcionava o esquema: a Veja apresentava as denúncias, o Jornal Nacional repercutia e os jornalões entravam no caso no fim-de-semana. Era uma forma de colocar a bola para rolar. Depois, se ficasse demonstrado que as denúncias não tinham cabimento, o estrago estava feito. Quando muito, saia uma notinha aqui ou ali. Nunca, obviamente, no Jornal Nacional ou com o mesmo alcance.

    Em 2006, portanto, o desconforto de colegas tinha antecedentes. O primeiro deles a se manifestar na redação foi Marco Aurélio Mello, editor de economia do JN. São Paulo sempre foi a principal praça para a cobertura econômica, por motivos óbvios. Naquele período, os índices econômicos batiam recordes, especialmente na construção civil. O consumo bombava. Era comum fazer reportagens a respeito. Segundo Aurélio, repentinamente ele recebeu orientação para “tirar o pé” desse tipo de reportagem, que poderia beneficiar a reeleição de Lula.

    Quando o repórter Carlos Dornelles, em uma palestra no Sul, disse que não apenas o mensalão, mas também os barões da mídia deveriam ser investigados, foi imediatamente colocado na geladeira, de onde saiu para o Globo Rural.

    Num comentário para o Jornal da Globo, Arnaldo Jabor comparou o presidente e candidato Lula ao então ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il.

    De repente, o comentarista de política Alexandre Garcia passou a fazer aparições no programa de Ana Maria Braga.

    Na cobertura do dia dos candidatos, com 90 segundos para cada, em geral eram três contra um. As denúncias do noticiário eram repercutidas com Alckmin, Heloisa Helena e Cristovam Buarque: 270 segundos. Lula tinha 90 segundos para se defender.

    A situação chegou a tal ponto que os colegas decidiram protestar formalmente, numa reunião com o diretor regional da Globo.

    Para colocar panos quentes ficou decidido que, sim, a Globo também investigaria os tucanos. A base era a capa de uma revista IstoÉ que trazia detalhes que poderiam ser comprometedores para o então candidato a governador de São Paulo, o ex-ministro da Saúde José Serra. Era sobre o envolvimento dele com a Máfia das Ambulâncias superfaturadas, que até então era atribuída completamente ao PT.

    Porém, no caso da IstoÉ, a Globo não fez a repercussão acrítica que fazia da Veja.

    Como eu não estava presente na reunião, acabei escalado para tratar do assunto, de forma independente. Porém, não nos foram dados recursos para investigar. A produtora Cecília Negrão, hoje no Sindicato dos Bancários, teve de se virar por telefone. Nem uma viagem até Piracicaba foi autorizada. Era a cidade de Barjas Negri, ex-prefeito, homem que havia substituído Serra no Ministério da Saúde quando ele se licenciou para sair candidato ao Planalto em 2002.

    Ainda assim, conseguimos algumas informações importantes: de fato, a máfia das ambulâncias que havia atuado no Ministério da Saúde de Lula era herança do que a Globo chamava, quando era de seu interesse, de “governo anterior”. Governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB. Confirmamos também que das 891 ambulâncias superfaturadas negociadas pela máfia, 70% tinham sido entregues antes de Lula assumir! Esse era o dado crucial. A reportagem nunca foi ao ar, mas por sorte eu escrevi o texto em um bloquinho de anotações e pude rememorar o caso aqui.

    Naquela temporada eleitoral também aconteceu o caso dos aloprados, os petistas que supostamente tentaram comprar um dossiê contra o candidato Serra. As fotos do dinheiro apreendido com eles, coincidentemente, vazaram para a mídia na antevéspera do primeiro turno. Contei este caso mais recentemente aqui. Nunca vou me esquecer de um colega, diante do prédio da Polícia Federal em São Paulo, ligando para o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para alertá-lo que a Globo estava disposta a levar a eleição para o segundo turno a qualquer custo.

    De tudo o que vivi naquele 2006, no entanto, o mais marcante foi a descoberta in loco, não como observador externo, mas como testemunha ocular, da “venda casada” entre a revista Veja e o Jornal Nacional. Ela se repetiu em 2010 e já aconteceu em 2014. Hoje, dia do debate entre Dilma Rousseff e Aécio Neves na emissora, teremos ocasião de ver se a parceria está em pleno vigor. Vamos ver quantos minutos o JN dedicará à capa da Veja horas antes do debate final que antecede o segundo turno. Façam suas apostas.

     

  2. ( I ) PETROBRAS – MESMO SOB

    ( I ) PETROBRAS – MESMO SOB ATAQUES EPECULATIVOS E POLITICOS –  ESTÁ CADA VEZ MAIS FORTE – PRODUÇÃO EM CONSTANTE AUMENTO

    1) A produção consolidada de petróleo e gás, no Brasil e no exterior, alcançou 2 milhões 781 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) em setembro.

    Esse volume foi 0,8% superior ao registrado em agosto, que foi de 2 milhões 759 mil boed. 



    Produção de petróleo no Brasil cresceu 0,6% em relação a agosto



    A produção de petróleo da Petrobras no Brasil atingiu em setembro a média de 2 milhões 118 mil barris/dia (bpd).

    Esse volume foi 0,6% maior que o produzido em agosto, que alcançou 2 milhões 105 mil bpd. 



    Produção total de petróleo e gás



    A produção total de petróleo e gás da Petrobras no Brasil foi de 2 milhões 565 mil boed, indicando um aumento de 0,5% em relação a agosto (2 milhões 551 mil boed).

    Crescimento da produção – Pré-Sal


    

A produção da camada pré-sal teve em setembro uma média de 532 mil bpd, e no dia 18 de setembro foi registrada a maior produção diária no pré-sal das Bacias de Santos e Campos, de 618 mil bpd. 



    Produção de gás natural



    A produção de gás natural no Brasil em setembro atingiu 71 milhões 137 mil m³/d superando em 0,2% a produção do mês anterior, que foi de 71 milhões 22 mil m³/d.

    A produção de gás operada pela Petrobras, que inclui a parcela operada para as empresas parceiras, alcançou 80 milhões 132 mil m³/d.



    Produção no exterior em setembro é 3,2% maior do que no mês anterior



    No exterior foram produzidos, no mês de setembro, 215,6 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), representando um aumento de 3,2% em relação aos 208,9 mil boed produzidos no mês anterior.  



    A produção média de gás natural no exterior foi de 16 milhões 293 mil m³/d, 3,1% acima do volume produzido no mês de agosto, que foi de 15 milhões 807 mil m³/d.

    ( 2 ) ESPECULAÇÃO – PETROBRAS – BOLSA – SETEMBRO: LUCRO DE 1.120%

    http://www.infomoney.com.br/petrobras/noticia/3605412/vender-petrobras-bolsa-garantiu-setembro-lucro-120

     

     

  3. Esta palhaçada começa a acabar na segunda-feira

    O que teve de gente ganhando em opções futuras do pretérito não está no gibi. Agora recarregarão as fichas.

    Quem paga os cacifes são is investrouxas, naturalmente.

     

    PS: As bolsas estão mal no mundo inteiro. Um único investidor, Warren Buffet, perdeu US$ 2,5 bilhões (mais de R$ 6 bilhões) só na semana passada, apenas com IBM e Coca-Cola, ambas delatadas também por Costa e Youseff por patrocinarem petistas safados. Dilma e Lula sabem de tudo, dominando os fatos. Sem provas, naturalmente. Alvinho Days proporá uma lei fazendo com que artigos da Veja tenha força de prova judicial assim que publicadas. Ou antes.

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