Ex-ministro do Trabalho diz que esquerda não deve negociar reforma da Previdência de Temer

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O ex-ministro do Trabalho e Previdência Social Miguel Rossetto acredita que a esquerda não deve aceitar fazer parte das negociações em torno da reforma da Previdência proposta por Michel Temer, dado o caráter “trágico” das mudanças que serão implementas se a PEC for aprovada em 2017.
 
Para Rossetto, é papel da esquerda explicar aos prejudicados pela reforma o que vai acontecer e incentivar protestos contra a aprovação da proposta, que será encaminhada ao Congresso no início do ano que vem.
 
“A esquerda precisa avaliar se deve mesmo participar de uma comissão especial que já é uma fraude política. Esta proposta não é negociável. É preciso denunciar e derrotar essa agenda nas ruas ao lado do povo”.
 
Pelo que já fora anunciado, a idade mínima para se aposentar será de 65 anos para homens e mulheres. O tempo de contribuição mínima será de 25 anos, e para receber o benefício integral, a exigência é de 49 anos. As novas regras vão valer para quem tem menos de 50 anos quando a PEC for aprovado.
 
Quem tiver mais terá de obedecer a uma regra de transição que poderá esticar o tempo de trabalho. Por exemplo: a pessoa que estiver a cinco de se aposentar poderá ter de contribuir mais cinco, se o “pedágio” imposto pelo governo for de 50% do tempo que falta para aposentar. Há discussões para que o pedágio seja de 30%.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

12 Comentários

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  1. A esquerda parece que ainda

    A esquerda parece que ainda não emntendeu que vivemos em estado de excessão, que qualquer medida que este saco de gatos que se convenciona a chamar de Governo tomar pode ser questionada ou até ter sua anulação requerida.

    O Estado de Direito está suspenso no Brazil – estamos no Faroeste.

    Não há qualquer motivo para negociar coisa alguma com esse governo.

    Um governo usurpador, golpista e ilegal, não pode ser endossado pela esquerda de forma alguma.

    Qualquer negociação parlamentar sobre emendas, que seriam rotina sob normalidade institucional e legal, no meu ponto de vista é passível de anulação. Se a esquerda participa, tais anulações, já remotas, seriam impossíveis.

  2. Não é só a esquerda não!

    Não é só a esquerda não! Todos os políticos / parlamentares não golpistas e/ou contra a ditadura que está em andamento cada vez com mais intensidade, têm a obrigação de gritar bem alto em nome do povo ao qual representam, contra as verdadeiras atrocidades que estão querendo executar! Abaixo golpistas ditadores! Vamos lutar contra essa máfia nunca jamais vista no Brasil e quiçá em outros lugares do mundo! Vamos sensibilizar as forças armadas para inicialmente deporem temer e fecharem o senado invadido por bandidos delatados, e reordenarem a democracia no país, por intermédio da devolução da presidência a quem foi eleita, em igualdade condições e constitucionalmente, por maioria da população!  Fora temer e seus aliados, pela ditadura tenebrósa que representam à nação! O Brasil tem vocação para ser uma nação democrática! Avante forças armadas do Brasil!!!… Se não for no diálogo, que seja no formato dêles! COERCITIVAMENTE!!!…

  3. A esquerda parece que ainda

    A esquerda parece que ainda não emntendeu que vivemos em estado de excessão, que qualquer medida que este saco de gatos que se convenciona a chamar de Governo tomar pode ser questionada ou até ter sua anulação requerida.

    O Estado de Direito está suspenso no Brazil – estamos no Faroeste.

    Não há qualquer motivo para negociar coisa alguma com esse governo.

    Um governo usurpador, golpista e ilegal, não pode ser endossado pela esquerda de forma alguma.

    Qualquer negociação parlamentar sobre emendas, que seriam rotina sob normalidade institucional e legal, no meu ponto de vista é passível de anulação. Se a esquerda participa, tais anulações, já remotas, seriam impossíveis.

  4. Não vai querer negociar?A

    Não vai querer negociar?

    A passividade é negação de uma determinação positiva aos direitos do próprio arbítrio.

  5. Tudo tem seu lado bom:

    Tudo tem seu lado bom: Finalmente seremos a nação mais rica do planeta et galáxia. Simples.

    Uma vez aprovada, toda a população economicamente ativa passará 93,37% de sua existência enchendo os cofres da Previdência e “gozarão” dos “benefícios” às vésperas de suas reséctivas mortes.

    Mamão com açucar: Contínua renda e pouquíssimos dispêndios.

    Intrinsicamente toda e qualquer empulhação para pagamento dos juros da dívida também já está delineada.

    DISGRAZIATI.

     

  6. Esta reforma é só uma batalha da guerra 4.0 que nos massacra

    É hora de pensar uma agenda radical de esquerda, mesmo sendo defensiva. Por que?

    Esta reforma da previdência faz parte de uma reação desesperada dos oligopólios financeiros para se defenderem da crise final do capitalismo.

    A revolução da indústria 4.0 já está acabando com os empregos e aumentando tanto a produtividade e os custos que produzir não gera mais valor (lucro).

