Faturamento da indústria cai 5,5% em junho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O faturamento da indústria em junho caiu 5,5% em relação a maio, de acordo com dados ajustados para o período elaborados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Dados ajustados para o período significam desconto referente ao aumento das vendas de produtos em feriados ou datas comemorativas.

“O desempenho da indústria foi bastante negativo no segundo trimestre do ano, como apontam os resultados de junho”, diz a entidade, afirmando que todos os indicadores apresentaram queda na comparação do primeiro com o segundo trimestre, nas séries dessazonalizadas. Os resultados, tanto no trimestre como no mês, do faturamento real e das horas trabalhadas na produção se destacam pela intensidade da queda. O faturamento caiu 6,7% no segundo trimestre comparado ao primeiro.

Junho foi o quinto mês seguido em que se observou redução no número de horas trabalhadas na produção industrial, com variação de -1,1% frente a maio, de acordo com a série dessazonalizada. De acordo com a CNI, o resultado trimestral “deixa ainda mais claro que a tendência das horas trabalhadas é negativa”. Na comparação da média de abril a junho com a média dos três primeiros meses deste ano, nota-se retração de 2,9% no indicador. Frente ao segundo trimestre de 2014 também se verifica queda, de 8,5%.

Como reflexo desse quadro recessivo, o emprego industrial manteve sua trajetória negativa em junho, registrando baixa de 0,7% em relação a maio (dado dessazonalizado) e fechando o segundo trimestre com queda de 2,6% frente aos três primeiros meses do ano. Além de ser a quinta queda seguida, o indicador se encontra no menor nível desde dezembro de 2009.

O emprego (indicador dessazonalizado) registrou baixa de 0,7% na passagem de maio para junho.  Na comparação do segundo trimestre de 2015, tanto com o trimestre anterior como com o segundo trimestre de 2014, nota-se contração no emprego industrial: de 2,6% e 5,4%, respectivamente. 

Após três meses seguidos de queda, a massa salarial real voltou a crescer em junho, na série livre influências sazonais. A alta foi de 0,8% na comparação com maio e se deve  tanto ao pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário como aos valores pagos a título de recisão contratual. O balanço trimestral é negativo. A massa salarial do segundo trimestre de 2015 está 3,4% menor que a do trimestre anterior e 5,4% menor.

O indicador de rendimento médio real, dessazonalizado, avançou 1,3% em junho frente a maio. Com isso, a trajetória de queda foi interrompida. Na avaliação trimestral, nota-se queda de 0,9% entre o primeiro e o segundo trimestre do ano e estabilidade na comparação do segundo trimestre de 2015 com o mesmo trimestre de 2014.

A indústria operou, em média, com 80,1% da capacidade instalada em junho — segundo o dado dessazonalizado —, ante 80% registrado em maio. De acordo com a pesquisa, a variação de 0,1 ponto percentual deve ser interpretada como estabilidade do indicador, que segue em baixo patamar. Isso fica claro quando observamos a variação frente a junho de 2014 (queda de 0,7 p.p.) e entre o primeiro e o segundo trimestre de 2015 (queda de 0,3 p.p.).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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