Jornal GGN – Em sua coluna no Valor Econômico, o professor da Unicamp e pesquisador do Cebrap, Marcos Nobre, analisa o terremoto causado pelo caso Geddel Vieira Lima e pela proposta de anistia ao caixa dois no governo Temer.
Para ele, é “espantoso” que o presidente tenha enterrado um acordo sobre o caixa 2 que estava sendo negociado desde julho no Congresso. Também levanta duas hipótese: em uma, Temer se sentiu ameaçado pelo impeachment e decidiu partir para o contra-ataque.
Outra, em relação à demissão de Geddel, é relacionada com a sucessão na presidência da Câmara. Já que era inevitável mandar embora o ministro, a abertura da posição ao menos permitir uma “acomodação entre as duas fações que disputam a presidência”.
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Do Valor
Por Marcos Nobre
Enquanto isso, na paróquia política brasileira, o susto da semana não foi a demissão de Geddel Vieira Lima. O verdadeiro susto veio com o vídeo divulgado pelo deputado Rogério Rosso, líder do PSD na Câmara, no mesmo dia da demissão do ministro da Secretaria de Governo, em que disse: “Caso o Congresso Nacional venha a aprovar qualquer tipo de anistia, não só o caixa dois, mas qualquer outro crime, o presidente Temer vetará imediatamente”. No vídeo, Rosso diz ter recebido de Temer expressa autorização para levar a decisão ao conhecimento da sociedade. Foi colocado na posição de porta-voz da Presidência. Mais um. Ao confirmar a informação em entrevista ao Jornal Nacional no dia seguinte, Rosso criou um fato consumado.
A confusão causada foi tamanha que Temer teve de convocar uma entrevista coletiva ontem, em pleno domingo, para dizer que a posição contrária a qualquer anistia tinha sido um “ajustamento institucional” entre o Executivo e o Legislativo e não uma confrontação do Congresso pelo presidente. O susto não vem da súbita mudança de posição de Temer em relação ao que vinha dizendo sobre o assunto até o dia anterior à demissão de Geddel. Não é novidade o governo mudar de posição feito biruta de aeroporto. O espantoso é Temer ter enterrado um acordão de anistia que vinha sendo negociado desde julho no Congresso. O tema foi praticamente pauta única da política oficial nas últimas semanas e era visto como derradeira tábua de salvação para a avalanche de planilhas de empreiteiras que virá.
Duas interpretações tinham surgido para a decisão de demitir Geddel que podem ser adaptadas para o enterro do acordão de anistia. Sentindo-se efetivamente ameaçado pelo fantasma do impeachment, Temer resolveu contra-atacar com uma atitude capaz de contrabalançar o estrago. Colocar-se como muralha da moralidade política deve ter parecido a única saída disponível para tirar do seu colo a imagem de agenciador de facilidades miúdas para amigos ministros.
Só que a atitude tem como consequência a instauração de um padrão quase automático de demissão de ministros em situação Geddel. A lição do episódio é: se quiser resistir à pressão pela demissão de ministro encrencado, quem vai entrar na linha de tiro é o próprio Temer. Esse padrão traz uma instabilidade crônica para o governo. Dada a composição da equipe e da base de apoio parlamentar, muito pouca gente pode se sentir segura na cadeira. O horizonte político de planejamento ministerial fica rebaixado à manhã da próxima leva de vazamentos, prisões, apreensões e conduções coercitivas.
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Sem eleições diretas, e já, o
Sem eleições diretas, e já, o Brasil não rola. Ficaremos assistindo um bando de canalhas decidindo o nosso futuro, sem sequer se aterem ao presente, que é devastador, quase considerado de uma terra arrazada.
Os camisa-amarela voltaram
E batendo panelas.
Já estávamos sentindo a falta deles.
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OS TRÊS PATETAS
Moe, Larry e Curly estão de volta no velho e bom pastelão “Os três Patetas”? Inacreditável como figuras centrais da política nacional parecem querer subestimar a inteligência do povo brasileiro. O que estava ruim ficou ainda pior! Uma encenação rídicula da “Trupe mambembe”. Uma entrevista surreal onde se procurou justificar o injustificado. Todas as vezes que o governo pretendeu marcar território vimos uma espécie de “dramma bernesco” ou “ópera buffa”.
essa comissão tá pra mais de R$ 2.000.000,00, nem tão miuda
isso sobre a cobertura, fora os que aparentemente estão na mão de parentes.
com esse valor desse apartamentinho, dá pra comprar um baita triplex, lá no guarujá!