    A saída capitalista, que está sendo implementada, é estender a sobrevida do sistema por décadas, através da oligopolização global do capital, capitaneado pelo capital financeiro, mas que também engloba o capital industrial e comercial.

    Os oligopólios são uma maneira de controlar os preços e garantir os escassos mercados que restam para os poucos grupos financeiros-industriais.

    Na divisão internacional do trabalho, cabe ao Brasil a fatia menos lucrativa do negócio: a produção de matérias primas. Não há espaço para o bem estar social, por isto esta reforma da previdência.

    A consequência da oligopolização é a exclusão maciça (desemprego, subeprego, prisão, abandono e morte dos velhos e doentes) dos supérfluos ao capital.

    O capitalismo vai acabar de todo jeito, mas se acabar nas mãos dos oligopólios financeiros, o sofrimento do povo será insuportável e teremos guerra civil, no Brasil e em outros países.

    Já que ninguém pensa em sair do capitalismo, as esquerdas devem propor um outro tipo de prolongamento do sistema, de estilo nacional e desligado da globalização:

    1. Estatização do sistema bancário: acaba com a elite rentista nacional, prolongamento do financiesmo global e faz frente à massa de capital ficticio mundial;

    2. Sistemas públicos de saúde e educação totalmente estatais: educação e saúde não são comercializáveis; freia a mercatilização total da vida do projeto neoliberal.

    3. Acabar com as concessões das TVs a grupos privados; serão permitidos apenas cnais de TV pública. Se a TV continuar nas mãos da Globo, nunca se conseguirá implementar um projeto inclusivo de sociedade.

    4. Aliança com as forças armadas: haverá pressões internas e externas contra o projeto e tentarão cooptar os militares. Mas a esquerda tem o trunfo do nacionalismo e boa parte dos militares são nacionalistas. A retomada do desenvolvimento dos foguetes, mísseis, caças, satélites, enriquecimento de urânio, sumarino nuclear e navios é estratégica para o país e os militares seriam aliados de primeira ordem se as esquerdas proporem a autossuficiência tecnológica.

    Se a esquerda quiser tentar frear o capitalismo, tem que se preparar para entrar na  guerra 4.0 da qual o Brasil já é vítima. E a luta é contra a mídia, as finanças e parte dos militares pró-globalização.

  7. Certíssimo. O resto é pura

    Certíssimo. O resto é pura capitulação. Não se negocia com governo golpista. Trata-se de um governo ilegítimo, que deve ser combatido e afastado.

  8. Bom, se aconteceu da forma

    Bom, se aconteceu da forma que falam… Manejar 40% da previdência para pagar os juros das dívidas criadas pelos bancos através de nosso banco central para nos endividar e arrancar dinheiro de nós… Seria uma fraude realmente, e não poderia haver negociação. Mas como desvincular agora que as rapossas tomaram conta do galinheiro a muito tempo, e vem roubando todas as galinhas de ovos de ouro? A previdência nunca deveria causar prejuízo, afinal… Ela arrecada uma porcentagem do salário de todos nós, pode ser o negócio mais lucrativo para ainiciativa privada. Eu venho entendendo que a política dos juros não é para arrancar dinheiro do estado diretamente, mas para fali-lo e tomá-lo aos poucos. Toma-se a saúde, a educação, os minérios, a previdência, os recursos naturais em geral. A alma das pessoas. A vida das pessoas. A mente das pessoas. Bom… desvirtua-se a vida humana, e virtua-se a riqueza material. A questão real seria… O povo quer ficar nas mãos da parte mais gananciosa e inescrupulosa da humanidade? Quer largar mão do estado e ver-se nas mãos de inescrupulosos egoistas que só pensam no próprio lucro e não estão nem aí para a qualidade de vida de seus semelhantes de uma maneira geral? Poderia-se privatizar tudo… Tudo privado. O estado existiria só para garantir que tudo estaria nas mãos das multinancionais e que os políticos ganhassem comissão pelas privatizações. O que a população, de uma maneira geral, ganharia com isso? De uma maneira parcial, ganharia qualidade de serviço e garantia de serviços prestados sob a égide do temor de perder o emprego? Assim como os escravos temiam pelas chicotadas? Mas de maneira geral, não teriamos serviços para todos… E não significa que os serviços nas mãos do estado não funcionem… Como se provou a comparação da qualidade do ensino médio nas escolas particulares e no instituto federal. O que falta é comprometimento político, políticos no poder que real mente representem o povo. Enquanto estivermos nas mãos de políticos inescrupulosos e de uma justiça falha ou uma não-justiça, estaremos condenados a parcialidade e a mediocriadade se analisarmos de uma maneira geral e mais ampla para toda a humanidade. Pois é isto que vemos na maioria das nações deste planeta, só não enxerga quem não quer ver ou quem encontra neste problema uma motivação para se tornar rico e mais poderoso materialmente que os demais.

  9. Bom, se aconteceu da forma

    Bom, se aconteceu da forma que falam… Manejar 40% da previdência para pagar os juros das dívidas criadas pelos bancos através de nosso banco central para nos endividar e arrancar dinheiro de nós… Seria uma fraude realmente, e não poderia haver negociação. Mas como desvincular agora que as rapossas tomaram conta do galinheiro a muito tempo, e vem roubando todas as galinhas de ovos de ouro? A previdência nunca deveria causar prejuízo, afinal… Ela arrecada uma porcentagem do salário de todos nós, pode ser o negócio mais lucrativo para ainiciativa privada. Eu venho entendendo que a política dos juros não é para arrancar dinheiro do estado diretamente, mas para fali-lo e tomá-lo aos poucos. Toma-se a saúde, a educação, os minérios, a previdência, os recursos naturais em geral. A alma das pessoas. A vida das pessoas. A mente das pessoas. Bom… desvirtua-se a vida humana, e virtua-se a riqueza material. A questão real seria… O povo quer ficar nas mãos da parte mais gananciosa e inescrupulosa da humanidade? Quer largar mão do estado e ver-se nas mãos de inescrupulosos egoistas que só pensam no próprio lucro e não estão nem aí para a qualidade de vida de seus semelhantes de uma maneira geral? Poderia-se privatizar tudo… Tudo privado. O estado existiria só para garantir que tudo estaria nas mãos das multinancionais e que os políticos ganhassem comissão pelas privatizações. O que a população, de uma maneira geral, ganharia com isso? De uma maneira parcial, ganharia qualidade de serviço e garantia de serviços prestados sob a égide do temor de perder o emprego? Assim como os escravos temiam pelas chicotadas? Mas de maneira geral, não teriamos serviços para todos… E não significa que os serviços nas mãos do estado não funcionem… Como se provou a comparação da qualidade do ensino médio nas escolas particulares e no instituto federal. O que falta é comprometimento político, políticos no poder que real mente representem o povo. Enquanto estivermos nas mãos de políticos inescrupulosos e de uma justiça falha ou uma não-justiça, estaremos condenados a parcialidade e a mediocriadade se analisarmos de uma maneira geral e mais ampla para toda a humanidade. Pois é isto que vemos na maioria das nações deste planeta, só não enxerga quem não quer ver ou quem encontra neste problema uma motivação para se tornar rico e mais poderoso materialmente que os demais.

  10. Postei no Fora de

    Postei no Fora de Pauta.

     

    Previdência A reforma e o novo

    Previdência

    A reforma e o bode.

    Edivaldo Dias de Oliveira

     

    Tem muita gente compromissada com a defesa dos interesses sociais estrilando com a proposta da reforma da previdência pelo governo golpista. O que ninguém tem percebido é que, de certa forma, é isso que os golpistas querem e esperam; que a reforma seja contestada pontualmente, mas não a necessidade da sua realização.

    Assim, contra a grita geral sobre o tempo de contribuição para obter aposentadoria integral, a igualdade na idade para se aposentar entre homens, mulheres e trabalhadores rurais e a desvinculação em relação ao salário mínimo , o governo faz algumas concessões reduzindo um pouco o tempo de contribuição, mantém uma pequena diferença de idade e estipula uma tabela de valores vinculadas ao mínimo, do tipo 50% da aposentadoria é vinculada e resto não e aí sai todo mundo dizendo que “agora tá bão”.

    O nome disso é tirar o bode da sala, que todos já conhecemos.

    Quando alguém, um negociante quer vender um bem e avalia que o mesmo vale mil reais, a tendência é ele pedir mil e trezentos ao potencial comprador; este por sua vez, após avaliar o bem oferece oitocentos, novecentos  e o vendedor finalmente, por ser muito amigo do comprador deixa por mil, que é o que ele desejava inicialmente e fecham o negócio.

    É isso que vai acontecer com a famigerada reforma. Não a toa as centrais sindicais mais traíras já conversam com o governo no sentido de fazer mudanças na proposta, pois com certeza as partes já tem entre si acordados quais são os números mágicos, os números de consenso.  Assim essas centrais e seus sindicalistas de araque, como Paulinho da farsa e Ricardo Puthá, ameaçam manifestações e greves de araque contra os números apresentados, conseguem amplo espaços na grande mídia como JN, que fazem parte do golpe, os golpistas recuam para os números acordados e eles posam de vitoriosos, contra a intransigência das centrais mais combativas.

    O que se tem que fazer é denunciar essa tática perversa nas redes sociais, ao mesmo tempo em que se contesta a necessidade de tal reforma sem que antes o estado pague a parte que lhe cabe para a previdência, pois como sabemos, ela é composta da contribuição dos trabalhadores, dos patrões e do estado que há muitos anos não só deixou de contribuir como passou a sacar a descoberto no caixa da previdência, não é por outro motivo que ela foi anexada, capturada, raptada, seqüestrada pelo Ministérios da Fazenda do governo golpista na cara dura, transformando a previdência numa espécie de caixa  2 da fazenda.

    Os movimentos sociais precisam provocar o MPT – Ministérios Público do Trabalho – no sentido de formar uma Força Tarefa para entrar na justiça impedindo que qualquer reforma seja feita até que uma auditoria seja realizada para saber se há déficit realmente e quais os motivos dele.

    REFORMA NÃO, AUDITORIA SIM.

     

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